"LEON – Você foi para um acampamento! Fico surpreso que seu pai tenha deixado! – aquele tom irritante que ele usou não me agradou muito.

TINI – Ele não teve escolha, mas fora isso não tem nada de surpreendedor! Eu sei me virar muito bem sozinha! – eu acho que exagerei um pouco, mas ele me ofendeu.

LEON – Ta..... – me olhou confuso com a minha reação, deve achar que eu não sei viver sem ele, sem MEU Leon, mas eu não preciso mais dele!"

#Leon:

Sinceramente, eu não sei o que está acontecendo com a Tini! Ela uma hora parece estar bem comigo e logo em seguida vem me atacando! Eu acho que ela ficou sabendo sobre minhas peguetes de verão, porque não é possível ela me tratar assim sem nenhum motivo! Nós estávamos sentados colando aquela superfície negra na lata de achocolatado que a Sr. Esmeralda trouxe, e não ousamos falar nada que não fosse uma pequena frase relacionada ao trabalho.

ESMERALDA – Bom, parece que todos já terminaram.

ESMERALDA – Eu falei com a diretora, e como logo teremos um evento em que esporemos os trabalhos feitos com os alunos, consegui que ela nos liberasse para que possamos sair pela cidade e tirar fotos com essas câmeras escuras. Como eu trouxe uma lata para cada aluno, vamos manter as duplas, só que cada dupla irá tirar duas fotos. Pessoal, eu irei libera-los sem nenhum instrutor, afinal todos são grandinhos e não acho isso necessário. Nos encontraremos no horário da saída no pátio onde irão me entregar as latas com o papel fotográfico dentro.

Ela nos explicou como faríamos para tirar fotos com “latas”, mas eu achei bem pratico e muito original da parte da professora. Uma coisa que me animou e me preocupou foi o fato de que eu e Tini passaremos a manhã inteira juntos procurando paisagens para sacar fotos, mas nesse clima não vai dar. Eu preciso dar um jeito de tirar a tensão e descontrair. Depois de terminarmos também tenho que dar um jeito de saber se ela sabe e como soube do que fiz durante o verão!

Andamos por vários lugares, e todos tinham alunos tirando fotos. Claro que não iríamos tirar da mesma coisa, queríamos algo diferente, que fosse original, e não uma foto como todas as outras! Foi aí que me veio uma ideia na cabeça.

LEON– Violetta!

TINI – Oi Leon – o tom dela não era nem atencioso nem seco, pelo menos estamos evoluindo um pouco.

LEON – Porque não vamos naquele lugar com a árvore de flores vermelhas, com o banco, onde nós quase nos beijamos uma vez! – quando disse essa última parte ela ficou corada, tomada pela timidez, pude perceber que aquele lugar mexia com ela, por isso é que quero leva-la lá.

TINI – É...é...é pode ser. – se eu soubesse que ela ficaria tão vermelha nem teria perguntado, a levaria direto sem dizer nada!

Nós caminhamos em silencio, mas não era ruim, muito pelo contrario, aquele clima tenso não existia mais, e nós nos olhávamos de relance, o que eu simplesmente adorei! Chegamos e posicionamos a lata da forma que a professora tinha explicado para que capturasse aquele cenário maravilhoso! Logo em seguida sentamos e ficamos apreciando a paisagem...

#Ludmila:

Acordei com um mau humor daqueles, depois da noticia terrível, na verdade, pior impossível. Se eu vou falar sobre isso?! De maneira nenhuma! Vou negar assim como fiz quando Violetta se tornou artista exclusiva do Y-UMIX, quando minha mãe falou que estava apaixonada por outro homem que não era meu pai, quando perdi o concurso de dança pra Violetta e León, ou mesmo quando eu fiquei sabendo do noivado da minha mãe com o pai da “Tinita”.

Eu simplesmente vou ignorar, e continuar minha vida como se nada estivesse acontecendo, afinal eu nunca vou aceitar, NUNCA!!!

#Francesca:

Eu estava de manhã no Stúdio procurando pelo Marco que desde ontem não o vejo, já estou começando a achar que está fugindo de mim. Ele ficou apavorado com meus pais, tudo bem que meu pai é um pouco rígido, mas em relação a namorados ele não é tanto, nem se compara ao pai da Tini! Logo pude ver um garoto alto de cabelo bagunçado falando com Andrés!

FRANCESCA – Rha..crhan – pigarreei (gente eu não sei escrever o som direito.)

MARCO – Meu amor!! – evidentemente assustado!

ANDRÉS – Eu já vou indo, depois nos falamos Marco. (deu um aperto de mão no Marco e fez sinal de oi pra mim).

FRAN – Está me evitando meu amor?! (suavemente irritada, mas era só para intimida-lo).

MARCO – C-claro que não! – ainda não passou o nervosismo de ontem, o que ele acha que eu vou fazer, tortura-lo?

FRAN – Você está bem, o que houve ontem? Achei que teria um ataque do coração! – dei um leve risinho.

MARCO – Não ria Francesca! Eu só não estou acostumado a jantar na casa dos seus pais.

FRAN – Então....

MARCO – Eu estraguei tudo! Exagerei, fiquei com tanto medo que nem conseguia pronunciar as palavras corretamente. Agora sei que não tem nada demais, mas eu agi feito um tonto, seus pais devem achar que eu tenho problemas mentais! – realmente, ontem não foi um de seus melhores dias, mas foi engraçado!

FRAN – Não tem problema Marco. Meus pais perceberam que você estava nervoso, eles não acham nada disso que disse! Mas se sabe que já passou, por que ainda está nervoso?

MARCO – Eu estou.....envergonhado.... – nem olhava pra mim enquanto falava. É tão lindo, quando fica com medo de alguma coisa e abaixa a cabeça, ele parece um pequeno indefeso que precisa de mim para assegurá-lo!

FRAN (o abracei olhando para cima na direção de seus olhos) – Ei, não precisa se sentir envergonhado, já foi, não tem problema, você é assim e eu te amo do jeito que você é!

MARCO – Eu sei Fran, mas não quero ser o namorado pateta!

FRAN – Não é pateta, é engraçado, me faz dar boas risadas, e daqui a algum tempo teremos algo para lembrar e rir. Isso não seria tão bom se você não fosse exatamente assim!

Marco me olhou com ternura e logo me levantou para me beijar. Aquela sensação que só ele conseguia me dar, era, como posso dizer, só a melhor que eu consigo sentir! Mas infelizmente logo que começamos esse maravilhoso beijo apaixonado uma loira metida nos afasta com suas duas mãos, uma no meu ombro e a outra no tórax do Marco. Como ela pode encostar seus dedos no meu, só MEU namorado.

LUDMILA – Saiam da frente! Estão bloqueando a passagem! – jogou o cabelo bem em cima dele.

FRAN – AH!! Se está procurando vai encontrar!! – eu dei um pulo para atacar a patricinha irritante, mas em um ato mais rápido, Marco me segurou. Eu estava praticamente mordendo ele para que me soltasse, mas não cheguei a fazer isso!

#Violetta:

Já estava cansada daquele silencio reinando e eu queria que ele falasse algo, mas não, ele não dizia nada. Me cansei e levantei, logo senti uma mão me puxar, mas eu resisti, o que fez com que me puxasse mais forte. Foi assim que acabamos caindo na grama, eu fiquei paralisada em cima dele, e o mesmo não parava de me olhar e rir. Parei de resistir e comecei a rir com Leon.

LEON– Me desculpe! (falava em meio às risadas).

VIOLETTA – Tudo bem, foi por minha causa que caímos! – eu estava sorrindo e mesmo naquela posição me sentia confortável sabendo que era com ele que estava.

LEON – Não queria te derrubar! – ele olhou para mim e dessa vez sua voz estava suave e um tanto sedutora.

VIOLETTA – Então o que queria? – eu sabia que ele queria que eu ficasse por isso me impediu de sair.

LEON – Isso! – sem que eu pudesse raciocinar ele me puxou para si de forma que nossos lábios roçassem, eu pude sentir uma coisa nova, algo que todas as vezes que nos beijamos eu não sentia, não sei se era por conta do excesso de amor que sentíamos um pelo outro, mas agora isso era praticamente a coisa mais forte que me atingia no momento! Uma espécie de energia forte, algo como fogo, que era incontrolável, e me controlava, cada movimento, além do fato de eu não conseguir parar de beijá-lo. Coloquei minhas mãos em seu pescoço, fazendo com que se aproximasse ainda mais de mim, se é que isso era possível, nosso beijo foi se aprofundando, não é como os beijinhos que costumávamos dar, isso que é beijar. Digamos que eu ganhei um pouco de experiência durante as férias, mas nunca beijei ninguém como agora, acho que eu tinha medo, mas esse medo desapareceu a partir do momento que caímos nessa grama! Ele continuava me segurando com firmeza e eu senti que ele lutava contra seu fôlego que já estava praticamente nulo, eu ainda tinha muito ar, mas não posso sufoca-lo, portanto me soltei de seu pescoço e deitei na grama, literalmente me esparramando!

O olhei e ele parecia completamente espantado!