POV’s Annabeth Chase

Meu nome é Annabeth Chase, tenho 16 anos e não sou ninguém. Bem, pelo menos eu acho isso. A maioria do tempo sou invisível para todos. Menos para minhas amigas, Thalia e Piper, que acham que eu sou muito pessimista e esse tipo de coisa. Eu sou pessimista mesmo, admito, mas quando você cria tanta expectativa para quase tudo e no final nada da certo é eminente que você fique um dia assim também.

Hoje é segunda, quer dizer que tenho que aturar o inferno da minha escola. E pra piorar é o primeiro dia de aula. Estou no 2° ano para minha sorte. Só mais dois anos e eu estou livre. Lá é um saco. Odeio aquele lugar. Cheio de pessoas vazias com nada na mente, e existem os tais dos “grupinhos”. Os populares, que o que tem de beleza é o contrario ao que eles tem de cérebro. Os nerds, que sempre que eu os vejo estão enfiados nos livros ou com a cabeça na privada. Os fumantes, sério, você não consegue ficar mais de 2 minutos perto de um sem começar a tossir. Os atletas, os melhores em Educação Física é claro, e também não são tão burros, pois eles tem que manter o rendimento escolar bom se quiserem jogar e competir pelo colégio nos campeonatos. E finalmente tem o meu “grupo” que são aqueles que não se encaixam em nenhum dos outros acima. Nós geralmente ficamos na nossa e não incomodamos ninguém. Quem me dera se o colégio inteiro fosse igual a gente.

Acordo com uma mensagem de Thalis dizendo

“Acorda dorminhoca, não vai querer se atrasar pro primeiro dia de aula. Vamos cedo hoje pra ver se caímos na mesma sala outra vez. Te encontro lá, Annie.”

Bem, até que ela estava certa, uma coisa que eu não gosto de fazer é me atrasar. Me forço á levantar da cama e vou pro banheiro tomar um banho, faço minha higiene e me visto, desci e tomei café da manhã com a minha mãe, Athena Chase, minha mãe é professora na universidade de New York, onde moro. Ela é a pessoa mais inteligente que conheço. As vezes ela é durona mais tem coração mole. Terminei meu café, peguei minha bolsa e fui pro colégio com os livros no braço. Chegando La encontrei Thalia acenando para mim. Thalia tem reputação de rockeira no colégio e o seu visual faz jus a essa reputação.

­– E aí Chase, como foi o ultimo dia de liberdade pra você? – Ela me pergunta em um tom sarcástico.

– Quer saber? Foi ótimo! – a ironia estava clara em minhas palavras – Cala a boca Thalia – falei rindo e dei um tapa de leve em seu braço.

Avistamos Piper.

– Sério, se ela continuar vindo pra escola desses jeito, os meninos vão acabar atacando ela – falou Thalia. E era verdade, Piper Mclean era a garota mais bonita do colégio no meu ponto de vista, todos os garotos babavam nela, e o estranho é que ela não ligava para nenhum. Nenhum mesmo! Até os garotos bonito ela ignorava completamente. – Olá garotas, tava com saudade! – Piper chega já nos abraçando – Eu vi os nossos horários e temos a maioria da aulas juntas, isso não é incrível? – ela sorri como uma criança que tinha acabado de ganhar um doce.

Quando tocou o sinal, fomos direto para a sala, a primeira aula do dia era matemática. Ótimo. Eu simplesmente odeio matemática. Minha vida seria muito mais simples se isso não existisse. Pra piorar a maior patricinha do colégio também esta na minha sala. Bianca Di Angelo. Uma palavra resume essa garota: bruxa. Por trás dessa carinha meiga e das roupas fofas fica escondida a bruxa que ela é,não me lembro de nenhuma vez ela sendo educada com ninguém, mas como ela é rica, é cercada de amiguinhos que só se aproveitam de sua popularidade. Sinto ódio mas também sinto pena dela.

– Você esta sentada no meu lugar querida –Bianca diz olhando para mim e pra onde estou sentada – então saia. Meu sangue ferveu. Mas como não queria encrenca no 1° dia de aula resolvi sentar em outro lugar. Me levantei e dei um sorrisinho falso e fui sentar na penúltima carteira. Que belo jeito de começar o ano.

O professor chega e manda todos se sentarem. Ele se apresenta e explica como vão ser suas aulas durante o ano. Até que alguém bate na porta. E um garoto entra. Aluno novo com certeza. Nunca o tinha visto pelo colégio antes. O professor o encara e logo em seguida o aluno novo lhe entrega um bilhete.

–Muito bem, Sr. Jackson, pode se apresentar para turma.

–Meu nome é Percy Jackson, tenho 16 anos.