S.o.s. escrita por Vespertilio


Capítulo 18
O ladrão de memórias


Notas iniciais do capítulo

Oie o



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– Quem é você?

– Eu sou Isabela Swan.

– Você possui pai, mãe e irmãos?

– Minha mãe morreu uns anos atrás, meu pai chama-se Charlie Swan.

– E irmãos?

– Tenho duas. Jenn e Ângela Swan.

– E este homem ao seu lado, o que ele é seu?

Eu conhecia aquele diálogo de cór e salteado. Desde que Isabella teve alta do hospital, estávamos, eu e ela, em uma espécie de terapia de casal. Só tinha um pequeno detalhe, para Isabella, não éramos mais um casal. Todas as terças-feiras nós íamos visitar o Doutor Cristovão, que fazia as mesmas perguntas para a Bella, que, por sua vez, dava as mesmas respostas.

– Eu não conheço este homem, Doutor Cristovão. Sei que ele se chama Edward Cullen, minha família diz que éramos noivos, mas eu não consigo lembrar.

Aparentemente ela se lembrava de todos os detalhes de sua vida, até o ponto em que me conhecera. No começo eu achei que fosse passar logo, ou que fosse uma birra qualquer dela, mas eu estava enganado. Cinco meses se passaram, ela saiu do hospital, começou a fazer a fisioterapia, tratava todos da sua família normalmente, pois lembrava exatamente quem era. Entretanto não se recordava de mim.

– Senhor Cullen, pode se apresentar, por favor?

– Sim, Doutor. – Endireitei-me na cadeira e olhei para minha não-noiva. Aquela era a parte trágica, ou até mesmo irônica da história. Após descobrirem que Bella havia perdido a memória no que dizia respeito a mim, a família dela fez de tudo para que ela lembrasse. Dizendo-lhe as coisas que havíamos contado sobre nosso romance. Outro ponto problemático, as informações que eles tinham eram todas mentiras. E agora Isabella era a vítima da sua própria invenção. – Eu sou Edward Cullen, há um pouco mais de 1 ano e meio atrás você, Isabella, foi empregada por mim na minha empresa. Como assistente executiva. De cara nos entrosamos muito bem, então começamos a sair e... Acabamos nos apaixonando um pelo outro. Logo eu te pedi em casamento e você aceitou. Decidimos contar tudo para sua família no aniversário de sua vó, pois todos estariam na casa do seu pai. Seria o melhor momento. Foi o que fizemos.

– Eu já sei disso Edward... Mas eu não lembro... Desculpe-me, não lembro.

Lembrar-se de coisas que nunca aconteceram era um tanto impossível...

– Tudo bem, Bella. – O que mais eu poderia dizer?

– Cullen eu preciso conversar com você. Isabella, você pode esperar lá fora, por favor? – Ela apenas assentiu com a cabeça e saiu da sala. Doutor Cristovão esperou que ela fechasse a porta e virou-se para mim, com a expressão seria. – Há três meses trás, quando você me procurou em busca de tratamento para sua noiva, eu lhe disse que talvez fosse possível que ela nunca recuperasse a memória.

– Sim, eu lembro.

– Sei que o que eu vou dizer pode parecer cruel, mas tenho de dizer. Não somos amigos diretos, mas sou amigo de Jasper e tenho um grande apreço por sua família. Acho muito difícil que Isabella volte a lembrar de alguma coisa. Pelo menos, creio eu, que essa forma de tratamento não surtirá efeito algum. Na maioria dos casos o paciente recupera pelo menos um ou outro detalhe...

– O que eu posso fazer para que ela se lembre de mim?

– Com 100% de eficácia? Nada.

– Eu quero algo pra fazer, Cristovão, mesmo que seja com 0,1% de chance de dar certo.

– Leve-a para sair, reconquiste-a. Quem sabe assim ela não recupera ao menos o sentimento que tem por você.

– É possível que ela tenha parado de sentir... ?

– Ano passado, eu trabalhei num caso parecido com esse. Mas quem perdeu a memória foi o noivo. Um dia ele pediu para conversar comigo em particular e me perguntou o que havia de errado com ele.

– Por quê?

– Foi esta a exata pergunta que eu fiz. Ele me disse exatamente assim “Cristovão, eu não sei se isso é normal... Mas eu não lembro dela. Não lembro do momento em que a conheci, a primeira impressão que tive ao vê-la, muito menos a última. Só sei que... Que... Todas as vezes que eu estou ao lado dela, quero toca-la. Porque... porque... Eu acho que a amo.”

– Ele amava e não sabia o motivo. – Concluí.

– Exatamente. Por isso eu dei a ela, a noiva do meu paciente, o mesmo conselho que estou lhe dando agora, reconquiste e reafirme o amor que já existe. “Amor, renovai as suas forças...”.

– Eu vou fazer isso... – Antes que eu pudesse terminar a frase, meu telefone tocou. Alice. – Alô?

– Maninho lindo, como você está?

– Estou com o Doutor Cristovão, Alice.

– Ah! Doutor Cristovão é uma delícia de pessoa! Manda beijinho pra ele e pro Reginaldo.

– Quem é Reginaldo, Alice?

– Meu namorado. – Foi o Doutor que respondeu.

– Oh, claro... Bem, minha irmã manda um beijo pra vocês dois.

– Obrigado.

– Ele agradeceu.

– Certinho, mas eu quero é saber de você. – Ela prosseguiu com o assunto inicial que eu tentei desviar. – Como estão você e a louca sem memória?

– Não fale assim da Bella, Alice...

– Tanto faz, Edward. Bem, estou ligando também pra te lembrar da festa da sua sobrinha. Você ainda se lembra dela hã? Meu baby está fazendo 17 aninhos, a festinha será hoje. Apareça.

– Eu não posso...

– Não venha me dizer que não pode por causa da sua noiva. Estou cansada disso. Edward, eu adoro a Bella, de verdade. E olhe que eu nem a conheci enquanto ela lembrava de você... Mas eu gosto de você também, irmão. Quero você de volta, sorrindo, feliz. Sua noiva já saiu do hospital, traga ela com você. Façam algo divertido, juntos. Porque se você quer saber, eu não me apaixonaria por um cara que só me leva pra conversar com um médico. Que é gato? É. Mas é gay, então não adianta de nada.

– Você é louca.

– E feliz. Te espero aqui em casa às oito. Tenho que desligar, o Jasper chegou e vou mostrar a roupa que comprei pra ele.

– Sua irmã tem razão. – Doutor Cristovão disse enquanto eu ainda olhava para o telefone. Olhei para ele espantado, ele não poderia ter ouvido o que ela... – Calma, eu não ouvi o que ela disse. Mas sei da festa de hoje, fui convidado, aposto que ela chamou você.

– Chamou.

– Então, você deveria ir. Faça o que eu disse.

Apenas sorri para ele antes de sair da sala. Ele me acompanhou até o corredor onde Bella nos esperava, despediu-se dela e me disse um último até logo. Caminhei lado a lado com minha noiva, em silêncio. A viagem seguiria assim até chegarmos a sua casa. Onde ela diria um “até terça” e ponto final. Mas eu não queria que aquele fosse o ponto final, eu não queria que acabasse assim...

– Bella? – Ela olhou para mim com os olhos curiosos. Provavelmente surpresa pela conversa repentina. – Você tem algo pra fazer hoje à noite?

– Hoje? Não. – Hoje não?

– Quer dizer que amanhã você tem?

– Não.

– Então, depois de amanhã?

– Não. E por favor, não me pergunte sobre depois de depois de amanhã. Ninguém precisa ficar sabendo que eu não tenho vida social, okay? – Ela abanou a cabeça nervosamente, tive de reprimir uma gargalhada. – Sou tão sem vida social que fico contente por minha nova vizinha achar que você é meu namorado gostoso, que é atencioso ao ponto de abrir a porta do carro para que eu saia.

– O quê?

– Oh! – Bella ficou vermelha instantaneamente. – Me desculpe, é um hábito que eu tenho. Falar o que eu penso sem processar a informação, sempre me causa problemas.

– Eu sei, essa é uma das coisas que eu gosto em você.

– Eu não acredito que éramos noivos. – Ela soltou de uma vez. - Sei que tudo isso não passa de uma pegadinha, estou num programa de TV, onde todos insistem que eu perdi a memória...

– Por quê? Por que você não acredita?

– Porque, não sei se você ouviu o que eu falei, você é gostoso okay?

– E? – Arqueei a sobrancelha.

– Você é muito gostoso... – Ela me olhou mais atentamente.

– Bella eu não sei o que se passa nessa sua cabeça...

– Gostoso pra caralho...

– ... Isabella eu estou falando sério com você, pare com esse seus pensamentos de maníaca sexual!

– Tão gostoso que eu agarraria você agora. Se isto não fosse um programa de TV.

– Isabella! – Quase gritei, ela deu um pulinho no banco do carro.

– Ui! Desculpa, estava perdida em... – Engoliu em seco e sorriu amarelo. – Pensamentos.

– Você é louca. – Disse-lhe lembrando que eu falara isso pra Alice horas atrás.

– Completamente. – Ela sorriu ainda mais. Revirei os olhos.

– Como eu ia perguntar... Você gostaria de sair comigo esta noite?

– Isso significa socializar?

– Sim, socializar Bella.

– Com pessoas de verdade?

– Se você quiser posso encher o lugar de bonecos de cera.

– Idiota! – Isabella gargalhou e me deu uma tapa no braço. – Vou sim.

– Estarei aqui às 07h30min.

– Estarei pronta às 07h40min.

– Tudo pelo atraso... – Revirei os olhos mais uma vez.

– Tudo pelo atraso. – Ela concordou antes de sair do carro.


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Notas finais do capítulo

Olá, moços e moças.
Estou escrevendo isso porque, penso eu, que vocês devem achar que eu abandonei esta história. Quantas vezes eu já escrevi um aviso desses? Não sei hahaha. Pois bem, eu não abandonei nada. O que acontece é que meu computador foi formatado. Eu, como boa esquecida/cabeça de vento, que tenho predisposição a ser, perdi todos os arquivos, incluindo as fanfics (Chora, Nanda, chora :’c). Outra coisa, que completa perfeitamente o combo “que droga de vida”, eu estou sem internet (digo, uma internet de qualidade). Porque eu me mudei e as coisas ainda estão se ajeitando por aqui - eu adoro esse bairro novo. Enfim, queria pedir desculpas. Desculpas pra variar tsc tsc. Ah! Por essa semana eu devo começar a regularizar a postagem das fics.
Na verdade, eu comecei hoje.
Qualquer coisinha que quiserem me falar, já sabem, é só chamar ><
@bluishnanda.




PS IMPORTANTE:. Amores de my life, cá estou para pedir um favorzão a vocês. Well, eu sou uma participante do programa miniempresa. Eis que a miniempresa da qual eu faço parte (a Voodoo, sim esse é o nome) tem um perfil aqui no Nyah, no qual vamos postar uma história bem legal (pelo menos eu espero que seja legal, porque eu que escrevo heuheuheueh). Este é o favor: Deem uma lidinha na fanfic, please :3 http://fanfiction.com.br/historia/531334/Era_uma_vez/



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