E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 234
Capítulo 234:


Notas iniciais do capítulo

Uma boa leitura a todos!!



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– Ué, tudo calmo assim mesmo. –Anita surpreendeu-se quando abriu a porta de casa e encontrou a sala deserta e na mais absoluta paz depois que voltou do passeio com Ben.

– É confesso que também achei que teria uma comitiva esperando a gente aqui. – Ben concordou com ela, fechando a aporta devagar para não fazer barulho.

– Ou um congresso, nos fazendo acusações nada pacíficas. – retrucou ela, ascendendo a luz do abajur. – Bom então melhor à gente também ir dormir, antes que alguém mude de ideia, não é, e nossas suposições se concretizem. – alertou a garota, parada de frente para Ben que se sentava no sofá.

– Eu acho que nós podíamos aproveitar essa calmaria toda, pra ficar um pouco mais juntinhos, lá na garagem, que tal. – propôs ele, se erguendo até ela e lhe dando um beijo devagar. – Saudade de ficar com você, assim juntinho, do teu calor dormindo do meu lado, teu cheiro. – ele quis convencê-la.

– Jura? – Sério que você ainda consegue sentir saudades de mim. – Anita questionou sorrindo, entrelaçando os dedos nos cabelos dele.

– Claro né. – disse ele seguido de alguns beijos.

– O que é no mínimo doido, porque a gente vive grudado, agora ainda muito mais com essa história do pessoal ficar dando gele na gente, nós passamos a maior parte do tempo que nos sobra, juntos. – contrapôs ela.

– Juntos, e sempre com alguém de olho, ou seja, privacidade é algo que eu já nem sei mais o que significa. – especulou Ben, ajeitando uma mecha do cabelo dela.

– Ok, essa casa está sempre cheia mesmo. – a menina acabou admitindo. – Eu não reclamaria se nós tivéssemos um pouquinho menos de cobranças e consequentemente nós pudéssemos passar um tempo mais juntos, sem tantas perguntas do nosso paradeiro, amararia aliás, mais... – pronunciou ela.

– Mais. – Porque que sempre depois do mais não vem coisa boa. – Ben a perguntou enquanto lhe beijava o pescoço.

– Por quê? – Não sei por quê. – respondeu Anita achando graça. – Mais o que eu sei, é que a gente tem um dia cheio amanhã, e tem mais amor, minha mãe e o Ronaldo tem razão, e a casa deles, eles tem mais quatro pra administrar a vida, e se nós dermos brecha, vamos perder o resto do moral que sobrou. – alertou Anita, mesmo não gostando de pensar de tal forma.

– Eu juro que se eu pudesse, eu dava um jeito nisso, resolvia essa situação, procurava um lugar pra gente morar, que fosse só nosso. – afirmou ele.

– É seria maravilhoso, não sei se pra eles, mas talvez pra gente, solucionar um pouco as coisas. – Anita concordou. – Mais gente também tem outras coisas a pensar, faculdade talvez seja uma delas. – alegou ela. – E melhor a gente ir dormir né, antes que percamos o resto do sono, por pensar em tanta complicação. – ressaltou brincalhona e com um beijo.

– Tá bom, então uma ótima, perfeita noite pra você. - desejou Ben entre um beijo e outro.

– Pra você também. – afirmou ela, se despedindo do amado com um último beijo.

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DIA SEGUINTE:

– Bom dia. – Vera disse quando desceu de seus quarto e encontrou o marido e Giovana tomando café.

– Bom dia meu amor. – Ronaldo respondeu com um sorriso largo a mulher.

– Nossa eu dormi demais, você podia ter me chamado Ronaldo. – Vera alegou.

– Imagina, você estava cansada, precisava dormir mais um pouco Vera, anda trabalhando muito. – afirmou Ronaldo, percebendo certo estresse aparente no excesso de trabalho e tarefas que Vera estava executando.

– Ainda bem que você pôs o café, não é. – disse Vera mais aliviada que seu atraso não tinha prejudicado o andamento da vida diária de todos.

– Mais não fui eu, baixinha. – Ronaldo falou negando.

– Ué então quem foi. – se perguntou ela.

– Acho que foi a Anita. – esclareceu ele.

– Ah a Anita e onde ela está. – questionou Vera, surpresa com a resposta dele.

– Quando eu desci a mesa já estava posta, e ela e o Ben já estavam de saída para o colégio. exclamou ele, terminando também seu café.

– Saíram cedo os dois, na certa nem foram pro colégio pararam em algum lugar pra ficarem namorando. – desdenhou ela. – Só espero que essa liberdade exacerbada que você parece que está disposto a dar aos dois, não nos trazem consequências sérias e desastrosas mais pra frente. – disse a mulher com certa preocupação.

– Cara eu também to indo pra aula viu, bom dia pra vocês. – Giovana achou melhor se retirar antes que sobrasse para ela.

– Bom dia filha. – desejou Ronaldo de volta.

AO FINAL DA TARDE

– Toma, você vai ficar melhor. – afirmou Ben, alcançando uma xícara com chá a Anita, que estava sentada na cama do garoto, com o notebook em mãos enquanto eles esperavam Serguei para realizarem um trabalho do colégio.

– Nossa, sério ficar resfriada é tudo que eu não preciso agora. – disse ela soltando o computador.

– Como você pegou essa rinite hein. – questionou Ben com um sorriso a ela.

– Sei lá, acho que foi aquele móvel que eu trouxe lá da casa da Julia, tinha muita poeira. – supôs Anita. – Eu só espero que seja só uma rinite mesmo, ou acho que eu estou encrencada. – falou ela um pouco desanimada. – Eca, o que você botou aqui, inseticida pra mosquito. – ela reclamou ao provar ao chá, que ele havia trazido.

– Segundo tua mãe, é tira e queda. – riu o garoto dos resmungos dela.

– Serguei tá demorando, não é. – constatou Anita. – Será que ele esqueceu, que a gente tinha combinado de fazer o trabalho de Física. – indagou ela.

– Vai ver ele se atrasou no salão, alguma cliente de última hora. – pensou Ben.

– Sei não, você viu como ele tava disperso na aula hoje. – confidenciou Anita, a respeito da desatenção do amigo que ela pode notar pela manhã. – Só espero que eu esteja errada príncipe. – afirmou a menina.

– Bom então o melhor mesmo a se fazer é ir adiantando o trabalhos sem ele, não é, ou a gente não termina isso hoje. – opinou Ben.

– Ai que me deu um sono. – zombou Anita de si mesma, puxando um travesseiro e se escorando.

– Você fica aí, remoendo essa loucura toda que virou nossa vida, e não dorme direito a noite. – falou Ben não aprovando a atitude da garota. – Errado? – Pressionou ele, Anita desviou o olhar para fugir do assunto.

– Mais ou menos. – ela não escondeu. – Mais falando de coisa séria, Ben eu to começando a ficar encucada com essa coisa do Ronaldo ainda não ter falado pra mamãe sobre a história da viagem. – Anita desabafou com ele.

– Eu também preferia ter contado tudo de uma vez Anita, mas meu pai pediu né. – ponderou ele.

– É, em parte eu entendo o Ronaldo, ele também tá tentando preservar a mamãe de um surto sem volta, pensando que abrandar a situação seja a melhor forma de resolvê-la, mais eu não sei. – respondeu Anita buscando o ar em um suspiro profundo.

– Anita, olha só princesa, seja lá o que a Vera pensar disso, a gente também não fez algo de tão errado assim. – alegou Ben. – Não deixa as conclusões dela, te atingirem tanto assim. – o garoto quase implorou ao perceber o desconforto da amada com a situação.

– Acho que é isso que tem me confundido sabia, ficar tentando pesar os diferentes lados dessa nossa relação, o que a gente acha, o que eles acham, o que eu penso que eles acham. – confidenciou ela, se sentindo pressionada por todos os lados. – Minha mãe pode até achar que não, mais no fundo, eu me sinto meio mal por essa confusão toda, que a gente causou, mas ou mesmo tempo da uma mágoa em pensar como eles colocaram tudo e continuam fazendo, ou sei lá essa história desenterrou todos os sentimentos prováveis em mim, não que eu já não soubesse disso. – murmurou Anita fazendo um desabafo.

– Mais também nós sabemos que começamos essa confusão sem saber de nada, por uma coincidência, que a gente mal sabe se foi coisa do destino, ou do que sei lá, de deus, não sei, que queria promover o encontro de duas almas. – contrapôs ele.

– Duas almas, que não sabiam ou se quer desconfiavam, mas que tinham sido destinadas uma a outra. – acrescentou ela, tendo suas lembranças invadidas pelos episódios ocorridos na Florida. – Na teoria isso tudo é mais que lindo, pena que na prática não seja nem um pouco assim. – se frustrou ela, ao ver seus pensamentos bons darem de encontro com os obstáculos e problemas que os dois já tinham se deparado.

– Bom pelo menos à gente vai ter uma bela história pra contar pros nossos netos. – garantiu Ben, a encarando com um sorriso iluminado.

– Vendo você falar desse jeito, até da vontade de imaginar essa cena exatamente como ela seria. – falou ela emotiva. – Às vezes a gente sonha tão alto Ben. – percebeu a garota.

– E qual o problema, sonho não é crime é. – rebateu ele.

– Não, mais a gente caiu tão feio da outa vez, tanto que nós chegamos a achar que sobreviver seria impossível. – expos Anita seus argumentos.

– Mais a gente sobreviveu, não sobreviveu. – afirmou Ben.

– É sim. – confirmou ela. – acho que é isso, a gente saiu de órbita aqueles dias na Serra dos Órgãos, de tão felizes que nós estávamos, viemos de lá, mais convencidos do que nunca que podíamos enfrentar a mamãe e o Ronaldo, meu pai, só que no fundo o maior algoz dessa história era quem menos a gente desconfiava o Antônio. - Ele era o grande obstáculo, porque ele sim, era capaz de atingir nós dois pra conseguir o que queria da forma mais baixa possível. – resumiu Anita seus pensamentos, com pesar. – Aliás, falando em Antônio, o que houve ontem entre vocês, ele soube da gente, não foi. – Anita acabou perguntando, recebendo um olhar contrariado de Ben.

– Por aí, mais não vamos falar disso não, olha eu aceito falar até da matéria tediosa de Física, mais não disso, não vamos perder nosso tempo não. – declarou ele evitando remexer no assunto.

– Pode até ser, que você tenha razão, mas pelo visto a coisa foi muito mais bizarra do que eu penso, não é. – ela acabou aceitando. – Eu vou levar a xícara lá na cozinha e já venho aí. – comunicou Anita. – E eu posso até concordar com essa tua teoria, mais não pela matéria de Física, que foi só propósito pra fugir do que eu te perguntei, já que você não detesta tanto assim, como Português. – implicou ela debochando.

– Sim senhora madame, já entendi. – ele riu. – De repente falar do Antônio pode não ser tão chato quanto Português, e aquelas regrinhas todas que eu nunca vou decorar, acho que se dependesse disso pra alguém acreditar que eu sou mesmo brasileiro, eu ira continuar sendo americano. – justificou ele, Anita saiu rindo apenas.

– Eu não sei não, onde que anda a doidinha da Giovana. – Luciana respondia as perguntas de Meg, que procurava Giovana.

– Que estranho, mais cedo ela disse que tinha algo pra falar e agora some. – Meg afirmou impaciente com a ruivinha.

– Oi Meg. Tudo bem. – cumprimentou Anita, quando entrou pela porta da cozinha e viu a americana.

– Oi tudo, e você. – respondeu à loira.

– Tudo sim. – disse Anita indo até a pia lavar a xícara que ela trazia em mãos.

– Mina você sabe da Gio. – questionou Luciana para ajudar Meg a encontrá-la.

– Não, a última vez que eu vi ela, foi no almoço e depois eu fui pra Julia, quando eu voltei acho que ela já não estava mais em casa. – exclamou Anita sem saber da irmã. – Mais porque aconteceu alguma coisa. - preocupou-se ela.

– Não, nada Anita, é que ela disse que queria falar comigo. – esclareceu Meg.

– Bom eu realmente não sei dela, mas suponho que até a noite ela apareça. – imaginou Anita. – Falando em desaparecer, Meg você sabe se o Serguei tá lá no salão. – Anita perguntou estranhando todo atraso do amigo.

– Não Anita, ele fichou o salão mais cedo inclusive. – afirmou Meg se vendo confusa.

– Ué então porque ele não apareceu ainda, eu e o Ben marcamos de fazer um trabalho com ele, só que ele não apareceu até agora. – Anita não entendeu.

– Ih gente hoje é o dia de todo mundo desaparecer. – comentou Luciana.

– Anita como eu disse. - Serguei fechou o salão mais cedo, e bom depois eu não vi mais ele. – reafirmou a americana. – Eu até estranhei, porque ele teve que desmarcar um monte de clientes. – disse ela também confusa.

– Ah não, santo deus! – balbuciou Anita tensa por se preocupar pelo amigo. – Eu vou na casa dele gente. – decidiu ela, terminando de enxugar suas mãos e ajeitando o guardanapo no lugar de costume.

– Ué você vai sair. – indagou Ben quando chegava. – Oi Meg. –cumprimentou ele quando de deu por conta da presença da menina.

– Oi Ben. – respondeu ela.

– Eu vou ver se eu acho o Serguei, que sumiu. – Anita esclareceu.

– Com assim? – Sumiu. – Ben ficou sem compreender o que ela falava.

– Sumindo Ben, a Meg disse que ele fechou o salão há horas, e pelo que parece ele deu um bolo enorme na gente. – justificou-se ela. – Tá na cara que tem algo errado aí, não é. – afirmou Anita.

– Também acho. – concordou Meg.

– Gente vocês não acham que tão exagerando não. – Ben as questionou descrente.

– Anita! – Anita... – Cadê a Anita? – Serguei entrou agitado pela porta. – Anita você, tem o endereço da Flaviana em Nova York, por favor me diz que você tem. – questionou ele de um jeito nervoso.

– Não, eu não tenho, porque eu teria né. – Anita respondeu, vendo que ele parecia descompensado com algo. – De repente a Sofia pode ter. – sugeriu.

– Então chama a Sofia pra mim, ela tem que me dar esse endereço. – retrucou ele.

– Bom a Sofia não está em casa eu acho, mais a noite eu falo com ela. – afirmou Anita calma.

– Não Anita, liga pra ela, liga, por favor, eu preciso desse endereço. – disse Serguei. – Você quer que eu implore, pese de joelhos, eu peço. – alegou ele se ajoelhando diante de Anita e abraçando as pernas dela.

– Serguei, para com isso. – insistiu Anita, não sabendo o que fazer. – Para, Serguei me larga. – reclamou ela o empurrando. – Tá achando que é assim é, só sair agarrando e pronto, eu hein. – esbravejou.

– O que eu vou fazer da minha vida agora sem a Flaviana. - se perguntou ele entristecido.

– Serguei, eu não tenho como falar com a Sofia agora, mais assim calma, vamos pensar com calma. – ponderou Anita, sensibilizada pelo amigo.

– É e também o que você vai fazer com um endereço, mesmo que você manda cartas só, vai chegar sei lá quando, então melhor ligar mais tarde. – Meg procurou ajudar.

– Mandar cartas nada, eu vou ir pra lá, no primeiro avião. – Serguei informou.

– Que... – Meg e Anita ficaram com os semblantes pasmos diante da revelação dele.

– Serguei você pirou. – Anita indagou assustada.

– Não gente, faz 12 horas que a Flaviana não me responde, passei a madrugada tentando contato com ela e nada, então eu vou pra lá sim. – confirmou ele.

– Oh my god! – proferiu Meg espantada.

– Por aí Meg. – falou Anita perplexa.

– Mais o que eu vou fazer gente, eu não sei viver mais se a Flaviana não estiver assim colada do meu lado. – exclamou o garoto desolado com a falta de noticias da namorada.

– Serguei stop, chega, você tem um monte de coisa pra fazer, chega de bancar o menininho mimado que quer a namoradinha por perto. – ralhou Meg como forma de fazer o garoto voltar a realidade.

– Também acho, a gente tem um trabalho enorme pra fazer, milhões de coisas, já deu né Serguei. – garantiu Anita, querendo que ele se ativesse a realidade novamente.

– Gente vocês ficaram loucas. – Ben puxou as duas para um canto qualquer. – Não vai ser dando bronca que vocês vão ajudar ele. – argumentou.

– Você tem alguma ideia melhor. – rebateu Anita.

– Não, mas com certeza esse não é o caminho. – justificou Ben, Anita e Meg apenas bufaram ao serem contrariadas.

– Serguei vem, vamos conversar lá em cima. – Anita opinou puxando o amigo pela mão até o quarto e Meg a seguiu.

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UM TEMPO DEPOIS

– E aí como que ele tá. – questionou Ben ao ver as duas garotas descendo a escada.

– Dormiu, chá de camomila, derruba até leão, quando estressado. – Anita afirmou.

– É e no caso o leão em questão, deve ter virado a noite tentando contato com a Flaviana. – completou Meg.

– É ele falou, falou da Flaviana e acabou pagando no sono. – confirmou Anita. - Gente que loucura, olha eu adoro o Serguei, mas se um dia eu surtar assim, por favor, vocês me internem. – Anita não conseguiu não rir de toda carência do amigo.

– Gente tadinho, mais ele tava cômico demais. - Meg concordou rindo.

– Olha! – Mais logo as duas que se dizem tão sentimentais e sensíveis, rindo da saudade que o Serguei tá sentindo da Flaviana. – alfinetou Bem implicante.

– Não, não é isso, mais gente Serguei perdeu completamente o rumo e pior mais rápido que eu imaginava. – Anita esclareceu.

– Sei não, pra mim as duas são na verdade duas insensíveis. – zombou Ben.

– Ah não isso é muito injusto. – respondeu Meg as gargalhadas.

– Demais. – Anita concordou, as duas fingiram choro, se jogando no sofá apoiadas uma a outra.

– Ai gente o papo tá muito bom, mais eu vou indo, já que a Gio é outra que também sumiu. – afirmou Meg. – Tchau pra vocês. – despediu-se ela.

– Tchau... – disseram Anita e Ben.

– Bom no final, eu que saí no prejuízo não é, perdi a cama, sabe deus que hora o Serguei acorda agora. – pronunciou Anita.

– Ah mais não seja por isso, eu te ofereço a minha, com maior prazer. – afirmou Ben a fitando com um olhar abusado, caminhando até ela e se sentando ao seu lado no sofá.

– Ahan. – disse Anita debochada, trocando olhares intensos e sorrisos com ele.

– Bom então eu vou dar um rolé por aí, que esse negócio de segurar vela, já tá ultrapassado demais pra mim. – Luciana alegou achando melhor deixá-los a sós.

– Vai pela sombra tia. – respondeu Anita sorridente.

– E agora o que a gente vai fazer. – perguntou Ben, começando a beijar o ombro dela.

– A gente. – Anita falou, se voltando para beija-lo.

– É a gente. – repetiu ele, retribuindo com um beijo intenso.

– Você esqueceu que nós temos um trabalho pra fazer, e sozinhos agora, não é, porque o Serguei saiu de combate. – alegou ela.

– Ah não princesa, não faz isso, por favor. – reclamou ele não se convencendo.

– Ben para, por favor, digo eu. – argumentou ela, enquanto ele lhe beijava. – Não sério, me ajuda vai, coopera, eu não quero ficar contando ponto pra passar de ano. – justificou Anita rindo.

– Você se vira bem, em situações extremas, acho que eu também. – afirmou ele a empurrando para trás no sofá.

– Sinceramente, o que eu faço com você hein. – Anita indagou entre uma gargalhada.

– O que você quiser, mais não pede pra parar, agora não. – rebateu o garoto, com um beijo empolgado.

– Você pirou né, já se deu por conta aonde a gente tá. – disse Anita levantando.

– Na sala da nossa casa e daí. – respondeu Ben como se fosse tão óbvio.

– E daí, só isso que você tem pra dizer. – Anita se descontrolou a rir.

– Olha só, não começa você não, que eu te arrasto agora pra rodoviária, pro aeroporto, não sei, a gente compra duas passagens pra qualquer lugar incrível que exista, e pronto somos felizes pra resto da vida, na companhia um do outro, sem ninguém pra atrapalhar. – declarou ele sorrindo.

– E isso é rapto sabia. – caçoou ela, mas no fundo curtindo a ideia e não a descartando. – E você seria mesmo capaz né. – previu ela. – Na boa, eu nem vou falar o que eu pensei agora. – disse.

– O que. – ele perguntou. – Que, que o louco talvez não seja só Antônio, e que eu possa estar bem perto também. – debochou o garoto do que poderia estar passando pela cabeça da namorada.

– É por aí, e eu né, to ficando louca igual. – Anita falou as gargalhadas, sendo beijada com carinho por ele.


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