Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 56
Reminiscência – final: a morte de Tsukishirou / o arrependimento de Byakuya.


Notas iniciais do capítulo

Assim como uma gota veneno compromete um balde cheio, também o desejo de vingança, uma vida feliz.destinos incertos, agora selados, não se sabe ao certo se é perene ou efêmero, só sabe-se que acontecerá.



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Não demorou para toda a Sereitei saber sobre os crimes de Tsukishirou, logo a Central 46 tomou a direção das investigações, sendo acusada de praticas de rituais proibidos; premeditação e participação no assassinato da shinigami Rei durante um ritual de feitiçaria; assassinato pré meditado de Kuchiki Yuè Chiharu, além de desacato. Sua condenação seria a morte, porém fora decidido que ela cumprisse um período em um das prisões, a deixando preocupada, o nobre protestou. Para começo de sua punição, ela teria seus poderes drenados, ela esboçara um largo sorriso ao escutar aquilo, deixando os dois juízes desatinados com o ato, o nobre pediu permissão para falar e foi concedido:

– os poderes dela não podem ser drenados?

– Seja mais explicito Kuchiki taichou, ela é ou não uma shinigami?

– Sim, porém foi agraciada com os dons de um deus pagão, enquanto esse deus existir, ela continuará com seus poderes. – explica o nobre.

– Isso não é possível! Não há outro ser mais poderoso que o Rei da Soul Society! – elucida um juiz.

– Tanto é possível que existem três, senão mais, porém três shinigamis foram abençoadas com tais divindades, segundo uma antiga profecia. – responde Juushirou.

– Que profecia é esta que não sabíamos?

– Três deuses por desobediência ao criador, foram obrigados a servirem almas menos evoluídas que eles, ou seja humanos, entre os humanos, foram selecionadas três mulheres que herdaram o poder de um poderoso cristal, que deveria ser protegido pelo Clã Kuchiki, porém nem eles sabiam da relíquia. Então estas trÊs mulheres foram e são Kuchiki Órion, Kuchiki Yuè Chiharu e Ukitake Tsukishirou, nascendo dotados de enormes poderes, bem como grandes responsabilidades. – responde o meigo taichou a observando murmurar algo.

– Então, A fukutaichou Tsukishirou é um Kuchiki?

– Mas é claro que não, minha criança não tem nada haver com tal família. – irrita-se o capitão.

– Se ela fosse uma Kuchiki jamais faria tal insanidade. – retruca o nobre.

– Acalmem-se senhores ou pedirei para deixarem o recinto. Então Ukitake Tsukishirou o que tem a dizer em sua defesa, pois devido as acusações e provas, receberás a morte como punição, mas antes ficaram retida em umas da prisões.

A menina arregalou os olhos, não poderia esperar. Faziam seis dias e meio, e não demoraria completar os setes, ficou preocupada, ela olhou para Juushirou suplicante.

– Querida se tens algo para falar, a hora é esta, por favor?

A morena mostra as mãos aos juízes, estavam vermelhas e fazia uma carinha triste, com olhos marejados, como se doessem, um oficial a liberou sob ordem dos juizes, ela voltou os orbes castanhos para seu taichou e sorriu docemente, gesticulando com os lábios, sem emitir som algum: - eu te amo, irei ficar bem. – balançara uma das mãos para que ele se afastasse, sendo obedecida, levou uma mão ao peito e outra À glabela, citando o cântico bem audível, ignorando os que com ela falavam. - Não deixem que ela conjure sua zampakutou. – ordena o nobre, já prevendo o que aconteceria, saindo da sala imediatamente.

Ela juntas as pequenas mãos em oração e as separa, invocando sua zampakutou, enquanto os guardas corriam em sua direção, ela toca o acúleo com força no chão e some, só após isto o meigo taichou dar por falta do nobre, ele já sabia para onde foram os dois, deixando a sala do julgamento.

Nesse mesmo momento, longe dali, Mayuri estudava o misterioso Ritual e o corpo inerte de Rei arqueou, que sem explicação continuava a sangrar, profere as mesmas palavras de Tsukishirou, deixando a todos sobressaltados, as marcas no chão fulguravam, nos circulos destinados a cada avatar, repousa seus respectivos mensageiros, Navid na esfera direita, Duamoutef no ápice do triângulo, e na parte destinada à Órion, surge a imagem translucida de Jibrail, ecoando pelo lugar barulho de metal rachando.

– Essa criatura desapareceu com a morte da Kuchiki fêmea! Se ele ressurgiu é porque esse ritual é... – o capitão é interrompido por Azuka que chega afoita e desesperada.

– Mayuri taichou... go-gomen nasai, gomen... eu achei algo muito importante nas coisas de Tsuki-chan, anotações, eu fiz besteiras” – anuncia ofegante e chorando ao mesmo tempo.

Após ler o bloco em suas mãos, o capitão dar um pulo de excitação, ficou feliz por saber a razão de tudo aquilo, porém logo ficara apreensivo, resolvendo retornar para o Gotei 13 imediatamente:

– Menina, você não imagina a loucura que fizeste tu, ao depor contra a Ukitake fêmea. – diz antes de partir.

Azuka desespera-se, enquanto Rei continuava a entoar as palavras estranhas, não estava morta, mesmo após seis dias vertendo sangue.

– Se eu não eu não chegar a tempo, Tsukishirou morrerá e reencarnará no sekai e as almas das Kuchikis fêmeas e de Rei se perderão para sempre, o velhote tinha razão quando disse que havia algo além de nossa compreensão, ele certamente conhece bem sua garota! Agora como ele conseguiu duas belas mulheres com essa idade? – analisava o louco taichou a caminho da Central 46.

Tsukishirou reaparece longe de Ugendou, ficando louca de raiva, calculara mal seu destino, começou a correr, pois não poderia se teleportar novamente para conservar energia. Sendo atingida por um byakurai, que a lançou longe, se chocando com algumas rochas.

– Como você é previsível Ukitake. Voltarás comigo para que se cumpra o teu destino!

Ela levanta-se atordoada e com muitas escoriações, fitando seu agressor, não poderia perder tempo, ela mirou o céu, compreendeu ser quase meio-dia, logo se esvaiam os setes dias e tudo estaria perdido. Ela posicionou-se com sua katana em mãos, apoiando-a na horizontal, com os indicador e médio, ela banha a lâmina desde a base do cabo até o acúleo com uma energia verde. Byakuya imaginou ser um hadou e avançara na direção da garota antes dela o lançar. Porém assim que as lâminas se chocaram, algo estranho aconteceu, a energia verde impregnou-se em sembozakura, tão logo ela evocou uma tempestade de areia, que soterrou o nobre. Tsukishirou continua a correr rapidamente para o local do ritual e passa por Mayuri, que estancar assustado.

– Ukitake fêmea?! A diaba é bem rápida! – porém segundo após sente outro vulto o ultrapassar, temeu pela garota, tinha certeza ser Byakuya, retornou atrás deles.

Tsukishirou desviara de alguns subordinados do 12º bantai, faltavam apenas alguns metros para adentrar a barreira mistica e se posicionar no circulo onde Duamoutef a esperava, ficara bastante feliz, iria conseguir... Mas, para bruscamente. Seus olhos se arregalaram devido o terror que sentira, uma dor súbita se fez no seu peito, seu coração latejou. O frio metálico erradicava pelo tórax, a respiração ficara taquipneica, doía. Sentiu o sabor férrico do sangue chegar à sua boca, logo após uma lâmina rosácea cresce entre suas negras mechas encaracoladas gotejando o liquido escarlate.contudo com o impacto do confronto Shinda no Sama cai enterrada no circulo.

Ela levanta o rosto e ver os orbes cinéreos do seu algóz, logo a expressão de pânico e medo se desfez dando lugar a um rosto calma com um meigo sorriso e pestanas sonolentas. A carranca do nobre tomou aspecto de susto com o gesto dela: porque ela não sentira raiva dele? Porque sorria docemente? Aquilo o intrigou. Porém quando ele nota o sangue escorrer dos delicados lábios, que tentavam murmurar algo, sente um dor súbita no peito, retira Sembozakura do tórax feminino, a fazendo regurgitar sangue e gemer alto, aquilo o deixou inquieto.

Tsukishirou começara a desfalecer lentamente em seus braços, mas ele não a largou, não poderia deixá-la cair ao chão, sentia-se perturbado por sua ação, havia conseguido vingança, contudo aquilo não o conformou, desejou não ter feito tamanha loucura, estava confuso como se fizesse algo de errado ao feri-la, a pegou nos braços se ajoelhando, chegando a sentar na grama e aconchega-la nos braços, não entendia o porquê de estar se sentindo péssimo, ela murmurou baixo engolindo o próprio sangue na pronuncia:

– Ketsune-bi... no...midor...- a garota não terminou , o frio eterno tomava seu corpo, esvaindo nos braços do nobre, nesse momento Mayuri chega desesperado.

– Seu idiota! O que você fez?! A coloque no circulo imediatamente. – grita o louco taichou.

– Isso não a trará de volta! – retruca com a voz rouca, a apertando contra o seu peitoral.

– A coloque lá ou tudo estará perdido, todas elas morrerão.

O nobre sem entender o desespero do outro, e naquele momento desejava que a morena retornasse de alguma forma, obedece. Caminhando com ela até o circulo, no momento em que cruzou a barreira e adentrou a esfera, Duamoutef desaparece, o deixando sobressaltado, pois ele sabia muito bem que um animal-guia somente desaparecia sem sua senhora despedi-lo quando ela morria, a morena estava morrendo:

– no final, o senhor cumprira sua parte... me perdoa se eu não conseguir envia-las a você, se eu não cumprir minha promessa. – ela sorrir candidamente, fechando os olhos lentamente enquanto o rubro escorria do canto de sua boca pequena.

– então era isso? Eu não havia compreendido, você deveria ter sido mais explici... eu não queria fazer isso...por favor fique? Fique comigo. – a voz falha, ela iria abraçar o corpo sem vida, porém nesse momento Tsukishirou entra em combustão, incinerando-se rapidamente.

Mas ele não a solta, desejou naquele momento ir junto com ela. Já havia perdido Órion, Yuè e seu filho, por sua causa elas não voltariam, sequer reencarnariam e tudo seria culpa sua. Ele abraços o corpo que se esvaia rapidamente, porém não se queimava, ficando em sua mão o delicado escapulário que ela usava. Shinda no Sama trincou e virou areia, do corpo da morena nem cinzas ficaram, após isso uma força o lançara para fora do santuário, fechando-se em uma redoma vítrea, gerando uma neblina dentro. Ele e Mayuri olham espantados. Byakuya fecha a mão com o escapulário e a leva ao peito, suas orbes cinèreas tremulavam, o coração apertava: - você certamente seria uma mulher por quem quebraria todas as regras, eu a amaria se não existisse Yuè. Me perdoe! – murmura o nobre.

– Agora, o Reminiscência inicia-se segundo as anotações da Ukitake fêmea. Logo atravessarão o portal do limiar da vida e da morte, que Rei mantém com sua alma, seguindo para o reino do deus Apsu e a alma de Órion. – elucida Mayuri.

– O que você estar dizendo?

– Por acaso Kuchiki taichou lera toda a carta que sua companheira lhe deixou?

O nobre tentou responder, mas fora atingido por um golpe no rosto, parando longe, levantou-se irritado para ver quem fez tamanha idiotice, dando de frente com Ukitake louco de raiva, porém com as lágrimas escorrendo pelo rosto, já desembainhando Sougio no Kotowari, entretanto é impedido pelo amigo que chegava nesse momento:

– Se minha menina não retornar para mim, você e toda sua maldita família desaparecerão deste mundo. – anuncia o doce taichou triste, caindo de joelhos.

– Me será um favor que fará, já perdir a minha razão de viver no momento que Yuè fora embora. – responde dando-lhe as costas.

– Não deveríamos ter jamais interferido, pois elas lidam com forças além de nossas compreensões, conhecimentos permitidos apenas para os deuses. – fala Shunsui se aproximando do líder: - pegue isto e leia tudo desta vez, espero que tenhas saciado sua sede de vingança, pois deverás conviver com tua consciência daqui por diante, o que Tsukishirou fez foi pelo mundo e por sua família, negando-se a uma vida tranquila ao lado do homem que amava. – ele nota que o nobre tremia, tentando segurar a dor e o arrependimento que sentia.

– E somente para informa-lo Comandante que a shinigami Rei não estar morta, apenas em transe. Agora nos resta esperar e pedir por um milagre, porque ciência não resolverá isso. – analisa Mayuri fazendo anotações.


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Notas finais do capítulo

forte só é aquele que sabe dominar-se no momento de raiva.
É possível repousar sobre qualquer dor de qualquer desventura, menos sobre o arrependimento. No arrependimento não há descanso nem paz, e por isso é a maior ou a mais amarga de todas as desgraças. - Leopardi
Brigas, desentendimentos, cuidado! pense antes de falar para não se arrepender depois. Ofensas não conduzem ao bom termo. Saiba que a dor por perder um amor é mais aguda quando vem junta com o arrependimento.



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