E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 229
Capítulo 229:


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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– Onde vocês estavam. – Vera já foi logo questionando o casal, quando os viu escancarar a porta de casa.

– Por ai mãe, estava muito cheio lá dentro a gente foi respirar um pouco. – Anita justificou calma, indo em direção ao sofá e se jogando, seguida de Ben.

– Respirar, sei. – Vitor desdenhou da explicação dos irmãos. – Tavam era se pegando em algum canto, aposto. – Supôs ele.

– Vitor. – Ben o repreendeu, insatisfeito com as intromissão do irmão.

– Falei a verdade Ben, foi mal, mas vocês não passam mais como o casal comportado, nos olhos de ninguém aqui não, não adianta negar. – Vitor não deu importância.

– E você perdeu a oportunidade de ficar calado o sem noção. – Giovana se propôs a amenizar a situação.

– Por acaso eu disse alguma mentira. – Vitor se irritou com a defesa da ruivinha aos dois. – Esses aí já devem ter batizado todos os cantos dessa casa aqui, da escola, e quiçá do bairro. – Expressou ele demostrando toda sua indignação.

– Não sei, mas olha só. – Anita se meteu, não conseguindo se manter indiferente diante das acusações do garoto. – Eu sei de uma única coisa aqui, eu sou ainda a mais velha e eu exijo respeito, vocês estão achando o que. – Anita jogou a almofada de seu colo e levantou enfurecida, fitando todos e lançando um olhar fuzilante em direção de Vitor.

– Também acho Vitor já tá ficando ridículo isso, e eu e a Anita já somos bem grandinhos pra ter que aturar piadinha tua. – Ben reforçou se mostrando impaciente com a situação repetitiva.

– Fácil falar isso. – Vitor disse, esboçando um sorriso sarcástico. – Agora eu sou o irreal, que fala o que não tem nada a haver, mas a fato é que os dois já caíram em situações embaraçosas demais para agora se fingiram de santos, ou vocês esqueceram. – Cobrou.

– E o que eu sei, sei moleque enxerido, é que tem certos assuntos que eu te proíbo de desenterrar, você me entendeu. – Ben viu uma mistura de raiva e falta de paciência lhe rondar. - Até por uma questão de respeito, principalmente com a Anita, porque ela não deixou de ser tua irmã, só porque a gente esta namorando, e eu não vou admitir que nem você e nem ninguém saim por ai ofendendo ela, com comentários maldosos, de coisas que já foram, coisas por sinal que já trouxeram muitas problemas pra nos dois. – Ben deu uma lição de moral no irmão, mesmo não tendo o objetivo.

– Nesse ponto eu tenho que concordar com o Ben, vocês querem criticar os dois, por eles namorem escondidos novamente, eu até entendo, eles são os mais velhos e esconderam coisas da vida deles de vocês, e vocês são acostumados a partilharem as coisas com eles, mas eu não vou admitir também que se fale dentro dessa casa, daquele episodio do vídeo, com comentários maldosos, já basta toda angustia que essa história trouxe, já basta tudo que já foi comentado por ai, agora a minha própria família, eu não admito que façam isso, e assunto encerrado, vocês ouviram, até porque essa história já foi, não porque desenterrar nada disso . – Ronaldo reforçou, de maneira ríspida até.

– Tá bom desculpa, foi mau gente, eu não falei por maldade juro, foi meio por impulso. – Afirmou Vitor, também percebendo que havia passado dos seus limites. – Desculpa Ben e desculpa Anita. - Pediu ele.

– Relaxa Vitor, como o Ronaldo mesmo disse, já foi, não te porque a gente desfiar um rosário por conta de comentário impensado, ok. – Anita respondeu procurando ignorar o episódio.

– Deixa pra lá, eu acho que eu fui um pouco estupido com você também, não é. – Ben constatou. - Me desculpa também. – Disse Ben.

–Não tudo certo. – Vitor garantiu.

– Verinha se podia fazer um lanche né, pra gente comemorar. – Sugeriu Giovana em extrema animação.

– Ah essa hora gente. – Vera tomou como justificativa.

– Ah não é tão tarde assim e pra que dormir se a gente pode ser feliz, reunindo a família. – Alegou a ruiva sorrindo para convence-la.

– Tá bom, até porque não tá pra negar um pedido desses. – Vera se convenceu pela alegria de Giovana, já indo para a cozinha.

– Você já sentiu como um vaso velho, que não combina com a decoração do ambiente. – Disse Anita percebendo que os dois se encontravam, deslocados dos demais.

– Não, porque eu não sei como se sente um vazo. – Respondeu Ben em meio a m sorriso debochado lançado a ela. – E depois a exímia decoradora aqui é você. – Alegou.

– Exatamente assim, aquela coisa que fica no meio da sala chamando a atenção de todo mundo, mais ninguém para pra notar realmente. – Anita afirmou entre suspiros contrariados. – Isso tá ridículo Ben. – Opinou ela.

– Também não é assim, nós não somos os mais falantes por aqui. – Ben falou vendo a estardalhaço de todos falando ao mesmo tempo.

– A gente só esta aqui porque a mamãe proibiu nós dois de nos locomovermos juntos por essa casa. – Disse ela impaciente.

– Tá a gente não queria estar aqui, não nesse momento. – Admitiu ele. – A gente vai ter que se acostumar né Anita. – Previu.

– Com isso, a não me pede outra coisa, ninguém merece essa situação. – Retrucou ela nervosa.

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Anita entrou no quarto e contemplou o silêncio que se formou no ambiente quando ela entrou.

– Sofia depois que você usa aí, não desliga tá, que eu ver meu e-mail. – Justificou ela, indo até sua cama.

– Tá bom mais já avisando eu vou demorar. – Afirmou ela de volta.

– Anita. – Chamou Giovana em um tom de voz apagado.

– Oi, o que é. – Perguntou ela, se preocupando em folhear uma revista de decoração.

– A gente pode falar. – Indagou a ruivinha receosa com a reação que viria de Anita.

– Você quer falar comigo mesmo Gio. – Anita ficou com cara de espanto pela atitude da ruivinha.

– É quero, tá tão difícil assim de entender. – Respondeu Giovana agitada.

– Não né, mais é que ultimamente você não tem falado muito comigo, digamos assim. – Se retratou Anita.

– Já entendi Anita você vai se fazer de difícil. – Falou Giovana nervosa.

– Eu não falei isso tá. – Corrigiu Anita sorrindo desconcertada. – Se você quer falar, vamos falar lá em baixo então né, aqui tá meio cheio. – Alegou. - Assim só pra variar. – Ironizou ela levantando de onde estava.

– Tudo bem. – A menina concordou, saindo do quarto logo atrás de Anita.

– Então Gio, sobre o que você quer falar. – Perguntou Anita quando chegou a sala.

– Sobre, sobre você e o, é o teu... – Gaguejou a ruiva parecendo bastante perdida.

– Vou falar facilitar pra você Giovana, você quer falar de mim, do Ben e do nosso namoro. – Constatou Anita, segurando uma das almofadas do sofá em mãos.

– Você está certa. – Giovana confirmou receosa, ao sentar-se.

– Olha. – Anita se ateve a um longo suspiro. – Tá tudo certo tá, você não precisa me explicar nada e talvez eu também nem tenha direito de te cobrar, eu cometi alguns erros nos últimos tempos e me chateie muito também com muitas coisa, coisas que não tem como concertar voltar atrás, ou mudar e talvez uma das poucas coisas que não se alteraram em nada, foi o que eu sinto pelo Ben. – Confidenciou Anita fitando Giovana a sua frente.

– Tá bom Anita, mais me diz uma coisa com tanto garoto por aí disponível, porque você tinha justo que inventar de namorar meu irmão. – Cobrou ela.

Anita sorriu diante do jeito exasperado da ‘irmã. – Bom e não tenho como saber essa resposta, mesmo, de verdade e pra ser sincera eu já me fiz ela também em momentos anteriores. – Pronunciou sincera.

– Estranho essa situação. – Retrucou Giovana.

– Eu nunca te disse que não era. – Riu Anita se acomodando ao lado de Giovana no sofá. – Mais você acha que, ou melhor vocês todos acham que seria melhor que a gente abortasse essa ideia maluca de ficar juntos, mais estaríamos fazendo algo que nos trouxesse algum tipo de felicidade, acho que seria bastante ao contrário. – Opinou Anita. – Você acha certo, logo a gente que muitas vezes lutou tanto pra esse sonho um tanto ousado da mamãe e do Ronaldo dar certo paga um preço tão alto pra que vocês se sintam satisfeitos. – Indagou ela.

– Você sempre fez de tudo por todo mundo aqui Anita, você ficou buzinando no ouvido da Vera pra ela mudar né, ou eu acho que, talvez a gente tivesse sem você o Pedro e até a Sofia aqui. – Giovana concordou. – O Ben também desde que chegou aqui, sempre ajudou até quando não podia. – Giovana admitiu em concordância.

– Então eu vou repetir a pergunta que eu te fiz, você acha justo. – Insistiu Anita.

– Claro que não Anita, eu seria muito egoísta seu eu pensasse dessa forma. – Respondeu Giovana sincera.

– E eu nunca achei que você fosse. – Expôs Anita calmamente.

– Na verdade eu só queria me desculpar mesmo. – Disse Giovana esperando atentamente uma reação de Anita.

– Você não precisa me pedir desculpas. – Alegou ela.

– Na verdade acho que não sei, talvez eu tenha ficado com um pouco de ciúmes, sei lá, por vocês dois partilharem uma coisa tão séria, um com o outro e eu ficar de fora. – Desabafou Giovana em meio a um sorriso constrangido.

– Gio, não foi que a gente planejou arduamente esconder isso de vocês, mas o fato é que falar pra alguém seria a deixa pra geral saber, só que pra isso a gente então teria que abrir pra todo mundo mesmo. – Declarou Anita achando graça da colocação da menina. – A verdade é que, a medida é que a gente esconde uma coisa, seja o que for, isso dá a deixa pra gente se enrolar cada vez mais, principalmente quando você pensa demais nos outros, você acaba querendo sempre fazer o melhor, só que falar de uma vez, seja a única opção sensata, talvez tenha sido isso que aconteceu comigo e com o Ben lá atrás, e agora também, com motivos diferentes, mais não tão desiguais assim. – Confidenciou ela. – E também não tem porque você pensa que a nossa relação pode mudar o jeito que nó nos relacionamos com vocês, na verdade pra gente isso nunca foi um tabu. – Ponderou Anita, querendo tranquiliza-la.

– Na real meu pai e a Vera sufocaram vocês por causa dessa história de namoro. – Compreendeu.

– Foi demais, tanto que chegou a um ponto que a gente não aguentou e pra ser realista, se não tivesse acontecido tudo que aconteceu, eu não sei como as coisas estariam hoje, acho que acabou sendo uma fora de sorte pros dois. – Acrescentou Anita. – E forma de segurar os nossos impulsos também, no fundo tanto o Ben como eu, demoramos pra chutar o balde, mais quando isso acontece às consequências são sérias, no mínimo. – Afirmou.

– Mais você não me respondeu, vai esquecer o que eu fiz. – Questionou Giovana preocupada.

– O que você fez? – Falou Anita, seguido de um sorriso travesso. – Deixa pra lá, também é melhor eu não ficar colocando muita coisa na minha cabeça, porque eu já aprendi que isso não funciona comigo. – Previu ela, seu próprio comportamento. – E depois com ou sem o Ben, você sempre vai ser minha caçulinha, que eu amo muito e não é isso que as pessoas fazem quando se gostam brigam, ninguém também é obrigada a concordar com tudo né, se não nada teria graça. – Disse Anita.

– Ai que bom Anita. – Respirou a ruiva aliviada, abraçando Anita. – Pelo menos o Ben vai ficar com você né, não com a Sofia e muito menos com nenhuma entojada por ai. – Declarou ela, risonha.

– É então vamos falar de outra coisa, não tem porque falar disso e também eu acho que eu já exorcizei isso. – Afirmou a menina. – Eu acho. – Anita não se convenceu, ficando sorrindo debochada.

– E eu vou ter uma cunhada legal. – Contrapôs à ruivinha.

– Mais e a Clara. – Anita questionou.

– Aliás, o mania de vocês de gostarem de uma promoção, a Clara minha amiga, resolveu tabe virar minha cunhada. – Gesticulou ela contrariada.

– É uma questão séria mesmo. – Sorriu Anita achando graça. – E também me desculpa por qualquer coisa. – Disse Anita também procurando se retratar de alguma forma.

– Tá tudo certo. – Garantiu ela sorridente.


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