Felicity, you are the one and only escrita por Victoria Reid


Capítulo 4
Russia, we are back!


Notas iniciais do capítulo

Previously on "Felicity, you are the one and only"...

Vimos que Felicity cumpriu o prometido: localizou Slade. A princípio, Oliver não queria que Felicity o acompanhasse à Russia. Entretanto, Felicity argumentou que só seria útil se estivesse no mesmo país que o arqueiro.

Espero que gostem!

Boa leitura! :D



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A campainha está tocando. Percorro o caminho que separa o meu quarto e a porta da entrada tropeçando no tapete e nas malas posicionadas no corredor. Abro a porta e encontro Oliver consultando o relógio de pulso.

— Pronta? — pergunta arqueando a sobrancelha.

— Só preciso pegar minha bolsa que está no quarto — respondo. — Por favor, entre e fique à vontade.

— Você gostaria de beber alguma coisa? Água, café ou algo mais forte? — pergunto.

— Não, obrigado — responde enquanto observa a minha sala. — Sua sala é muito bonita. Aconchegante!

— Obrigada. Não é uma mansão, mas... — suspiro. — é meu porto seguro.

— Gostei do papel de parede que imita bambu — diz apontando para a parede.

— Acredite, só é bonito nas primeiras duas semanas — começo a rir. — Depois disso você se sente um panda cultivando bambu na sua própria casa.

Oliver ri. Peço licença e vou buscar minha bolsa que está no quarto. Aproveito para retocar o batão. Quando retorno à sala, Oliver está segurando um porta-retratos. Droga! A foto que estou beijando o Ken sob o visco natalino.

— Você não é judia? — pergunta enquanto devolve o porta-retratos no aparador localizado atrás do sofá.

— Sou, mas... — sou interrompida pelo Oliver que indica o celular vibrando.

➸ ➸ ➸

Estamos a caminho do Aeroporto Internacional de Starling City. Oliver ainda está no celular, conversando em russo. Tento entender, mas apesar de estudar russo escondido, não compreendo nada. Disfarço quando Oliver dá sinal que a ligação está se encerrando.

— Desculpe-me, mas era uma ligação importante — justifica-se ao desligar a ligação. — Então, onde paramos? — espero que ele não se lembre da foto. — Ah, a foto! Estou curioso para saber o porquê uma judia estaria beijando um boneco sob um visco natalino.

— Foi na faculdade... Era véspera de Natal, minha companheira de quarto e eu não tínhamos dinheiro para visitar nossas famílias durante o feriado, ficamos muito bêbadas e cometemos algumas loucuras, OK? — suspiro, antes de completar. —Não havia garotos, beijamos bonecos.

Oliver ria alto. Até fez menção de colocar a mão sobre o abdômen. Só parou quando me viu o encarando.

— Desculpe-me, mas não consigo imaginá-la bêbada — diz se ajeitando no banco do carro.

— Podemos mudar de assunto? — digo em tom sério. Na tentativa de dominar a conversa, pergunto:

— Por que não vamos de jatinho?

— O jatinho está a serviço de Isabel. Então, vamos de voo comercial. Classe econômica, para ser mais exato — diz desapontado.

Começo a rir. Oliver me encarra, arqueando a sobrancelha. Sei o que está pensando. Então respondo a sua questão mental:

— Desculpe-me, mas não consigo imaginá-lo na classe econômica.

➸ ➸ ➸

Ocupamos nossos assentos no avião. Oliver me ofereceu o lugar perto da janela, mas disse que preferia sentar no corredor. Para o arqueiro, altura não é problema. Porém, para mim, uma simples técnica TI, estar a 10 quilômetros do chão não era nada legal. Na nossa última viagem à Russia, Oliver estava distraído com a presença da Isabel, mas desta vez, ele percebeu que algo estava errado comigo. Pergunta:

— Você está bem, Felicity? Está um pouco pálida...

— Sim, estou bem — tento encontrar um desculpa. — Só estou um pouco preocupada. Sabe, com o voo... É uma viagem longa!

— Felicity, você tem medo de avião? — pergunta observando meu semblante, buscando alguma hesitação.

— Não! — respondo imediatamente. Porém, seus olhos estão me afrontando e não consigo mentir. — Tenho medo de altura.

Oliver não diz nada, apenas sorri como se falasse “eu já sabia”. Retribuo com um sorriso nervoso. Somos interrompidos pelas instruções de voo e me distraio com os comissários que gesticulam incansavelmente.

Alguns minutos depois, o avião começa a taxiar. Sinto um calafrio. Mais alguns minutos e estamos percorrendo a pista. Agarro-me ao braço do assento. Então, o avião se inclina. Fecho os olhos. Ficarei assim até me sentir segura. Talvez nunca mais abra os olhos. Porém, de repente, sinto uma segurança inexplicável. Alguém aperta a minha mão: Oliver Queen a está segurando.

— Obrigada! — digo com a voz embargada.

➸ ➸ ➸

Após longas horas de voo, desembarcamos no Aeroporto Internacional de Domodedovo. Assim que somos liberados pelos guichês da imigração e tecnicamente admitidos pelo Federação Russa, caminhamos em direção ao portão de desembarque. Segundo Oliver, um grande amigo o aguarda.

Assim que cruzamos o portão de desembarque, somos engolidos por uma multidão que, nas pontas pés, procuram por pessoas oriundas de diversos países. Posso identificar múltiplos idiomas: inglês, francês, russo, italiano e alemão. Há cartazes suspensos, abraços calorosos, gritos de alegria e choros abafados. Oliver empurra o carrinho com nossas bagagens, dividindo a multidão por onde passa. Eu sigo-o.

— Meu estadunidense favorito! — uma voz masculina emerge da multidão. — Oliver Queen!

Procuro pelo dono da voz e encontro um homem de meia idade beijando as bochechas de Oliver. Entendo que isso é uma tradição russa, mas não posso deixar de desenhar em meus lábios um sorriso ao ver o meu chefe, e arqueiro nas horas vagas, sendo beijado por um senhor barbudo. Trata-se de Anatoly Knyazev, líder dos Bratva.

—Felicity! — diz Anatoly enquanto caminha em minha direção e me toma em seus braços.

Привет * — digo timidamente.

Oliver me olha surpreso. Curva a sobrancelha e abre ligeiramente a boca, fazendo menção que irá dizer algo. Porém, desisti ao perceber a empolgação de Anatoly:

— Adoro o seu nome! — diz com sotaque carregado e depositando um beijo em cada lado do meu rosto. — Vamos?

Seguimos o mafioso russo. Cortamos o imenso saguão até atingirmos a saída do aeroporto. Um luxuoso carro nos aguardava do lado de fora. Em minutos nossas malas já ocupavam o porta-malas e nós estávamos no interior do veículo. Oliver e eu nos sentamos no banco traseiro, Anatoli ocupava o assento do carona, ao lado do motorista carrancudo.

Quando estamos trafegando pela rodovia que circunda o aeroporto Domodedovo, Anatoly se vira para o banco traseiro, encara-me e diz:

— Felicity, deixe-me ver suas mãos.

Assusto-me. Será que cometi algum erro? Será que ofendi um mafioso russo? Meu estômago embrulha. Procuro o olhar do Oliver na esperança de encontrar socorro, mas ele está rindo. Não entendo. Então, estendo as mãos, espalmando-as para baixo e deixando o dorso à mostra.

— Oliver! Não acredito que ainda não colocou um anel de compromisso no dedo dessa menina! — diz enquanto balança a cabeça em negação.

— Você não sabe o erro que está cometendo — expõe enquanto dá uma piscadela para o Oliver que sorri. Sinto minha bochechas se aquecerem.


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Notas finais do capítulo

* Привет = Olá!


Pronto! Agora temos um shipper de peso: Anatoli Knyazev, líder dos Bratva, é Olicity! Isso não é o máximo?

Oliver está estranho, né? Dizendo claramente que Felicity é especial, beijando-a (pelo menos a palma da mão), apoiando-a quando está com medo... O que está acontecendo com Oliver?

Por favor, comentem! Pode ser críticas, sugestões, correções... Qualquer coisa, OK?

Até o próximo capítulo!

Obrigada! :D



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