Será Esse o Momento Certo? escrita por Nane


Capítulo 11
Capítulo 11 - Começa a Dar Certo




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Começa a Dar Certo

Comparando o Hospital de Tókio com qualquer outro num final de semana é de se estranhar a calmaria que ele se encontrava naquele domingo. Urgência e emergência não estavam tendo muito caso. A recepção estava vazia, os funcionários circulavam tranquilamente entre as salas fazendo algo de rotina.

Aquele tempo ocioso estava deixando Ayame ansiosa para ver Kouga outra vez, não sabia o porquê de sua necessidade para vê-lo, ou melhor, sabia sua paixão por ele estava deixando sem saber o que fazer.

Ele é casado, tem uma filha e sua esposa estava esperando o próximo filho do casal, então, valia a pena separá-los? Ela chegaria até esse ponto ou guardaria para si sua paixão por ele? Todo esse tempo investindo nele e ele algumas vezes cedia aos encantos dela. Muitas vezes, eles cediam ao momento que estavam passando, os comentários sobre o caso dos dois estava se espalhando por todo Hospital. O que faziam ninguém entender, já que Kouga dizia a todos que era homem de apenas uma mulher e esta é Kagome.

 Entretanto, ela não suportou a ansiedade, inventou uma desculpa qualquer e se dirigiu a sala dele. Deu algumas batidas na porta e entrou, encontrando-o a procura de alguns documentos.

- O que está fazendo, Doutor Kouga? – Perguntou Ayame um pouco curiosa, pois nesse dia não tinha muito que fazer. – Quer ajuda?

- Não. – sorriu para ela sabendo da intenção dela está em sua sala. – Não posso continuar nesse seu jogo. – sentou em sua cadeira por trás da mesa, a fazendo sorrir e aproximar mais dele.

- Não é? – sentou na parte lateral da mesa. – Ou você está sabendo que comentam sobre... – sorriu. – ...nós? Isso sim não pode continuar.

- Não é nada disso. – levantou de onde estava saindo de perto dela – Daqui a alguns meses meu filho vai nascer e não posso ter um caso com você. – Ayame a baixou a cabeça lembrando-se da família dele. – Você não merece isso, Kagome também não.

- Eu entendo. – murmurou ela. – Mas eu... Apaixonei-me por você, só penso em você, em nós. – levantou o rosto para olhá-lo – Sei que... – aproximou dele jogando toda a sua sensualidade puxando-o para onde estava sentada anteriormente inebriando-o e sussurrando em seu ouvido – Você não resiste por muito tempo...

Beijou-o sentindo ser correspondida, sentou-se na mesa que se encontrava na sala puxando-o delicadamente mais perto do seu corpo na intenção sentir-se próxima, já que ele, muitas vezes, não permitia essa forma de contado.

Em poucos minutos Kagome e Miroku chegaram ao Hospital. Antes de estacionar o carro no local apropriado Kagome desceu do mesmo e rumou para dentro do local, enquanto seu irmão estacionava. Como era conhecida por quase todos os funcionários do Hospital, por onde passava todos falavam com ela. Ela bastante sorridente perguntava onde Kouga se encontrava, sabendo da sua localização seguiu para a sala dele. Kagome parou na porta onde estava escrito em uma placa de metal diretor geral, sabia que aquela era a sala. Bateu de leve abrindo-a sem ouvir a permissão para entrar, dando tempo apenas de Kouga e Ayame se afastarem do beijo e ficassem se olhando.

- Kouga! – exclamou Kagome que rapidamente percebeu ele afastar-se da enfermeira saindo daquela posição que o denunciava.

- Kagome... O-o que faz aqui? – Kouga perguntou desconcertado pela situação, Ayame fica quieta sem dizer uma palavra.

- Trouxe os documentos que estavam em minha bolsa. – olhou para Ayame e novamente para ele. – Agora entendo onde anda com a cabeça para esquecer algo importante. – ele deu um passo na direção dela.

- Kagome... Não é isso que... – Kagome não deixou terminar a frase completando.

- ... que estou pensando? - sorriu irônica – Típico. – deu as costas a ele caminhou até a porta, olhando por cima dos ombros continuou – Conversamos em casa – saiu batendo a porta.

Ayame permanecia calada durante os minutos que Kagome estive ali e que os pegou quase em flagrante. O predomínio do silencia era assustador para os dois, não tinham mais nada a dizer um ao outro. Kouga sentou-se na cadeira colocando seus cotovelos sobre a mesa e suas mãos seguravam sua cabeça, em seu ato de reprovação. Constrangida, Ayame tentou melhorar a situação, mas não adiantava mais; estava feito.

- Me... Me desculpe... Eu... – as palavras simplesmente sumiram, não conseguia pronunciar nada. E para piorar, vendo o estado que Kouga ficou depois da visita de sua esposa, arrasado, saiu da sala sem muita demora.

Kouga estava inconformado, como poderia esquecer aqueles documentos e quem imaginaria a presença da Kagome naquele instante. Ela não os pegara aos beijos por questão de segundos, mas sabia que mais cedo ou mais tarde ela iria ficar sabendo, ele contaria a ela e não daquela forma tão momentânea.

Miroku tinha acabado de entrar no Hospital quando surge Kagome, apressada, toda vermelha pedindo para ir embora o mais rápido possível. Sem entender os motivos que a levaram a ficar daquele jeito, a obedeceu, sabia que ela estava segurando as lágrimas. O caminho de volta foi puro silencio, Miroku tentou conversar com ela, mas ela dizia que não era nada para ele se preocupar e algo como: “Não deveria ter feito isso comigo”. Imaginando o que seria, seu irmão segurou as mãos dela apoiando-a.

Os irmãos Higurashi chegaram a casa abraçados, Inuyasha e Sango vêem a cena com um sorriso nos lábios. Como também as crianças deitadas nos sofás assistindo um filme infantil e os dois adultos no chão, entretanto Inuyasha estava próximo a Rin. A proximidade dos dois fez Kagome perceber o quanto são parecidos, além da personalidade que era característico dele, foi para perto da menina deu um beijo em sua testa e outro no Souta, se dirigiu para o quarto, pois se encontrava um pouco abalada com que presenciou. E incrivelmente, seus amigos perceberam seu estado.

- O que houve Miroku? – perguntou Sango preocupada.

- Não sei. Ela saiu assim, não me falou muita coisa com lógica. – respondeu ele olhando a direção que sua irmã seguiu, voltando para ela. – Foi muito rápido.

Inuyasha intromete-se na conversa. – Só pode ter sido aquele idiota do marido dela.

- Pode ter sido, ela comentou alguma coisa, mas não dava para ouvir e nem entender.  – respondeu Miroku.

- Eu vou conversar com ela. – Sango deixou os dois a sós, apenas com as crianças que estavam intertidas com o que estava passando na tela da TV.

- Kagome não pode se exaltar, Miroku, o bebê sente as alterações emocionais dela. – Miroku riu da preocupação – O que foi? Por que está rindo?

- Você. Até parece que é o pai na criança. – brincou com ele, percebendo o que disse. – Eu...

- Tudo bem Miroku. – tentou contornar a situação. – Eu gostaria de está com ela, mesmo eles não sendo meus filhos, mas... Ela não comentou nada?

- Já disse. Nada que desse para entender, apenas “Não é nada” – viu que ele ia dizer mais alguma coisa – Vamos deixar com a Sango agora, está bem?

- Tem razão. – sorriu e voltou para junto das crianças a assistir ao filme infantil.

A tentativa de fazer Kagome sofrer por não ficar com o obsessivo Naraku estava armada, aparentemente é para ser um susto na opinião de Kikyou, mas para seu irmão é a chance de vingança por ser rejeitado por ela. Os irmãos Lin se dirigiam para ficar a espreita onde residia Miroku e onde Kagome se encontrava no momento.

- Tem certeza que ela está aí? – perguntou Sango ao homem que até o momento estava no mesmo lugar de onde fizera a ligação. Ele apenas confirmou com a cabeça.

- Tenha calma irmãzinha. – falou Naraku – Espere mais um pouco e tudo sairá como está combinado.

Sango entrou no quarto em que se encontrava Kagome, esta estava deitada de costas para a porta, parou pensando no que estava acontecendo para deixá-la triste. Pensou que a vida da sua amiga tinha melhorado com a presença de Kouga, mas a sua volta a esta cidade abalou todos um pouco.

- Kagome. – Chamou a amiga sentando na cama ao lado dela. – Você está bem? – ela virou-se para Sango que a olhava preocupada.

- Não. Eu não estou bem. – sentou na cama e abraçou-a.

- O que está sentindo? Quer que eu chame o Sesshoumaru? E o Kouga? – Sango levantou, mas foi impedida por Kagome que segurava sua mão, fazendo-a sentar outra vez.

- Não estou falando do meu bebê – Passou a mão no ventre. – Eu não sou muito de revelar meus sentimentos, mas... – ficou em silencio por alguns minutos – Encontrei o Kouga, digamos, numa situação nada agradável com uma colega de trabalho. – ela levou as mãos ao rosto e começou a chorar.

- Ah! Minha amiga, não chore. – Sango a puxou para deitar em seu colo e alisar seus cabelos. – Tudo vai se resolver tenha calma.

- Não é só por isso. – sua amiga a olhou – Não deveria ter voltado, aqui tem muita coisa que lembra o passado e...

- E... – ela incentivou a Kagome a contar.

- ... e ao que eu sentia por... Por... Inuyasha. – olhou para a sua cunhada pensando em encontrar um olhar de reprovação, mas não foi isso que viu e sim um olhar terno de compreensão – O que eu presenciei hoje me deixou confusa. Eu gosto do Kouga, sou muito grata ao que ele fez por mim, mas Inuyasha ele...

- Ainda mexe com você. – continuou Sango - Não é isso? – ela nada disse, apenas confirmou com a cabeça. – Eu sabia que isso podia acontecer. Principalmente agora que ele está sem noiva...

- Mas eu estou casada, e amo minha família mais do que tudo nesse mundo. – parou um pouco antes de continuar. – Kouga... Não poderia ter feito isso comigo... – voltou a chorar – ele é minha família, é tudo para mim. É o pai dos meus filhos e ... – parou de falar – Estou tão cansada.

- Não chore, por favor. Lembre que seu bebê sente o que você sente. – sorriu para ela – descanse um pouco sim, eu vou ficar aqui com você.

Alguns minutos depois Sango deixou o quarto onde estava em companhia de Kagome para encontrar seu noivo e seu amigo na sala assistindo o filme junto às crianças, entretanto, as crianças dormiam profundamente deixando, apenas, os dois adultos assistindo o que era delas. Percebendo que Sango estava presente no recinto, Inuyasha e Miroku quiseram saber o que se passava com Kagome para ter ficado abalada, ela apenas disse que o casal teve uma discussão sobre os documentos.

Não acreditando nas palavras pronunciadas por Sango, Inuyasha, sem ser percebido, deixa o casal de noivos a sós para aproveitar alguns minutos antes que as crianças despertem para o almoço. Ele foi, calmamente, até o quarto onde Kagome descansava, lentamente abriu a porta para não fazer barulho que denunciasse a sua presença. Aproximou-se dela observando cada traço, seus cabelos, seu cheiro, seu rosto, não se conteve pegou uma mecha do negro cabelo que atrapalhava a visão do rosto e cheirou. Aquele perfume inebriante que tanto esperava em sentir outra vez. Como sentia saudade daquele cheiro, dos seus beijos e de todos os prazeres que ambos sentiam quando estavam juntos. Ainda por alguns instantes a observou, um súbito desejo de tocar os lábios dela veio à mente de Inuyasha e entregue a essa cobiça submeteu-se ao prazer beijando-lhe os lábios levemente e desfazendo do beijo sussurrou “Ainda amo você, Kagome”. Afastou-se percebendo que ela se mexia ficando surpreso com que ouvira sair dos lábios tão ansiados por ele, “Eu também...”. Seu sorriso cresceu internamente e externamente, puxou um banquinho para ficar ao seu lado velando seu sono, sabia que as palavras ditas por ela era inconsciente, mas ganhara o dia com elas.

As horas passaram vagarosamente naquele dia, para Kouga, se rastejava. Não sabia como iria olhar para o rosto de sua esposa sem lembrar-se do que fizera algumas horas atrás. Depois de cinco anos de casamento Kouga passa a ter uma amizade tão íntima com uma “colega de trabalho” que levaria ao fim seu casamento? De certo, Kouga apoiou Kagome no momento em que ela mais precisava de um amigo, entretanto, foi mais do isso. Foi e sempre será a família que toda menina sonhara em ter, até aquele instante. Diante da maior felicidade alcançada por ele, um filho, com a mulher que ele tanto ama.

Mesmo assim, a atração que sentia pela enfermeira o fez lamentar diante da decepção por ter sido inconseqüente por trair sua esposa, sabia que teria conseqüências. Porém, ansiava para conversar com Kagome sobre o ocorrido a cada minuto parecia uma eternidade. Passava boa parte do seu plantão em sua sala refletindo sobre o ocorrido e lembrando-se dos dias que passavam juntos, mas uma pergunta não saia de sua mente “O que ela está pensando em fazer?”.

Kouga queria abraçá-la, dizer que a ama, e foi tudo um erro voltar para Tókio, no entanto, para deixou seu ego ser maior e também a queria fazer feliz trouxe-a para perto de sua única família. Ocasionando seu envolvimento com Ayame e a possível separação; ou não.

O almoço saiu um pouco tarde por conta dos acontecimentos ocorridos há poucas horas, após o mesmo as crianças pediram para ir ao parque que sempre iam, aos domingos, quando Kouga não estava de plantão desde a volta de Kagome, e assim aconteceu. Como o parquinho era situado próximo ao apartamento onde Kagome residia com sua família e um pouco distante de onde estavam foram todos no carro de Miroku.

O casal que observava a movimentação na residência despertou ao perceber que eles estavam saindo e os seguiram de longe para prosseguir com o que planejavam fazer. A cada instante que os seguiam sorriam triunfante percebendo o êxito da execução.

A praça do centro da cidade estava ocupada por vários pais e crianças se divertindo, alguns bancos estavam ocupados, o parquinho repleto de crianças brincando. Eles chegaram ao local procurando um lugar para se acomodarem enquanto as crianças brincam, Inuyasha segurava Rin nos braços ajudando Kagome. Já a mesma segurava seu irmão pela mão, pois o casal de noivos não queria se desgrudar, Kikyou ao longe observava seu ex-noivo percebeu certa semelhança da filha de Kagome com ele, principalmente os olhos, fez uma careta pela percepção que fez comentando com seu irmão em seguida.

- Até que eles se parecem? – se referiu ao irmão – Não acha?

- Olhando bem... – gargalhou em ironia das palavras da irmã – Daria um ótimo pai...

- Não seja Hipócrita, Naraku, não percebe – o fez observar melhor Inuyasha e a pequena Rin – Os olhos... São muitos parecidos.

- É... Se você está dizendo... – Naraku conseguiu chamar a atenção de sua irmã – Quem sou eu para duvidar – sorrindo outra vez a fazendo girar os olhos de indignação.

- Vamos logo acabar com isso. – cortou o sorriso irônico dele.

- Tenha só mais um pouco de calma, Kikyou, só mais um pouquinho...

Souta e Rin estavam tão ansiosos para brincar que nem esperaram se instalarem e começaram a correr pela praça, Inuyasha aproveitou a presença das crianças para ir brincar com elas, eles escondiam entre árvores, postes e pequenos arbustos para “o tio” Inuyasha procurá-las. Essa brincadeira fazia as crianças se afastarem, pouco a pouco, cansado, Inuyasha pediu um tempo para descansar deixando-as brincando sozinhas. Voltou para a presença de seus amigos.

Enquanto Inuyasha ia sentar, sua ex-noiva aproximou da pequena Rin chamando-a, esta corre em sua direção abraçando com força.

- Tia Kikyou! – falou a menina.

- Oi, minha linda garotinha. – ajoelhou ficando do mesmo tamanho que ela – Não me diga que está sozinha?

- Não. – a menina acenou com a mão fazendo sinal de negação. – A mamãe está com a tia Sango e o tio Miroku ali. – apontando para onde se encontravam – E o papai está trabalhando.

- E o que você está fazendo tão longe da sua mãe? – perguntou Kikyou para tirar informações necessárias, fazendo a menina sorrir.

- Estou brincando com o tio Inuyasha e Souta de pique esconde. – disse baixinho para não ser encontrada, procurou por eles. – Quer brincar?

- Ah! Não, minha linda. – passou a mão nos cabelos da criança levantando. – Que tal se esconder um lugar onde vão demorar a te encontrar, o que acha? – perguntou, viu a menina sorrir outra vez e acenado positivamente com a cabeça. Pegou em uma das mãos dela e saíram caminhando devagar. – sabe guardar segredo não sabe Rin? Esse vai ser o nosso segredo.

Kikyou olhou para o seu irmão um pouco afastado dela, dando o sinal que estava com a menina levando-a para o local combinado. Enquanto sua irmã saía da praça de mãos dadas com a Rin Naraku sorria maligno por seu plano começar a dar certo, perfeito, em sua opinião. Nada desviaria seu caminho, faltava agora ver a reação de sua “amada” por não ter a sua preciosa filha próxima a ela.

Inuyasha sentou no banco onde seus amigos se encontravam sentados, com a respiração acelerada de tanto brincar, estes não perderam a oportunidade de tirar gozação dele depois de presenciar a belíssima cena com as crianças.

- Cansado de tanto brincar, criança? – perguntou Miroku num leve tom zombeiro – Quantos anos você regrediu, Inuyasha?

- Pare com isso, Miroku. – o repreendeu Sango – Não vê que ele não deixou de ser criança, só esqueceram de avisar o quanto cresceu.

- Até você, Sango! – exclamou Inuyasha fingindo está um pouco aborrecido – Ora! Não posso nem me divertir mais.

- Claro que pode – intrometeu-se Kagome que até aquele instante estava rindo com as brincadeiras que faziam a respeito dele. – Como também sei que está treinado...

- Treinando? – disseram os três unisonoro, deixando-a sem jeito.

- Para quando ele tiver seus próprios filhos, não é mesmo? – disse Kagome sorrindo e percebeu que ele sorria para ela. O seu olhar lembrava a forma como a olhava anos atrás – Você daria um ótimo pai. – seu comentário o deixou sem jeito.

Kagome desviou seu olhar direcionando para o local onde as crianças brincavam pela última vez que as vira, procurou por Rin e Souta, não os encontrando. Um temor começou a tomar conta dela quando não os encontrou, continuou a procurá-los encontrando apenas Souta brincando do escorregador, mas nada de sua filha. Imediatamente, um pressentimento atingiu seu coração, algo tinha acontecido a sua filhinha. Levantou bruscamente assustando a todos e sussurrando o nome de sua filha.

- Kagome, o que houve? – perguntou Inuyasha a ouvindo chamar pela filha, olhou para onde os olhos dela estavam direcionados. – Kagome?

Ela nem ouviu quando ele a chamou olhou-o com lágrimas nos olhos – Onde está minha filha? – sem esperar por resposta, correu para onde seu irmão mais novo estava sendo seguida por ele e o casal de noivos. Tentou ao máximo não demonstrar nervosismo perto do irmão – Souta, onde está Rin?

- Ela estava ali. – apontou para uma árvore onde a tinha visto poucos minutos atrás.

Inuyasha começou a procurar a menina junto de Miroku por toda a praça, enquanto Sango tentava tranqüilizar a amiga, que sem perceber sentia leves contrações. Ao longe, Naraku se divertia com a preocupação de Kagome abraçada a amiga, decidiu contemplar seu feito e ir para seu apartamento onde encontraria sua irmã e a menina.

Kagome chorava apreensiva, não percebeu a presença de Naraku próximo a elas, sentou ao lado delas, saudou uma “boa tarde”, dando um beijo na face de Kagome, não tendo reação por parte delas.

- Está um lindo dia para um encontro, não acha? – perguntou sinicamente Naraku deixando-as mais apreensiva do que já estavam.

- Vá embora, Naraku. – respondeu Sango no mesmo tom que ele. O mesmo levantou as cumprimentou outra vez e seguiu seu caminho.

Sango desconfiou da ligação dele com o desaparecimento de Rin, mas não podia provas também não queria preocupar mais a amiga. Poucos minutos depois Miroku e Inuyasha chegam sem a menina, fazendo com que Kagome se exaltasse mais e as dores aumentando pouco a pouco.

- Calma, Kagome, vamos encontrá-la – Sango tentou acalmá-la – Miroku, por favor, ligue para a polícia e avise ao Kouga, sim.

Antes que eles se manifestassem Kagome os surpreendem, soltando-se de Sango. – Eu só vou sair daqui quando minha filha aparecer. – levantou e deu alguns passos, mas Inuyasha a segura pela mão ficando de frente para ele.

- Kagome... Lembre-se que você está grávida e não é normal ter tanta emoção por um dia. Como está tendo nessas últimas horas. – Ele tentou convencê-la, mas Kagome, passou a mão no ventre lembrando-se do seu estado e o afrontou.

- Não adianta Inuyasha, eu já passei por coisas piores... E sozinha. – tentou passar por ele.

- Kagome! – o irmão tentou convencer que estava errada. – Se acalme, você não está bem, está dando para perceber. O seu bebê ele pode...

- Parem de se preocuparem comigo, ou com meu bebê, ele está bem. Nós estamos bem. – suspirou forte tentando aliviar as contrações – Eu... Eu estou preocupada com Rin. Alguma coisa aconteceu, eu sei...

- Minha amiga... – continuou Sango delicadamente – Nós sabemos que ela não faria esse tipo de brincadeira, mas você tem que pensar por dois.

- Não... Oh! Rin. – olhou onde seu irmão brincava sem suspeitar do que estava acontecendo, passou por eles sentindo cada vez mais as contrações aumentarem. Inuyasha a segurou pelo braço.

- Você não vai. – Falou Inuyasha com o timbre de voz forte – Você vai para a casa do seu irmão, enquanto ligamos para a polícia e o idiota do seu marido.

- Solte-me. – virou para retrucar no mesmo tom que ele. – Quem você acha que é para falar assim comigo? – as palavras dela os espantaram – Não é nada meu, perdeu seu posto de namorado há cinco anos. – tentou puxar o braço, mas ele não a soltava. – Não acreditou em mim e nem vai acreditar.

- Kagome... - sussurrou Inuyasha atingido pelas duras palavras – Pare já.

- Não entende, não é mesmo. – ela sorriu sarcástica, gritando as ultimas palavras – Ela é tudo que sobrou de nós... – ele a soltou chocado pela revelação que ela acabou de fazer, não só a ele como também a Miroku e Sango.

Kagome levou à mão a boca assim que percebeu que falou de mais, olhou-os confusa e tentando se acalmar. Afastou-se deles com poucos passos, mas não suportava as contrações caindo na grama do parque, imediatamente levou a mão ao ventre sentindo as dores aumentar. Inuyasha saiu do estado que se encontrava indo a ajudá-la, a pega nos braços, apenas deu tempo de chamar Souta e partirem ao hospital.

Miroku dirigia apresado a caminho do hospital mais próximo que por coincidência ou não é onde Kouga trabalha Hospital de Tókio. Enquanto ia rumo ao hospital, Sango ligou para Sesshoumaru para eles se encontrarem no mesmo, explicando rápido sobre o ocorrido. Preocupado com o estado da amiga, Sesshoumaru, partiu.

Inuyasha estava confuso pela revelação de ser pai de uma garotinha de cinco anos. Ele, pai, tudo o que ele mais queria no mundo e da mulher que tanto tem afeto, ou seria amor. Ele olha para a mulher em seus braços segurando o ventre e chorando, não sabia se era por causa do desaparecimento da sua filha, ou por causa das dores, apenas uma coisa ele sabia iria trazer sua filha de volta. Passou a mão nos cabelos de Kagome beijando sua testa na tentativa de minimizar a dor que ela sentia, sussurrou em seu ouvido: “Eu nunca deixei de te amar, Kagome. Vou trazer nossa menina de volta” ela apenas sorriu em meio às lágrimas.

Nota da autora:

Desculpem a demora para postar é que aconteceram algumas coisas um tanto desagradáveis e como o capitulo é maior e exigia um pouco mais de mim demorei um pouco. Espero que me desculpem, sei que não justifica, mas... É isso aí. =D

O que acharam desse capitulo dramático? Muitas revelações não acham? Esse é um dos maiores capítulos que já escrevi e os próximos também são grandes, infelizmente a fic está chegando a seus últimos capítulo.  Não sei dizer quantos ainda faltam, pois ainda estou terminando de escrever no meu caderno.

O que Naraku vai fazer com Rin? E Kikyou qual a sua participação no “seqüestro” da menina? Com quem Kagome vai terminar Inuyasha ou Kouga? No próximo capitulo dará para ter noção com quem ela terminará? Se tiverem dúvidas podem me perguntar que terei o prazer em responder.

Agradeço a todos (as) por estarem acompanhando e até o próximo capitulo EXPLICAÇÕES

Beijos....


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