Guerra Elemental escrita por Ed Henrique


Capítulo 29
Problema bom vem em dobro


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês :). Espero que gostem e descubram o que houve com nosso herói e seus novos amigos.



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Regra de ouro de Terra número 2: Não interferir na natureza.

Último capítulo

–Feitiços?

–Isso. O nosso diretor também usa, mas não com o mesmo poder que o do Norte. O sistema de selos serve para poupar magia do diretor. Existem selos para as alas dos dormitórios, um selo para fortificar o feitiço dos uniformes, para proteger a escola, entre outros.

–Tá, tá. Por que voltou tão rápido? – Hugo perguntou.

–Bem, é porque... Antes de ter a chance de terminar a frase, os três foram teletransportados para fora da escola.

Agora

–O que houve? – Perguntei.

–Parece que fomos movidos para fora da escola. – Hugo falou.

–Então, por que está de noite? – Apontei para a entrada da área da EE.

–Isso é novidade. – admitiu. – Edgar?

–O que eu ia falar é que o Thiago está resfriado.

–Resfriado mágico. – Disse Hugo.

–Não é meio tarde para isso? – Perguntei.

–Não tem idade certa. Você pode ficar resfriado no primeiro ano, segundo ou quando tiver com cinquenta anos.

–E o que tem demais ele ficar resfriado? Ele é do tipo ruim?

–Não. Assim como o Hugo, eles não possuem um lado ruim, ambos são como se já tivessem se fundido, mas não verdade, nunca foram divididos.

–Vocês são muito complicados! – Falei.

–É, eu sei. – Edgar falou. – O problema é: o resfriado dele é diferente do nosso. Prova disso é que estamos aqui fora e é noite.

–Qual a sua teoria? – Hugo o perguntou.

–Como viajem no tempo não existe, ele deve ter usado deslocamento por terra para nos trazer aqui fora, e nos prendeu antes. Como ele não tem poder o suficiente para me prender por muito tempo, saímos agora, de noite.

–E o que faremos sobre isso? – Perguntei.

–Essa é nossa missão: devemos parar o Thiago que está resfriado e colocou todos os alunos para dormirem!

–Só nós? E os Conselheiros, diretor, Representantes e sua prima?

–Todos estão cuidando da escola para que nada aconteça, e a última há essa hora deve estar treinando. – Lendo.

–A Usuário do Bastão Violenta ainda não voltou das férias. Bom, estamos no feriado, então não tem outro jeito. Vamos. – Hugo começou a caminhar e o seguimos. Não andamos nem três minutos e os dois pararam.

–O que houve? – Perguntei.

–Tem alguma coisa na floresta! Claro, fora animais e outras coisas perigosas.

–Então eu não estava paranoico. – Edgar se dirigiu a Hugo. – Podem indo na frente. Vou ver o que é e logo alcanço vocês! – Começou a caminhar no sentido contrário.

–Não demora que não quero ter todo o trabalho sozinho.

–Sério isso?

–Uhum. Podem ir.

–Vamos logo. – Hugo saiu na frente.

–Ce-certo. – Fui relutante. Ouvi o barulho de árvores se mexendo e pensei na hora em voltar, mas Hugo me fez continuar, dizendo que era apenas o Edgar usando magia.

Após andarmos bastante, chegamos finalmente no prédio da escola. Porém, entramos em um pequeno dilema que nos fez demorar mais do que o previsto.

Edgar on

–Ué, ainda aqui? – Falei, e os dois viraram.

–Ficamos em dúvida. – Matheus apontou para frente e reparei em três passagens diferentes. – Acho que não era assim antes.

–Não sabia que o Thiago gostava desses clichês de três portas.

–Fazer o quê?

–Qual você sugere?

–Eu posso achá-lo pela semente que está nele, Hugo. Esqueceu?

–Tenta. – Arqueou uma sobrancelha. Concentrei-me e tentei localizar todas as pessoas que tinham a semente, porém, só achei três.

–Nada.

–Eu tentei achá-lo pelos meus desenhos, mas não consigo achá-los. Ele ficou esperto.

–Bom, vamos pela da frente, porque não estou a fim de ficar escolhendo. Uma hora nós o achamos.

–Sério isso?

–É. – Dei de ombros e fui na frente.

–Ei. – Hugo me acompanhou, enquanto Matheus ia um pouco mais atrás. – Você está bem?

–Porque não estaria?

–Você é imune a ilusões, mas não as ilusões do Thiago, não é? Será que inconscientemente ele não vai tentar te lançar uma?

–Vai, mas eu tento aguentar. Matheus. – Parei para que o mesmo me acompanhasse. – Vai precisar. – Pus minha mão na cabeça dele e passei minha aura para o mesmo. – A aura de terra tem o poder de fazer a pessoa se sentir mais segura, ao mesmo tempo em que aumenta a defesa dela. A de vento relaxa, e eu aprendi a fundir a minha com a deles e fazer com que a pessoa se sinta calma.

–Eu vou precisar dela para quê? Só vamos acordar esse tal de Thiago.

–Quem dera fosse assim. – Hugo apontou para a frente. Vários alunos com um dragão de cor marrom vinham na nossa direção. – Ou ele os está controlando, ou é uma ilusão.

–Só precisamos pará-los, certo? – Matheus saiu correndo na direção deles. Fiquei surpreso pela coragem.

–Eu sei que a aura passa segurança, mas não é para tanto. – Hugo sentou-se tranquilamente.

–Já que você não está com seu caderno, nós cuidamos deles. – Fui até Matheus para poder ajudá-lo.

Minutos depois de tanto atacarmos e nos defender, finalmente o corredor estava livre.

–Ei, hora de trocar. – Avisei e sentei. Hugo levantou e parou ao lado de Matheus. – Eu vou tirar um cochilo. – Espreguicei-me. – Boa noite.

–Como assim? E o seu amigo?

–Já dormiu.

–Será que é uma ilusão?

–Não, o Edgar não funciona à noite. – Puxou um lápis do bolso. – Me empresta sua mão?

–Claro. – Hugo fez um desenho na mesma.

–Agora se concentra no desenho. Vamos desfazer a ilusão e ir logo atrás do Thiago.

–Tudo bem. – Matheus fechou os olhos e uma aura azul começou a sair de sua mão. Em pouco tempo, a ilusão havia sido desfeita. – Que corredor é esse?

–O masculino. Mesmo com a ilusão não poderíamos entrar na área feminina.

–E onde ele está?

–Aqui. – Hugo abriu a terceira porta da esquerda.

Poff’s on

–Ambos prontos para a terceira batalha? – O professor perguntou.

–Sim! – Respondemos juntos.

–Comecem. – Liberamos nossas auras. A minha era verde clara e a dele branca. Ele fez a aura vir na minha direção e tive que desviar dela para não sofrer os efeitos da aura.

–Que pressa.

–É uma batalha de aura. A sua passa segurança e aumenta a defesa. Já a minha acalma. Sabe o que significa, certo? Se eu te pegar com a minha aura, você dorme e perde a batalha. – Fez a aura vir na minha direção. Em vez de fugir, fiquei parado e fui pego pela mesma. Bocejei e me espreguicei, mas logo parei em pé entediado. – Por quê?

–Eu não gosto de dormir à tarde. – Expliquei. – E você se esqueceu que usuários de terra usam melhor a aura do que qualquer outro. – Minha aura se espalhou e o cercou. – Isso quer dizer que você só me ganharia se você um usuário de terra, se eu dormisse de tarde ou então se treinasse a parti da aura em vez de só o ataque. – Dei um combo de ataques nele com a aura, fazendo-o desmaiar.

–A vitória é do aluno Edgar.

Poff’s off – Matheus on

–Aqui é seu quarto.

–Ele é meu colega de quarto! – explicou adentrando no quarto.

–Que perda de tempo. Estávamos aqui, para logo em seguida termos que voltar para cá.

–Também achei sacanagem.

–O que faremos agora? – Perguntei.

–O Edgar já fez. – Olhei para o corpo de Thiago que parecia dormir tranquilamente. – Quando desfizemos a ilusão ele deve ter curado o Thiago.

–Mas ele está dormindo!

–É programação de magia. Eu uso isso quando faço os desenhos! – Explicou.

–Então ele deve ter programado para quando desfizéssemos a ilusão o Thiago fosse curado.

–Não se cura um resfriado mágico. Ele apenas fez com que o Thiago se sentisse melhor.

–E agora?

–Eu vou tomar banho e ir dormir. Você pode ir para seu quarto. Ah, lembre de pegar o Edgar no corredor.

–Tudo bem, até amanhã. – Me despedi.

–Até. – Saí do quarto e vi o corpo do Edgar deitado sobre o chão frio. Deu pena, então o levei para o quarto.

Autor on

Ele acordou no meio da madrugada, calçou seu chinelo, e saiu pelo corredor, tomando o maior cuidado para não chamar a atenção do colega de quarto. Sem sucesso. O mesmo sabia que ele havia saído, porém, fingiu continuar dormindo. Andou até o quarto andar e despertou de frente para alguém.

–Edgar? – Estranhou. O mesmo não respondeu. Seus olhos estavam fechados, o que só podia significar que ainda estava dormindo. – Você é sonâmbulo? – Riu. Edgar caiu no chão, dormindo. – Ei.

Dias depois

Matheus tinha chego na EE um dia antes do recesso para o feriado, e agora, chegava ao fim.

–Vocês têm estranhado os últimos dias? – Hugo perguntou.

–Como assim? – Matheus fez uma pergunta por cima.

–É muito lento mesmo. – Francyelle falou.

Com o passar dos dias eles haviam se encontrado e Matheus tentara conversar, mas Francyelle não era a maior fã dele.

–Estou me referindo ao fato de que nos últimos dias o clima tem variado entre calor e frio. – Hugo explicou.

–O que tem demais?

–O clima daqui geralmente é quente, mas temos ar-condicionados, então é um ambiente fresco. Essas noites têm sido mais quentes ou muito frias. – Edgar explicou. – Só espero que não afete o ecossistema daqui.

–Ecossistema o escambau, eu quero meu ar geladinho.

–Falando em ar, não é amanhã que a Lili volta? – Thiago perguntou.

–Quem é essa? – Perguntou Matheus.

–A menina que suporta a Francyelle e divide quarto com ela. Lili, ou a Usuário do Bastão Violenta.

–Ela é uma das mais fortes com arma. – Thiago falou.

–Bom, de qualquer maneira, esse negócio do clima começou depois de ajudarmos o Thiago com o resfriado. – Disse Hugo.

–O diretor disse que é um problema no ar. – Edgar mentiu.

–É melhor concertarem logo então.

À noite, naquele mesmo dia, o mesmo garoto voltava a andar pelos corredores. Parou no mesmo corredor da última noite, porém, alguém já o esperava.

–Edgar? – Estranhou o mesmo ali.

–Desculpa, Matheus. – O Conselheiro de vento o segurou. – Mas você está preso.

–O quê?

–Não se mexa! – José falou. Quarenta anos, alto, moreno, cabelo curto e olhos da cor castanhos claros. Matheus já havia o encontrado e em alguns aspectos ele era parecido com o Juan. Assim como os outros Conselheiros, também tinha uma habilidade única. Era conhecido pelas habilidades com o nome de punição.

–Ei. Me solta!

–Não se mexa! – Repetiu em um tom ameaçador.

–Não se preocupe, Matheus. Eu vou tentar te tirar dessa.

–Eu não sei nem o que eu fiz. – Falou sendo levado pelo Conselheiro.

...

Quando o primeiro convidado chegar, noites quentes e frias o acompanharão. Na vez do segundo, tenham o dobro de cuidado, pois ele será inimigo de tudo e todos. Por fim, os Quatro Filhos de espíritos se reunirão e a segunda profecia terá inicio.

Continua...


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Notas finais do capítulo

O que será que Matheus fez? Será que ele mudou de lado? Será que não é ele? Será que...
Melhor parar com os “será” que todos serão explicados no próximo capítulo, ou não –ha ha ha.



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