Grécia

_Shaka, poderia explicar melhor o porquê de o Mu ir pessoalmente buscar Atena no Japão?

_Aiólia, você também deve ter sentido um cosmo diferente, fraco, mas um tanto divino, não?

_Shaka, você está dizendo que estamos entrando em outra guerra?

_Não sei, Aiólia, mas é bom que estejamos preparados. Por isso o Mu foi pessoalmente falar com a deusa.

_Entendo. -Disse o cavaleiro de Leão seguindo para sua casa.

Tókio

_Atena, nós também sentimos um lampejo breve desse cosmo estranho. Vim aqui lhe pedir para voltar ao santuário, pelo menos até que as dúvidas se dissipem.

_Acho que você tem razão, Mu. Vou partir esta noite, não vou com você agora porque não quero preocupar o Seiya e os outros, afinal não sabemos exatamente do que se trata.

_Está certo. Até breve minha deusa.

_Até Mu.

O lemuriano desapareceu deixando Saori na solidão do escritório, até Seiya entrar na casa acompanhado de Shun, quebrando todo silêncio.

_Saooooriiiiiii!

_ Seiya, não precisa gritar! – Falou Shun.

_Mas que barulheira é essa? Ah, só podia ser esse moleque mesmo! – Disse Tatsume.

_ Boa tarde, Tatsume. Viemos falar com a Saori, ela se encontra? – Perguntou Shun.

_ Devia aprender com o Shun – Disse Tatsume apontando para o Seiya_ A senhorita Saori está no escritório.

No escritório da mansão Kido, Saori procurava um meio de não alertar Seiya e os demais quanto a sua ida para o santuário. Mas isso era uma missão impossível em relação ao Seiya que ficou fazendo várias perguntas sobre o motivo de sentir o cosmo de Mu na mansão.

_Saori, nós vamos com você para o santuário. – Disse Seiya.

_Não Seiya. Não é necessário, vou achar melhor se vocês ficarem aqui. Qualquer coisa, eu comunico.

_Está bem, Saori. – Falou Shun. Saori pediu para Tatsume avisar ao piloto do jatinho, que iam depois do jantar para a Grécia.

_Shun, não podemos ficar aqui parados enquanto algo está para acontecer com a Saori ou até com a Terra! –Disse Seiya após a partida de Saori.

_Calma, Seiya! Foi a própria Atena que disse para nós ficarmos exatamente aqui. Não seja precipitado.

_Shun, mas foi você mesmo que disse ter sentido um cosmo diferente... Também os cavaleiros de ouro, pois se fosse o contrário o Mu não teria vindo pessoalmente.

_Seiya, podemos estar nos precipitando por nada. É melhor esperarmos. Seiya seguiu para o seu apartamento e Shun permaneceu na mansão Kido. Mas o cavaleiro de Pégasus estava muito apreensivo para ficar em casa.

_Shun, eu não posso ficar parado esperando algo acontecer, por isso vou agora mesmo para o santuário. –Disse Seiya consigo mesmo, levando nas costas a caixa de pandora contendo a armadura de Pégasus.

Rozan

Shunrei e Ni-Cheng ainda conversavam, agora mais perto da cachoeira, onde podiam ver Dohko e Shiryu treinando.

_Shunrei, se eu não conhecesse a história dos cavaleiros de Atena, não acreditaria que aquele velho ancião era na verdade um jovem viçoso.

_É verdade, eu também nem acreditei! – Disse Shunrei rindo.

_ Esse Shiryu, é muito bonito, dá para entender porque você se apaixonou por ele!

_Bem, não gosto dele apenas pela sua beleza externa, é muito mais que isso, é profundo...

_Entendo. – Respondeu Ni-Cheng olhando séria para Shiryu.

_Bom, já estar escurecendo, vou preparar o jantar, você vem?

_Er... Daqui a pouco eu vou, Shunrei.

_Tudo bem, mas tome cuidado!

_Não se preocupe, minha querida! Ni-Cheng ficou olhando por mais algum tempo os cavaleiros treinando. Depois que eles se retiraram, ela embrenhou-se nos bambuzais e foi para uma caverna escondida atrás das árvores.

_Você precisa arrumar um jeito de tirá-la daqui.

_Está sendo muito difícil, minha divindade! Respondeu Ni-Cheng.

_Você dará um jeito, quanto mais rápido, melhor será para você.

Ni-Cheng voltou para a casa de Shunrei pensando em como ia colocar seu plano para funcionar. No dia seguinte estavam todos tomando café juntos e um assunto muito delicado foi abordado.

_Dona Ni-Cheng, pelo que observamos, a senhora está muito melhor agora. O que pretendo fazer, já que encontrou sua filha? -Perguntou Dohko despreocupado.

_Bom, eu queria ter mais tempo com a minha querida Shunrei. Gostaria que ela viesse comigo para Europa.

_O QUÊ? EUROPA! – Disseram Shunrei e Shiryu juntos.

_Mestre, o senhor não pode permitir que essa mulher leve a Shunrei embora. Disse Shiryu nervoso.

_Acalme-se rapaz, eu não sou um monstro e muito menos quero a infelicidade da minha filha. Lembre-se que eu sou a mãe dela e a estou convidando para passar um tempo comigo. Ou você acha certo, uma moça morar sozinha com dois rapazes numa montanha solitária?

_Shunrei, você sabe que a amo como uma filha –Começou Dohko –E quero o seu bem, é claro que essa viagem para outro continente, vai ser muito boa para você, vai aprender coisas novas, mas está em você aceitar ou não. Saiba que sempre estaremos do seu lado.

_Obrigada, Mestre. Quando a senhora pretende ir?

_Daqui ha dois dias. –Respondeu Ni-Cheng.

_Eu...Eu... –Shunrei olhou para Shiryu como se estivesse pedindo desculpas –Eu aceito ir com a senhora, mas será um tempo breve.

_Minha filha, que felicidade!

Depois do almoço, Shiryu acompanhou Shunrei até a vila, ela precisava comprar algumas coisas para a casa e também para a sua viagem.

_Shunrei, não queria que você partisse. Disse o cavaleiro no caminho de volta.

_Eu sinto muito, Shiryu. Mas é minha mãe! Todo esse tempo eu pensei que fosse órfã e agora, um milagre aconteceu...

_Fico feliz por você. Gostaria de passar o resto do dia com você.

_É claro, meu amor. Vamos fazer um piquenique, só nós dois.