Comensal da Morte escrita por Lily Potter


Capítulo 22
O Dia 'D'


Notas iniciais do capítulo

Lumus!

Oi oi gente!!

Olha quem voltou!!
Euzinha!
Essa autora desnaturada.
Hahahahaha

Nada a declarar!

Boa Leitura!
Espero que gostem!

:)



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Pedro Pettigrew

Há exatos trinta minutos o sol desta sexta feira acaba de nascer.

Como eu sei disto?

Simples, passei as ultimas duas horas sentado no parapeito da janela, apenas observando a paisagem.

Antes que se pergunte porque, digo que não consegui dormir pois minha cabeça esta repleta de pensamentos incômodos.

Ouvi Sirius roncar pela enésima vez e suspirei, apoiando o queixo nos joelhos, que estavam de encontro ao meu tronco.

Durante alguns minutos fiquei apenas sentindo a sensação maravilhosa que o sol estava me proporcionando, aquecendo cada pedacinho do meu corpo que já estava começando a ficar dolorido por ficar tanto tempo na mesma posição.

Observei a paisagem mais um pouco e depois decidi ir me arrumar para ir tomar o café da manhã.

–Remus! – chamei chacoalhando e ele abriu os olhos sonolento – Eu já estou descendo.

–Que horas são? – ele perguntou meio grogue de sono.

–Sete e dez – falei e sai do quarto.

O Salão Comunal estava deserto, acho que todos estão dormindo ou começando a acordar agora.

Desci a Torre da Grifinoria em passos lentos. No Salão Principal as mesas já estavam atulhadas de comida. Havia apenas dois alunos na mesa da Lufa-Lufa.

Sentei e mastiguei algo que nem percebi o que era.

Depois de um tempo alguns alunos sonolentos começaram a chegar. As meninas chegaram primeiro e sentaram comigo.

Ash passou e me deu um beijo de bom dia, logo em seguida foi para sua mesa. Conversei um pouco com as meninas e então os Marotos chegaram.

–O que aconteceu com você hoje Pedro? – Remus perguntou enquanto se servia de torta.

–Nada – falei e ele me encarou – Só acordei cedo – defendi-me.

–Algum motivo especial? – insistiu.

Suspirei.

–Acho que hoje é o dia “D” – falei e todos os meninos me olharam seriamente.

Dia “D” é como passamos a chamar o dia que eu contaria a verdade para Ashley.

–Tem certeza? – James perguntou e eu apenas acenei com a cabeça.

–Boa Sorte – os três falaram juntos e eu agradeci.

–O que seria dia “D”? – Lily pergunta curiosa como sempre.

–Coisa dos Marotos – Sirius diz rapidamente.

Lily bufa.

–Agora tudo é ‘coisa de Maroto’ – ela diz e eu ri de sua irritação.

–Prometo que te conto tudo Lily – falei e ela sorriu – Um dia.

Ela murchou.

–Vai demorar muito?

–Paciência gafanhoto, paciência.

–------------------------------xxx----------------------------------

Caminhei ate a mesa da Corvinal onde Ashley estava com
Lívia.

–Posso falar com você? – perguntei depois de cumprimentá-las.

–É rápido? Porque agora nos temos aula dupla com a Minerva – Ash diz.

–Não, vai ser meio demorado, mas eu tenho que te contar tudo – falo e vejo Ashley arregalar os olhos.

–Tudo mesmo? – ela pergunta e eu concordo.

–Vamos? – pergunto.

–Sim.

Estendi-lhe a mão e ela rapidamente entrelaçou nossos dedos.

Aproveitei o que provavelmente vai ser a nossa ultima caminhada juntos.

Fomos para a Sala Precisa.

Pensei num lugar aconchegante para conversamos e entramos.

Havia uma lareira crepitante na sala, um tapete felpudo e um sofá marrom.

Sentamos lado a lado no tapete, com as costas encostadas no sofá, mas logo me virei para Ashley. Seu rosto nesse momento misturava lindamente curiosidade e uma calma velada que me tranqüilizou momentaneamente.

Peguei suas mãos novamente e entrelacei nossos dedos. Durante alguns segundos apenas fitei seus olhos cor de mel.

–Eu tenho tantas coisas para te contar – falei suspirando – Mas é tão difícil. E a historia é muito longa.

–Pelo visto temos todo o tempo do mundo – ela disse gentilmente – Você pode começar a hora que quiser.

–Certo, acho melhor eu parar de enrolar – digo – Eu só peço que você escute tudo o que eu tenho para falar, sei que no fim você provavelmente estará me odiando.

Ash enruga a testa.

–Pedro...

–Tudo começou no sexto ano – disse rapidamente e ela suspirou – Desde o começo do ano Malfoy vinha me ameaçando, não importa o lugar que eu estivesse, ele sempre aparecia, mas só quando eu estava sozinho. Ele sabia que eu era um covarde e nunca o enfrentaria sozinho.

–E porque ele estava fazendo isso com você? – Ashley perguntou.

–Ele queria uma coisa de mim, você sabe o que ele e os amigos dele são, não sabe? – Ash concordou e sussurrou ‘Comensal da Morte’ – Isso, Malfoy queria que eu me tornasse um dos dele.

–Você? – ela perguntou e eu concordei soltando suas mãos – Por quê?

–Eu não sei, nunca soube – disse – Mas como eu estava dizendo ele vinha me ameaçando desde o começo do sexto ano, no começo ele só falava que ia me torturar ou aos outros Marotos, mas eu nunca dei muita bola para o que ele falava por que Malfoy nunca teria coragem o suficiente para machucar um dos meus amigos.

“Então chegou às férias e nem ele ou os amigos dele me procuraram, achei que tinha desistido, mas rapidamente voltamos para Hogwarts e uma semana depois ele veio com todo o grupo me ameaçar novamente. Desta vez ele tinha um novo argumento, Malfoy ameaçou a minha família. Ameaçou Anabele. Eu pirei. Falei muitas vezes para eles que eu não seria útil, que eu era um grifinorio e um nascido trouxa, mas ele apenas continuava fazendo juras de morte a ela. Numa noite eu fiquei desesperado e reagi as ameaças, mas eles me espancaram. Eu não sabia mais o que fazer, até que um dia Malfoy chegou e falou que essa seria minha ultima chance, se não me decidisse logo ele mataria todos que eu amo na minha frente e depois me mataria também.”

“Inutilmente perguntei porque eles me queriam tanto, Malfoy falou que não sabia também, mas que o próprio Voldemort exigiu. Resisti o maximo que pude, mas não podia deixar que eles matassem aqueles que eu amo. No fim acabei cedendo”

–O que? – Ashley exclamou – Você virou um deles?

–Sim – disse resignado.

–Isso não é verdade, você não é igual a eles – ela disse e eu apenas balancei a cabeça.

–Eu nunca quis ser um deles, mas sou – falei e levantei a manga esquerda do meu suéter ate o cotovelo, ali estava à prova de que tudo o que eu passei não foi só um pesadelo, era real. A Marca Negra.

Ashley se afastou um pouco e eu suspirei.

–Pedro isso não é uma pegadinha, é? – ela perguntou com a voz falhando e eu neguei.

–Eu preferia que fosso, mas é a verdade – digo – E é apenas o começo da historia.

–Tem mais?

–Muito mais – falo – Depois que eu aceitei Malfoy me levou para a casa dele, lá é a sede, Voldemort estava esperando por mim. Naquela mesma noite eu ganhei a Marca Negra, e foi horrível, parecia que eu tinha morrido no meio de uma tortura e alguém resolveu me ressuscitar só para me torturar mais um pouco. Depois que eu me tornei oficialmente um deles nos voltamos para Hogwarts e logo o ano acabou. Não tive mais noticias deles. Graças a Merlin.

“Quando eu cheguei em casa e vi que minha família estava segura eu decidi lutar. Não é porque eu fui condenado a uma vida de atrocidades que eu não poderia resistir. Logo no primeiro dia de férias comecei um treinamento pesado. Entrei numa academia trouxa, eu também já podia usar magia fora da escola e todos os dias depois de horas na academia treinava feitiços e azaraçoes. No começo foi terrível, mas tudo parecia certo quando eu me via destruindo Voldemort”

“No fim das férias eu já tinha perdido todo o meu excesso de peso e estava afiado nos feitiços. Eu pensei que estava preparado, mas então me lembrei dos Marotos. Lembrei da nossa lei mais importante que é sempre contar a verdade. Foi então que decidi contar tudo a eles, mesmo que eles pudessem me matar. No dia de voltar para Hogwarts cheguei atrasado à estação, então tive que correr para não perder o trem, encontrei James, Sirius e Remus junto de Lily e Marlene numa das ultimas cabines como é de costume”

“Depois que as meninas saíram contei toda a historia para eles, no fim eu estava chorando que nem criança. Sirius me fez parar de chorar e para minha surpresa eles ficaram do meu lado. James disse que se podia conviver com Remus e seu problema peludo viver com um Comensal seria fichinha. Sirius e Remus concordaram com ele.”

“Quando estávamos quase chegando a Hogwarts Remus teve um plano, eu teria que falar com Dumbledore. Eu achei que ele tinha pirado, porque se o diretor soubesse o que me tornei iria me expulsar, mas ele apenas disse que tinha um plano e que eu tinha que confiar nele. Uma semana depois eu estava junto dos Marotos contando mais uma vez a minha historia, Dumbledore ouviu tudo e depois perguntou o que eu tinha em mente já que fui conversar com ele.”

“Falei que tínhamos um plano e Remus o contou, basicamente eu seria um agente duplo. Trabalharia para a Ordem da Fênix passando informações falsas para Voldemort enquanto conto os planos dele para a Ordem”

–O que é a Ordem da Fênix? – Ashley pergunta.

–Hm a Ordem é uma associação bruxa, ela trabalha contra as forças de Voldemort e é secreta, os Marotos e eu trabalhamos para ela – falo – Depois que Dumbledore nos aceitou na Ordem eu comecei a ter aulas de oclumencia com ele. Porque Voldemort é um excelente Legimines e ele não poderia se infiltrar em meus pensamentos e descobrir o que eu estava fazendo”

“Em Outubro eu estava quase enlouquecendo, estava tendo aulas com Dumbledore duas vezes na semana, e também com o professor Mirzan, fora os treinos com os Marotos. E então nos tivemos nosso primeiro encontro e começamos a ficar. No fim do mês ia ter o baile e nos fomos juntos, eu tinha te pedido em namoro um dia antes de baile. Achei que tudo estava perfeito, eu tinha os melhores amigos do mundo, minha família estava em casa segura e também tinha a garota mais sensacional que eu já conheci na vida como namorada. Tolamente pensei que nada poderia destruir minha bolha de felicidade.”

“Mas depois do baile, tudo foi por água a baixo. Eu estava voltando do seu salão quando encontrei com Malfoy, trocamos algumas farpas e então ele falou que teríamos uma reunião, a minha primeira. Fiquei desesperado, mas não transpareci. Fomos para a Mansão Malfoy e tivemos uma péssima reunião, Voldemort só falava sobre mortes e matar pessoas. E ele queria que eu fosse um infiltrado na Ordem e lhe contasse todos os planos deles. Eu disse que assim faria e logo fomos dispensados. Voltamos de manhazinha para o castelo e junto dos Marotos fui conversar com Dumbledore.”

Para de falar e apenas olho para Ash, ela tem o semblante muito serio.

–Tem mais? – ela pergunta e eu confirmo.

–No Natal eu conheci a sua família e você a minha, aquela noite foi maravilhosa e novamente eu estava feliz pensando em como tudo estava dando certo em uma parte da minha vida. Depois que voltei para casa tinha acabado de deitar na cama quando meu braço começou a formigar, teríamos uma reunião. Peguei minhas veste e aparatei, Voldemort disse que para comemorar o Natal atacaríamos o Beco Diagonal e seqüestraríamos Olivaras”

“Eu fiquei pasmado e achei que tinha escutado errado, mas então ele deu a pior noticia de todas. Não ele me queria no pequeno grupo de sequestradores. O ataque aconteceria depois do almoço. Eu voltei para minha casa e mandei uma carta para Dumbledore que me respondeu avisando que teríamos uma reunião da Ordem para traçarmos um plano”

“No horário combinado todos estávamos na sede da Ordem da Fênix, discutimos o que faríamos e no fim tínhamos um plano bom e que não me denunciaria. Gideon e Fabian Weasley iriam fazer uma visita para Olivaras, e quando nos, os comensais, chegássemos um deles aparataria com Olivaras e chamaria ajuda enquanto o outro nos atrasaria. Tudo estava correndo como o planejado, Fabian tinha aparatado com Olivaras e dois bruxos da Ordem apareceram, eles estavam ganhando, mas algo deu errado e um feitiço lançado por Belatriz acertou Gideon e ele caiu morto aos meus pés. Eu tinha sido petrificado.”

“Depois disso Belatriz e Malfoy conseguiram chegar até onde eu e Rodolfo estávamos e aparataram. Nos voltamos para a Mansão e eu pensei que tudo tinha acabado, já que os bruxos da Ordem salvaram Olivaras, mas Voldemort estava furioso conosco e como castigo ele nos torturou. Disse que era uma lição para que não errássemos mais”

–Ele te torturou? –Ashley exclamou e eu concordei – Mas é proibido, ele devia estar em Azkaban.

–Como se alguém conseguisse prende-lo – suspirei – Continuando. Depois teve a festa dos Potter a noite e então nos voltamos para o castelo. Acho que tinha se passado uma semana desde que voltamos. Numa manha Dumbledore nos chamou em seu escritório e disse que tinha recebido uma carta muito esquisita.

“Quem lhe mandou foi uma moça chamada Hermione e nessa carta ela nos contou o futuro. Eu sei pode parecer duvidoso, mas Dumbledore disse que tudo o que ela falou parece ser verdade, ela nos contou a vida de seu melhor amigo – resumi toda a historia de Harry – e também mandou como prova um pedaço da varinha de Dumbledore, a que Harry quebrou. Ela estava pedindo a nosso ajuda para destruir as Horcruxes em nosso tempo e evitar que muitos sofram no futuro”

–Isso é loucura – Ashley diz e eu concordo.

–Realmente é muita loucura, nos quatro concordamos em ajudar e depois de uns dias Dumbledore nos chamou novamente, falou que a historia das horcruxes é verdadeira e que começaríamos a caçá-las. No nosso tempo existe apenas cinco horcruxes. Na sexta passada fomos em busca da primeira, a encontramos onde a carta dizia que ela estaria, e a destruímos. Agora temos as Relíquias da Morte e uma Horcrux.

Parei novamente de falar.

–Agora acabou?

–Sim.

–São tantas coisas para pensar que eu nem sei o que falar – ela disse e eu suspirei – O mais importante Eu Não Te Odeio.

–O que?

–É isso mesmo que você ouviu Pedro, mas eu preciso de um tempo para pensar sobre tudo o que você me falou.

–Eu já sabia que você terminaria comigo – digo cabisbaixo.

Ashley segura uma de minhas mãos.

–Eu não estou terminando nada, só quero pensar – ela diz se levantando do chão e saindo da sala.

Olhei meu relógio e vi que já estava dando à hora do almoço.

Suspirei.

Fiquei o resto do dia ali apenas olhando ora a lareira ora a janela.

O que aconteceria agora?


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Notas finais do capítulo

Eae gostaram?

Bom eu demorei um pouco, mas o cap novo ta ai!
E é isso que importa, não é?

O que acharam do Pedro contando toda a verdade para a Ash?
Ja estava não hora, neh?
O que será que ela vai fazer agora?

Para saber só no proximo cap, que aliais começa com narração dela.

Até o próximo gente!

Beijocas!

Nox!