Doce Família Cahill escrita por Lady Boice
— É um rémedio chamado Benzarol . — disse Amy. — Mas nós não sabemos o que eles pretendem fazer.
— Benzarol? Esse nome não me é estranho.
Nellie tinha razão, o nome não lhe era estranho pois, ela própria já havia sabido o que ele era e para que servia, mas, graças a um outro remédio, ela já não lembrava de mais nada.
Os três foram para a biblioteca a fim de encontrar a tal fórmula. Eles olharam em todo o canto, em todas as mesas e gavetas, estantes, tentaram encontrar novas alavancas e lugares secretos mas não conseguiram descobrir nada. Então Dan se lembrou de uma coisa.
— Amy o vidrinho! — disse Dan. — Nós não temos a fórmula mas temos o próprio remédio!
— Verdade! — disse Amy.
Os três foram até o quarto de Dan e o viram pegar o vidrinho que continha o Benzarol que estava bem escondido por segurança.
— Devíamos ter pensado nisso antes! — disse Dan. — Que horas são agora?
— São quase três horas. — respondeu Nellie. — Acho melhor eu passar em casa e pegar meus disfarces. Vou estar perto dos balanços vigiando vocês.
— Está bem. — disse Amy.
Nellie saiu e Dan e Amy ficaram apenas esperando a hora de irem. Eles esperavam que tudo certo, e que Grace e Fiske fossem libertados. Quando faltavam trinta minutos para as cinco horas da tarde, Dan e Amy saíram e foram para o parque que só ficava a uma distância de vinte minutos. O parque estava um pouco vazio, mas ainda havia pessoas caminhando, passeando com o cachorro e algumas poucas crianças jogando bola. Eles avistaram os balanços e antes de sentarem nos bancos, observaram em volta para ver se viam algo de suspeito, ou uma pessoa suspeita. Mas não viram nada de errado.
— Já são quatro e cinquenta dois. — disse Dan conferindo o relógio. — Eles já devem estar por aqui nos vigiando.
— Falando em vigiar — disse Amy — onde está a Nellie?
Eles olharam em volta e viram algumas mulheres por perto. Mas de cabelo preto comprido e óculos só havia uma, que fazia alongamento.
— Só pode ser ela ali. — disse Amy. — Parece tão desengonçada fazendo alongamento.
Nesse momento, um vendedor com um carrinho de sorvetes apareceu e ofereceu a eles.
— Picolés, meus caros jovens? — disse o vendedor.
— Não obrigado. — disse Dan.
— Acho melhor vocês pegarem um picolé. — o vendedor sorriu misteriosamente e estendeu a eles um picolé de abacaxi, que na verdade continha um papel dentro. Amy pegou o tal picolé e leu o papel que estava escrito: “Estão com a fórmula?”
Dan tirou o vidrinho do bolso e estendeu ao vendedor.
— Não temos a fórmula mas temos o próprio remédio. — disse Dan.
— Ora, ora... — disse o vendedor. — Isso é bem melhor! Mas como vou saber se vocês não estão me enganando? Eu disse que vocês não deveriam tentar aprontar.
— Mas nós não estamos aprontando. — disse Amy nervosa. — É o Benzarol. Estamos falando a verdade.
— É melhor que estejam. Porque senão aquela velha vai...
— Onde está a Grace e o Fiske? — gritou Dan.
— Estão presos. — o vendedor sorriu ameaçadoramente. — Eles serão ótimas cobaias. — Amy engoliu em seco. Cobaias? Do que ele estava falando? — E vocês também serão.
O vendedor tirou o boné e assim os irmãos viram que ele usava um ponto eletrônico no ouvido. Também viram que detrás na pista de caminhada, dois homens altos e fortes apareceram caminhando em direção a eles.
— Acho melhor vocês virem comigo de boa, por bem ou por mau. — disse o vendedor que na verdade nem era vendedor, e sim aquele tal homem que ligara para Amy.
Os dois irmãos se levantaram e olharam em volta procurando por Nellie mas não viram ninguém com um cabelo preto comprido e de óculos.
—Não vamos a lugar algum com vocês. — disse Dan corajosamente com a voz firme, e quando um dos homens agarrou seu braço, ele ouviu uma pessoa gritar seu nome.
— Dan! Amy! — gritou Ian correndo com Natalie até onde eles estavam.
O vendedor saiu andando rápido com o carrinho em direção à pista de caminhada junto com os dois homens grandalhões e os três desapareceram por entre as árvores.
— Dan, Amy, vocês estão bem? — perguntou Natalie.
Dan respondeu que sim mas Amy estava parada em pânico olhando para a pista e árvores por onde os três homens escaparam.
— Amy você está bem? — perguntou Dan. — Amy?
— E-eu estou bem. — disse Amy sem muita firmeza. — O que vocês estão fazendo aqui? — perguntou para Ian e Natalie.
— Achamos que vocês estariam em apuros. E bem... — disse Ian — parece que chegamos bem a tempo.
Dan e Amy olharam agradecidos se perguntando como eles sabiam disso.
— O-obrigada! — disse Amy, e ao dizer isso, seu rosto foi se contorcendo e os lábios encurvando, enquanto silenciosamente ela começava a chorar.
Dan abraçou a irmã e depois Natalie fez o mesmo.
— Nós vamos descobrir o que está acontecendo Amy. — disse Dan. — Nós vamos salvar Grace e Fiske não importa aonde e com quem eles estejam.
— Nós vamos ajuda-los. — disse Ian abraçando-a.
Amy sentiu o conforto do corpo de Ian e levantou os olhos tentando ver ao redor. Naquele momento ela se dera conta de que não tinha sinal algum da Nellie.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que aconteceu com a Nellie? Descubra no próximo capítulo!