Troca de Casal? escrita por Bianca Scariot


Capítulo 6
Qual realmente era o motivo para eu estar aqui?


Notas iniciais do capítulo

Saudade de vocês *--*
No capitulo anterior, muito poucos comentaram. Não foi nem a metade das pessoas que acompanham a fic. Isso me deixou bem triste e desanimada para continua a escrever.
Autora triste=capitulo triste.
Acho que vocês vão gostar do que preparei no finalzinho.



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Eram quase 5 da manhã, e eu não havia conseguido dormir nada naquela noite. Talvez "culpa" seja o motivo da minha insônia. Havia jurado a mim mesma nunca mais voltar a pensar no famoso "e se". E se eu tivesse tido oportunidade de falar com Natsu, tudo agora iria estar diferente. Talvez ele tivesse dito a mim "-foi mal, mas só te vejo como uma amiga mesmo...".Ou talvez ele nem disse-se nada e simplesmente se afastasse. Ambas as coisas eu realmente não quero que aconteçam. Quem sabe foi até melhor não te o alcançado, receber respostas assim só me destruiriam ainda mais, se é que tem mais alguma coisa a ser quebrada dentro de mim. Mas sempre tem, nada que esteja ruim não pode piorar. Talvez seja melhor mesmo guardas todo esse sofrimento só pra mim. Levanto-me, já não havia mais motivos para ficar na cama, já que não iria mesmo conseguir dormir.

Caminho até a cozinha. Vejo os armários cheios de comida. Não sinto a mínima vontade de comer. Me auto obrigar a come? Jamais. Uma parte de mim condenava esse ato de não come. Mas a parte interrogativa, e a que reinava no momento, a que precisava de um motivo para fazer tal ação. Manter-me saudável? Mas o que isso adiantaria? Manter meu corpo saudável enquanto meu cociente estava abalado, para mim já não fazia sentido algum.

Apenas desvio meus passos daquela direção. Não queria mais ficar ali, na verdade eu não queria estar em nenhum lugar, não queria existir. Resolvo então ir dar uma volta, talvez acalme um pouco a minha angustia. Tirei meu pijama, e coloquei uma roupa, não iria sair de casa de pijama.

Desço as escadas lentamente, não tinha presa nenhuma. Estava frio, bastante neblina. O céu escuro, nuvens de um tom acinzentado, o sol ainda nem havia aparecido. As ruas vazias, nenhuma viva alma. Achei até bom, já estava acostumada a ficar sozinha, me sentia mais a vontade. Caminho pelas ruas silenciosas. Mas por que eu estava fazendo aquilo? Fugindo da minha própria casa. Talvez por que estar lá me desperta lembranças, mas elas continuam a me acompanhar por todos os lados.

Viro-me para trás, trocando completamente o rumo do meu destino. Voltaria para casa. Quando estava a caminhar, uma coisa me chamou atenção, o nascer do sol. Coisa linda, simboliza o começo de um novo dia. Novo dia, mas as coisas continuavam a se repetir.

[Quebra de tempo, local-Apartamento de Lucy]

O que fazer agora... Quando estou triste, o que costumo fazer é escrever. Mas não escrever para minha mãe, não gosto de escrever tristezas a ela. Apenas me sinto um pouco melhor passando para o papel meus sentimentos. Papel que depois é amassado e jogado no lixo.

Horas se passaram, e a cada frase que eu escrevia, uma lagrima surgia. Elas iam caindo, sem parar, escorriam por meu rosto pálido e gelado. Escrevi bastante, deixei meus sentimentos registrados ali. Lembranças não muito boas vinham em minha memória.

Parei de escrever, aquilo só me fazia sentir pior. O que fazer agora... Queria sair dali, foi quando me lembro da carta deixada por ele ontem. Meu rosado sairia em uma missão com Juvia. Aparecer na guilda não me parece má idéia, já que eu teria a certeza que ele não esta lá. Pego meu casaco que estava pendurado na cadeira, e vou rumo à porta. Desço as escadas, e sigo meu caminho até Fairy Tail.

[Quebra de tempo]

Ia me aproximando, quando já ouvia as gritarias. Adentrei o local, olhando para os lados pra me certificar de quem realmente estava ali. Gray se aproximava, ele estava caminhando para a saída.

–onde vai? -Pergunto a ele.

–Vou dar uma volta, não agüento ficar aqui. -Ele respondeu em um tom frio e seco.

Queria sua companhia, mas notei que o que ele mais precisava era do silencio e da calmaria de estar só. Nas mesas espalhadas pela guilda, grupinhos formados, mas em nenhum eu me encaixava. Cana bebia com bisca e outros caras em uma mesa, em outra mira, Elfman, laxus, freed e lissana, entre vários outros grupos que ali estavam. Sentia-me completamente perdida sem natsu ao meu lado. Sentei-me sozinha, e comecei a observar e pensar sobre minha vida. Sempre fui excluída e renegada desde pequena, as pessoas só se aproximavam de mim por causa da minha fortuna ou quando queriam favores. Senti-me pior que um lixo quando vi todos ao meu redor rindo e se divertindo, e eu lá não conseguindo dar nenhum sorriso, mesmo que falso, nenhum. Quando Natsu ia embora, minha felicidade ia também.

Avisto Levy de longe, no outro lado da guilda. Acho que ela não me viu.

Levy on:

Eu estou caminhando bem lentamente, o motivo é por que trago comigo um livro em que não consigo desviar o olhar. Uma combinação bastante maluca para eu pessoa desajeitada como eu, ler e caminhar não são coisas para se fazer ao mesmo tempo. Mas eu não conseguia parar, meus olhos vidrados, adoro aquele livro e não posso parar de ler logo nesse parágrafo. Ainda com o livro em mãos e andando, não percebo a presença de uma pequena pedra que ali estava. Desequilibro-me quando meu pé pecha na mesme, e não consigo parar em pé. E quando senti que iria acabar caindo de cara no chão, uma mão desconhecida, que eu conhecia bem, envolveu meu corpo e foi parar em minha barriga impedindo que eu caísse. No mesmo instante reconheci aquela mão.

–Você tem que ter mais cuidado minha baixinha. -Gajeel falava enquanto eu tomava equilíbrio novamente e conseguia ficar de pé. No mesmo momento ergo meu braço com o livro em minhas mãos e volto a ler.

–A não, não, não... -ele dizia enquanto pegava o livro da minha mão. - Você tem que dar mais atenção ao seu namorado.

–Devolve esse livro agora Gajeel. -Falei enquanto cruzava os braços, fiz uma cara bastante brava.

–Se você quer tanto, então venha pegar. -Ele falou enquanto saia correndo em direção a saída da guilda.

E começou ali uma perseguição de gato e rato.

Lucy on

Vi Levy correndo atrás do Gajeel. E só depois que olhei o que ele levava na mão entendi o motivo. Ela ficava muito irritada quando roubavam os livros dela.

Ainda não entendi o porquê de eu estar ali sentada sozinha em uma mesa da guilda. Percebo que minha presença nem é notada, e a minha falta não é sentida. Despercebida, passo por entre as mesas. Vou até a saída, ninguém nota que eu estive ali, e se notam não se importam muito. A ingênua garotinha inútil da guilda, a que tem de ser salvar todas às vezes. Seria então mais fácil me definir como o “estorvo”. Pergunto-me às vezes, quem realmente choraria no meu enterro se eu morre se agora...

Ia indo caminhando lentamente pra casa. Pensava em varias coisas, não muito alegres confesso. Pensava em qual seria a razão de existir, já que ninguém gosta de mim. A morte é tranqüila e calma, e todas as angustias vão parando de existir com o parar do coração. Quando a pessoa morre, as dores são seladas, e passam a não existir mais.

[Quebra de tempo, local-Apartamento de Lucy]

Deitada na cama imaginava maneiras de acabar com as dores que me consumiam. Não encontro nenhuma, apenas tirar minha vida me livraria de tanto sofrimento. Resolvo então, tomar um banho, banho de banheira, daqueles bem demorados.

Natsu on:

No céu já escuro, estrelas começam a aparecer. Sigo meu caminho sozinho, já que me separei de Juvia que tomará um rumo diferente ao meu. Ela estava indo para casa, eu estava indo para o apartamento de Lucy. Mal consegui me concentrar na missão, só pensava nela, e pensava em como ela estava. Senti um sentimento de culpa ao deixa la daquele jeito desprotegido ontem a noite, mesmo que ela não quisesse minha presença e me manda se ir embora eu deveria ter ficado. Não conseguiria dormir essa noite sem saber se ela estava bem ou não.

Chego em frente a pensão de Lucy, êxito um pouco em subir ou não a escada, já que não sabia a reação que Lucy teria ao me ver. Ao chegar à porta de seu apartamento, escoro-me na parede. Tento ganhar coragem para abrir a porta. Ainda com bastante receio, levo minha mão à maçaneta e vou abrindo a porta vagarosamente. Ao poucos, conforme vou abrindo a porta vou tendo visão do apartamento, vazio aparentemente. Fico mais tranqüilo, e também assustado, ao não ver Lucy. Vou adentrando o lugar com passos silenciosos, e começo a andar a sua procura. Até que passo pela porta do banheiro, que não estava totalmente fechada, dando me vista do que tem la dentro, Lucy estava lá tomando banho de espumas. Não quis atrapalhar, acho que ela não ia gostar se eu cortar se seu banho.

Sentei-me em sua cama, e comecei a imaginar o que falaria a ela quando sai se do banho. Bom, não importa o que eu diga, vou parecer um bobo de qualquer jeito. Minutos se passaram, que para mim, mais pareciam era eternidade. Quando escuto o ranger da porta se abrindo, me bate um desespero. Queria me esconder, para ela não ver que eu estava ali, o melhor lugar que consegui improvisar era em baixo de sua escrivaninha.

Tinha um papel amassado lá embaixo também. Pego aquele papel, e ao virar meu rosto vejo Lucy indo para a cozinha. Começo a ler aquele papel, só que nele tinha muita coisa escrita, então resolvi só virar a o verso e ler o ultimo parágrafo, pois em minha cabeça acho que ele diria do que se tratava aquilo.

“Estou me afastando cada vez mais de tudo. Estou deixando me morrer por dentro a cada momento de lagrimas, a cada pensamento triste. Ver a única coisa que me faz feliz tão longe de mim, me machuca. Mas perceber que sem aquela pessoa eu estou completamente sozinha, me destrói. Tanta coisa mudou de uns dias pra cá, estou bastante confusa, e só tenho certeza de uma coisa, continua com aqueles sentimentos ruins não dá mais. Eu não suporto tanto. E se o único jeito de não sentir aquilo, era tirar minha vida... Será o que eu irei fazer”

Fico assustado e apavorado com o que acabo de ler. Levanto-me rápido e corro até a cozinha, Lucy estava de costas para a entrada e em sua mão direita estava segurando uma faca, e seu pulso direito escorria sangue sem parar. Abracei a, e a única coisa que saiu de minha boca foi:

– Por favor, não faça isso comigo my sunshine...

Lucy on:

Desacreditada da vida, vejo minha solução em um suicídio. Pego a faca, e começo a cortar meu pulso. Não sinto tanto a dor física, pois o que sentia por dentro era maior do que qualquer dor que eu consegui se ter. A cada rasgo que fazia em minha pele, eu ia me sentindo nem que seja um pouco melhor. Mordia os lábios, tentando sufocar os gritos quando os cortes começaram a se aprofundar, mesmo fazendo isso, lagrimas cismavam em escorrer. De repente, quando eu estava quase a encostar em minha veia, sinto alguém me abraçar por trás, impedindo que meus braços se movam.

– Por favor, não faça isso comigo my sunshine...

Aquele cheiro, aquele toque, só poderia ser dele. Fico tão surpresa com aquilo, que a única coisa que sai de minha boca é seu nome.

– Natsu...

Ele me abraça mais forte. E continua a falar.

–O que você tem na cabeça? Não pode fazer isso comigo...

–Natsu, eu não posso, eu não consigo mais... VIVER –A ultima parte sai com bastante força em meios a muitas lagrimas.

–Eu estou aqui.

Me solto de seus braços e viro-me de frente para ele, que fica um tempo fitando meu pulso que escorria sangue. E em um movimento de bastante fúria, ele arranca a faca de minha mão e a toca longe.

–VOCÊ TEM QUE ME PROMETER QUE NUNCA MAIS VAI TENTAR ACABAR COM A SUA VIDA DESSE JEITO! –Ele grita enquanto segura meus braços com força, me fazendo olhar para ele.

–Você esta me machucando. –Falo a ele que rapidamente me solta ao ver minha cara assustada.

–Desculpa.

–Você não tem o direito de me pedir uma coisa dessas. Não sente o que sinto, não sabe o quanto é difícil continuar a viver em meio a tantas tristezas. –Falo a ele.

–Eu estou aqui, mas não posso arrancar esses sentimentos de você. Só quero que você fique bem.

–Por que esta... aqui? E por que me impediu de continuar? –Pergunto a ele, que no momento estava segurando meu pulso e olhando os machucados provocados pela lamina.

–Você ainda me pergunta o porquê?! –Ele fala enquanto levanta sua cabeça e começa a fitar me.

–Você não tinha esse direito. Você não pode me impedir de acabar com meu sofrimento.

–As tristezas são quebradas com momentos felizes, e não com o fim da vida. Você não pode me deixar, só provocaria tristeza em mim e em que gosta de você.

–Quando foi a sua vez, você me deixou. E não quis olhar para trás. Mas eu sempre estive aqui, só você não viu. –Respondo a ele, enquanto fito o chão.

–Am?? Que historia é essa? Eu nunca te deixei, sempre estive aqui. E...

–Saia daqui! –Interrompi.

–Não saio. –Ele respondeu curto e groso.

–Vá encontrar sua namorada.

–Depois de ir embora eu vou mesmo, preciso saber se ela chegou bem em casa.

Descontrolei-me ao ouvir lo dizer aquilo. Comecei a bater nele, o fazendo andar para trás. Fui levando o até a porta, onde só bastou dar um empurrão para ele cair para fora da porta. Fechei a depressa e a chaveei.

–Lucy, me deixe entrar. Eu quero cuidar de seu machucado! -Ele gritava enquanto batia na porta.

–Vá cuidar dos machucados da sua namorada.

–Juvia não esta machucada.

Um silencio desconfortante tomou conta do momento, mas foi quebrado pro ele.

–Esta virando costume né... Mas só pra não deixa lo acabar, cantarei de novo pra você.

I wanted you to know that I love the way you laugh

(Eu queria que você soubesse que eu adoro o jeito que você sorri)

I wanna hold you high and steal your pain away

(Eu quero te abraçar bem forte e levar sua dor pra bem longe)

Coloco a mão em minha boca para ele não perceber que meu choro aumentou ao ouvi lo cantar aquilo. Depois de um pequeno tempo em silencio, o suficiente para acalmar meu choro, consigo abrir minha boca para cantar um trecho de uma musica em resposta a ele.

And you can't stop me from falling apart

(E você não pode me impedir de cair aos pedaços)

'Cause my self-destruction is all your fault

(Porque minha auto-destruição é sua culpa)

Novamente o silencio volta a reinar. E só depois de bastante tempos ele conseguiu falar algo.

–Promete pra mim que nunca mais vai fazer isso?

–Natsu,vá embora. –O que dizia, era totalmente o contrario do que sentia, o queria por perto, o mais próximo possível.

–Só posso ir se você me prometer.

–Eu prometo. –Respondi a ele, cruzando os dedos.

Sei que ele não foi embora, e que continua ali. Provavelmente tentando se assegurar que eu não faria tal ato novamente. Valeu destino, escolheu a hora certa pra ele aparecer na cozinha né...

Natsu on:

Depois de muito tempo Lucy dormiu, consegui saber, pois quando ela estava acordada, sempre conseguia fazer um barulhinho que fosse. Desajeitada que só ela.

Essa guria me dá muito trabalho... Mas o que seria de mim sem ela?


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Notas finais do capítulo

Por favor, comentem. Eu adoro responder os comentários de vocês #..#
Bom, vocês ficam pedindo pra mim atualizar rápido a fic. Mas provavelmente sempre vou atualizar nos finais de semana. Vou tentar não passar mais de uma semana sem atualizar u.u