Jogo de sedução escrita por Karollin


Capítulo 13
Capítulo 12 - Ferrada


Notas iniciais do capítulo

OIEN GENTEE Tem alguém vivo aqui? Não? Okay :c USAHUASH FELIZ NATAAAL ♥ Era para o cap ter saído ontem (dia 25), mas tive que sair e tudo mais ;=; Espero que ainda tenha alguém por aqui ♥ Estou aqui às 5 e pouca da madrugada toda morta de sono, com dor de cabeça para trazer mais um capítulo pra vcs :3

— Cherry, sua recomendação ficou DI-VI-NA! UASHASU você também cursa arquitetura, que show ♥ Pode deixar que eu vou enviar um Logan amarrada com uma fitinha de Natal aí para você ♥

— Sue, sua tchutchuca ♥ ASUHASUH Você é uma fofa cara, sua recomendação foi maraa!! Muito obrigada gata ♥

— Moniiii ♥ sua recomendação lacrou cara! Sem mais ♥ Ficou fantástica e no meio dela eu já estava quase chorando de emoção. Muuuuuuito obrigada ♥

Vou responder todo mundo quando eu acordar da minha hibernação merecida AUSHS Boa leitura, espero que gostem ♥

PS: Não revisei, desculpem qualquer erro.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/481657/chapter/13

Eu pensei que soubesse o que era apreensão. Ver todos aqueles filmes de terror em que uma música tensa tocava com volume baixo no fundo enquanto o personagem ia vistoriar algum lugar não haviam me preparado para aquele momento. Sentia-me como um condenado caminhando em direção à guilhotina. Bati na porta de madeira preta e ouvi a Tatiana, minha chefe, pedindo-me para entrar.

– Com licença. – falei ao entrar no escritório.

O lugar era pequeno, possuía as paredes pretas e o chão branco. No canto havia um armário de alumínio repleto de pastas contendo os contratos de todo mundo que trabalhava na boate e com todas as contas da Desire. No meio da sala tinha uma mesa negra com uma cadeira de camurça vermelha de frete para Tatiane.

O mais estranho era que um homem de terno estava ao seu lado. Ele possuía o cabelo loiro escuro coberto de gel, usava óculos e estava com cara de poucos amigos. Minha chefe estava com aparência cansada, seus cabelos castanhos estavam sem brilho e olheiras arroxeadas eram visíveis sob seus olhos verdes. Ela observava, com desânimo, vários papeis sobre sua mesa.

– Sente-se, Lira. – falou fatigada e obedeci – Eu realmente não queria ter essa conversa com você.

Engoli em seco e fiquei apertando minhas mãos nas pernas. Prendi a respiração quando ela deu um suspiro pesado e ficou encarando o Sr. Engomadinho. Tive uma sensação horrível de que o assunto que ela queria tratar comigo foi imposto por aquele cara e que eu não iria gostar nem um pouco do que eles falariam.

– Você é uma das minhas melhores dançarinas e trás muito dinheiro para a Desire. Mas, infelizmente, você ainda é menor de idade. Legalmente não pode trabalhar aqui. – disse com a voz trêmula.

– Eu não acredito nisso! Estou há muito tempo aqui, por que falar isso só agora? Daqui a quatro semanas será meu aniversário e serei maior de idade, que diferença faz esperar menos de trinta dias? – questionei com raiva.

Eu trabalhava ali há quase um ano! Se fosse despedida, como poderia pagar a mensalidade da faculdade?

– Sabemos que está espantada com essa notícia tão repentina, mas é para o seu bem. – respondeu o Sr. Engomadinho.

Eu queria pular no pescoço daquele homem. Ele já estava retirando a pouca paciência que me restava. Tatiana percebeu aquilo e logo interrompeu meus planos de quebrar aquele vaso que estava em cima da mesa na cabeça dele.

– Edgar, nos dê licença por alguns minutos. Espere-nos do lado de fora. – pediu.

– Eu não acho que deva sair. – afirmou como se desconfiasse de algo.

– Este lugar me pertence, então caia fora antes que te chute daqui! – retrucou a mulher.

Parecia até que eu era uma criança assistindo uma briga entre adultos. O rosto do tal Edgar ficou vermelho a medida que encarava Tatiana, aposto que estava morrendo de raiva por ter sido desmoralizado daquela forma. Contrariado, ele saiu do escritório levando sua pasta preta e fechou a porta cuidadosamente. Imediatamente, a postura da minha chefe se tornou menos tensa e ela massageou as têmporas.

– Desculpe-me por tudo isso. Como alguns estão sabendo, as contas estão sendo muito altas e, ao invés de lucro, a Desire está tendo prejuízo. Para ser sincera, estamos à ponto de fechar. – houve um silêncio pesado na sala. – Contratei Edgar, que é um contador, para analisar as contas, pois acho que há alguém passando valores maiores do que os reais e pegando a diferença para si mesmo. Não sei como ele pôs as mãos na sua ficha e agora que sabe que você é menor, quer me denunciar.

– Mas o que ele tem a ver com o fato de eu ser menor de idade? Aquele cretino nem deveria ter visto minha ficha para começo de conversa! O que ele estava procurando no armário dos contratos, afinal? – exclamei.

– Este é o problema, eu não guardo suas informações juntas com as dos outros empregados justamente por você ainda não poder trabalhar aqui. Acho que ele está trabalhando com um concorrente que quer comprar o terreno da Desire e está ameaçando me processar caso não a demita. – esclareceu assustando-me um pouco – Estou de mãos atadas, Lola. Se eu te perder, você levará consigo boa parte dos lucros e afundarei ainda mais nas dívidas.

O corpo dela expressava todo o desapontamento que ela sentia naquele momento. A angústia e a apreensão eram evidentes em seu rosto. Tatiana havia trabalhado duro para construir a Desire ainda no auge dos seus vinte e cinco anos. Com muita força de vontade e se arriscando em um negócio instável repleto de pessoas oportunistas, ela construiu a boate, que, ao contrário do que muitos acreditavam, fez muito sucesso. Agora, com seus quase quarenta e nove anos, seu todo seu esforço estava ameaçado por algum concorrente. Deveria ser desolador.

– Por que despediu a Miel se precisa de dançarinas? – questionei.

– Eu descobri que ela é uma das amantes do Tayler, meu concorrente. Aposto que estava passando informações nossas para ele, percebi que alguns documentos tinham sumido e encontrei-os no armário dela. – respondeu – Não sei mais o que fazer.

Aquilo me deixou mal por ela e mais desesperada por mim mesma. Eu poderia pagar a matrícula do próximo ano com o dinheiro reserva, mas ele não duraria muito. Parece que a mentira que havia dito para meu pai sobre estar desempregada acabou se realizando. As preocupações se fundiam em minha cabeça, como se já não bastasse ter aquele projeto importante para fazer, ainda tinha mais aquilo! Quando foi que a vida resolveu virar o jogo?

– Daqui a um mês, se a boate conseguir sobreviver até lá, eu te contrato novamente. Desculpe-me por isso, Lola. – falou de modo triste – Eu posso deixá-la trabalhar só hoje para que consiga o máximo de dinheiro que conseguir. – ela retirou da gaveta um envelope cor de creme e me entregou – Neste cheque está o seu pagamento mensal, espero que possa ajudá-la um pouco com a faculdade.

Tatiana era a única daquele lugar que sabia meu nome verdadeiro e todas as coisas que envolviam minha vida pessoal. Mas nada disso contava no meu registro, o que, naquele momento, agradeci profundamente. Se aquele Sr. Engomadinho tivesse acesso à meus dados reais, sabe-se Deus lá o que ele faria.

– Tudo bem, não é sua culpa. – respondi – Dê seu melhor para voltar ao topo, sei que você consegue.

– Obrigada pela compreensão, Lola. Sinto muito mesmo por tudo que está acontecendo. – falou com tristeza na voz.

Levantei-me ainda meio sem chão e saí do escritório da minha ex-chefe. Aquela notícia havia me pegado completamente de surpresa, mas mesmo assim eu não culpava a Tatiana. Essas coisas aconteciam. Milhares de nova-iorquinos perdiam o emprego todos os dias, uma hora ou outra isso iria acontecer comigo. Só não esperava que ocorresse antes de eu ter acabado a faculdade.

– Você está bem? – perguntou Logan segurando meu braço.

– Você ainda está aqui? – murmurei surpresa. Havia me esquecido completamente que ele tinha ficado me esperando.

– Posso ajudar com alguma coisa? – questionou franzindo o cenho parecendo preocupado. Ah, que gracinha. Em outra situação eu poderia até me aproveitar daquilo, mas não tinha mais condição de fazer mais nada.

– Eu preciso beber.

~ ♥ ~

O nome daquela bebida era desconhecido para mim, mas isso não me impediu de tomar quatro copos dela. Havia pedido ao barman a bebida alcoólica mais forte daquele bar que ficava próximo à Desire e o líquido, nos primeiros goles, queimava tanto a minha garganta que achei que iria morrer e tossi descontroladamente, com direito até de sair água de meus olhos. Parecia que estava sufocando, mas depois me acostumei com aquilo.

Estávamos em um barzinho muito bem aparentado, as paredes eram cor creme com detalhes em branco e preto. A bancada era de madeira e os bancos em que estávamos sentados eram altos e confortáveis. Como ainda não era noite, o local estava quase vazio, o que agradeci profundamente. A maioria das pessoas que iam beber ali passavam na Desire antes ou depois e naquele momento eu não estava com nenhuma gota de paciência para aguentar aqueles idiotas querendo me levar para a cama.

– Agora você pode, por favor, me contar o que aconteceu? – perguntou afastando um pouco o copo com a bebida transparente de perto de mim.

– Eu trabalhei na Desire por mais de um ano e de repente chega um engomadinho para me chutar de lá. – falei dando uma risada estranha – Como eu queria ter o telefone de um assassino de aluguel nessas horas!

– Para ser sincero, me admira você ter trabalhado lá por tanto tempo sendo menor de idade. – afirmou.

– Falando assim você parece um pedófilo. – retruquei rindo alto – Esqueceu-se que é apenas poucos anos mais velho que eu?

– Você tem razão, mas está bêbada. – disse sorrindo. Ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou – Sentirei falta de você se esfregando sensualmente naquele mastro deixando-me completamente excitado. Parece que você ama me deixar na mão.

– O que posso dizer? É um dom. – falei esboçando um sorriso malicioso – Vou ir embora, tenho mais coisas a fazer do que ficar discutindo sua carência.

– Espere um momento. – disse segurando meu antebraço – Eu sei que é um período complicado, mas terá um almoço familiar lá em casa daqui três dias. Seria bom que você fosse, já que é minha namorada. Eu te levarei, não se preocupe.

– Falsa namorada – enfatizei – Eu estou bêbada, não posso afirmar se irei ou não, te ligo mais à noite quando acordar do meu cochilo. Qual roupa devo usar?

– Não será nada tão chique quanto aquela festa, então vista-se com algo que a agrade. Como percebeu, meus pais são bem simples e só minha família estará lá. Quer que eu te leve para casa?

– Não. – afirmei retirando o celular da bolsa – Já tenho uma carona.

Meus pensamentos não estavam tão claros, mas eu tinha total certeza de que não deveria deixa-lo me levar para casa. Que, aliás, nem era minha. Apertei os olhos para conseguir ler a tela de contatos até ver o número que queria. Liguei e após o quinto toque a pessoa atendeu.

– Olá, Alexander! – cumprimentei animada longe de Logan – Você é o meu francês favorito em todo mundo, sabia?

– Lola, você está bêbada? Esquece, a resposta é óbvia, então vou mudar de pergunta. O que você quer?

– Você pode vir me buscar no... Qual é a droga de nome desse lugar? Ah, espere, Gaclot. – falei rindo.

– Chego aí em cinco minutos. Por favor, fique quietinha. – pediu encerrando a ligação.

Voltei para perto de Logan e o abracei. Não sei se foi o álcool ou por ele ter sido o primeiro a me ouvir naquele dia, talvez por ambos. Ele ficou um pouco surpreso com minha atitude, mas logo senti seus braços me rodeando de modo firme.

– Espero que consiga um novo emprego como dançarina de boate. Não importa quão longe seja, eu sempre estarei na primeira fileira em todas as suas apresentações. – sussurrou no meu ouvido.

– Então vou arrancar mais grana de você? – perguntei brincando.

– Sempre que rebolar daquele jeito que me deixa louco de vontade de te arrancar daquele palco e transar com você até o dia raiar. – respondeu sorrindo de modo pervertido soltando-me e pegando algo no bar.

– Idiota. – falei rindo.

– Tome, vai te ajudar um pouco a ficar mais sóbria. – Logan estendeu uma garrafa de água gelada pra mim.

Bebi avidamente o líquido não percebendo que estava com tanta sede e murmurei um agradecimento entre as goladas. Depois de alguns minutos minha alegria alcoólica começou a sumir e senti minha mente se aproximar mais do estado normal de lucidez. Meu celular tremeu em minha mão e vi que era uma mensagem de Alexander dizendo que estava me esperando do lado de fora.

– Minha carona chegou. – avisei – Até domingo no almoço dos seus pais. Te ligo para avisar se vou ou não. Xau, Logan.

Estava quase fora do bar quando senti alguém me puxando pelo pulso. Levantei o olhar pronta para reclamar e possivelmente acertar os países baixos de alguém com o joelho, mas Logan deu um sorriso de lado, abaixou-se um pouco e roçou os lábios em minha bochecha.

– Você realmente ia ir embora sem se despedir direito, Lira? – perguntou.

Antes que pudesse responder, Logan me deu um selinho. Fechei os olhos e coloquei meus braços ao redor de seu pescoço sentindo suas mãos apertarem minha cintura trazendo-me para mais perto de si. Senti sua língua em meu lábio inferior e abri um pouco a boca aprofundando o beijo. Algum tempo depois, ele se afastou e mordi seu lábio inferior puxando-o um pouco.

– Bem melhor. – observou com um sorrisinho – Agora sim pode ir embora.

~ ♥ ~

Agora era oficial, eu estava definitivamente ferrada. Total e completamente ferrada. Nova Iorque deveria ser uma cidade de oportunidades então por que não tinha um mísero lugar que pudesse me dar trabalho?! Se eu ouvisse mais uma única vez que entrariam em contato por e-mail eu juro que iria ficar louca e meus amigos seriam forçados a me internar em um hospital psiquiátrico.

Já tinha tentado de tudo: garçonete, operadora de caixa, secretária, empregada em uma firma de arquitetura e ninguém deu a mínima esperança de eu conseguir o emprego. Fala sério, que ódio! Se pelo menos Bryan estivesse aqui para me auxiliar e aguentar minha choradeira seria um pouquinho mais fácil, mas aquele idiota ainda estava aproveitando aqueles caras gostosos só de sunga na praia. Pelo menos Alexander estava me ajudando a encontrar anúncios.

– Eu preciso de chocolate e de tudo gorduroso que você não me deixou comer enquanto trabalhava na Desire. – falei ao telefone jogando-me na cama em meu dormitório.

– E eu preciso de um bofe – retrucou – Mas às vezes não temos o que queremos. Pare de tentar estragar esse corpinho lindo que Deus te deu e vá bancar a desempregada e buscar algum trabalho que pague bem. Prostituição não é uma opção.

– Você é surdo ou está simplesmente me ignorando? Eu já disse que nenhum lugar me quer! – respondi com a voz chorosa.

– Hoje é sábado, Lolita. Você foi chutada ontem, não é como se fosse brotar um emprego magicamente do chão do seu quarto. – disse e aposto que estava revirando os olhos – Tente novamente, sua idiota, ainda não são nem três horas da tarde... Nossa que gato!

– Bryan! – gritei frustrada – Pare de babar nesses caras e me ajude! Amiga em crise aqui!

– Você é a rainha do drama, Lolita, credo. Isso é falta de sexo, tem que pegar aquele Logan de jeito para seu humor melhorar rapidinho! – falou – Sabia que é essa sua cara de bunda que espanta todo mundo que quer te dar um emprego, né? Aposto que já chega para a entrevista igual a um bulldog misturado com rottweiler!

– Acho que esse sol todo na cabeça está fritando seus poucos miolos, meu amigo. – retruquei com raiva.

– Agora falando sério, você confirmou o almoço de amanha na casa do seu homem então o primeiro passo já está dado. Tente procurar mais hoje e semana que vem. Ainda faltam umas semanas para renovarmos a matrícula, não é possível que até lá você não tenha arrumado algo, ainda mais com o humor melhorado após uma noite de sexo selvagem com o Logan.

– Você é um pervertido, Bryanna. Vai arrumar alguém aí para apagar seu fogo! – exclamei nervosa.

– Ai meu... Já arrumei, nos falamos amanhã. – dizendo isso, desligou na minha cara.

Fiquei encarando o teto pensando no que eu estava fazendo de errado. Não era possível isso! Tinha que ter algo errado comigo para nada estar dando certo. Será que todo o azar dos espelhos que quebrei estavam caindo em cima de mim de uma vez só?

Se eu não arrumasse trabalho, teria que cancelar a faculdade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por não me abandonar ♥

Vesh fodeu Bahia cara UASHUASHSA E agora? Nossa Lira não aparecerá mais? Lolinha terá que sair da faculdade? Quem é o boy magia que o Bryan viu? Sexta, no Globo Repórter! UASHUASH