Lembranças escrita por Natalia Beckett


Capítulo 33
I choose you


Notas iniciais do capítulo

Gente linda do meu coração! E ai gente, todo mundo empaturrado de chocolate? kkkkk
Enfim galera, desculpa a demora. Foi culpa dos meus afazeres escolares. =P
Ai vai mais um capítulo novinho. Espero que gostem. Tem música no meio ok?
Caso o link ai em baixo não funcione vou postar ele aqui: Sara Bareilles - I Choose You - https://www.youtube.com/watch?v=lmGkIqu-mpc#aid=P-ix_8LJp18

Obrigada pelo carinho imenso dos comentário florzinhas! Vocês são fofas demais da conta. *-*
Boa leitura. ;)



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Assim que entramos no elevador e as portas se fecharam Rick me surpreendeu com um beijo úmido, sedento, pulsante. Mesmo morando no 13º andar o tempo até o térreo não iria demorar o tanto que gostaríamos. Antes de sentir o ar me faltar eu o parei.

­– Rick... – Sussurrei. – O elevador tem câmera. – As mãos dele grudadas em minha cintura.

– Aposto que seu porteiro já deve ter visto coisa muito pior que dois adolescentes completamente apaixonados. – Ele falou isso me roubando outro beijo.

– Rick! – Fiz menção para ele olhar para o painel do elevador que mostrava os andares por quais estávamos passando. – Já estamos no primeiro... Vai parar... – Falei me desvinculando dos braços dele.

Saímos do prédio e o porteiro nos encarava.

– Tá vendo Rick! Olha a cara do porteiro pra gente! – Dei uma tapa no braço dele.

– Hun! Tinha que ver era a sua cara quando eu estava te beijando... – Cerrei os olhos tentando o reprimir. Era inútil. Rick sempre carregava um olhar sedutor.

Como de costume virei à esquina já a procura de um táxi quando ouvi Rick me chamar.

– Ei! Onde pensa que vai?

– Tentar pegar um táxi né?!

– Para quê? – Ele falou e se encostou a um carro estacionado. – Hoje é um dia especial e eu disse que tinha surpresas. – Ele pôs a mão direita no bolso da calça e retirou uma chave balançando na minha frente.

– Você... Essa chave... Carro...

– Agora seu namorado é motorizado. – Ele piscou e me puxou colando minha cintura na dele. Sorri sensualmente.

– Parabéns... Mas... Eu me pergunto quem irá te deter agora se não eu? – Falei com tom de ironia e envolvendo meus braços no seu pescoço.

– Pra quê me deter se eu já sou seu? – Aqueles olhos azuis me encaravam de forma doce e sexy. Suspirei involuntariamente e ele aproveitou o momento para me roubar um beijo simples me provocando a querer mais.

– Rick... – Supliquei. Ele então deu a volta me convidando ao estender de sua mão.

– Pronta para nossa aventura? – Dei a mão a ele.

– Rick, olha bem o que você vai aprontar! Eu não quero assustar meus pais e...

–... Você confia em mim certo? – Assenti com a cabeça acompanhada de um olhar meigo. – Então vamos!

Entramos no carro, pomos o cinto de segurança. Rumamos para aonde apenas ele sabia. Mas eu estava bem. Estava feliz. Rick mantinha um sorriso no olhar deixando volta e meia escapar pelos lábios. Ele disse que convenceu a mãe a comprar o carro depois que a mesma ficou sem carona após um encontro MUITO malsucedido. O carro dele era bem legal e moderno. Painéis eletrônicos touch-screen e bancos de couro eram o que eu conseguia facilmente observar. Ainda cheirava a novo. Isso às vezes me assustava. Será que realmente a nossa diferença financeira não seria um fator a se pesar?

Ele se inclinou pegando algo no bolso detrás do jeans. Encaixou o pen-drive no display e ele falou:

– Selecionei com músicas só para nós. – Sorriu.

https://www.youtube.com/watch?v=Q8e5VTlzXgU&list=PLPtsQdqksO4r5WExuOw8uZt9_NRAskEV9

– Sara Bareilles! Eu adoro Rick! – Ele apenas sorriu satisfeito. – Eu também tenho algo para você.

– Oba! O que é? – Silenciei tentando dar ar de mistério. – O que é?! – Eu apenas o encarava com a sobrancelha arqueada.

– Não vai tentar adivinhar? – Rick passeou com os olhos rapidamente sobre mim maliciosamente. Avistei da janela a ponte de Manhattan enquanto revirei os olhos. – Te dou assim que terminar nossa comemoração. – Mordi os lábios.

– Kate... Eu... – Eu o deixei nervoso. Visivelmente. – Estou dirigindo... Você me deixa... – Ele diminuiu a velocidade. – Estamos quase chegando. – Desviou do assunto.

– Saindo de Manhattan... Só espero que você saiba muito bem para onde está me levando Richard Rodgers. – Ele sorriu olhando para o caminho. Agora era um sorriso doce, sonhador. Os raios do Sol deixavam o azul daqueles olhos ainda mais apaixonantes. Paramos num sinal vermelho teimoso. Ele então me fitou. Eu o olhei. O olhar dele no meu foi tão profundo, tão intenso que senti meu coração pular dentro do meu peito no mesmo minuto.

– Eu te amo sabia?

– Também te amo! – O beijei docemente. Ele tentou intensificar, mas logo as buzinas os alertaram do lugar indevido.

– Desculpa. – Eu apenas gargalhei.

Rick estacionou o carro num estacionamento privativo assim que cruzamos algumas esquinas depois da ponte. Antes de sair do carro ele puxou meu rosto para perto do dele, passeou com a mão em minha nuca e me sugou os lábios vorazmente. Céus! Esse era o beijo que eu estava esperando tanto. O ar me faltava enquanto eu tentava pressionar o meu corpo mais próximo ao dele. Senti a mão dele passear em um contato direto com minha pele na região das costas. Precisava parar.

– Rick... – Sussurrei sem ar. – Aqui não.

– Ufa... – Ele suspirou profundamente. – Você tem razão. – Ele tentava ajeitar a roupa um pouco amassada.

– Afinal esse não é o lugar surpresa é?

– Claro que não meu amor. – Ele sorriu e fez sinal com a cabeça para sairmos do carro. – Acho que você já deve ter feito esse tour algumas vezes. Mas nunca comigo.

– Então será como a primeira vez. – Sorri o acalmando.

Caminhamos de mãos dadas e nos deparamos com a entrada para o parque mirante da Ponte do Brooklyn. Rick olhou para o relógio.

– Preocupado com a hora? Meu pai gosta disso, eu não! – Falei provocando. Ele me fez uma caretinha, pegou minha mão e me puxou.

– Vem logo! Já são 18h02min!

– Ah! – Gritei fininho.

Corremos por entre algumas folhas caídas do outono de outubro. O dia permanecia lindo mesmo com o anúncio do seu fim. Paramos na sacada com vista para o East River admirando as luzes de Manhattan se acender. Rick abraçava-me por trás e encaixava seu queixo entre meu ombro e meu pescoço. Sentir o movimento de sua respiração ali tão perto, com aquela vista, o carinho do seu rosto colado ao meu, o Sol dizendo adeus para amanhã voltar num novo dia.

– Sei que assim, a primeira vista, não parece algo muito romântico. – Rick disse enquanto suas mãos direcionavam minha cintura para que eu ficasse de frente a ele. – Mas eu acho esse lugar incrível! Ele me passa tanta tranquilidade e equilíbrio. Desde a sustentação da ponte, as luzes da cidade se acender, o pôr-do-sol contemplando a imensidão pintando o céu de uma cor única. – Eu sorri ponto meus braços sobre seus ombros. – E eu queria dividir essa sensação com você. Porque você é a única pessoa que substitui todo esse lugar e o que ele significa para mim.

Palavras agora não eram mais necessárias. A cidade terminava de acender suas últimas luzes, o pôr-do-sol escondia seus últimos raios, o barulho do vento e do rio era muito mais encantador com nossos olhos fechados e nossos lábios trocando, pelo toque, promessas de amor. O beijo era calmo, como se cada segundo que se perdesse ali, demorassem mais de minutos para passarem.

– Olha para você... Olhe para nós dois. – Eu pedi. – Rick, eu juro que não sei o porquê, nem ao menos o que no mundo possa ser comparado ao que você significa para mim. Mas eu escolho você! E eu tentarei o máximo possível, não importando o tempo que isso levar, provar pra você o meu amor. – Ele parou por um instante. Olhava-me incrédulo. Como se tentasse se convencer que aquilo não era um sonho. Eu tenho certeza que meus olhos demonstravam o mesmo.

– Às vezes custa a acreditar que isso é real...

– Eu sei... – Sorri intensamente. – Pra mim também.

Ficamos nos admirando, nos curtindo, curtindo a paisagem até a noite chegar por completo.

– Ei, podemos ir agora? Está começando a me dar fome... Estou pensando em sobremesa... Está afim de...

– CUPCAKES! – Falamos juntos e sorrimos em seguida.

– Vamos!

Paramos na Magnolia Bakery e degustamos satisfeitos e felizes dos nossos sabores favoritos. Esse era o lugar que vendia os melhores cupcakes de Nova York.

Entramos novamente no carro e Rick agora ria a toa e contava alguns casos engraçados sobre sua mãe e o mundo da Broadway. Arrisquei-me cantarolar e ele me acompanhou e rimos, quando sem saber ao certo quem de nós dois, errou a letra.

Ele então parou em frente ao meu apartamento. Olhava para mim saudoso. Eu também queria que aquele dia nunca terminasse. Lembrei então do presente que eu havia o prometido. Tirei então um pequeno envelope colorido do bolso.

– Aqui... Esse é o meu presente... – Ele abriu sem segurar a curiosidade.

– Vamos ver... Vamos ver... – E ele de repente silenciou. Achei engraçado, mas quis manter a postura com uma sobrancelha arqueada e um sorriso preso nos lábios. – Um endereço de site?

– Sim. – Sorri simplesmente.

– Uhn! Danadinha!

– Rick! – Protestei. – Não fique pensando besteira! Que mente suja, credo! – Agora ele gargalhava.

– Ok, desculpa. Eu vou acessar logo... – Ele foi pegando o celular.

– Na na ni na não! Nem adianta... A pista não termina ai. – Falei pegando o aparelho das mãos dele.

– O QUÊ? Ainda tem mais coisa?

– É... Pode ser... – Sugeri e me posicionei para mais perto dele. O relógio no carro marcava 21h38min. – Mas você só saberá se seguir as pistas certas. – Sussurrei o seduzindo. A boca dele se abriu em meio ao desejo. Mordi meus lábios e deslizei minha mão na nuca dele.

– Eu adoro quando você faz isso. – Eu sorri. Esse pen drive é seu. – Ele entregou em minhas mãos.

– Obrigada. Agora só mais uma coisa. – Tirei meu celular da bolsa e acessei a câmera. – Vem aqui mais perto. – Pedi para Rick juntar seu rosto no meu. – Quero registrar na lembrança esse dia. – Sorri e bati a foto. – Depois te passo...

– Foto é pouco... – Ele disse puxando meu braço. – Eu quero você!

E mais um beijo se intensificava dentro daquele carro. Meu ar não existia mais. Estava lutando para manter o equilíbrio.

– Rick – Supliquei enquanto buscava ar. – Sabe que não podemos. Aqui pelo menos não. – Ele respirava agitado. Lábios vermelhos, roupas amassadas.

– Não marque nada para as férias de inverno! – Ele disse descompassado. – Nada!

– Por quê?

– Porque iremos viajar. – Ele me roubou então mais um beijo. Agora um beijo rápido, urgente. Como quem prioriza uma forma de não se deixar levar. Ao finalizar abri a porta do carro e disse antes de saltar;

– Te amo meu amor.

– Também te amo! – Ele disse sorrindo um sorriso largo, inteiro, que fazia seus olhos ficarem pequenininhos. Eu amo esse sorriso. Eu amo o Rick.


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Notas finais do capítulo

E ai gente fina? O que acharam? O que afinal será o presente da Kate para o Rick?

;)

Beijinhos! *-*