Lembranças escrita por Natalia Beckett


Capítulo 44
Certainties and uncertainties.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo beleza?
Agradeço os desejos de feliz dia dos namorados de algumas florzinhas e espero que vocês todos/todas tenham se divertido bastante com seus amados/amadas.
Capítulo hoje curtinho, mas é para nos embalar em busca da nova jornada.
Espero que eu consiga postar o próximo logo... #oremos
Boa leitura lindos e lindas. ;)



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Tarde tensa. Passei toda manhã envolvida na entrevista para Stanford. Cerca de 1 hora que pareceu uma eternidade. Não sei dizer qual foi a última vez que me senti tão nervosa. Mas, segundo alguns contatos que já fiz através da internet, “quanto mais demorar a entrevista, melhor foi seu desempenho”. Que assim seja!

Eu precisava relaxar. Pensei em ligar para o Rick, mas conversar com ele sobre a entrevista só nos deixaria mais tensos. Liguei então pra Lanie. Fazia tempo que não tínhamos um programa de garotas.

Decidimos por um programa que há muito tempo não fazíamos; M&M’s World. Empanturramo-nos de chocolates. Lanie ficou chocada ao saber que o presente do Rick não foi uma aliança e sim uma bússola em forma de pingente. Eu estava com saudades de fofocar com ela. Semana passada era ela que estava enrolada com os lances da universidade. Agora faltam cerca de 2 semanas para o resultado sair.

Por justamente ter passado por isso recentemente, eu e ela dividíamos quase que a mesma angústia, se não fosse pelo fato de que depois da comemoração do Valentine’s Day a Lanie concluiu que o melhor é terminar com o Espo. Ela disse que por mais que tentem achar brechas para solução, elas não aparecem. Espo vai ficar em treinamento intensivo. Não tem uma data específica para férias. Eles não sabem quando irão se vê novamente. Lanie disse que não há possibilidade de tentar. Vi algumas gotas de lágrima escorrer do rosto dela. Minha amiga estava mal por causa disso. Eu sentia muito por vê-la assim.

As cores, a música, o ambiente, tudo era propício para que nós espairecêssemos a nossa mente. Entre planos para nosso ultimo verão com todos juntos, entre chocolates de várias cores e sabores, entre pessoas que circulavam falando diversas outras línguas, volta e meia o assunto de separação vinha nos abordar. Inevitável.

Contei para a Lanie sobre contatos que eu estava realizando através da internet com alunos calouros em Stanford. Era bom para me informar sobre como funcionam as coisas por lá. As experiências das aulas de direito. Como é o campus e como o grupo estudantil funciona. Alguns amigos como Henry Burnett, também fissurado em Nebula 9, me ajudava a entender o funcionamento das aulas. A Jennifer O’Malley me ajudava com certos truques e dicas sobre o campus em geral. De certa forma eles conseguiam me deixar animada.

Depois que saímos de lá, eu resolvi ligar para o Rick. Durante minha conversa com Lanie ela já tinha me mandado mais de 5 mensagens querendo saber como foi a entrevista e se a gente podia se vê.

Da Times Square fui até o Central Park, direto para o lugar cativo meu e do Rick. Até que chegou rápido. Trouxe junto com ele um cupcake de cereja.

– Obrigada meu amor. – O beijei lentamente e de forma sensual como agradecimento. Ele gemeu.

– Me chamou aqui... Esse beijo... Eu vim sem carro. Mas a gente pode ir até...

– Não Rick. – Sorri mesmo que com dó. – Desculpa. Eu só não resisti. Mas hoje não dá mais tempo. Amanhã temos aula.

– Oh! Pode ser rápido se você quiser? – Cerrei o olhar.

– Sem provocações ok? Chamei-te pra conversar. Hoje foi minha entrevista para Stanford.

– Conversar? Não foi essa minha primeira impressão quando eu... – Dei-lhe uma tapa no ombro o repreendendo. – Ai! Tudo bem! Foi mal! – Ele falou passando a mão no local que eu bati. – Entrevista, como foi?

– Acho que bem, mas eu estou meio que aflita. Queria tentar esquecer.

–Ai você me ligou? Mas vem dizer que só quer conversar... A minha proposta é mais interessante... – Ele agarrou minha nuca e beijou-me intensamente enquanto sua outra mão deslizava em minha cintura.

– Rick... – Busquei por ar. – Estamos na rua... – Falei afastando meu corpo do dele.

– Então vamos? – Ele puxou-me pela mão.

– Espera! Hoje não dá. É sério! Vai dar 22 horas Rick! – Ele fez cara de reclamação e cerrou o cenho.

– Céus! – Bufou.

– Prometo te recompensar depois. – Acarinhei seu rosto enquanto falava. No rosto dele logo se desfez o ar zangado.

– Vai mesmo visitar o campus em maio?

– Vai depender do resultado. Se sair agora mês que vem, em março, vou deixar para ir nas férias de verão mesmo. Fica melhor. Você vai?

– Hun...

– Espera... Você não vai? – Perguntei tristemente.

– Vou sim meu amor! – Ele sorriu enquanto pôs meu rosto entre suas palmas e me roubou um beijo. – Sua sogra liberou.

– Uhul! – Pendurei-me em seu pescoço o abraçando.

– Tenho certeza que nessa visita você já será a futura caloura de Stanford. Tenho certeza que você vai passar Kate. – Eu sorri timidamente.

– Mas e você? Sua entrevista não é semana que vem? Já preparou alguma coisa?

– Está tudo sobre controle. NYU e Columbia... Mas tem algo que eu preciso dizer.

– O quê?

– Bom... É que eu pensei em algumas coisas e... Por incrível que pareça, as palavras do seu pai também pesaram nessa hora...

– Meu pai?! – Arquei uma sobrancelha.

– O que ele disse no nosso primeiro encontro... Se eu como escritor não der certo, serei apenas um professor... Eu não quero ser professor. Longe de mim!

– Como assim Rick? Você desistiu de literatura? – Perguntei esboçando minha preocupação em meu cenho cerrado. Ele rebuscou os lábios como lamento.

– Sim.

– O QUÊ?

– Direito.

– O QUÊ?! – Perguntei chocada.

– Mas não é por sua causa Kate. Eu apenas acho que vai ser melhor para mim. Melhor pro meu futuro.

– Mas isso não é o que você gosta Rick! E não venha me dizer que eu não tenho nada haver com isso! Poupe-me! – Ainda de cenho cerrado eu cruzei os braços e desviei o olhar.

– É sobre NOSSO futuro. E você tá incluída nele. Lembro-me do valor dos anéis...

– Rick! Isso não depende só disso!

– Ah Kate! Por favor! Você fala como se fosse algo de outro mundo. Eu tenho notas compatíveis para direito também. Minhas atividades extracurriculares contam ponto alto também.

– Eu sei. Mas é que... Rick... Tem certeza que é isso? Não é só ter notas compatíveis. É gostar da área. Eu vejo o trabalho dos meus pais desde que nasci. Não é tão fácil quanto parece. É uma total entrega. Você compreende isso?

– Eu sei. Eu entendo sua preocupação. Mas eu não vou saber se não tentar certo? E se eu gosto de escrever sobre crimes e mistérios, a área de direito é uma ótima aliada para me oferecer recursos na criação das histórias.

– Só espero que você esteja certo...

– Vai dar certo... Imagina um livro de um crime perfeito? Ou talvez estilo o filme “Advogado do diabo”?

– Rick!

– Não é bom? Pode virar um best-seller! – Revirei os olhos.

– É bom... – Puxei o pulso dele para ver as horas em seu relógio. – Uau!... Mas vamos voltar para a realidade antes que presenciemos algum crime e você nem precise se dar o trabalho de imaginar um para escrever... Vai dar 23 horas Rick!

– Caramba! Vamos logo! Se eu for a vítima... Ai que não vai ter história mesmo... – Suspirei e revirei os olhos. Demos a mão a caminho do meu apartamento.

Por mais que os argumentos do Rick estivessem certos, a atitude dele me preocupava. Quando se tratava de futuro muitas coisas se passavam na minha cabeça. Todas elas incertas. Sem dúvida essa é a pior fase da minha vida que eu já passei.


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Notas finais do capítulo

Sinto que alguns terminaram a leitura de sobrancelhas arqueadas.... Será?
Caso algum dono/dona dessas sobrancelhas queiram se pronunciar; comentem!
Críticas e sugestões são sempre hiper bem vindas. Mas lembre-se sempre que gentileza gera gentileza. ;)
Estou com esse discurso porque acho que o capítulo vai deixar alguns com dúvidas e tal. Então qualquer coisa. Estoy aquí!
Mas se você não ficou com dúvida e gostou, comente também! ;D
Beijinhoooos!



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