Lembranças escrita por Natalia Beckett


Capítulo 47
Sorry


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Tudo bem?
Aqui vai mais um capítulo pra vocês.
Tô sabendo que assim como eu tem muita gente com o tempo curto pra ler e comentar a fiction. Mas galera, de coração, tentem fazer um esforço pra comentar. Comentários são super importantes pro incentivo de quem escreve. Digam pra mim se estão gostando ou não. Tô sentindo falta de mais comentários.

Bom, espero que gostem do capítulo. Até o fim da semana posto mais um. ;)
Música no REPLAY: https://www.youtube.com/watch?v=-TRQ0KxvONg
Boa leitura. *-*



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Anteriormente em Lembranças...

– Quer saber, esquece isso! Você sempre esconde algo de mim, Kate. Sabe como eu me sinto quando você faz isso? Sinto-me um figurante!

– Rick, eu não tenho a necessidade de contar cada detalhe que acontece na minha vida pra você. E você nunca será um figurante pra mim. E outra. Você tem que aprender a confiar em mim e no que eu falo! Não ficar pondo em dúvida o que eu sinto por você cada vez que você descobrir algo novo sobre mim. Compreenda que o que a gente está prestes a viver pode colocar tudo que construímos a baixo. E se a nossa relação começar a ficar cercado de dúvidas, Rick... Eu não sei se é certo a gente tentar.

O silêncio transbordou por alguns minutos. Trocávamos olhares delineados de receio. Até que o barulho da buzina do carro da mamãe nos despertou do transe.

– E ai caloura? Deu tudo certo meu amor? Oi Rick! – Mamãe falava.

– Tudo mãe. – Falei tentando ao máximo demonstrar ânimo enquanto Rick apenas respondeu ao “oi” da sua sogra.

– Está tudo bem queridos?

– Sim. – Respondemos juntos, mas sem se encarar.

– Ok. – Mamãe fez cara de dúvida. – Vamos passar no hotel, tomar um banho e sair para comer algo? Dei uma volta por aqui e achei um restaurante bem legal. Que tal pessoal?

– Pode ser. – Falei desanimada.

– Eu espero que esse desânimo de vocês seja jet lag. Após comer então vamos descansar ok? – Mamãe falou e logo deu partida.

Fizemos como combinado. Despachamos nossa pouca bagagem no hotel pernoite. Tomamos um banho e fomos até o restaurante próximo. Realmente a comida era muito boa. Ainda mais para quem estava com apenas um suco e um sanduiche de Stanford. Mas esse foi um jantar cercado de silêncio e tentativas inválidas feitas pela minha mãe para nos reanimar.

Na volta para o hotel eu tentei a todo custo dormir. Mas a única coisa que consegui foi rolar pela cama enquanto mamãe na cama ao lado ressonava. Procurei pelo celular que marcava 2 horas da manhã. Pensei em ir até o quarto do Rick, tentar conversar, se entender. Mas ele provavelmente só iria me deixar mais estressada. Optei ir pra área da piscina. Talvez o ar puro ajudasse a me acalmar. Sai do quarto fechando a porta delicadamente para não acordar minha mãe.

Não havia ninguém. Apenas o barulho do vento sobre a água. Sentei numa das espreguiçadeiras e procurei por constelações. Lembrei-me de quando Rick falou sobre as conspirações do universo para que nós ficássemos juntos. Olhei para a bússola que ele me deu, eu a apertei entre minhas mãos. Encarei o céu novamente. De alguma forma, mesmo que inocente e involuntária, eu procurava pela mesma constelação que Rick uma vez acusou de ser quem nos uniu. Queria acha-las. Queria pedir para que elas agora me ajudassem.

– Sem sono também? – Assustei-me ao ouvir a voz dele ao meu lado. Sentei de forma mais ereta na cadeira o encarando. Sorri levemente e desviei o olhar.

– Sim.

– Posso sentar aqui? – Ele apontava o pequeno espaço vazio na espreguiçadeira. Dei um pouco mais de espaço e ele sentou. – Kate. Eu... – Ele deslizou a mão delicadamente pela minha face direita.

– Rick... – Retirei delicadamente a mão dele do meu rosto. – A gente precisa terminar nossa conversa. – Ele suspirou fundo.

– Eu sei. – Em seguida baixou a cabeça.

– Eu não sinto certeza. E suas dúvidas, suas atitudes me amedrontam. E... – Inspirei o ar e passei as mãos pelo cabelo. – Eu não sei o que fazer Rick. Eu não sei como fazer.

– Eu também não. – Eu o olhei. Ele apenas encarava o chão e balançava a cabeça em negação. – Eu daria tudo para saber. Mas eu não sei. E talvez justamente por eu não saber é que eu cometo tantos erros. Inclusive o de hoje à tarde. – Agora ele voltava o olhar para mim.

– Errar é humano. A gente só não pode criar o hábito de cometê-los. Porque isso dói, Rick. Dói muito. Porque eu tenho certeza que te amo, mas vou ficar longe de você. E... Rick. – Dei a mão para ele e ele me encarou de forma mais profunda. – Eu quero ter a certeza da reciprocidade. Quero ter a certeza de que não vai haver rumores, murmurinhos, distância, nada superficial que vá mexer com o que a gente tem quando estamos juntos.

– Kate... Desculpa. Eu sinto muito pela maneira que me comportei e agi. Fui estúpido! Ok! Eu admito! Eu sinto muito ciúmes de você, mesmo sabendo do seu sentimento por mim. E eu não sei como agir quando isso acontece. Ou melhor, eu sei, mas às vezes não consigo! Não sei explicar.

– Então como isso vai dar certo? Como vamos namorar estando distantes? Se você não conseguir, como vai ser Rick?

– Eu sei que é difícil, mas a gente precisa tentar. Nossa obrigação é tentar. Porque existe amor, Kate. Eu te amo tanto! Eu cometo meus erros, sou cheio de falhas, mas eu te amo. E é por isso que eu vou tentar até o fim. E eu vou fazer de tudo para que dê certo.

– Eu quero fazer de tudo também, Rick. Eu também te amo muito. Você sabe disso! Eu não quero terminar os dias aqui de mal com você. Quero aproveitar o Sol amanhã e passear pela cidade com você, te gravar em cada canto para que eu te “reveja” quando estiver aqui sozinha. – Sorrimos um para o outro.

– Eu te amo. – Ele sussurrou e nos beijamos. Beijo longo, saudosista, com desejo.

– É melhor irmos dormir. – Falei durante o terceiro intervalo dos beijos.

– Só mais um pouquinho. – Ele pediu enquanto me persuadia colando os lábios nos meus de novo.

Ficamos ali namorando e olhando as estrelas até eu sem querer cochilar em seu peito. Acordei desnorteada, ele também havia pegado no sono. O sacudi, olhei para o relógio e já eram 4 horas. Demos um beijo de despedida e rumamos para nossos respectivos quartos.

Pela manhã tomamos café da manhã e partimos para dar uma volta pela cidade. Algo rápido, pausamos para um sorvete, mais risadas, passeios, beijinhos, almoço e rumamos para o aeroporto de volta para Nova York.

Eu só teria mais duas semanas. Duas semanas envolvendo formatura e despedidas. Caixas e malas. Stanford me esperava. E o receio, à medida que o tempo passava, se tornava meu melhor amigo.


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Notas finais do capítulo

COMENTÁRIOOOOS! PLEASE! hahahhahaha
Sério gente, espero vcs ok? Beijinhos no



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