Octachel - O Impossível Acontece escrita por Ahelin, Miss Jackson


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

E outra vez a Laurinha aqui sumiu. Certo, quem quiser me odiar que me odeie, entendo os motivos de vocês DKLSNSDJKLDF Perdoem-me pela demora, leitores. Mas agradeço pela fidelidade de vocês. E a Larissa divou no capítulo passado, não é? :3 Go, go.
—Lally



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Não sei quanto tempo eu andei mas, quando anoiteceu, eu estava literalmente me arrastando. Eu prendera o ursinho de Octavian na minha calça, e o ursinho se arrastava no chão, levando a poeira e sujeira consigo.

– Deuses, onde eu estou? – murmurei, sentindo minha garganta áspera. Que ruiva burra que eu sou: Simplesmente saí às pressas do acampamento sem nem trazer uma garrafa d'água! Que droga, Rachel!

O que iriam pensar de mim? Eu, a Oráculo, que carrego o espírito de Delfos dentro de mim, simplesmente saí correndo do acampamento a procura de um áugure que nem merecia grandes coisas. Eu devo estar precisando de um psiquiatra. Chamem o hospício para me internarem pois, além de ser uma Oráculo, eu tinha certeza de que aquele áugure idiota roubara meu coração.

Parabéns, Rachel. Meus parabéns.

Quando o Sol estava se pondo no horizonte eu pude ouvir o barulho do tráfego das ruas. Meu coração se encheu de alegria instantânea. Caminhara por um dia inteiro do acampamento até a cidade, e agora lá estava eu, na mesma cidade que Octavian, certamente.

O problema mesmo seria encontrar o Octavian naquela cidade.

Decidi começar pelo mais óbvio: O parque mais próximo de onde eu estava. As pessoas me encaravam como se eu fosse uma mendiga exausta, o que eu realmente não era.

Vasculhei o parque inteiro, algumas vezes cheguei a gritar o nome do Octavian, mas nada daquele loiro desgraçado.

Onde eu fui me meter?

Vejamos... Se o Oc passara por ali ele não deveria estar tão longe. O jeito seria sair perguntando para as pessoas como se eu fosse a dona de um cachorrinho perdido.

– Oi, você viu um garoto loiro de olhos azuis usando uma roupa roxa e carregando ursinhos de pelúcia? Ele tem cara de anoréxico retardado – descrevi Octavian para uma senhora que estava vendendo churros ali perto. Ela deu um sorrisinho mínimo pra mim e balançou a cabeça negativamente.

Continuei perguntando para as pessoas até a rua começar a se esvaziar e eu estava com a língua quase no chão, sedenta por água.

– Oi, você viu um garoto loiro de olhos azuis usando uma roupa roxa e carregando ursinhos de pelúcia? Ele tem cara de anoréxico retardado. – Aquela foi a última pergunta que eu fiz no dia (ou na noite). Estava esperando um "não" ou simplesmente ser ignorada, mas a senhora que parecia mais um fóssil de tão idosa que devia ser balançou a cabeça POSITIVAMENTE.

– Sim, passei o dia com ele hoje – respondeu ela. – O nome dele é Octavian?

Meu coração deu um pulo e eu pensei que ele fosse sair boca afora e fosse ir para o espaço sideral.

– Sim!

– Ele encontrou com a mãe dele no hospital psiquiátrico onde nós trabalhamos. Ele e a mãe dele foram para a casa da mãe, mas é meio longe daqui.

– Qual o nome do hospital psiquiátrico? – perguntei tão rapidamente que até eu mesma me assustei. Foi tão rápido que parecia aqueles homens dizendo nos comerciais de remédio "Se persistirem os sintomas procure o médico mais próximo".

– Emerson Davis.

– Quando abre?

– É vinte e quatro horas, mas eles só chegam amanhã de manhã e...

Não hesitei em sair correndo em direção ao hospital psiquiátrico Emerson Davis. Sabia onde ficava, e não era tão longe de onde eu estava. Meu coração batia no ritmo das sílabas de Octavian que eu pensava sem parar. Meu único desejo agora era abraçar aquele anoréxico retardado e dizer que ele jamais devia ter deixado o acampamento, dizer que eu iria dar um jeito de fazer as coisas suavizarem para o lado dele e que eu abandonaria meu posto de Oráculo se fosse possível.

Admito. Sim, eu estava apaixonado pelo loiro.


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