Aprendendo a Amar escrita por Cacal


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

CAPÍTULO EDITADO!



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Eram umas seis da manhã quando Ichigo foi despertado de seu sonho, que não era dos melhores, por uma campainha que não parava de soar pelo apartamento. Ichigo estava exausto, tinha dormido só de bermuda como de costume, deixando o peitoral exposto, molhado de suor, ao atender a porta deparou-se com sua prima que o fitava surpresa.

— Ainda estava dormindo? E está suado.  – observou Nell ao olhar o peitoral de seu primo.

— Essa noite fez muito calor. - explicou-se sonolento. Nell teria acreditado em seu primo se não tivesse visto uma certa jovem que aparecera naquele momento.

— Deve ter feito muito calor mesmo. – comentou de forma maliciosa ao ver Rukia vestida apenas com a camisa do ruivo. A pequena ficou tão constrangida que voltou para o quarto do ruivo sem dizer uma palavra.

— Não é o que está pensado. – disse o ruivo abrindo caminho para sua prima entrar.

— Aham... Você suado desse jeito e ela vestindo sua camisa, com certeza não aconteceu nada. – disse sarcastica. — Itsugo você é bem rapidinho hein. – concluiu Nell, que sempre o chamava de Itsugo quando o mesmo aprontava algo.

— Não aconteceu nada. – repetiu  Ichigo já se irritando.

— Ok! Se você me contar uma história, talvez eu acredite. – disse sentando-se a mesa. —Enquanto me conta a tal história, poderia me preparar um café?

Apesar de irritado, o ruivo não negou o "pedido" de sua prima e lhe preparava um delicioso café da manhã, enquanto contava toda a história. Rukia ainda estava no quarto do ruivo, super constrangida, se questionando em o que Nell pensará dela a vendo daquela forma, esperava que Ichigo contasse a verdade e que ela acreditasse nele.

— Nossa que aventura. – comentou Nell, dando um gole em seu café, reparando na cara de enterro de seu primo. — Mas porque essa cara? Eu sei que não é algo que se fale sorrindo, mas como você disse não aconteceu nada.

— Ela foi abusada. – respondeu em um sopro. Logo Nell arregalou os olhos, incrédula.

— Mas... Você me disse que chegou a tempo!

— E cheguei.

— Então? – questionou sem entender.

— Depois de eu ter batido nos caras...

— Rukia? – falava Ichigo ofegante olhando para os lados, até encontrar Rukia em um canto toda encolhida, Rukia estava suando frio e não parava de tremer. — Rukia, você está bem? –perguntou Ichigo aproximando-se preocupado.

— Não me toque! – gritou Rukia desesperada.

"Meu Deus, eu não acredito ela foi...” – pensava Ichigo vendo o desespero de Rukia

— Você tem certeza disso? Ela podia estar apenas assustada.

— Sou médico, já cansei de ver jovens nessa situação. – respondeu Ichigo sentando-se a mesa.

— O que você vai fazer?

— Não sei... Que horas são? – perguntou desviando o assunto, não estava sentindo-se confortável com aquilo.

— Pelo meu relogio são seis e vinte! – exclamou, imaginando o que seu primo falara. "Milagre acordou cedo, blá blá blá..."

— Você acordou cedo? Que milagre foi esse? – questionou colocando seu café, enquanto Nell sorria como se tivesse ganhado uma aposta.

 — Fiquei com medo de ter que lanchar de novo no hospital. – disse brincalhona, até perceber que certa Kuchiki aproximava-se. — Bem, já vou indo. Até mais Rukia.

— Até! - disse tímida, vendo a dona das mechas verdes saindo do apartamento. Nell sabia que eles precisavam de um tempo a sós.

— Quer café? – perguntou Ichigo sem fita-la.

— Ichigo! – chamou Rukia forçando o ruivo a olhar nos olhos, o que para ele não era bom no momento. — Você sabe, não é?

— Do que você está falando? – fingiu-se de desentendido, não queria tocar naquele assunto, não agora.

— Não precisa disfarçar, seus olhos dizem tudo. – afirmou sentando-se a mesa.

— Meus olhos? – questionou meio confuso.

— O jeito como você me olha, é com todos no meu apartamento me olham, um olhar de pena. – a última frase saiu mais como um sussurro.

— Me desculpe é que...

— Não precisa se desculpar. – disse com um sorriso frouxo interrompendo-o. — Já estou acostumada.

— Quem mais sabe sobre isso?

— O nii-sama e todos os vizinhos do meu prédio.

— Por que não se mudaram? – perguntou enquanto servia a jovem.

— Meu nii-sama queria que nos mudássemos, mas eu preferi continuar lá, não sou de me esconder. – afirmou a pequena Kuchiki. — A sua prima sempre vem toma café aqui – desviou o assunto tentando tomar coragem pra falar o que queria.

— Sim, ela mora aqui do lado. – disse após mordiscar uma torrada.

— Foi o meu ex-namorado. – desabafou Rukia tomando coragem, enquanto Ichigo a olhava sem entender. — Eu disse que já me apaixonei duas vezes...

— Não precisa falar se não quiser. –interrompeu Ichigo, levantando-se e levando a louça de seu café pra lavar.

— Mas eu quero falar! – exclamou Rukia, ainda sentada a mesa. Agora que havia tomado coragem precisava falar.

— É melhor tomar seu café antes que ele esfrie. – avisou o ruivo, ignorando a jovem.

— Por que não quer ouvir? – questionou a jovem sem entender a reação de seu chefe.

 — Já são seis e meia é melhor andar rápido, sei que tem faculdade hoje. – disse a ignorando pela segunda vez. — Eu te levo até a sua casa pra você se trocar e de lá eu te deixo na faculdade, afinal está sem carro.

Rukia não estava entendendo a reação de Ichigo, porque ele não queria saber? Porque a estava ignorando? Achou melhor não insistir, ele devia ter seus motivos. Após Rukia terminar o café, o médico se arrumou e os dois foram até a casa da jovem. Antes tiveram que parar em um posto de gasolina que encontraram graças a Kuchiki que conhecia um perto de onde morava.

— Agora já sabe onde eu moro. – disse assim que chegaram, descendo do carro.

— Estarei te esperando aqui.

— Não precisa, eu pego um taxi. – falou debruçando-se sobre a janela do automóvel.

— Já disse que te espero, e é melhor subir logo ou esqueceu no que esta vestida?

Rukia correu pra dentro de seu prédio, estava vermelha que nem um pimentão de tão constrangida que estava, passou apressada pelo porteiro e decidiu ir pelas escadas, não queria que ninguém a visse daquela forma. Após chegar em seu apartamento, Rukia foi direto ao banheiro, dessa vez preferiu o chuveiro do que a banheira como de costume, após um rápido banho, enrolou-se em uma toalha, prendeu os cabelos molhados em um coque e caminhou em direção ao quarto.

— Você? O que faz aqui pensei que... – disse Rukia que levará um susto, mas não queria demonstrar, não na frente dele. Um ruivo alto que possuía algumas tatuagens espalhadas pelo corpo. Seu nome era Renji, um amigo de infância da pequena e vice-presidente da empresa Kenkou, que agora estava na sua frente com um ar curioso.

— Não dormiu em casa, anda saindo com alguém Kuchiki Rukia? – perguntou com uma pontada de ciúme, um ciúme de irmão, a pequena odiava aquilo. Já bastava Byakuya, agora era Renji que dava uma de super protetor, não precisava daquilo.

— Não acredito que você andou me vigiando? – questionou a jovem, caminhando em direção ao seu quarto, dando as costas para o amigo.

 — Byakuya-sama me pediu que dormisse essa noite aqui. – explicou Renji que estava parado no corredor esperando Rukia se arrumar.

— Não me diga que o nii-sama voltou. – disse surpresa abrindo a porta do quarto.

— Não ele chega mais tarde, por quê? – a fitou curioso.

— Nada. – respondeu receosa. — Agora me dê licença, eu preciso ir pra faculdade. – disse pegando a bolsa que estava no sofá e logo adiante a chave que estava no porta-chaves.

— Eu te deixo lá. – disse saindo do apartamento junto de Rukia.

— Não precisa já tenho carona. – afirmou, trancando a porta e indo em direção ao elevador seguido por seu amigo.

— Arranjou algum namorado? – perguntou Renji, enquanto a morena apertava o botão "M" do elevador.

— Não, não arranjei nenhum namorado. – disse zombeteira. — É apenas meu chefe.

— Você está indo pra cama com seu chefe! – concluiu precipitadamente, levando uma cotovelada na barriga. — Aí! Porque fez isso?

— Quer dizer que um chefe não pode dar uma carona pra sua assistente? – cruzou os braços, indignada.

— Não estou falando disso, eu vi os seus trajes quando chegou aqui. – explicou, se lembrando de como a viu chegando.

— Aquilo é uma longa história. – logo o elevador chegou.

— Então você prefere ir com seu chefe do que comigo que sou seu amigo. – disse fingindo-se magoado, convencendo a amiga.

— Ok! Deixa só eu falar com ele. – Rukia foi até seu chefe sendo seguida novamente por Renji.

 — Ichigo! – chamou Rukia, encostando-se a janela. — Você já pode ir, obrigada pela carona.

— Eu já disse que te levo! – exclamou o ruivo a fitando, sem perceber que havia alguém ao lado da pequena.

— Não se preocupe eu irei leva-la.

— E você quem é? – questionou Ichigo, fitando o homem tatuado.

— Sou um amigo da Rukia. – respondeu não gostando do tom de voz que Ichigo usara.

— Tem certeza que não quer minha carona? – indagou, voltando a encarar a jovem.

— Sim, não se preocupe o Renji trabalha com o nii-sama e também é um amigo de infância. –explicou, percebendo que seu chefe só queria protege-la.

— Tudo bem, se você diz... – disse vencido. — Nos vemos mais tarde no trabalho. Até.

— Até.


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Notas finais do capítulo


E então o que acharam?
Bom? ruim? razoavel? Dê sua sugestão.

;*



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