Octachel - O Impossível Acontece escrita por Ahelin, Miss Jackson
Notas iniciais do capítulo
Hey!
Cá estou eu, a tia Lari, para atormentar vocês mais um pouquinho. Bom, o último capítulo foi escrito por mim e pela Lally em conjunto, e ela postou por mim já que eu estava sem o tablet. Amem ela, ok?
Certo, agora vocês devem estar perguntando (ou não ,né) por que o Oc está narrando de novo. É porque a Rach está desmaiada, gafanhotos. Paciência, hum?
Espero que gostem, boa leitura.
Naquele momento, eu não pensei em nada. Rachel caída no chão, os olhos fechados, a respiração serena. Pelo menos era certo que estava viva.
- O Oráculo de Delfos! - Falei sozinho, ajoelhado ao lado dela e apoiando sua cabeça com as mãos. - Como pude ser tão burro?
O Oráculo precisava de uma hospedeira pura. Tipo os zumbis em Guerra Mundial Z. E agora, o que eu podia fazer?
Passei um braço pelo pescoço de Rachel e apoiei o outro sob seus joelhos, erguendo-a do chão. Sem pensar em nada, comecei a correr. Eu vinha correndo bastante naqueles dias.
Minha mãe me mataria se eu não trancasse a casa, então fiz isso e deixei a chave embaixo do extintor de incêndio. Ela com certeza a encontraria ali.
Ainda com a ruiva no colo, desci pelo elevador até o térreo. O porteiro me olhou, interrogante, e eu apenas disse:
- Ela está um pouco grogue, mas está acordada. Só fazendo graça. - Dei meu sorriso mais convincente, e ele riu.
Já na rua, chamei um táxi e entrei com Rachel. Dei as direções e esperei que ela ficasse bem até chegarmos.
- Tem certeza, moço? - O taxista perguntou, na base da Colina Meio-Sangue. - Não tem nada aqui.
- A fazenda fica a uns cem metros pra lá, eu vou ficar bem. - Sorri de novo. Ele apontou para a garota inconsciente em meus braços. - Ah, relaxe. É a ressaca. Ela só está um pouco grogue.
Como eu esperava, ele também riu.
Subi a colina sentindo meu coração disparar. Eu sabia o que ia acontecer: eles me prendiam e provavelmente me torturariam também. Ah e depois me matariam (um pequeno detalhe, não é?). Mas Rachel era importante demais. Não dava pra deixá-la deitada perto do Pinheiro de Thalia e ir embora.
Conhecia um pouco de lá, o suficiente para saber onde era a Casa Grande.
Bati na porta, e o centauro Quíron arregalou os olhos ao me ver.
- Escute, podem de prender, mas vejam o que há com ela. Ela...
- Senhor Folchart - Nem pergunto como ele sabe meu sobrenome. -, aconteceu alguma coisa entre vocês?
Ele parecia realmente bravo.
- N-na verdade... Bom, sim. Eu beijei Rachel. Isso é culpa minha.
Ela já estava pesando no meu colo quando Percy chegou. Ele levou-a para a enfermaria e depois veio até mim e disse as palavras:
- Você está preso. Vou entregá-lo agora mesmo ao Acampamento Júpiter para ser julgado por eles. Um fauno virá lhe buscar.
Pensei em sair dali, simplesmente enfiar a mão na cara dele e ir embora.
Mas não. Já era hora de parar de fugir.
*****
Ficou decidido que eu tinha feito muito mais mal ao Acampamento Meio-Sangue, por isso os campistas de lá é que iam decidir a minha punição. Isso me deixou aliviado e amedrontado ao mesmo tempo: aliviado porque se o negócio fosse com os romanos eles realmente iriam me matar e amedrontado porque Percy e Jason eram os caras que mais me odiavam no mundo.
(E não se enganem com isso de o Leo ser magricela, ele sabe fazer fogo. Fogo mau.)
Eles não fizeram nada severo demais comigo; só me trancaram numa cela pequena comendo apenas pão e água (na verdade comendo pão e bebendo água, mas todo mundo entendeu o que eu disse).
A pior das torturas é que eu não tinha nem esperança de que Rachel estivesse melhorando, porque eles ficaram com pena e me informavam que o estado dela ia de mal a pior. Digo, ela ainda estava viva, e tinha acordado para dar uma profecia a um trio de campistas e depois desmaiara de novo.
O problema era que ela não comia. Nada. Isso a estava matando.
Eu fiquei cinco dias preso, até o garoto Nico chegar com uma mortal. Pude vê-la pelas janelas da minha cela: morena, de altura média e muito bonita também. Ela usava um jeans e uma blusa verde simples, e Nico sorria (por mais incrível que isso pareça).
O garoto, que devia ter uns catorze anos, se aproximou de Quíron e disse, triunfante:
- Eu sei como salvar Rachel.
Nesse momento, gritei por Percy. Ele apareceu na porta da cela e cruzou os braços.
- O que quer? - Perguntou, contrariado. - Será que vou ter que colocar um esparadrapo na sua boca também?
- Queira você ou não, Percy... - comecei - ...eu trouxe a Rachel. Acho que mereço vê-la ao menos uma vez.
Ele deu um sorriso sarcástico.
- Se pedir com educação, talvez possa.
- Por favor, posso ir ver a Rachel? - Perguntei, o mais suplicant que consegui. Ele ficou lá me olhando com cara de poker face, acho que estava pensando "OCTAVIAN sabe dizer 'por favor'?"
Depois ele revirou os olhos e abriu a porta, dizendo apenas:
- Uma gracinha e você vai para o Hades.
- Plutão. - retruquei.
- Que seja.
Fomos para a enfermaria, onde a ruiva estava deitada em uma cama e a morena, Nico, Quíron e Annabeth estavam de pé ao lado dela. A mortal, que depois descobri que se chamava Claire, tomou o espírito do Oráculo de Delfos para si. Tudo o que precisou fazer foi se aproximar de Rachel e sussurrar:
- Eu aceito o posto e cumprirei com minhas obrigações.
Uma fumaça esverdeada começou a sair da boca da ruiva e entrou em Claire. Quíron anunciou:
- Parece ter dado certo.
Percy, que estava comigo parado na porta, observou atentamente quando Annabeth começou a balançar o braço de Rachel, chamando.
- Rach? Vamos, Rach, acorde!
E então aconteceu. A ruiva abriu os olhos verdes.
- Octavian... - Murmurou, tentando se levantar, e o que eu mais queria naquele momento era abraçá-la.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gostaram? Comentem!
Quem aí está torcendo por Octachel? Eu o/
XoXo
—Larissa.