Aprendendo a Amar escrita por Cacal


Capítulo 4
Capítulo 3_ part II


Notas iniciais do capítulo

CAPÍTULO EDITADO!



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Ichigo estava entretido com a tv e um bip em seu relógio o avisara de que já era meia noite. Avistara a janela da sala aberta e se perguntava onde seu pai se encontrava. Isshin sempre fora de chegar mais tarde que o ruivinho em casa, principalmente quando sabia que Inoue dormiria com ele, mas não ia dormir com a Orihime hoje e lembrava-se de que seu pai o avisara que não ia demorar muito. Ficou meio preocupado, porém seus devaneios foram interrompidos assim que ouviu o som de alguns passos virem do corredor.

— Não devia estar dormindo? – perguntou o ruivo vendo a jovem na sua frente, aparentemente exausta.

— Deveria se eu estivesse em casa. Onde estou?

— No meu apartamento. – respondeu indiferente, voltando a assistir o seu filme.

— Como? – Rukia estava incrédula.

— O que foi? Queria que eu te deixasse naquele estacionamento? – perguntou Ichigo fitando a menina.

— É que não fica bem uma moça dormir na casa de um rapaz, ainda por cima comprometido. - explicou-se, segurando suas mãos, envergonhada.

— Por acaso você estudou em algum colégio de freira?

— Não, mas eu preciso ir pra casa. Obrigado por tudo senhor Ichigo. – disse indo em direção à porta.

— Não fica bem uma moça solteira como você sair a essa hora da noite, o que os rapazes maliciosos irão pensar. – logo Rukia parou e voltou a se sentar ao lado de Ichigo.

Ao ouvir e compreender o que seu chefe estava tentando lhe alertar, Rukia  parou e andou até o sofá e sentou-se ao lado de Ichigo. Ele a encarou de lado e sorriu ao perceber o constrangimento da morena, ele até a levaria para casa agora, mas o combustível de seu carro era pouco e não deixaria uma moça como ela pegar um táxi com um motorista qualquer, ainda mais a essa hora.

— E agora o que eu faço?

— Bem, eu estou assistindo "Atire Para Viver e Reze Pelos Mortos” é um filme muito bom.

— Você gosta de filmes de faroeste?

— Gosto sim, mas curto mais filme de ação, e você? – perguntou parando de olhar para a tela e fitando a jovem.

— Eu gosto muito de filmes Românticos.

— E você acredita em paixão, amor essas coisas? – perguntou não tirando os olhos da pequena.

— E você não acredita? – perguntou também o olhando.

— Primeiro responde a minha pergunta, você acredita?

— Acredito. E você?

— Eu não acredito.

— Eu acredito porque eu já me apaixonei antes, umas duas vezes. – disse dessa vez olhando pro nada, meio melancólica.

— E é por isso que você decidiu ser médica? – perguntou já imaginando o que tinha acontecido, conhecia muito bem aquele olhar.

— Bem, eu tinha um amigo quando eu tinha uns doze anos, o nome dele era Kabuto. Eu costumo dizer que ele foi meu primeiro amor. - disse sorrindo apesar do olhar distante. — Ele acabou tendo leucemia e morreu, foi daí que eu pensei em ser médica, mas antes disso quando eu tinha dez anos a minha irmã Kuchiki Hisana, morreu por uma doença desconhecida.

— Eu não sabia que o Byakuya tinha tantas irmãs.

— E ele não tem, na verdade o nii-sama era casado com a Hisana e quando ela morreu, ele me adotou pra eu não ir parar no orfanato. E você porque quis ser médico?

— Meu pai é médico.

— Por isso? – perguntou não acreditando muito em sua resposta.

— É por isso, sim... Eu vou fazer um ramem, você vai querer? – antes de Rukia responder algo sua barriga revelou sua fome. — É parece que sim. – concluiu indo até a cozinha preparar o tal Ramem.

Após preparado, Ichigo e Rukia sentaram-se na mesa de frente um para o outro e se deliciavam do gostoso ramem de porco sem mencionarem uma palavra durante a degustação.

— E então, você tinha dito que se apaixonou duas vezes, quem foi o outro cara? – perguntou Ichigo, tentando acabar com o silêncio, mas acabou fazendo Rukia ficar nervosa derrubando o ramem em sua roupa. — Rukia, você se queimou? – indagou levantando-se bruscamente, preocupado com a jovem.

— Não, mas agora estou toda suja de ramem.  – disse tentando limpar sua roupa com as mãos.

— Eu acho melhor você tomar um banho, e não vem com essa conversa de que não fica bem, porque o que não fica bem é você ficar com cheiro de ramem de porco.

— Mas eu não tenho outra roupa pra vestir.

— Eu te empresto uma camisa, agora vai tomar um banho, o banheiro fica de frente pro meu quarto.

Logo Rukia foi para o banheiro, tirou a roupa que estava toda melecada de ramem e foi para debaixo do chuveiro.

— Eu não acredito que estou tomando banho no banheiro de um estranho. – a Kuchiki nem imaginava que estava falando em voz alta.

— Eu não sou um estranho, sou seu patrão.

— Obrigada, por me lembrar disso! - gritou Rukia de dentro do banheiro.

— De nada! – respondeu debochadamente. — E aqui esta a toalha, eu vou deixar na porta e não se preocupe eu estarei na sala e a camisa está em cima da minha cama.

Rukia abria a porta do banheiro vagarosamente, pegou a toalha e se enrolou nela indo em direção ao quarto de Ichigo que ficava de frente ao banheiro e logo vestiu a camisa de Ichigo, que era uma camisa social de manga longa e branca, ficou parecendo um vestido em Rukia que ficava uns três palmos acima do joelho, mostrando assim as belas pernas que a jovem possuía.

— Eu fiz pipoca. – disse Ichigo colocando uma quantidade de sal razoável. — Você q... - calou-se ao ver Rukia na sua frente vestida com sua camisa. "Ela está muito mais muito s... ARGH Ichigo seu baka você tem namorada." – pensava Ichigo se repreendendo.

— AH você não tem nenhuma calça pra me emprestar? – perguntou meio tímida percebendo os olhares do ruivo em suas pernas.

— Calça? Se minha camisa ficou assim em você, imagina minha calça. – riu de forma debochada. — Vem, vamos assistir a um filme.

— Qual é o filme?

— Bem, como você gosta de romance, eu vou colocar "O casamento do meu melhor amigo". E antes de perguntar, esse filme é do meu pai, ele também adora romance. – nisso Ichigo colocou o DVD no aparelho e os dois sentaram-se no sofá.

— Ichigo...

— Sim?

— Sabe, é muito doido isso tudo não acha?

— Isso tudo o que?

— Bem, nós nos conhecemos há umas horas atrás e agora estamos aqui como se fossemos dois amigos, comendo pipoca... – falou Rukia pensativa.

 — É verdade, então digamos que somos amigos.  Falar nisso, hoje você trabalhou muito e nem conheceu direito as pessoas do hospital. Amanhã eu te apresento a eles, mas já te aviso uma coisa, vê se não se enturma muito com a Matsumoto, se não vai acabar ficando que nem a Inoue.

— Não se preocupe, eu não sou "cabeça fraca" como a sua namorada.

— Se não fosse não estaria aqui. – disse a olhando de canto.

— O que você quer dizer com isso?

— Quero dizer que você já estava indo embora e acabou ficando e isso foi contra seus princípios.

— Lógico é o que qualquer pessoa faria se ouvisse, "Ou você fica ou será estuprada na rua!" – disse a última frase imitando o ruivo.

— Eu não falei que você ia ser estuprada.

— E o que você quis dizer com "rapazes maliciosos" então? E, aliás, o que você quer comigo?

— O que eu quero com você?

— Por que me trouxe para o seu apartamento?

— Oras, você estava dormindo e eu não sei onde fica sua casa.

— E por que me fez vestir essa sua camisa e ainda ficou de olho nas minhas pernas...

— Se esqueceu de que você derramou ramem na sua roupa.

— É, mas pelo que eu vejo você tem irmãs em casa e podia muito bem me emprestar às roupas delas. – disse apontando para o porta-retratos que estava na estante.

— Não há nenhuma roupa delas. - disse cabisbaixo. — Por que elas não estão mais aqui...

— E é por isso que você queria ser médico? – perguntou Rukia já mais calma ao entender  o que o ruivo estava lhe dizendo.

— Não fale besteira, eu já disse o porquê de ser médico. – disse se exaltando.

— Não deve ser só por que seu pai é médico. Porque não me diz? Eu...

— Eu não sou que nem você, que vive espalhando sua vida pra qualquer um. – disse irritado, mas logo se arrependeu ao ver Rukia se levantando e indo em direção à porta. — Ei, onde você vai?

— Para casa, não fico mais nenhum minuto aqui! – exclamou abrindo a porta e saindo.

"Droga! Eu me esqueci de trancar a porta" – pensava Ichigo. — Você não pode sair desse jeito. – avisou Ichigo, mas Rukia não o ouviu já tinha pego o elevador.

O prédio onde Ichigo morava tinha quinze andares e possuía dois elevadores, sendo que o elevador de serviço estava quebrado para infelicidade de Ichigo que morava no 11º andar, acabou indo pelas escadas ficando assim muito difícil de alcançar Rukia.

"Droga! Porque eu fui morar logo no 11º andar!" – pensava Ichigo, enquanto descia as escadas correndo... "Preciso alcança-la, antes que aconteça algo com ela, droga por que ela foi ter que sair daquele jeito..."

— Que elevador mais lento. – dizia a jovem irritada de dentro do elevador, que logo chegou até a portaria do prédio. — Até que enfim! – bufou a jovem impaciente.

— Minha jovem, eu acho melhor a senhorita não... – avisava o porteiro, mas Rukia nem deu bola. — É PERIGOSO!

— Dane-se se é perigoso... – murmurou para si, estava aparentemente estressada, ficou andando o tempo todo resmungando mal percebia que estava cada vez mais distante do prédio de Ichigo e estava sendo seguida por três rapazes...

— Veja o que temos aqui! – exclamou um dos três rapazes, tinha olhos verdes e possuía cabelos longos e loiros. — Que graça de garota! – continuou ficando de frente a Rukia, fazendo-a recuar , esbarrando assim em outro rapaz, mas esse tinha o cabelo curto e preto de olhos de mesma cor.

— O que querem de mim? – perguntou Rukia com a voz tremula.

— O que acha que nós queremos? – retrucou o terceiro rapaz, esse tinha os cabelos curto e loiro de olhos pretos.

— Me deixem ir. – disse com a voz falha estava suando frio.

— O que você pretendia saindo desse jeito na rua, o que você acha que os rapazes maliciosos iriam pensar, hein? – dizia o loiro dos olhos pretos se aproximando da jovem.

— Me solta! – gritava Rukia desesperada ao sentir a mão de um deles em suas pernas.

— Ei vocês soltem a garota! – alertou certo ruivo que estava aparentemente exausto.

— O que você vai fazer? Bater em nós três? – questionou o loiro com sarcasmo fazendo os outros dois rapazes rirem.

 — Eu falei para soltar a garota. – disse de um modo frio, Ichigo sentia sua cabeça ferver; um ódio crescia dentro de si.

— Pessoal, vamos dar uma lição nesse cara. – disse o loiro, logo o rapaz moreno correu em direção ao Ichigo e levou uma rasteira caindo com a cabeça no chão, em seguida o rapaz do cabelo comprido surpreendeu Ichigo com um soco na barriga fazendo-o cuspir sangue, Ichigo olhou para o rapaz com ódio e logo lhe deu um soco na cara fazendo-o cambalear para trás. Após isso, o terceiro rapaz correu em direção ao Ichigo levando um chute na cara. Enquanto um dos rapazes saia correndo, os outros dois ficaram deitados na rua desmaiados.

— Rukia? – falava Ichigo ofegante olhando para os lados, até encontrar Rukia em um canto toda encolhida, Rukia estava suando frio e não parava de tremer. — Rukia, você está bem? –perguntou Ichigo aproximando-se preocupado.

— Não me toque! – gritou Rukia desesperada.

"Meu Deus, eu não acredito ela foi...” – pensava Ichigo vendo o desespero de Rukia. Percebera que ela não estava nervosa pelo que quase aconteceu, ela lhe parecia traumatizada com algo e imaginava o que se tratava. Já conheceu muitas pacientes suas com esse mesmo comportamento, precisava conforta-la fazer com que Rukia confiasse nele. Ele nunca iria lhe fazer mal. — Você está certa... – resolveu dizer, cabisbaixo.

— Certa? – perguntou tremula.

— O fato de eu ter me tornado médico, foi por ter perdido minhas irmãs e minha mãe em um acidente de carro e eu e eu pai sobrevivemos a esse acidente, a partir daí foi que eu decidi salvar vidas. – disse de uma vez olhando nos olhos de Rukia que parava de soluçar. — Vem vamos pra minha casa. – logo Ichigo a carregou pelos braços e caminhou até o prédio. Durante o caminho Rukia adormeceu nos braços do ruivo.

Chegando ao prédio, Ichigo foi direto pro seu apartamento e deixou Rukia dormindo em sua cama e logo foi até a sala ajeitando o sofá e logo adormeceu.


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