"#Leon

Passei mais uma noite em claro, ao quase, eu peguei no sono depois de duas horas olhando pro teto. Fiquei procurando mil saídas, mil e um motivos para deixar de pensar nela e me focar em qualquer outra, nem que seja a Ludmila, mas é impossível. Estive vasculhando algumas gavetas da estante onde fica meu computador e achei fotos nossas, fotos que estavam guardadas, que foram esquecidas, mas que tinham muitos significados, e que me fizeram lembrar do significado da palavra AMOR, uma coisa tão comum de se ver hoje em dia, ou melhor, de ser dita. Quantas vezes já ouvi na rua, em filmes, em músicas o bom e velho “Eu Te Amo”, até cheguei a ouvir da minha amada, porém soou diferente, muito diferente do que estava habituado a escutar, não foram diversas vezes, muito pelo contrario, foram no máximo duas, e soaram de forma tão verdadeira e pura, um tanto quanto tímida, mas era melhor do que qualquer coisa, ouvir da pessoa que você ama, ouvir que ela sente o mesmo, que se importa, que precisa de você. Era esse o significado que essas três palavras mostravam ao sair da boca dela."

#Leon

Me pergunto, o que aconteceu com esse amor, não era pra ser? Por que se eu for contar quantas vezes nós já terminamos e voltamos, e depois terminamos por uma bobagem de novo. Estou cansado dessa rotina, dessa angustia que sinto toda vez que nossa história termina, seja por parte da Violetta ou por minha. Talvez seja melhor desistir.....

#Ludmila

Fiquei um tempo no meu quarto chorando, me lamentando e pensando em como minha vida se transformará em um inferno quando eu e mamãe mudarmos para a casa da Violetta. Ouvi o barulho da porta sendo aberta, levantei a cabeça para ver quem ousava entrar sem bater, e constatei que era minha mãe.

JADE – Filha, eu vim ver se está mais calma. – sentou-se na beira da cama e fez carinho na minha perna, mas tudo o que conseguiu foi aumentar minha raiva, agora eu preciso ser acalmada?!

LUDMILA – Sempre estive calma, são vocês que estão ficando loucos, querem me colocar na mesma casa que a Violetta! – afirmei impaciente.

JADE – Já conversamos sobre isso Ludmila! – disse com autoridade. – Eu acho melhor adiar sua festa , ainda não começou a arrumar nada e você está muito nervosa. – droga, eu tinha me esquecido!

LUDMILA – A FESTA!!! Droga, eu não posso adiar, não sei por quanto tempo permaneceremos aqui, sem falar que já avisei a todos.

JADE – Faça amanhã então, será melhor! – eu pensei por alguns segundos.

LUDMILA – Está bem, vou mandar mensagens avisando que mudei para amanhã. – disse me dando por vencida, até porque se é pra fazer tenho que fazer direito.

#CAMILA

Dormi na casa da Fran e hoje vou passar o dia com ela, a coitadinha terminou com o Marco, ou melhor dizendo o Mala, ela precisa do meu apoio, e eu não vou ficar vendo minha amiga sofrer por alguém que a chama de interesseira. Tomamos café juntas com os pais dela, e eu tive que inventar alguma desculpa para justificar a baixo astral da Fran, porque seus pais me chamaram para perguntar se havia acontecido algo, então eu tive que inventar, as coisas acabaram de acontecer não é bom ficar divulgando. Depois de algum tempo ouvindo música ela veio com uma cara diferente que eu não fui capaz de desvendar.

FRAN – Ironia do destino! – disse com uma cara de sarcasmo misturada com raiva enquanto olhava a tela do celular.

CAMI – O que houve Fran? – eu não estava gostando da expressão dela.

FRAN – De tanto o Marco reclamar a festa foi adiada para amanhã. – falou calma, mas deixando transparecer seu ódio. – Parece que o UNIVERSO está contra mim. – disse por fim liberando a voz no tom que convinha à situação.

CAMI – Não importa se vai ser hoje ou amanhã, o que importa é que iremos nos divertir, e eu aposto que irão ter muitos gatinhos pra gente. – peguei o celular da mão dela e mostrei entusiasmo.

FRAN – Como assim? Pra gente? – fez cara de confusa, ai essa Francesca não entende nada viu.

CAMI – Eu, você e a Tini, porque fala sério, parece que todos os garotos decidiram virar idiotas ao mesmo tempo, não é?! – eu não tava mais nem aí para o Broduey, foi ele quem provocou nosso termino, e eu estou superando bem.

FRAN – Nem parei para pensar nisso. – fez cara de paisagem. – Mas agora que disse, tem razão, todos eles decidiram nos magoar... – seus olhos se encheram de lágrimas e antes que ela “abrisse o berreiro” eu a abracei.

CAMI – Não deixe ele fazer isso com você, ele não merece. – a afastei e olhando em seus olhos tentei passar segurança (acho que funcionou).

FRAN – Tem razão...mais sabe o que me deixaria mais feliz?! – neguei com a cabeça. – Que a Tini estivesse aqui.

#Diego

Comecei o dia de mau humor, porque não dormi muito, o cachorro da minha vizinha não parava de latir, eu acho que estavam torturando ele, não é possível. E pra melhorar encerrei a noite de ontem da pior maneira possível, a Violetta não parava de olhar para o Leon que também não ajudava e a encarava de tempos em tempos. Mas pelo menos ela não me deixou pra ficar com ele, muito pelo contrario, ela sorriu e comeu comigo como se ele nem estivesse presente, acho que finalmente eles vão seguir em frente.

– Prinnnnnn! (soar da campainha). – me direcionei até a porta, olhei pelo olho mágico e tive a visão de uma garota com cabelos lisos em tom de loiro escuro, não acho que é castanho claro, com estatura mediana, usando uma blusa de couro, shorts curtos e grandes saltos. Abri a porta e a mesma me analisou dos pés à cabeça.

DIEGO – Gosta do que vê?! – não pude deixar de tirar proveito da situação. Ela me olhou de forma sarcástica e um pouco incomodada.

GAROTA – Sinceramente... acho que não vai gostar da minha resposta. Eu moro no andar de baixo, e vim pedir desculpas pelo barulho durante a noite. Mas acho que não te incomodou, então....tchau. – ela falou como quando nossos pais nos mandam pedir desculpa pra alguém contra nossa vontade, sabe?! Aquilo me irritou.

DIEGO – Eu devo ter dormido umas quatro horas no máximo! – disse de forma impaciente. – Ainda bem que veio me pedir desculpas, se não tivesse feito isso eu reclamaria pode ter certeza!

GAROTA – Nossa, eu realmente estou impressionada com a sua arrogância! Retiro minhas desculpas, e se quiser pode reclamar! – se virou para o corredor me dando as costas e começou a caminhar na direção contraria a minha, porem eu segurei seu braço a fazendo girar nos deixando bem próximos e cara a cara.

DIEGO – Quem você pensa que é em pirralha?! – falei alterado, mas ao mesmo tempo me controlando para não beijá-la, tive tempo para reparar em sua beleza que por sinal era muita, seus olhos eram verdes e continham uma expressão assustada que a deixava com um ar doce, lábios fartos e com coloração rosa, mas não parecia estar usando maquiagem, tinha rosto lisinho como alguém que não passou pela puberdade, devia ser uns dois ou três anos mais nova.

#Violetta

Depois de um tempo de paz e tranquilidade deitada naquele jardim florido e agradável, sem o incômodo que aquela conversa estava me causando fui almoçar, o tempo havia passado voando, pois até o exato momento em que parei a lista de reprodução do meu celular não tinha me dado conta que o relógio digital já marca 13:30. Fui até a cozinha, me servi do delicioso macarrão à bolonhesa que Olguinha tinha preparado com todo carinho para mim e fui me sentar na mesa de fora que ficava próximo à piscina. Estava realmente concentrada em saborear a refeição, porém ouvi o soar do meu celular e o peguei para ver quem estava me ligando, era um número desconhecido:

– Oi.....Violetta, será que você pode me ajudar? – ao ouvir essas palavras serem proferidas pela pessoa que possuía aquele timbre inconfundível fiquei surpresa e estática ao mesmo tempo.