Guerra Elemental escrita por Ed Henrique
Notas iniciais do capítulo
Mais um capítulo para vocês :). Espero que gostem e descubram o que houve com nosso herói e seus novos amigos.
Regra de ouro de Terra número 2: Não interferir na natureza.
Último capítulo
–Feitiços?
–Isso. O nosso diretor também usa, mas não com o mesmo poder que o do Norte. O sistema de selos serve para poupar magia do diretor. Existem selos para as alas dos dormitórios, um selo para fortificar o feitiço dos uniformes, para proteger a escola, entre outros.
–Tá, tá. Por que voltou tão rápido? – Hugo perguntou.
–Bem, é porque... – Antes de ter a chance de terminar a frase, os três foram teletransportados para fora da escola.
Agora
–O que houve? – Perguntei.
–Parece que fomos movidos para fora da escola. – Hugo falou.
–Então, por que está de noite? – Apontei para a entrada da área da EE.
–Isso é novidade. – admitiu. – Edgar?
–O que eu ia falar é que o Thiago está resfriado.
–Resfriado mágico. – Disse Hugo.
–Não é meio tarde para isso? – Perguntei.
–Não tem idade certa. Você pode ficar resfriado no primeiro ano, segundo ou quando tiver com cinquenta anos.
–E o que tem demais ele ficar resfriado? Ele é do tipo ruim?
–Não. Assim como o Hugo, eles não possuem um lado ruim, ambos são como se já tivessem se fundido, mas não verdade, nunca foram divididos.
–Vocês são muito complicados! – Falei.
–É, eu sei. – Edgar falou. – O problema é: o resfriado dele é diferente do nosso. Prova disso é que estamos aqui fora e é noite.
–Qual a sua teoria? – Hugo o perguntou.
–Como viajem no tempo não existe, ele deve ter usado deslocamento por terra para nos trazer aqui fora, e nos prendeu antes. Como ele não tem poder o suficiente para me prender por muito tempo, saímos agora, de noite.
–E o que faremos sobre isso? – Perguntei.
–Essa é nossa missão: devemos parar o Thiago que está resfriado e colocou todos os alunos para dormirem!
–Só nós? E os Conselheiros, diretor, Representantes e sua prima?
–Todos estão cuidando da escola para que nada aconteça, e a última há essa hora deve estar treinando. – Lendo.
–A Usuário do Bastão Violenta ainda não voltou das férias. Bom, estamos no feriado, então não tem outro jeito. Vamos. – Hugo começou a caminhar e o seguimos. Não andamos nem três minutos e os dois pararam.
–O que houve? – Perguntei.
–Tem alguma coisa na floresta! Claro, fora animais e outras coisas perigosas.
–Então eu não estava paranoico. – Edgar se dirigiu a Hugo. – Podem indo na frente. Vou ver o que é e logo alcanço vocês! – Começou a caminhar no sentido contrário.
–Não demora que não quero ter todo o trabalho sozinho.
–Sério isso?
–Uhum. Podem ir.
–Vamos logo. – Hugo saiu na frente.
–Ce-certo. – Fui relutante. Ouvi o barulho de árvores se mexendo e pensei na hora em voltar, mas Hugo me fez continuar, dizendo que era apenas o Edgar usando magia.
Após andarmos bastante, chegamos finalmente no prédio da escola. Porém, entramos em um pequeno dilema que nos fez demorar mais do que o previsto.
Edgar on
–Ué, ainda aqui? – Falei, e os dois viraram.
–Ficamos em dúvida. – Matheus apontou para frente e reparei em três passagens diferentes. – Acho que não era assim antes.
–Não sabia que o Thiago gostava desses clichês de três portas.
–Fazer o quê?
–Qual você sugere?
–Eu posso achá-lo pela semente que está nele, Hugo. Esqueceu?
–Tenta. – Arqueou uma sobrancelha. Concentrei-me e tentei localizar todas as pessoas que tinham a semente, porém, só achei três.
–Nada.
–Eu tentei achá-lo pelos meus desenhos, mas não consigo achá-los. Ele ficou esperto.
–Bom, vamos pela da frente, porque não estou a fim de ficar escolhendo. Uma hora nós o achamos.
–Sério isso?
–É. – Dei de ombros e fui na frente.
–Ei. – Hugo me acompanhou, enquanto Matheus ia um pouco mais atrás. – Você está bem?
–Porque não estaria?
–Você é imune a ilusões, mas não as ilusões do Thiago, não é? Será que inconscientemente ele não vai tentar te lançar uma?
–Vai, mas eu tento aguentar. Matheus. – Parei para que o mesmo me acompanhasse. – Vai precisar. – Pus minha mão na cabeça dele e passei minha aura para o mesmo. – A aura de terra tem o poder de fazer a pessoa se sentir mais segura, ao mesmo tempo em que aumenta a defesa dela. A de vento relaxa, e eu aprendi a fundir a minha com a deles e fazer com que a pessoa se sinta calma.
–Eu vou precisar dela para quê? Só vamos acordar esse tal de Thiago.
–Quem dera fosse assim. – Hugo apontou para a frente. Vários alunos com um dragão de cor marrom vinham na nossa direção. – Ou ele os está controlando, ou é uma ilusão.
–Só precisamos pará-los, certo? – Matheus saiu correndo na direção deles. Fiquei surpreso pela coragem.
–Eu sei que a aura passa segurança, mas não é para tanto. – Hugo sentou-se tranquilamente.
–Já que você não está com seu caderno, nós cuidamos deles. – Fui até Matheus para poder ajudá-lo.
Minutos depois de tanto atacarmos e nos defender, finalmente o corredor estava livre.
–Ei, hora de trocar. – Avisei e sentei. Hugo levantou e parou ao lado de Matheus. – Eu vou tirar um cochilo. – Espreguicei-me. – Boa noite.
–Como assim? E o seu amigo?
–Já dormiu.
–Será que é uma ilusão?
–Não, o Edgar não funciona à noite. – Puxou um lápis do bolso. – Me empresta sua mão?
–Claro. – Hugo fez um desenho na mesma.
–Agora se concentra no desenho. Vamos desfazer a ilusão e ir logo atrás do Thiago.
–Tudo bem. – Matheus fechou os olhos e uma aura azul começou a sair de sua mão. Em pouco tempo, a ilusão havia sido desfeita. – Que corredor é esse?
–O masculino. Mesmo com a ilusão não poderíamos entrar na área feminina.
–E onde ele está?
–Aqui. – Hugo abriu a terceira porta da esquerda.
Poff’s on
–Ambos prontos para a terceira batalha? – O professor perguntou.
–Sim! – Respondemos juntos.
–Comecem. – Liberamos nossas auras. A minha era verde clara e a dele branca. Ele fez a aura vir na minha direção e tive que desviar dela para não sofrer os efeitos da aura.
–Que pressa.
–É uma batalha de aura. A sua passa segurança e aumenta a defesa. Já a minha acalma. Sabe o que significa, certo? Se eu te pegar com a minha aura, você dorme e perde a batalha. – Fez a aura vir na minha direção. Em vez de fugir, fiquei parado e fui pego pela mesma. Bocejei e me espreguicei, mas logo parei em pé entediado. – Por quê?
–Eu não gosto de dormir à tarde. – Expliquei. – E você se esqueceu que usuários de terra usam melhor a aura do que qualquer outro. – Minha aura se espalhou e o cercou. – Isso quer dizer que você só me ganharia se você um usuário de terra, se eu dormisse de tarde ou então se treinasse a parti da aura em vez de só o ataque. – Dei um combo de ataques nele com a aura, fazendo-o desmaiar.
–A vitória é do aluno Edgar.
Poff’s off – Matheus on
–Aqui é seu quarto.
–Ele é meu colega de quarto! – explicou adentrando no quarto.
–Que perda de tempo. Estávamos aqui, para logo em seguida termos que voltar para cá.
–Também achei sacanagem.
–O que faremos agora? – Perguntei.
–O Edgar já fez. – Olhei para o corpo de Thiago que parecia dormir tranquilamente. – Quando desfizemos a ilusão ele deve ter curado o Thiago.
–Mas ele está dormindo!
–É programação de magia. Eu uso isso quando faço os desenhos! – Explicou.
–Então ele deve ter programado para quando desfizéssemos a ilusão o Thiago fosse curado.
–Não se cura um resfriado mágico. Ele apenas fez com que o Thiago se sentisse melhor.
–E agora?
–Eu vou tomar banho e ir dormir. Você pode ir para seu quarto. Ah, lembre de pegar o Edgar no corredor.
–Tudo bem, até amanhã. – Me despedi.
–Até. – Saí do quarto e vi o corpo do Edgar deitado sobre o chão frio. Deu pena, então o levei para o quarto.
Autor on
Ele acordou no meio da madrugada, calçou seu chinelo, e saiu pelo corredor, tomando o maior cuidado para não chamar a atenção do colega de quarto. Sem sucesso. O mesmo sabia que ele havia saído, porém, fingiu continuar dormindo. Andou até o quarto andar e despertou de frente para alguém.
–Edgar? – Estranhou. O mesmo não respondeu. Seus olhos estavam fechados, o que só podia significar que ainda estava dormindo. – Você é sonâmbulo? – Riu. Edgar caiu no chão, dormindo. – Ei.
Dias depois
Matheus tinha chego na EE um dia antes do recesso para o feriado, e agora, chegava ao fim.
–Vocês têm estranhado os últimos dias? – Hugo perguntou.
–Como assim? – Matheus fez uma pergunta por cima.
–É muito lento mesmo. – Francyelle falou.
Com o passar dos dias eles haviam se encontrado e Matheus tentara conversar, mas Francyelle não era a maior fã dele.
–Estou me referindo ao fato de que nos últimos dias o clima tem variado entre calor e frio. – Hugo explicou.
–O que tem demais?
–O clima daqui geralmente é quente, mas temos ar-condicionados, então é um ambiente fresco. Essas noites têm sido mais quentes ou muito frias. – Edgar explicou. – Só espero que não afete o ecossistema daqui.
–Ecossistema o escambau, eu quero meu ar geladinho.
–Falando em ar, não é amanhã que a Lili volta? – Thiago perguntou.
–Quem é essa? – Perguntou Matheus.
–A menina que suporta a Francyelle e divide quarto com ela. Lili, ou a Usuário do Bastão Violenta.
–Ela é uma das mais fortes com arma. – Thiago falou.
–Bom, de qualquer maneira, esse negócio do clima começou depois de ajudarmos o Thiago com o resfriado. – Disse Hugo.
–O diretor disse que é um problema no ar. – Edgar mentiu.
–É melhor concertarem logo então.
À noite, naquele mesmo dia, o mesmo garoto voltava a andar pelos corredores. Parou no mesmo corredor da última noite, porém, alguém já o esperava.
–Edgar? – Estranhou o mesmo ali.
–Desculpa, Matheus. – O Conselheiro de vento o segurou. – Mas você está preso.
–O quê?
–Não se mexa! – José falou. Quarenta anos, alto, moreno, cabelo curto e olhos da cor castanhos claros. Matheus já havia o encontrado e em alguns aspectos ele era parecido com o Juan. Assim como os outros Conselheiros, também tinha uma habilidade única. Era conhecido pelas habilidades com o nome de punição.
–Ei. Me solta!
–Não se mexa! – Repetiu em um tom ameaçador.
–Não se preocupe, Matheus. Eu vou tentar te tirar dessa.
–Eu não sei nem o que eu fiz. – Falou sendo levado pelo Conselheiro.
...
Quando o primeiro convidado chegar, noites quentes e frias o acompanharão. Na vez do segundo, tenham o dobro de cuidado, pois ele será inimigo de tudo e todos. Por fim, os Quatro Filhos de espíritos se reunirão e a segunda profecia terá inicio.
Continua...
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O que será que Matheus fez? Será que ele mudou de lado? Será que não é ele? Será que...
Melhor parar com os “será” que todos serão explicados no próximo capítulo, ou não –ha ha ha.