A magia de Madoka escrita por DragonsDaughter


Capítulo 3
Capítulo 2: Isso é muito gentil da sua parte.


Notas iniciais do capítulo

Dúvidas? Comente!
Sugestões? Comente!
Erros? Por favor, me ajude e comente!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/480963/chapter/3

Eu me chamo Mami. — Ela falou. — Como vocês, eu sou uma estudante do terceiro ano do colégio da cidade. E também sou uma Garota Mágica que fez um contrato com o Kyuubey. — A criatura saltou em seus braços.

E eu acordei.

— Outro sonho estranho! — Protestei em voz alta, mesmo estando sozinha. Pelo menos eu pensava que estava.

— Bom dia, Madoka! — Kyuubey me saudou.

Fui fazer minhas obrigações. Mamãe e eu tínhamos o hábito de escovar os dentes juntas.

— Eu ouvi que você chegou realmente tarde noite passada, Madoka.

— Uma amiga me convidou para ir até a sua casa. — Respondi.

— Eu não irei dizer quando deve vir para casa, mas pelo menos tente me ligar antes do jantar. — Ela me disse.

— Me desculpe. — Falei.

Kyuubey estava em uma bacia com água morna, relaxando.

“Eu acho que ele é mesmo invisível para os outros.” — Disse em meus pensamentos.

E por falar em pensamentos, enquanto me arrumava pensei no momento em que fui à casa da Mami junto com a Katherine depois daquele ocorrido na loja de CD’s.

— Que casa maravilhosa. — Eu tinha dito, assim que entramos.

— Você não precisa ser tão formal. Eu vivo sozinha aqui. — Mami disse com um sorriso no rosto.

Ela sempre estava sorrindo e isso a deixava linda. Ela era linda em fato. Seus cabelos eram loiros. Lisos na raiz, e cacheado nas pontas. Sempre usava o mesmo penteado, dividindo o cabelo em duas partes, prendendo-os com pompons. Alta e magra, olhos verdes claros. Assim era a Mami.

Katherine era a mais diferente de nós. Ela tinha um cabelo azul. As roupas que ela usava quase sempre eram azuis. Os olhos? Azuis. Sapatos? Azuis. De vez em quando um preto, ou um branco. Mas na maioria, azul. Não preciso dizer que essa é a cor favorita dela, não é? Ela era muito magra e baixinha.

— É muito delicioso. — Eu disse, me referindo ao bolo com chá que ela havia preparado para nós.

— Vocês duas não são mais estranhas para mim, depois de serem escolhidas pelo Kyuubey. Eu acho que algumas explicações agora seriam bem oportunas. — Mami nos mostrou a sua esfera.

— Que lindo! — Exclamou Katherine.

— Isso é uma pedra da alma. — Explicou. — Uma pedra preciosa, nascida do contrato formado entre Kyuubey e uma garota escolhida. É uma fonte de poder mágico e prova de identidade de uma Garota Mágica.

— E o contrato? — Katherine perguntou.

— Eu posso realizar um de seus desejos. — A criatura adiantou-se.

— Desejos? — Repeti.

— Pode ser qualquer coisa. Eu serei capaz de garanti-lo, não importa quão miraculoso seja.

— Como ficar ricas, uma vida longa, algo como ótima comida? — Perguntou Katherine, fantasiada.

— Entretanto, ao fazer isso, uma pedra da alma será criada. O receptor da pedra torna-se obrigado a lutar com bruxas, como uma Garota Mágica.

— Bruxas? — Repeti, novamente.

E voltei do meu devaneio.

— Ei, mamãe. — A chamei. — E se, apenas se, alguém te dissesse que você poderia usar magia para realizar um desejo, o que você-

— Eu desejaria que meus dois gerentes fossem gritar por aí em algum outro lugar. — Ela respondeu antes mesmo de eu terminar. — O que mais? Deixe-me pensar... O presidente já não é mais jovem, eu pediria para ele considerar se aposentar... Mas não há ninguém para substituí-lo.

— Por que você não se torna a presidenta, então?

Ela reuniu suas coisas.

— Há sempre essa possibilidade, não?

Ela saiu do banheiro. E eu voltei ao meu devaneio.

— O que são bruxas? Elas são diferentes de Garotas Mágicas? — Perguntou Katherine.

— Se Garotas Mágicas nascem de desejos, então bruxas nascem de maldições. Garotas Mágicas ajudam a realizar desejos, enquanto bruxas espalham desespero. E mais, elas não podem ser vistas por pessoas normais. São realmente más. Ansiedade e suspeita, raiva e ódio, elas trazem tais sentimentos de discórdia para o mundo. — Kyuubey explicou.

— Suicídios e assassinatos sem solução são primariamente vindos das maldições das bruxas. Esse inimigo invisível começou a se mover contra os corações das pessoas. — Completou Mami.

— Se são tão perigosas, por que ninguém sabe sobre elas? — Katherine interveio.

— Bruxas tem sempre se mantido escondidas e nunca se revelariam a ninguém. A estrutura de labirintos onde vocês foram presas antes era uma de suas barreiras. Fazem vocês enxergarem coisas, e muitas delas conseguem levar pessoas para outras dimensões. — Explicou Kyuubey. — Pessoas normais que vão para aquelas dimensões nunca voltam com vida.

— Você estava lutando com um inimigo tão assustador? — Perguntei para Mami, incrédula.

— Sim, arriscando minha vida nisso. É por isso que vocês duas devem pensar nisso cuidadosamente. Vocês duas, escolhidas por Kyuubey, a quem foi dada a oportunidade de realizar qualquer desejo, estariam dispostas a enfrentar a morte a qualquer momento? — Mami perguntou decidida.

— É muito difícil, não? — Retrucou Katherine.

— Por isso, eu tenho uma ideia. — Mami disse. — Por que vocês não me acompanham nas lutas contra as bruxas por enquanto? Fazendo isso, vocês entenderão o quê exatamente significa ser uma Garota Mágica. Usem seus próprios olhos para verificar. Qualquer sonho seu precisa ser realizado com o risco da sua vida. Vocês precisam considerar isso seriamente.

Saí de casa e caminhei até a escola. Encontrei Elizabeth e Katherine logo na metade do caminho.

— Bom dia, Madoka. — Elizabeth me saudou.

— Bom dia, Mad... — Katherine disse assustada porque Kyuubey estava no meu ombro.

— Algum problema, Katherine? — Perguntei, sorrindo.

Ela chegou perto de mim e cochichou em meu ouvido.

— É realmente verdade que só nós podemos ver esse carinha? — Ela perguntou bem baixinho.

— Parece que sim. — Respondi.

Ela fechou os olhos e caminhou para frente. Eu estava logo atrás.

Parece que podemos nos comunicar uma com a outra se falarmos com a mente. — Eu disse por pensamento, e ela ao ouvir se assustou.

Já temos poderes mágicos? — Perguntou Katherine assustada.

Não, não. Vocês só estão se comunicando através de mim agora. — Disse Kyuubey. — Mas não é conveniente se comunicar secretamente?

É um pouco estranho. — Katherine disse.

— O que há com vocês duas? — Perguntou Beth. — Estão estranhas.

— Não é nada. — Disse, rindo.

Chegamos à escola e nos sentamos. Kyuubey ficou comigo, sentado em minha mesa.

Ei, está tudo bem em ele vir com a gente? — Katherine perguntou.

Por que não? — Perguntou a criatura.

Eu já te disse! Aquela pessoa ontem era a estudante transferida que está na nossa classe. Ela não tentou tirar a sua vida?

Eu acho que a escola pode, na verdade, ser mais segura. — Ele disse. — Mami também está aqui.

Mami está no terceiro ano, então a sala dela está muito longe daqui. — Expliquei.

Não se preocupem, posso ouvir suas vozes. — Mami falou.

A distância ainda está dentro do alcance da telepatia. — Explicou Kyuubey.

Não se preocupem, irei vigiar vocês adequadamente. Aquela garota não quer atrair muita atenção para si mesma também.

Falando no diabo... — Disse Kyuubey.

E a garota entrou na sala. Sentou-se em sua cadeira, e virou para trás, olhando nos meus olhos.

Voltei novamente ao meu frenesi.

— Aquela aluna transferida também era uma Garota Mágica, era isso? — Katherine perguntou.

— Sim, não há dúvidas quanto a isso. — Disse Mami. — Parece que ela também tem um grande poder.

— Mas se esse é o caso, ela não deveria estar ajudando o lado da justiça, lidando com as bruxas? Por que ela de repente atacou a Madoka?

— Eu era o alvo dela. — Kyuubey se levantou. — Ela provavelmente queria prevenir que mais Garotas Mágicas nascessem.

— Por quê? Se estão combatendo um inimigo comum, não seria melhor ter mais aliados?

— Ainda assim, olhando para isso de outra perspectiva, isso não aumentaria a competitividade das batalhas? — Mami disse.

— Como assim? — Perguntei.

— Quando você derrota uma bruxa, você pode obter a recompensa que é prometida. Então, às vezes, devido às circunstâncias, nos encontraremos em conflito com cada uma. — Explicou Mami.

— Então, basicamente, ela já sabia que Kyuubey faria uma oferta à Madoka. Então ela veio nos parar antecipadamente?

— Temo que seja isso. — Mami falou.

O sinal tocou, e eu voltei para aquele momento. Fomos para o pátio do último andar, aonde ninguém ia.

— Ei, você já pensou que desejo iria querer realizar, Madoka? — Katherine me perguntou.

— Não mesmo, e você? — Respondi.

— Também não. — Ela disse. — Eu estava pensando, mesmo que possamos facilmente vir com cargas de desejos, um monte de coisas que nós queremos ou gostaríamos de fazer, eu não consigo pensar em nada no qual eu gostaria de arriscar a minha vida para realizar.

— Isso é mesmo surpreendente. Um monte de garotas aceitaria imediatamente. — Disse Kyuubey.

— Nós provavelmente só estamos sendo estúpidas. Sim, idiotas sortudas. — Kath disse com um sorrisinho falso em seu rosto. — Não é tão surpreendente. O mundo deve ter um monte de pessoas que tem sonhos pelos quais eles arriscariam a vida para realizar. É por isso que é apropriado dizer que aqueles de nós que não conseguem ver nosso destino, não entendem esse tipo de dor. Nos tornamos idiotas porque recebemos gentileza de mais. Por que nós? Isso não parece justo. Essa chance deveria ser dada para aqueles que realmente precisam dela.

As palavras de Katherine foram interrompidas pelo barulho dos sapatos de Akemi.

Ela vinha em nossa direção. Katherine correu para junto de mim.

Não se preocupem. — Mami disse do outro lado do pátio.

Me surpreendi. Pensei que Mami estaria no terceiro ano, mas ela realmente estava nos vigiando.

— Você quer repetir o incidente de ontem? — Kath perguntou furiosa.

— Não, não tenho tais planos. — A garota de cabelos pretos respondeu. — Eu queria resolver isso antes dessa coisa encontrar a Madoka. Agora que chegou a isso, é tarde de mais. Então, o que você pretende fazer? Vocês querem se tornar Garotas Mágicas, não é?

— Não temos que te dizer NADA! — Protestou Katherine.

— Você se lembra do que eu te disse ontem? — Akemi me perguntou.

— Sim. — Respondi.

— Então está tudo bem. — Ela disse. — Eu confio que o meu aviso não será desperdiçado por você.

Ela deu de ombros e saiu andando. A chamei, mas ela me ignorou.

— Você se tornou uma Garota Mágica para realizar um desejo? — Perguntei quase como uma afirmação.

Ela parou de andar por um momento, mas depois, continuou.

Saímos da escola com a Mami, e ela nos levou até um local onde segundo ela, tinha grandes chances de ter uma bruxa.

— Isso mostra os traços de magia deixada pela bruxa de ontem. — Ela disse, segurando sua pedra da alma. Ela brilhava. — Simplificando, é o único jeito de achar uma bruxa. Usando a pedra assim, podemos rastreá-las.

Andamos por quase toda a tarde rastreando a bruxa.

— O brilho não mudou quase nada desde que chegamos. — Disse Katherine.

— Já se passou uma noite desde que a bruxa fugiu de cena. Os traços estão enfraquecendo. — Mami falou.

— A Mami está realmente do lado da justiça! Diferente daquela outra! — Exclamou Katherine, triunfante.

— Ela é mesmo uma pessoa ruim? — Perguntei um pouco triste.

Estávamos andando pela ponte, até que a pedra brilhou fortemente.

— Uma forte onda de magia! — A Garota Mágica alertou!

Fiquei aflita.

Corremos, seguindo o fluxo e nos deparamos em um prédio abandonado.

— Sem dúvidas é aqui.

— Olhe, Mami! — Katherine apontou para cima.

Uma mulher estava no topo do prédio, na beirada.

Ela pulou.

Mami usou o poder da sua pedra para liberar energia e impedir que a mulher chegasse ao chão. Eu a deitei.

— Ela foi enfeitiçada pela bruxa. — Disse Mami.

— Ela está... — Não consegui completar.

— Não! Só está desmaiada. Vamos! — Mami correu para dentro do prédio.

Usou a sua pedra, e abriu um portal.

— Hoje eu não deixarei você escapar. — Ela disse. — Vocês não devem sair do meu lado. Vamos.

— Sim! — Concordamos e entramos no portal.

Fomos transferidas para outro universo. Era cheio de escadas, e seres estranhos. Havia também aquelas plantas, elas dançavam. Subíamos as escadas o mais rápido que podíamos. Alguns seres vinham nos atacar.

Mami conjurava umas armas que mais pareciam com espingardas, atirando e os matando.

— Como é? Vocês estão assustadas, não é? — Ela perguntou.

— Isso não é nada. — Disse Katherine, bancando a durona.

— Vamos rápido! Estamos quase no coração da barreira.

Abrimos uma porta, que deu a outra porta, e mais outra, e mais outra. Até que entramos em um grande salão.

— Olhem! Aquilo é uma bruxa. — Mami disse, apontando para aquela grande bola de energia que estava no centro.

— Que horrível. Temos que lutar com ela? — Perguntei.

— Não se preocupem, eu não vou perder. — Ela me respondeu.

Mami fez um campo de força em mim e em Katherine e foi em direção à bruxa.

Ela saltou e foi ao chão com uma grande sutileza. Esmagou um ser pequeno, provocando a bruxa. Levantou a sua saia, e de lá, saíram duas espingardas. Atirou, matando uns seres. Tirou o seu chapéu, e invocou mais espingardas, dessa vez umas 20. Ela atirava com uma, e depois com a outra, e com outra, e com outra. Matando tudo a sua volta.

Um grupo de seres subiu pela sua perna, e a enrolaram. Puxaram-na para cima, e ela ficou de cabeça para baixo, porém ainda atirando. Depois a jogaram longe.

— MAMI! — Gritei.

— Não se preocupe. Não irei perder na frente das minhas futuras aprendizes.

A bruxa se fundiu com todos os seres naquele salão.

Mami pegou um laço e o girou, transformando-o em uma gigante espingarda.

— Muito bem! — Ela disse. — TIRO FINALE!

E atirou.

Uma grande onda de energia saiu da sua arma, matando a bruxa. Depois, ela desceu do ar em um giro, e quando chegou ao chão, estava bebendo uma xícara de café.

— Vencemos? — Katherine perguntou.

Estávamos sorrindo, muito alegres.

— Incrível!

A dimensão havia sido destruída. Voltamos ao normal. Mami deu passos para frente e se abaixou pegando um vidrinho.

— Isso é uma Grief Seed. É um ovo de uma bruxa. Elas irão derrubar isso quando a matarmos, se tivermos sorte. — Ela explicou. — Minha pedra estava mais brilhosa ontem não estava?

— Parece que sim. — Disse.

— Mas se usarmos o ovo... Olhem. — Ela aproximou o ovo na sua pedra, e ele absorveu toda a energia maligna que continha ali.

— Ela recuperou seu brilho. — Falei, impressionada.

— Viram? Se fizermos isso, a magia é restaurada. Essa é a recompensa que eu falei, por derrotar uma bruxa.

Mami pegou o ovo e o jogou na escuridão de uma sala.

Alguém o segurou.

— Ainda deve ter um sobrando. — Mami disse. — Você pode pegá-la, Akemi.

Fiquei perplexa.

Akemi saiu do escuro e andou na nossa direção.

— Você ganhou sozinha. Deveria ficar. — E jogou o ovo para Mami.

— Então essa é a sua resposta? — Ela perguntou.

Akemi deu as costas e saiu andando.

“Por que Akemi nos segue?” — Pensei. Mas nenhuma resposta vinha a minha mente.

Saímos do prédio e fomos ver a mulher que tentou se jogar por influência da bruxa.

— Isso é... Onde estou? — Ela não se lembrava. — Por que eu pularia? — A mulher perguntou, chorando.

— Não se preocupe, está tudo bem agora. Foi só um pesadelo. — Mami a confortou, abraçando-a.

Aquela foi uma cena linda de se ver. Eu sempre quis ser alguém. Alguém a disposição e alguém que pudesse ajudar. Não importa de qual forma, eu só queria ajudar a todos sem ver a quem. Eu não sei qual desejo pedirei para o Kyuubey, nem sei se me tornarei uma Garota Mágica. Mas, ao ver a silhueta da Mami ao salvar a mulher, me deu esperanças.

Se um dia eu puder me tornar como ela e puder ajudar os outros, eu ficaria muito feliz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Um capítulo mais simples.

Conto com a ajuda de vocês para eu continuar postando! Queria agradecer aos meus leitores, estou tendo muitas visualizações. Isso me deixa forte e inspirada.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A magia de Madoka" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.