E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 157
Capítulo 157:




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– Meu deus! -Anita, que garoto sonso. – Julia estava indignada depois de tudo que Anita contou que aconteceu.

– Nem me fala, a minha vontade foi voar no pescoço daquele desgraçado e esganar ele. – Afirmou Anita, também sem a menor paciência. – E não duvida Julia, nem você e nem ele, se ele fizer alguma coisa contra o Ben, eu sou bem capaz de fazer isso, ou coisa muito pior. – Anita falou em um tom ameaçador.

– Ai nem brinca amiga. – Julia se preocupou. -Mais o que você vai fazer agora, meu deus Anita. – Julia indagava, extremamente angustiada pela amiga.

– Eu vou fazer exatamente, aquilo que o Antônio quer, o que ele mandou, eu vou dar pra ele, o meu medo, o meu silêncio, eu submissa, nas mãos dele, sem coragem, chantageada, a qualquer hora, calada. – Afirmou Anita raivosa. – Enquanto isso, eu continuo atrás dele, ah mais eu ainda provo pra todo mundo quem é o Antônio realmente. – Ela exclamou, com uma certa irritação na voz.

– Mais e o Ben, você sabe que ele pode não gostar de você esconder isso dele. – Julia argumentou com ela.

– Eu sei, mais eu não posso contar nada pra ele, não agora, depois que a poeira baixar aí eu falo, Julia se o Ben ficar sabendo que o Antônio veio lá em casa, me ameaçou, ele surta, e termina de uma vez com essa história, o Ben tá com uma ideia fixa, que ainda vai acertar as contas com o Antônio, e ele vai, enquanto eu puder evitar isso, eu vou evitar, se eu contar pra ele, ele não vai ficar parado vai tirar satisfações com a Antônio, o Ben vai tomar uma medida drástica, e vai ser pior. – Anita se justificou.

– Ai Anita, será, e você esconder isso dele. – Falou Julia na dúvida.

– Ju, não se tira nada de uma pessoa como o Ben, que sempre fez de tudo pelos outros, que sempre foi correto, ainda mais pelo Antônio, na cabeça do Ben os dois eram irmãos, e o cara ferrou com a vida dele, e com a minha vida, não se faz isso como pessoas como nós, e espera-se que a gente aja como a gente sempre agiu, entendendo o lado dos outros, sendo compreensivo, perdoando, quando a gente se vê numa situação dessas a gente perde o medo de muitas coisas, uma delas, é a consequência, de bater de frente com o culpado disso tudo, se eles se enfrentaram, ou essa história acaba ou o Antônio continua bem e faz pior depois, o Ben não pode saber disso, pelo menos por enquanto. – Esclareceu ela taxativa. – Eu vou ficar de olho no Antônio, mas dessa vez eu não vou dar mole pra ele perceber. – Anita afirmou, não desistindo de acabar com a paz do garoto.

– É o Ben é impulsivo, e se o Antônio disse na tua cara que quer se vingar dele ainda, é melhor mesmo evitar que o Ben bata de frente com esse doido. – Julia entendeu os argumentos da amiga.

– Obrigada Ju, obrigada por mesmo depois de tudo, você continuar do meu lado, não ter tido vergonha de ter uma amiga na boca do povo, do mundo, sendo julgada de todas as formas possíveis, e nunca ter tido receio de continuar andando comigo e sendo minha amiga. – Anita falou com os olhos marejados. – Se bem que, às vezes eu ando meio relapsa. – Disse Anita querendo espantar a tristeza.

– Anita, você sempre foi à pessoa que mais me ajudou na vida, que eu sempre recorri desde criança, e isso só foi ficando mais forte com o tempo, e tudo que esse povo pensa, e tudo mentira, você não merecia nada disso, não abala com isso, eu sempre vou estar do teu lado, sempre vou te ajudar, pode ter certeza, assim como eu sei que você sempre vai fazer o mesmo por mim. – Falou ela também se emocionando.

– Ai me desculpa qualquer coisa, mesmo se eu tenho te deixado de lado, se eu não te ouvi quando você quis me ajudar no inicio disso tudo, e eu me arrependo muito. – Disse Anita com um abraço.

– Imagina esquece isso, você tava perdida, triste. – Julia falou esboçando um sorriso, quando saiu do abraço.

– Tá também chega disso, não é, já chorei demais por hoje. – Afirmou Anita, querendo espantar suas preocupações.

– Certíssima. – Concordou Julia, e as duas riram.

Enquanto isso Ben continuava preocupado com o sumiço de Anita, tanto que resolveu procurar Serguei para saber se ele sabia da garota, já que em casa ela não estava.

– Oi Meg, o Serguei tá ai. – Ben perguntou a garota, adentrando o salão.

– Tá, e não tá. – Meg parou de encarar sua imagem ao espelho para conversar com ele.

– Como assim. – Ele ficou sem entender o que ela quis dizer.

– O Serguei tá trancando no quartinho com a Flaviana. – Meg disse sem paciência, ela já não aguentava mais dar tal noticia.

– Eu precisava falar com ele. – Ben respondeu com uma cara de decepção.

– Só amanhã. – Disse Meg.

– E a Anita teve aqui. – Questionou Ben intrigado.

– Teve, mais não parou muito, ah e ela tava também procurando o Serguei. – Meg esclareceu, não entendendo o que andava acontecendo.

– Ai o que tá acontecendo. – Ben proferiu, pressentindo que havia algo errado. – Pelo menos ela disse pra onde iria depois, porque lá em casa ela não tá, eu já fui lá. – Questionou ele, já impaciente.

– Ela falou, alguma coisa de falar com a Julia, se eu não me engano. – Falou ela lembrando-se.

– Valeu, eu vou, vou na casa da Julia então. – Afirmou Ben já saindo apressado.

– Tchau. – Meg ainda gritou a ele.

Ben caminhou apressado pelas ruas do bairro, criando mil hipóteses em sua cabeça, que justificassem o sumiço de Anita.

– Ben, meu filho, vem cá um instante. – Gritou Ronaldo parado na calçada em frente ao restaurante.

– Fala pai, o que foi, eu to com pressa. – Disse Ben indo até ele, mais afoito.

– Filho será que você podia me dar uma mão, para descarregar essas caixas aqui e levar lá pra dentro, são mantimentos pro show de amanhã. – Pediu Ronaldo.

– Tem que ser agora. – Ele indagou.

– Bom tudo bem eu me viro, se você tem algo urgente pra resolver, é que o Zico e o Omar tiveram que sair pra resolver uns assuntos, e eu tinha que atender as mesas. – Justificou ele.

– É eu ajudo, só deixa eu tentar ligar pra uma pessoa antes. – Afirmou Ben.

– Tá pode sim. – Consentiu ele, e Ben tentou mais uma vez falar com Anita.

– Ah eu nem preciso te falar que eu quero que você venha aqui no aniversario da minha mãe, eu não vou fazer nada grande porque enfim, o papai faleceu há pouco tempo, mais pelo menos um jantar pra ela eu quero fazer. – Pronunciou Julia, também querendo esquecer as tristezas, enquanto as duas ainda conversavam em sua casa.

– Claro que eu venho, e vou fazer um presente especial pra ela. – Anita disse, vendo seu celular chamando novamente. – É o Ben, ai Julia ele deve tá aflito, eu dei um perdido nele, também eu não podia falar com ele no estado que eu tava. – Afirmou Anita, atendendo a chamada.

– Oi é, não que, a Julia precisou da minha ajuda, e eu passei aqui na casa dela e acabei demorando mais do que eu previa, mais eu já tava indo. – Anita respondeu a Ben, querendo afirmar que estava tudo bem. – Não se tá no restaurante, ajudando o Ronaldo, não tudo bem, eu, a gente se fala a noite, não se preocupa, eu vou ficar aqui na Julia então. – Disse ela.

– Você tem certeza, que tá tudo bem mesmo. – Ben perguntava novamente, não muito convencido.

– Tá é sério, eu não te atendi, porque eu cheguei aqui, joguei a bolsa em um canto, e deixei o celular dentro, no silencioso pra variar. – Confirmou Anita.

– Tá então mais tarde a gente se fala, eu vou ajudar meu pai, que já tá aqui de olho na nossa conversa. – Afirmou ele.

– Fica tranquilo, tá tudo certo, beijo, te amo. – Anita falou querendo tranquilizar o garoto e desligando em seguida.

– Se acha que ele desconfiou de alguma coisa. – Julia perguntou receosa.

– Não sei, a gente se conhece de mais, e isso às vezes não é uma coisa boa quando a gente quer esconder algo. – Explicou Anita, torcendo para que ele não tivesse desconfiado.

– Mais não pensa nisso agora, vai ficar tudo certo, confia. – Falou Julia de volta, querendo encoraja-la.


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