Escola – Primeira aula – Nana:

– Ohayo alunos! – ela sorriu gentilmente e nem se preocupou com quase todos dormindo – Hoje teremos um novo aluno. Ele se transferiu de uma escola aqui perto... – desviou o olhar – O que eu achei super desnecessário! – murmurou e fingiu uma tosse. Segurei o riso. – Seu nome é Eriol! Pode se apresentar darling!

Um garoto bonito, alto, com os cabelos pretos-quase-azuis, entrou e percorreu seu olhar pela classe toda. Todos os alunos que dormiam (inclusive o Haru), tinham despertado e encaravam o garoto.

– Meu nome é Daidouji Eriol. É um prazer conhecê-los! – sorriu.

Pera aí! Ele não me é estranho... Lembrei! É o garoto do dia do festival! O amigo de Tomoya! Mas... por que ele se transferiu para essa escola?
Ele se sentou do outro lado da sala. Atrás de Yumi e do lado de Sakura.

Intervalo:

– Ei, Sakura! O que acha que está fazendo? – Natsume perguntou irritada, enquanto Sakura ia se distanciando de nós com seu lanche.

– E-eu tenho q-que... Resolver... Resolver algumas coisas. É isso! – ela sorriu nervosamente.

Não acreditamos nela, mas resolvemos deixá-la ir. Ela seguiu para os fundos da escola e logo depois, Eriol saiu da sala.

– Eriol! – Yumi acenou sorrindo e ele se aproximou – Não quer comer com a gente? – perguntou.

– Gomen... – ele sorriu – Mas na verdade, eu estava procurando a Sakura... – andou seu olhar por todos nós, certificando-se que ela não estava ali.

– Eriol, Eriol! – Otani sorriu superior, se levantando e colocando a mão no ombro do mesmo. – Não acha que tem que ir mais devagar?

– Como assim? – Eriol encarou Otani.

– Conhecê-la primeiro... – falou como se fosse óbvio o que ele quis dizer.

– Mas eu já a conheço. – sorriu – Somos vizinhos! – pareceu pensativo – Lembro-me que brincávamos quando crianças... – corou – Depois que crescemos nos distanciamos, e eu nem a reconheceria se nos encontracemos na rua por acaso. Mas na noite do festival eu a reconheci e é por isso mesmo que eu vim para essa escola. – sorriu – E ainda não entendi... Eu só queria lanchar com ela.

– Por causa da Sa-chan? – perguntei serrando o cílios.

– Hai! – ele respondeu.

– Então você não é gay? – Yumi perguntou.

– Nai... – ele balançou as mãos envergonhado.

– Então você é afim da Sakura? – Natsume cruzou os braços se aproximando mais do garoto e o encarando.

– Bem... *cora* E-eu estou querendo voltar a ser amigo dela! Nada mais!

– Eeh! – a azulada sorriu travessa. – Claro! – ironizou dando de ombros e se sentando novamente.

Eriol se despediu e seguiu pela escola. Provavelmente à procura de uma rosada, que estava por aí...

Sakura PVO on

– Ótimo! – resmunguei me escondendo atrás de uma grande árvore – Por que ele está aqui? – olhei ao redor - E por que meu coração está batendo tão rápido?

Brincávamos quase sempre de casinha. Mesmo Eriol não querendo, eu sempre dava um jeito de convencê-lo. Um dia, uma frase estranha saiu da minha boca.

“– Eri-kun? Quando crescermos... posso ser sua esposa?

– Nani? – ele me olhou assustado.

– Meus pais dizem, que as pessoas se casam porque se gostam muito, e eu gosto muito de você! – sorri.

– Não acho que você entendeu bem o que os seus pais quiseram dizer... – sorriu.

– Eu entendi perfeitamente.”

Não sei se posso dizer que eu o amava, porque eu era apenas uma criança... Mas naquela época, o que eu sentia por ele, era diferente do afeto que eu tinha com todos os outros amigos. Quando crescemos nos distanciamos, mas mesmo assim, eu o reconheceria em qualquer lugar!

– O que faz aqui?

– Kyyyah! – caí sentada com o susto e a pessoa caiu na gargalhada. Levantei o olhar e a última pessoa que eu queria ver no momento, estava em pé na minha frente. Me levantei e comecei a andar apressadamente.

– Espere! Ei! – Eriol correu e começou a andar de costas me encarando. Eu só conseguia olhar para baixo. – Ainda se lembra de mim?

– Como eu poderia esquecer?! – murmurei e o percebi sorrir. – O que quer comigo? – o encarei parando de andar.

– Quero que sejamos amigos de novo! – sorriu.

–... – me surpreendi - Ha-hai! *cora*

Nos sentamos na grama e ficamos relembrando o que aprontávamos quando crianças.

– Você era uma pestinha! – me mostrou a língua.

– Andando com o mestre, não tinha como ser diferente! – fiz biquinho e ele deu risada.

–... – parou e ficou me encarando.

– Tem a-alguma c-coisa no m-meu rosto? – sentia minhas bochechas arderem como nunca.

– Você está muito bonita! – sorriu largo.

– Arigatou... – sussurrei abaixando a cabeça.

Hiromi PVO on

O sinal tocou e aos poucos todos foram entrando nas salas.

– Yo bocós! – Tanaka-sensei sorriu entrando na sala, e dando seu famoso “olá” discreto.

– Yo! – todos responderam animados.

Ele fez perguntas sobre como tínhamos passado o final de semana, como tinha sido o festival, se sabíamos o significado dele e etc. Em seguida passou um trabalho em dupla. Natsume piscou para mim sorrindo e logo juntamos nossas mesas. Otani e Haru fizeram o mesmo. Olhei para o outro lado da sala e Yumi se encontrava totalmente perdida.

Ué! Cadê a Sakura? E o Eriol? Eles não voltaram ainda do intervalo?

– Tanaka-sensei! – estiquei o braço.

– Fale Asumi. – sorriu.

– Pode ser dupla de três? – após eu dizer isso, todos caíram na gargalhada, inclusive o professor. Repassei na minha mente o que tinha acabado de dizer e dei um tapa na minha própria testa.

– Podem fazer um trio sim, Asumi. – Tanaka-sensei disse vermelho de tanto rir.

Fiz sinal com a mão, e logo Yumi se juntou a mim e a Natsume.

Ouvimos batidas rápidas na porta e o sensei a abriu, exibindo uma rosada e um azulado envergonhados.

– Entrem pombinhos! – ele sorriu travesso, Sakura e Eriol coraram e se dirigiram aos seus lugares.

– Gomen nasai! – disseram juntos após sentarem.

– Bom, como são os únicos que sobraram, farão juntos! – Tanaka-sensei se aproximou deles e explicou a lição.

Fizemos e logo a aula acabou. Organizamos a sala e a professora Koharu chegou, cumprimentou todos nós, se apresentou à Eriol e tratou de enxer a louza de lição.

Todas as outras aulas, Eriol e Sakura conversavam animadamente sobre, segundo à Yumi, o passado deles.

Cheguei em casa e subi correndo para o meu quarto, tomei um banho, fui até a cozinha e comi alguma coisa.

As férias de verão estão próximas e antes delas, terá um tipo de festival e podemos fazer alguma coisa até mesmo para arrecadar dinheiro, para uma festa no final do ano.

Encontrarei com o pessoal da minha classe mais tarde para conversar sobre isso. Não que esteja próximo, mais temos que nos preparar para escolher o que quisermos antes que não sobre nada, já que todas as outras classes participarão, e também temos que ir ao conselho estudantil e pegar uma sala boa pra gente.

Vamos nos reunir na casa de uma garota que eu não conheço bem (porque eu não fiz amizade com todo mundo da classe). Ela é a representante da turma e por isso será na casa dela. Uma garota bonita, alta, dos cabelos castanhos, com um estilo durona. Seu nome é Suzuki Mao.

Desci e me sentei no sofá.

– Baixinha? – a porta se abriu me fazendo dar um pequeno pulo de susto no sofá.

– Yo de novo, baka! – sorri para Haru que sorriu de volta pra mim e entrou se sentando ao meu lado.

– Podíamos ir passear um pouco... – ele falou.

– Estou morrendo de preguiça... – sorri sem graça.

– Não seja chata! – ele fez biquinho e eu não consegui conter o riso.

– Não sou chata! Sou preguiçosa! – mostrei a língua.

– Cruel! – fez biquinho novamente e dessa vez roubei um selinho.

– Vamos! – me levantei e ele parecia um pouco atordoado. Ri abafado.

Fomos até a praça, andamos, tomamos sorvete e voltamos a andar.

– Eto... Aqueles não são a Sakura e o garoto novo? – Haru cerrou o cílios olhando para algum lugar. Segui seu olhar até parar nas pessoas... e eram eles mesmos.

– Eh? – um mínimo sorriso apareceu em meus lábios.

Disparei para mais perto de onde eles se encontravam, levando o Haru junto, já que estávamos de mãos dadas

– Ei! – Haru gritou.

– Shi! – o repreendi.

Ficamos atrás de uma daquelas placas de anuncios, que estava bem perto de onde eles estavam sentados.

Não consegui ouvir nada, mas não rolou nada demais, além da Sa-chan corando mais do que o normal!

– Já está na hora de irmos para casa da Mao... – Haru disse olhando em seu celular.

– É, parece que sim! – falei. Haru foi saindo de nosso esconderijo.

– Vamos baixinha! – gritou, pegou em minha mão e me puxou.

Sakura e Eriol olharam e pareceram nervosos. Em outra ocasião eu teria caído na gargalhada, mas agora...

– De onde vocês surgiram? – Eriol perguntou.

– Na verdade, eu não entendi porque estávamos escondid...

– ESTÁVAMOS caminhando! É isso! Que coincidência! Estavam fazendo isso também? – interrompi Haru antes que ele nos entregasse.

– Nos encontramos sem querer... – Sakura murmurou e Eriol confirmou.

– Hai, hai. – dei de ombros.

– Precisamos ir agora... – Haru disse começando a andar.

– Vamos juntos? – perguntei para os dois. Assentiram e seguimos para a casa da Suzuki-san.

Chegamos a uma casa grande(enorme) e tocamos a campainha, logo pode-se ver lindos cabelos castanhos.

– Konichiwa... S-sejam bem v-vindos! – a garota disse se escondendo atrás do portão após abri-lo.

– Yo Suzuki-san! – eu e Sakura sorrimos e ela retribuiu envergonhada.

Ela nos guiou até a sala da casa e quando chegamos lá, algumas pessoas da nossa classe já se encontravam, inclusive a Natsume, Yumi, Otani e a Maya. Também havia uma garota chamada Luka e que parece não ir muito com a minha cara... É amiga da Maya, talvez seja por isso... Ela tem o cabelo vermelho-vinho Também um garoto que vez ou outra ficava com o Haru e o Otani, Yue... Cabelos castanhos escuros. Nos sentamos no sofá e Suzuki-san encarou Natsume.

– Natsume-san... – ela bateu os indicadores. Natsume revirou os olhos sorrindo e se levantou.

– Minna! Vamos nos esforçar para ganhar esse troço de festival! – Natsume disse empolgada. Sakura levantou o braço. – Diga...

– Não é uma competição Nat-chan... – ela sorriu sem graça.

– Ah! Tanto faz! – ela mostrou a língua travessa.

– Eu acho que podíamos fazer um observatório... – Eriol falou pensativo.

– Acho que um restaurante iria atrair mais pessoas! – Yumi disse.

– Queria que tivesse animais envolvidos! – os olhos de Sakura brilharam.

– Podíamos fazer um Neko Café! – falei enquanto fazia trancinhas no cabelo de Haru. Me encararam.

– Ótima ideia! – Natsume falou.

– Quase tão boa quanto a minha! – Eriol sorriu superior e eu dei risada.

– Eu adorei! – Sakura disse.

– Eu também! – Yumi exclamou.

– Mas... – Suzuki-san se pronunciou e a encaramos – P-precisaríamos d-de g-gatos... – ela desviou o olhar.

– Hai! – parei um pouco.

– Sei de um abrigo de animais, onde tem vários gatinhos! Costumo ir lá. – Sakura sorriu.

– Podíamos pegar esses gatos para o Neko Café, e já fazer tipo uma campanha para as pessoas os adotarem! – Yumi falou.

– Yoshii! – Natsume serrou os punhos mais empolgada ainda.

– Sugoi! – a representante soou baixinho.

– Ganbatte! – Natsume gritou. – Agora é com você Mao-chan! – ela sorriu fitando a garota.

– É... E-eu... – Suzuki-san parecia muito envergonhada.

– Que tal dividirmos as tarefas? – sugeri sorrindo para ela.

– Hai! – ela pareceu decidida – Sakura-san e Yumi-san cuidam de pegar os gatinhos e conversar sobre a campanha. Eriol-san e Otani-san ficam com a decoração. Luka-san, Maya-san e Yue-kun ficam com marketing. Eu, Hiromi-san, Natsume-san e Haru-san ficamos com as roupas e com um jeito de arrecadar dinheiro para isso tudo! – ela sorriu.

– Eu acho que não vai dar muito certo o Eriol e o Otani com a decoração... – dei risada e eles me olharam com cara feia.

– Nem a Luka e a Maya com marketing! – Yumi disse dando de ombros e as duas deram de ombros igualmente.

– Mas tenho certeza que o Yue-kun consegue resolver! – Sakura sorriu para o garoto que corou.

– E... – levantei a mão – Como assim arrecadar dinheiro? – perguntei.

– Isso tudo vai sair bem caro! Vamos começar a treinar aqui na minha casa! – Suzuki-san sorriu.

– Opa! Como assim? De novo! – Natsume disse cruzando os braços.

– Vamos começar a treinar! Vamos abrir um Neko Café aqui! – sorriu – Os gatos já precisam ir se acostumando ao será uma catástrofe na escola! – fez movimentos engraçados com a mão.

– E quando começamos Suzuki-san? – sorri.

– Me chame de Mao... – ela bateu os indicadores.

– Mao-chan! – fiz biquinho e ela riu.

– Começamos essa semana a preparar as coisas! – Natsume se intrometeu.

– Isso é tão legal! – Yumi disse empolgada.

– Hai! – Sakura entrelaçou cada um de seus braços, em um braço de Eriol e em um braço de Yue. Coraram.

Manhã do outro dia – Escola – Intervalo:

– Mao-chan... Por que eu tenho que vir com você? – suspirei pesadamente.

Estava sendo arrastada pela representante de turma para o grêmio estudantil.

– Por que eu travo na frente das pessoas! – ela respondeu.

– E por que não chamou a Nat-chan? Ela não é sua ajudante?

– É sim! Mas eu não a encontrei. – sorriu.

Chegamos a sala do grêmio e eu bati na porta.

– Viemos aqui conversar sobre o festival... – falei.

– Yo Asumi... – Yue sorriu sem graça.

– Yue? – levantei uma sobrancelha.

– Sim! Quase ninguém sabe, mas Yue é o presidente do conselho estudantil. – Mao disse e Yue passou a mão na nuca envergonhado.

– Se você sabia Mao-chan... por que me fez vir até aqui com você? – perguntei.

– Gosto da sua companhia! – a garota sorriu e eu sorri de volta.

Reservamos a ideia do Neko Café e ficaríamos com a sala 23-A do andar de cima. Por incrível que pareça, algumas salas foram mais rápidas que a nossa. Como Yue é o presidente do conselho estudantil, conseguiu nos deixar com a sala 17-D do térreo.

Voltamos para a sala quando o sinal tocou.

As aulas passaram rápido e logo fomos para a casa.

– Conseguimos falar com a Dona do abrigo de animais, e ela aprovou a nossa ideia. –Yumi disse sorrindo enquanto andávamos para casa.

– Hai! – Mao exclamou.

– Eu, Maya e Luka fizemos alguns cartazes... – Yue disse – Estamos personalizando um Menu, mas precisamos da ajuda de vocês.

– Hai! – falamos todos.

– Já conseguimos uma sala e a ideia do Neko Café foi aprovada. – eu falei.

– Precisamos começar a treinar os gatos! – Otani fez careta.

– Haru tem jeito com gatos! – Natsume disse – Ele será de grande ajuda.

– Então... – Mao correu parando na nossa frente, colocando uma das mãos na cintura e levantando a outra – Vamos dar nosso melhor!

– Yoshii! – gritamos.