Guerra Elemental escrita por Ed Henrique


Capítulo 30
4° Filho! Primo. Professor?


Notas iniciais do capítulo

Oi povo lindo :). Espero que gostem de mais um capítulo do Edgar aqui.
Pikachu: -Pika, Pika.
E claro, do meu amigo Pikachu.



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Regra de ouro de Ar número 1: Não voar mais de dois metros do chão.



Último capítulo

–Ei. Me solta!

–Não se mexa! – Repetiu em um tom ameaçador.

–Não se preocupe, Matheus. Eu vou tentar te tirar dessa.

–Eu não sei nem o que eu fiz. Falou sendo levado pelo Conselheiro.

...

Quando o primeiro convidado chegar, noites quentes e frias o acompanharão. Na vez do segundo, tenham o dobro de cuidado, pois ele será inimigo de tudo e todos. Por fim, os Quatro Filhos de espíritos se reunirão e a segunda profecia terá inicio.

Agora – Edgar on

Após Matheus ser levado, me virei para a parede e adentrei a mesma. Caminhei um pouco pela grande biblioteca que se encontrava ali até achar uma mesa com outras pessoas já sentadas.

–Atrasar-se não é de seu costume. – Meu Conselheiro falou. Fui até meu lugar e me sentei.

–Estava resolvendo os problemas com o Matheus. – Expliquei.

–E o que acha? – O diretor me perguntou.

–Parece que ele está sendo controlado, pois ele sai sempre no mesmo horário, libera seu poder de fogo ou de gelo, e sobe até esse andar.

–Então seu objetivo é a Biblioteca. – José, o Conselheiro de vento, sentou-se.

–Provavelmente, mas ainda não sei dizer se ele está sendo controlado ou não. – Disse.

–Se é assim, porque não colocar uma proteção na cabeça dele? – Francyelle, que estava presente, sugeriu.

–Ele não deixaria. – Falei.

–Ele não precisa saber. Se mesmo assim o problema continuar, quer dizer que ele não estava sendo controlado!

–O problema também é que ele conseguiu sentir minha semente dentro dele.

–Elas deveriam ser imperceptíveis. – Pedro, meu Conselheiro, falou

–Eu sei, e é isso o que me preocupa.

–E sobre seus desmaios e sonhos? Eles não começaram quando você o encontrou pela primeira vez? Isso não pode significar que ele está tentando fazer algo? – Pedro perguntou.

–Meu último sonho estranho foi quando ajudei o Thiago.

–Esse resfriado dele não parece meio suspeito? – Francyelle perguntou. – Parece que coisas estranhas começaram a ocorrer quando ele chegou. E não, Edgar. Não estou tentando jogar a culpa para cima dele! Pensa um pouco: você tem desmaiado; Hugo ficou resfriado de repente; e ele mudar o clima toda noite essa semana.

–O livro não diz nada? – Perguntei ao diretor.

–Não que eu tenha visto. – Disse ele.

–Bom, precisamos resolver isso o quanto antes, não podemos deixá-lo lá embaixo para sempre.

Matheus on

–Me deixa sair. – Gritei, mas nada. – Me deixa sair. – Chutei a grade, porém ela nem se mexeu.

–Quem está aí? – Perguntei. Estava parecendo um maluco preso em uma cela, debaixo da escola.

–Essa ironia é característica do Felipe, mas como ele não está na escola, só pode ser Ignos.

<É assim que se lembra de seu pai?>

–O que quer? – Perguntei sem um pingo de paciência.

Achei estranho o fato dele ter “vindo” me ver, mas não estou nem aí. Vou fugir logo. Fui até a grade e toquei na mesma.

–Selo? – Estranhei o fato de ter selos do Hugo até aqui, mas isso só significava que ele também sabia sobre esse lugar. Pus a mão no selo e me concentrei.

Edgar on

Estávamos discutindo até que ouvimos uma voz e olhamos para trás.

–Posso saber por que motivo me prenderam? – Matheus estava parado com os braços cruzados.

–Como chegou aqui? – José se levantou, mas foi parado pelo diretor.

–Eu voltei para esse corredor, pois sabia que encontraria respostas aqui. Só não esperei encontrar uma biblioteca. E eu pensando que só no Norte haviam lugares secretos.

–Então lá tem lugares secretos? – Perguntei interessado. – Depois eu te perguntou sobre isso. Conselheiro, pode criar uma cúpula para que o som não saía de dentro dela?

–Posso. – Ele criou o que eu havia peço.

–Só para confirmar, o selo posto na sela era do elemento vento, certo?

–Não importa, porque ele não possuí o elemento oposto para desfazê-lo. – Disse Francyelle.

As magias eram postas em um quadrado e seguiam uma ordem. No canto superior esquerdo, era vento. No superior direito, fogo. Embaixo de fogo, terra e ao lado da mesma, gelo. Essa ordem também mostra a magia que ganha a outra. Sendo assim: vento ganha de fogo, fogo de terra, terra de gelo, e gelo de vento. Também é usado para saber qual o elemento oposto.

–O que nos faz pensar que alguém o ajudou. – José falou.

–Ninguém sabia que você o havia levado para lá. – Pedro falou.

–Pode desfazer agora, tenho uma ideia. – José desfez a cúpula. Olhei na direção de Matheus que continuava parado esperando uma resposta. – Observador. – Meus olhos ganharam tonalidade verde clara e pude ver dentro de Matheus.

–O que você vê? – O diretor perguntou em um tom em que só nós pudéssemos ouvir.

–É difícil dizer ao certo. – Respondi no mesmo tom de voz. – Matheus, você já teve experiência com o elemento oposto. Digo, no sentido de que algo só poderia ser feito, ou desfeito, pelo elemento oposto?

–Uma vez. – Pensou um pouco. – Meu irmão me explicou a habilidade dele e disse que absorve o elemento oposto. Mas o que isso tem haver?

–O selo que você viu, sim, era do Hugo. Ele estava programado para prender magos do elemento vento, e só um mago do elemento oposto, terra, poderia desfazer o selo. – Edgar explicou.

–Então está insinuando que ele possuí magia de terra dentro dele? – Francyelle perguntou.

–Não consigo ver nitidamente, porque tem algo me atrapalhando, mas sim. Ele usou magia de terra para desfazer o selo.

–Como consegue fazer isso? – Matheus perguntou.

–Eu ganhei uma habilidade chamada “observador” que me permite ver a magia das outras pessoas. Eu não tenho dúvidas de que você possuí magia de terra dentro de você! – Vi a imagem de um animal se formar e amostrar os dentes para mim. Não sei dizer qual animal era, mas ele veio na minha direção, então fui obrigado a desfazer a habilidade.

–Tudo bem?

–Tudo. – Respondi a pergunta de Matheus.

–Ótimo, agora quero saber de tudo o que está acontecendo aqui!

–Bom, seu irmão veio aqui a dois anos para saber mais também, então nada mais do que justo que você saber. – O diretor o convidou para sentar e contou sobre tudo que estava ocorrendo. Também contou sobre a Biblioteca.

–E esses dois?

–Uma vez eu me conectei com esse prédio, aí sem querer, achei esse lugar. – Expliquei. – A Francyelle achou por acaso.

–E agora?

–“E agora” ficamos de olho em você para sabermos se não acontecerá de novo. – Pedro respondeu.

–E como vão fazer isso? Edgar e Francyelle estudam, e não acho que os senhores possam ficar me vigiando.

–Então, você terá um professor particular. – Abri um pequeno sorriso. Já sabia aonde isso chegaria.

–Quem?

–Quem melhor do que o aluno que já treina meu filho? O 4° Filho.

–Então quer dizer que vai até o 4° ou talvez até mais? – Perguntou Matheus.

–Isso você descobrirá mais futuramente. – Falou José.

–E quando vou conhecê-lo?

–Você já o conhece. – Disse Pedro.

–Eu conheci muita gente esses dias.

–Bom, espero que eu seja um bom professor. – Sorri de olhos fechados.

–Você?

–Eu!

–Mas espera. O Marcos é meu irmão, porque temos um pai em comum. Porém, ele também seria meu primo, pois minha mãe é irmã do pai dele. Então você seria filho de Terim, e meu primo.

–Uhum. Minha mãe é mais velha do que a sua!

–Mas você é primo da Francyelle, não faz sentido. A menos... A menos que vocês não sejam primos e tenham algum lance juntos, mas falam que são primos para disfarçar.

–Errado. – Eu e Francyelle dissemos juntos. – Minha avó é irmã da avó dela, por isso somos primos. Fora que eu fui adotado por uma tia dela.

–Se você é meu primo, por que não me contou?

–Se eu disser que você nunca perguntou, vai ficar zangado?

–Vou!

–Vocês podem pôr o papo em dia outra hora. Já está tarde e passou do horário de vocês dormirem. Hoje tem aula!

–Sim, senhor. – Francyelle disse e nós três nos retiramos.

–Sei que você tem várias perguntas, mas amanhã, depois do horário das aulas, eu respondo.

–Pode ser.

Dia seguinte – Matheus on

Faltava alguns minutos para a primeira aula começar, então resolvi pegar um ar fresco. Enquanto esperava dar o horário da aula, vi vários alunos diferentes chegarem. Pela aparência, acessórios e outras coisas, conseguia distinguir mais ou menos de que país eles eram.

–As aulas de geografia serviram para algo. – Sorri. Olhei para frente e vi um coelhinho lindo, parado atrás de uma árvore. – Aqui coelhinho. – Tentei chamá-lo. Infelizmente não sei como se chama um coelho, mas só o “aqui coelhinho” pareceu funcionar, pois o mesmo começou a vir na minha direção.

–NÃO! – Uma planta se enroscou no coelho e o jogou longe. – Está maluco? Queria morrer? – Edgar me perguntou.

–Era só um coelhinho.

–Coelhinho? Era um cobra!

–Mas... eu tenho certeza que vi um coelho.

–Devia ser uma ilusão.

–Ilusão?

–É. Vamos entrar. Quem lançou essa ilusão em você com certeza vai tentar de novo. – Nos viramos e olhamos para a entrada do prédio principal, onde alunos continuavam chegando.

–E-ela está voando? – Estranhei ao ver uma garota voando em cima de um bastão.

–Aquela é a Lili. Ei, Lili. – Ele a chamou. Ela o ouviu e veio na nossa direção. – Os usuários de vento conseguem voar. Dá até um pouco de inveja. – Quando a menina já estava bem perto, Edgar se pôs atrás de mim e uma planta levantou atrás dele, jogando um animal para o alto.

–O que foi isso? – Perguntei.

–Aconteceu algo enquanto estive fora? – A tal de Lili perguntou.

–Não. – Ela desceu do bastão mágico, assumiu a posição de jogadora de beisebol e Edgar abaixou. Não entendi, então fiz o mesmo. Lili bateu no animal, o jogando para longe.

–Vou fingir que nada aconteceu, mas se acontecer de novo, eu descubro. – Ela sentou-se novamente no bastão. – E então, quem é seu amigo?

–Matheus.

–Aquele Híbrido do Norte? – Estendi a mão para ela que retribuiu. – Não está longe de casa? Como já sabe, porque o Edgar gritou, meu nome é Lili.

Dezessete anos, média, branca, olhos castanhos claros, cabelo castanho.

–Você estava voando? – Perguntei.

–Alguns usuários de vento conseguem usar magia para voar. Se já conheceu o Edgar, com certeza já conheceu a prima dele. Ela voa pondo magia em baixo dos pés. Eu ponho no bastão. Alguns criam um pequeno tornado para poder voar. – O sinal bateu. – Vejo vocês mais tarde.

–Até.

A noite – Autor on

Edgar havia reunido a todos, e só faltava acordar um preguiçoso.

–Acorda. – O balançou.

–Quê?

–Todos estão nos esperando!

–Para?

–Para algo importante. Você vai saber quando chegar lá.

–Eu pensei que você não funcionasse à noite. – Levantou indo até o banheiro para se trocar.

–Não funciono. Mas existem algumas exceções.

Após estar pronto, ambos saíram rumo a uma das torres da escola. Subiram os degraus até o último andar, onde Edgar abriu a porta de uma sala abandonada.

–Ah, pensei que estava morto. – Hugo falou.

–O que todos fazem aqui? – Matheus perguntou sem entender.

–Estamos reunidos para a missão: Resurrection of a hybrid (ressurreição de um Híbrido). – Thiago falou.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Bem, o próximo capítulo terá que ser grandinho, pois, tem muita coisa para ocorrer nele. E já avisando sobre algumas coisas: Eu vou ver se crio um especial para nossos amigos lá do Norte, ou um especial focado em um só. Bom, dependendo da criatividade, serão os dois.
Obs: Bom gente, por motivos pessoais, próxima semana não tem capítulo, então espero que esperem até a outra.



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