E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 235
Capítulo 235:




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– E aí dorminhoco acordou. – Anita proferiu ao ver Serguei vir até a cozinha com passes divagares. – Ou será que eu devia dizer belo adormecido. – ela não aquentou em não fazer piada.

– Nossa gente eu apaguei. – ele admitiu. – Era só chá aquilo que você me deu pra beber mesmo Anita. – Serguei se questionou.

– Pior é que era, você tava cansado, não aguentou. – Anita riu da suposição dele.

– Ai gente acho que eu dei uma pirada não é. – Serguei constatou se juntando até Ben que estava parado próximo a geladeira.

– É só um pouquinho assim, acho que foi a saudade. – concordou Anita, cortando alguns legumes que ela usaria para preparar o jantar.

– A verdade é que eu não sei como vai ser meu futuro com a Flaviana daqui pra frente gente, a verdade é que eu não tenho nada pra oferecer pra ela, não é. – disse Serguei ainda cabisbaixo, Anita e Ben lançaram um ao outro um olhar contendo preocupação. – Talvez seja melhor ela morar lá em Nova York com os pais dela. – pensou ele entristecido.

– Que isso, não viaja Serguei. – argumentou Ben.

– No fundo acho que você me entende, não é, às vezes você deve sentir também que pode estar virando a vida da Anita de cabeça pra baixo né. – afirmou ele.

– É, eu não vou dizer que você está errado. – concordou Ben. – Mais eu também sei, e por ganho de causa, porque eu já vivi isso e como vivi. – Que ficando longe da Flaviana vocês dois vão sofrer muito mais. – alegou ele.

– Serguei para com isso, levanta essa cabeça, vai a luta, espera a Flaviana voltar, ela vai voltar, você sabe que ela vai, e aí vocês resolvem como vai ficar tudo. – contrapôs Anita, não sabendo ao certo como ajudar o garoto.

– Sei lá gente, acho que ser o cabelereiro galinha do bairro não era tão ruim, pelo menos eu ainda não tinha me apaixonado, ao ponto de não saber como vai ser minha vida longe dessa pessoa. – pronunciou ele, não sabendo que rumo tomar.

– Ah não! – Serguei, não me venha com essa desculpa não. – Anita o lançou um olhar de contrariedade. – Porque se você resolver usar está desculpa pra sair relembrando teus tempos de galinha por aí. – alegou ela em um tom indignado. – Eu mesma ajudo a Flaviana a te dar um pé no traseiro, porque aí você vai estar merecendo. – Anita ruborizou taxativa, parando o que fazia para encará-lo.

– Tá vendo, tá vendo como ela é, eu aqui com a cabeça em frangalhos, já não sabendo o que fazer e ela me dá uma ajuda dessas. – Serguei retrucou olhando para Ben, demostrando chateação pelas palavras da amiga.

– Eu te respondo com outra pergunta. – ponderou ela. – Me diz por que, vocês sempre usam a mesma questão, de que fomos à gente que destruiu o coraçãozinho e o mundo cheio de amor de vocês, pra saírem galinhando por aí. – soltou Anita impaciente.

– Acho que quando ela diz vocês, ela também te incluiu no pacote parceiro. – disse Serguei contendo o riso, enquanto Ben apenas observava com atenção.

– Serguei eu to falando sério, a Flaviana pode até ser meio destrambelhada de vez em quando, mais burra ela não é, experimenta fazer ela de idiota. – afirmou Anita com seriedade.

– Olha só, eu não vou conversar com você enquanto você segurar essa faca na mão não, porque te conhecendo, pode sobrar até pra mim. – zombou ele. – E vou te dizer outra coisa sinceramente, só te amando muito mesmo, pra te aguentar. – brincou o garoto.

– Muito engraçadinho você. – ironizou ela, soltando o objeto sobre a pia. – E quanto a me amar ou não, eu sei que você ama, não de um jeito tão profundo, mais ama. – debochou ela, nem ligando.

– Gente eu só estou confuso e sozinho não é, mais essa questão aí que você levantou, está fora de cogitação. – garantiu ele.

– Claro, até porque você banca o bobão de vez em quando, mas também não é burro. – Anita afirmou.

– Eu já vi que as semanas irão virar anos intermináveis até minha maluquinha voltar. – suspirou o ruivo.

– Relaxa vai, o tempo acaba passando rápido você vai ver. – respondeu Anita querendo encorajá-lo de alguma forma.

– É Serguei, também se você ficar pensando que a Flaviana tem que voltar amanhã, você só vai ficar mais pilhado né. – supôs Ben.

– É talvez gente, bom eu vou indo, o pessoal lá em casa deve estar preocupado comigo. – disse ele.

– Não quer ficar pro jantar. – Anita convidou, pressentindo que talvez não fosse bom o amigo ficar sozinho.

– Não obrigado, mas eu tenho que ir mesmo, e também tem o trabalho não é, vou fazer minha parte e mandar por e-mail pra vocês. – alegou Serguei.

– Serguei não precisa se preocupar com isso, nós damos um jeito. – garantiu Ben.

– Não imagina, não é justo deixar vocês com uma responsabilidade que também é minha. – respondeu ele. – E também assim eu me distraio um pouco até a Flaviana dar sinal de vida. – previu o garoto.

– Por esse lado. - concordou Anita junto a um sorriso.

– Boa noite gente, até amanhã. – Serguei foi se despedindo.

– Tchau, e se cuida né. – pediu Anita.

– Pode deixar. – afirmou ele. – Tchau Ben. – disse Serguei saindo rapidamente.

– Tchau boa noite. – falou Ben.

– Será que ele vai ficar numa boa mesmo. – Anita questionou ao namorado.

– Vai, até porque a essa altura a Flaviana já deve estar procurando ele na internet, telefone. – proferiu Ben sorridente.

– É há essa hora ela deve ter cansado das compras, e lembrou dele, se é que Flaviana cansada de fazer compras, pode ser algo que aconteça. – riu ela.

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– Então tem outra parte aqui, já esta certinha, só digitar. – Disse Ben a Anita que olhava a tela do computador dispersa. – Amor, oi. – ele chamou sua atenção.

– Que. – Anita perguntou com a cabeça longe devido ao excesso de sono.

– Você tá legal. – riu ele passando as mãos nos cabelos dela.

– Acho que eu só to com sono. – Anita revelou sentindo-se exausta.

– Tá dando pra notar mesmo, e o pior é que nós nem podemos reclamar né, deixamos pra última hora. – afirmou ele. – Faz assim vai dormir que eu termino aqui. – Sugeriu.

– Não, e eu vou te deixar com o abacaxi na mão, te ajudo a terminar, assim nós acabamos mais rápido também. – falou ela.

– Tem certeza. – Ben questionou.

– Ahan tenho, me dá aqui. – pediu ela o caderno. – Eu vou terminar aqui, e vou já fazer a conclusão. – informou ela querendo despertar-se.

– Se tem certeza que vai ter raciocínio pra isso, mesmo morrendo de sono. – Ben alegou sorrindo brincalhão.

– Ah não me subestima. – rebateu ela sorrindo, figindo que estava ofendida, jogando um beijo a ele.

Alguns minutinhos depois. – Ai será que a gente acabou, ou eu já dormi e estou sonhando. – dizia Anita para Ben, de uma forma brincalhona e ao mesmo tempo desacreditada, no momento em que olhava para a tela notebook a sua frente e já via as letras se misturarem umas as outras, tamanho era seu cansaço e falta de concentração.

– É mais pode acreditar. – sorriu Ben, a puxando pela cintura e a trazendo para sentar em seu colo. – E ainda sobrou meia hora do tempo que nós achamos que iria levar. – disse ele a olhando nos olhos.

– Ahan ótimo, tempo esse, que eu pretendo usar pra dormir, porque com o sono que eu to, acho que eu dormia pra começar umas cinquenta horas, mas já que não dá meia a mais do que eu pensava está de bom tamanho. – Anita respondeu, achando graça d cara insatisfeita que Ben havia esboçado.

– Muito legal isso, e eu achando que você diria que usaria o tempo pra ficar mais um pouco comigo, mais não, vai usar mesmo pra fazer companhia pro travesseiro. – falou ele alegando indignação.

– Você quer companheiro mais fiel, honesto e parceiro do que essa, veja bem, o travesseiro não reclama, não me diz que eu to errada quando eu não quero ouvir, não me cobra, ouve meus lamentos sem dizer que eu sou dramática ou algo do tipo, só pra começar. – Anita zombou.

– Eu diria também que ele não te beija. – rebateu o garoto, ignorando a falação dela por completo, seguido de um beijo com vontade.

– Eu também não falei que não tinha nenhuma desvantagem tá. – Anita afirmou afastando seu rosto do dele, os dois se encaram e riram antes de iniciarem um novo beijo. – Mais falando muito sério, eu tenho que ir dormir, já passei do nível de cansaço pra um nível crítico que eu nem sei qual é. – argumentou ela manhosa.

– Tá bom vai, faz um tempão mesmo que você tá lutando contra o sono, e assim deixar o olho aberto. – caçoou ele, passando de leve as mãos nos cabelos dela.

– Nem adianta tá, porque eu vou mesmo. – defendeu-se ela, enquanto Ben lhe lançava um olhar, como quisesse que ela mudasse de ideia. – Boa noite. – desejou ela sorridente.

– É né, boa noite. – respondeu Ben em meio a um longo suspiro decepcionado.

– Para vai, deixa de ser chato. – riu Anita, lhe dando um beijo, para logo depois ir embora.

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– O despertador de todo mundo quebrou nessa casa mano, até o teu doidinha. – Luciana afirmou divertida quando viu a sobrinha terminando de descer a escada.

– Bom dia tia, e sim deve ter sido isso mesmo. – Anita não desmentiu. – Aliás, essa mania de pôr o celular pra despertar é ótima, mas não funciona quando você não sabe onde deixou o celular. – exclamou ela, servindo um pouco de café em sua xícara. – Você sabe se o Ben já está de pé. – indagou Anita.

– Não, mais também eu acabei de saí do meu sofá. – Luciana respondeu tranquilamente, enquanto tomava seu café.

– Pra ser sincera, como você aguenta dormir nesse sofá. – pensou Anita.

– Pior do que ele mano, deve ser o chão do quintal, que jeito. – justificou Luciana.

– Tá certo. – Anita achou graça. – Eu vou ver se o Ben já acordou, tem apresentação de trabalho na primeira aula, não dá pra chegar atrasado. – especulou Anita se deslocando em direção ao quarto do garoto com a xícara de café em mãos. – Ben... – Anita entrou na garagem chamando pelo namorado, caminhando tão desatenta que nem percebeu quando esbarrou nele.

– Eu não acredito que você fez isso. – afirmou ele já as gargalhadas, quando constatou que ela tinha virado todo o liquido da xícara em cima dele.

– Eu posso dizer que eu não fiz, se isso vai fazer você se sentir menos encharcado. – falou Anita, fingindo estar séria.

– Meu deus Anita. – disse ele tentando calcular o tamanho da lambança que ela havia feito. – Juro, que antes eu achava que um pouco dessa tua mania de virar as coisas em cima de mim, era em grande parte nervoso, porque eu ficava no teu pé quando você queria mesmo estar longe. – exclamou Ben debochando. - Mas esse episódio foi porque então? – perguntou se perdendo em seu raciocínio.

– Digamos que esse faz parte daquela regrinha básica que a sorte raramente me acompanha. – respondeu ela rindo de si própria. – Melhor tirar a camiseta e botar pra lavar vai, ou você nunca mais vai se recordar que ela era branca depois que a mancha do café secar. – a garota constatou.

– Olha só além de muito sem graça isso é desleal viu, pelo menos avisa, assim quem sabe eu tento evitar. – ironizou ele rindo.

– Se eu soubesse quando meu lado destrambelhada está ditando as regras ,juro que eu avisa tá. – Anita não ligou para a implicância dele. – Me desculpa, você sabe que foi sem querer. – explicou ela risonha, pegando a camiseta da mão dele, e lhe dando um beijo de desculpas.

– Anita. – alguém a chamou com a voz firme.

– Mãe. – Anita disse de volta receosa, quando virava-se para decifrar quem a chamava e avistou Vera parada de braços cruzados, parecendo nada satisfeita.

Continua...


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