Uns dias depois Anita, entrava em casa e escutava Sofia e Vera discutindo na sala acaloradas.

– E o que tá havendo aqui gente. – Anita perguntou sem entender nada.

– Não te mete também tá. – Sofia retrucou com raiva.

– Calma só tava querendo ajudar, eu vou pro quarto. – Anita falou subindo as escadas.

– O carro do teu pai já esta ai Sofia. – Vera afirmou.

– Eu não vou mãe, se o Ben vai voltar pra cá eu fico aqui. – Sofia retrucou.

– Nem pensar, namorados não moram no mesmo teto, foi assim com a Anita vai ser assim com você. – Vera taxou.

– E dai depois que a Anita, até na garagem se encontrava com ele. – Sofia falou.

– Mais um motivo pra você estar longe. – Vera respondeu.

– E a Anita vai ficar, isso não é justo. – Sofia rebateu.

– Ela fica, não tem nada a ver com isso mais, e eu preciso da ajuda dela aqui. – Vera afirmou.

– Nunca vou te perdoar por isso, principalmente se a invejosa da Anita toma o Ben de mim. – Sofia disse, ameaçando.

– Não importa, é o certo e ponto. – Vera falou.

– Eu te odeio mãe. – Sofia afirmou revoltada.

– Eu vou te levar até lá fora, pra ajudar com as malas. – Vera disse pegando as coisas da garota.

– Pelo menos lá na Barra, eu tenho tudo. – Sofia falou fechando a porta contente um pouco.

A noite Vera conversava com Ronaldo.

– Sofia ficou furiosa, Ronaldo. – Vera falava mais tarde nervosa com tudo.

– Foi o único jeito Vera, nós temos que pensar em ajudar a Cícera o resto nós vemos depois, essa piora dela vai ser bom ter o filho por perto. – Ronaldo justificou.

– Mais tem a Anita, não sei o que ela vai achar disso. – Vera afirmou tensa.

– Vamos ter que conversar com ela também. – Ronaldo disse.

– É. – Vera apenas concordou.

– E o Ben vem hoje ainda. – Ele indagou.

– Deve tá chegando, pedi pra ele fazer uma surpresa pra ela. – Vera respondeu.

– Gente oi. – Ben falou entrando.

– O meu filho, seja bem vindo de volta. – Ronaldo falou o abraçando.

– É pai nunca pensei que eu fosse voltar pra cá, e ainda mais assim. – Ben afirmou nervoso.

– Vai dar tudo certo Ben. – Vera tentou acalmá-lo.

– Tomara. – Ele respondeu apenas.

– Ben, o que você faz aqui com essa mochila. – Cícera questionou.

– Eu vim pra ficar um tempo, pelo menos até você ficar melhor. – Ele explicou.

– Não precisa se preocupar meu filho, eu não quero que você mude os teus planos por minha causa. – Ela respondeu.

– Eu não tenho planos nenhum mãe, eu tinha, mais não deu certo, a única coisa que me importa agora é ver você bem de novo, o resto é o resto. – Ben falou.

– Ter você aqui, não vou negar que é muito maravilhoso. – Ela disse o abraçando.

– Ter quem, pera ai você, que isso aqui. – Anita disse, vindo à sala e ouvindo parte da conversa.

– É filha a gente te explica, mas fica calma Anita. – Vera conhecia o gênio da garota.

– É gente eu estou esperando, qual é a explicação plausível que vocês tem pra me dar, porque se for o que eu estou entendo na boa. – Anita falou com os braços cruzados aos quatro.

– Anita a Vera e o Ronaldo, pediram pro Ben voltar pra cá por minha causa, mais se você. – Cícera se manifestou.

– É sério isso. – Anita questionou encarando Ben.

– Anita, se você acha, que não tem como eu ficar, eu não fico, é direito teu não querer conviver comigo, eu vou entender, eu só vim mesmo por causa da minha mãe eu juro. – Ben disse a ela.

As palavras do garoto lhe chocaram, talvez ela tivesse percebido o quão horrível era a forma, como ela o afastava de perto de si.

– Não é que, eu não sabia de nada. – Anita falou angustiada consigo mesma.

– Eu ia te falar filha mais não deu tempo, falei com a Sofia primeiro, mandei ela pra morar com o Caetano por um tempo. – Vera justificou.

– Tá, entendi. – Ela falou, paralisada.

– Filha tenta compreender a situação. – Vera pediu.

– Qual. – Anita se confundiu.

– Da Cícera e do Ben, Anita. – Ronaldo afirmou.

– Sim, é gente a casa não é minha, quer dizer não só minha, se você vai ficar, fica Ben. – Ela explicou ainda em choque com tudo.

– Vai ser por pouco tempo Anita, assim que as coisas se resolverem, eu volto lá pro Omar. – Ele afirmou.

– Não precisa ter pressa. – Anita não tinha como escolher, era ela contra os quatro com argumentos que faziam mais sentido que os dela, em sua cabeça a única coisa que vinha era traçar imediatamente uma rota de fuga, pra não ter que conviver com Ben.

– Me ajuda com o jantar filha. – Vera tentou acordar Anita de seus devaneios.

– Ajudo. – Ela concordou sorrindo, tentando disfarçar toda a tensão que passava por seu corpo, depois da notícia.

– Vou te ajudar, com as coisas lá na garagem filho. – Ronaldo falou, saindo com Ben.

E ela ficou ali desejando que fosse um pesadelo aquilo. – Vamos fazer o jantar né gente daqui a pouco, já tem gente reclamando. – Anita tentou se despertar.

– Sim. – Vera sorriu.