Troca de Casal? escrita por Bianca Scariot


Capítulo 19
Talvez a loucura possa ser a solução


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiie pãezinhos de queijo.
Por favor, não me matem, ta bem atrasado mas esta ai.
Desculpa mesmo gente, eu nao queria demorar tanto.
E pra que não se lembra o que aconteceu, sugiro que de uma passadinha de olhos nos ultimos 2 cap.
Boa leitura >..



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–Gray... – Juvia falou suavemente enquanto se sentava no canto da cama do moreno. Ele apenas murmurou um “huuuum?”, ela continuou a falar. – Esta bem tarde pra estar dormindo, e a Juvia andou pela casa, e ela percebeu que não tem ninguém. Gray acha que eles possam ter saído para treinar sem ter nos chamado?

O mago de gelo foi se sentando na cama lentamente, começou a coçar os olhos e a se espreguiçar.

–Relaxa, se eles já saíram é até melhor pra gente que não vai ter que participar daqueles treinos chatos.

–Não sei, acho que a Erza não ia nos deixar de fora. Mas já são duas horas da tarde, e nem sinal deles. –A azulada foi falando enquanto ia saindo do quarto. Gray a seguiu.

Quando eles estavam passando pela porta dos dois quartos, Gray abriu uma frestinha da porta do quarto de Erza para olhar para dentro.

–Viu só, falei pra você relaxar, eles ainda estão dormindo. –Ele falou despreocupado. –Mas não por muito tempo.

–Espera ai, o que o Gray vai fazer? – Juvia perguntou enquanto via-o andar apreçado até a cozinha.

E então, ela começou a escutar um barulho, que cada vez ficava mais forte. Quando Gray chegou ao começo do corredor novamente, ela entendeu o que estava causando o barulho. Ele estava segurando uma panela com a mão esquerda, e a direita segurava uma colher de pau que era batida ritmadamente na panela.

“Não, ele não fez isso” – Juvia pensou, enquanto tapava os olhos incrédula. “É, ele esta fazendo isso”.

A porta de um dos quartos abriu rapidamente, Gray nem chegou a ver quando abriu em nem de que lado foi, pois logo levou um soco tão forte que chegou a cair no chão.

–SEU PUTO DESGRAÇADO! –Natsu gritou. Enquanto partia pra cima de Gray com tudo.

O rosado deu mais uns dois socos nele, mas ele também não perdeu tempo e retrucou os dois. Lucy saiu do quarto, e imediatamente tentou puxar Natsu para o tirar de cima de Gray.

–Para gente, nããão, Natsu sai de cima dele! –Lucy gritava.

–Não se preocupe, eu só vou estragar um pouco do lindo rostinho do seu namorado. –Natsu respondeu.

Juvia também tentou ajudar a separar a briga, mas qualquer força que as garotas fizessem seria inútil.

–CHEGA! –Erza gritou ao sair do quarto.

Todos pararam do jeito que estavam, e olharam para ela assustados. O silencio reinou por um longo tempo, todos fitando Erza, e então Gray terminou de dar o soco em Natsu.

–Agora chega... –O mago do gelo falou.

– O que eu faço com essas crianças. –Erza falou em um tom de desapontamento, colocando a mão na testa e balançando a cabeça negativamente.

Depois que comeram, todos se reuniram na sala, pois Erza iria falar o que eles iriam fazer hoje.

–Fala logo Erza! –Natsu insistia.

–Calma, espera o Jellal terminar de lavar a louça que eu falo. Não quero ter que repetir. –Ela explicou.

–Porra Jellal! –Natsu gritou. –Dá pra ti terminar logo com isso.

–Em vez de reclamar por que não vem aqui me ajudar em?! –Ele gritou em resposta.

–É... que... –Ele começou a se enrolar. – Érrr.... Ah, é que eu to com uma alergia a detergente que olha, precisa ver o estado que fica a minha mão...

– Por favor né, mas vai inventar uma desculpa descente. –Jellal, que já havia acabado de secar, tocou o pano na cabeça de Natsu, e foi se sentar ao lado de Lucy no sofá.

–Pô, alergia a detergente Natsu, te superou em. –Gray zombou.

–Ta, vamos nos concentrar aqui agora ok– Erza começou a falar. –Então, o que vamos fazer hoje... –Uma risadinha a interrompeu.

–Hi Hi Hi, detergente, que patético. –Gray falou baixinho.

–Posso falar? –Ele fez que sim com a cabeça. – Como eu ia dizendo, o que nós vamos ... – Novamente foi interrompida por aquela risadinha. E então começou a gritar. – LUCY, VAI LÁ PEGAR O DETERGENTE QUE EU VOU FAZER ESSE PIVETE ENGOLIR!

–Pode deixar que eu busco. –Natsu se levantou depressa.

–Não, não, tenho certeza que isso não será preciso. Né Gray?!. –Jellal falou.

–ÓÓÓÓ escuta o Jellal que ele é um cara sábio. –Gray falou apontando pra o azulado.

–Ta, mas eu juro, que se você me atrapalhar mais uma vez, não vai ser pela boca que vai entrar o detergente em você não viu. – Erza falou lançando um olhar aterrorizador para Gray, ele apenas se encolheu na poltrona. – Bom, hoje nós vamos treinar os ataques de vocês e a resistência. Ah, e antes disso vamos fazer uma longa corridinha pela floresta.

Lucy desviou o olhar, e olhou para o chão de maneira triste e desanimada, isso não passou despercebido por Natsu. Erza deu um tempinho para que todos se arrumassem para poder começar cedo. E quando todos saíram, restando só a ruiva na sala, Natsu resolveu falar com ela.

– O Erza, tu bem que podia falar um pouco com a Lucy né.Ela ta desanimada, e triste, podia conversar um pouco com ela né.

–Ah claro, mas antes eu tenho que fazer uma coisas. –Nessa hora, Gray , que estava na cozinha tomando um copo de água, passou pela sala. –Ah, já que o Gray esta aqui, bem que ele poderia falar com ela né, já que ele é namorado dela e deve saber como falar.

– Falar o que? –Gray perguntou. Erza explicou a ele, e ele prontamente respondeu. –Sem problemas, vou falar com ela agora mesmo.

Povs Natsu.

Porra, eu não acredito nisso. Que merda. Eu só queria que alguém falassem com a Lucy para ela se sentir melhor, mas não queria que justamente ele fosse esse alguém. Odeio ver eles juntos, não sei o que acontece, só sei que eu sinto um desconforto enorme, e tenho vontade de decapitar ele e de roubar-la e trancar-la para que ninguém se aproxime.

Bem, a julgar pelas circunstâncias, eu não posso (e nem tenho como) discutir com ele agora e o impedir de ir falar com ela. Até por que ele é namorado dela. Odeio lembrar disso.

Ele foi até o quarto dela, porem quando foi fechar a porta não a tinha fechado direito, fazendo com que uma frestinha ficasse aberta. Tomando cuidando para que eles não percebessem que eu estava ali, me aproximei, e fiquei colado a porta, para não ter perigo de perder nem uma só palavra.

–Lucy, preciso falar com você, pode sentar aqui um pouquinho.

O que? Que descarado, safado, aproveitador. Se aproveitando da inocente Lucy em seu momento de fraqueza, a pedindo para que ela sente “aqui um pouquinho”. ONDE É QUE É ESSE AQUI?

–Claro. –A ouvi responder, e ouvi também passos. Eu tentei controlar meus pensamentos, pois sabia que se eu me deixasse levar por esses meus pensamentos, estaria ferrado.

–E então, como esta se sentindo? Melhor um pouco? Mais animada, talvez... ?

Depois que ele falou isso, um silencio se instalou, ela não respondeu nada. E então, ele continuou.

–Lucy, você quer se ajudar não quer? Quer se sentir bem, não é?!. Por mais que pareça que a solução deste problema não esta a seu alcance, você pode mudar isso. Talvez não consiga a solução deste problema, mas você pode mudar o jeito com que sente isso.

–Mas Gray, eu tento. Eu não queria me sentir assim, lógico. E eu tento fazer de tudo para não sentir...

–E esse seu fazer de tudo inclui ficar fechada no quarto o tempo todo, tentando diminuir ao máximo o convívio com os outros? –Ele elevou um pouco o tom de voz, pareceu bem irritado.

–Eu só achei que se eu evitasse de ver, talvez doeria menos. – Eu pude sentir que no final dessa frase, ela já estava com uma voz chorosa, de partir meu coração. Tive que me controlar pra não entrar naquele momento porta a dentro só pra poder abraçar-la, e dizer que eu estava aqui. Mas me controlei.

–Ai, princesinha, vem cá, vem, me da um abraço. – Fiquei com muita raiva quando ouvi isso. – Olha só Lucy, desse jeito não esta dando. Você não esta se ajudando ficando aqui fechada, e sabia que tem gente que quer realmente te ajudar aqui. Porem, nós podemos fazer todo o esforço possível, se você não se ajudar, não vai adiantar em nada. Você vai permitir que a gente possa te ajudar a se ajudar?

–Sim, eu quero me ajudar.

–Então a primeira coisa que nós vamos por em pratica, é o seguinte. Agora, quando a Erza nós chamar pra ir a essa tal trilha, ou seja lá o que for, você vai sair desse quarto com um sorriso no rosto. E você vai começar a encarar as coisas de uma forma mais positiva. Escuta, não esta sendo fácil para mim também, mas eu sei muito bem como contornar essa situação. E então, topa?

–Topo! –Eu senti a voz dela realmente animada.

–Então, ergue essa cabeça! E deixa eu te dar um beijo.

Quando ouvi essa ultima parte, foi como se todo o sangue que eu tinha no meu corpo inteiro me subisse à cabeça. Desta vez não consegui me concentrar, não consegui respirar fundo, e a única coisa que eu fiz –que foi um ato até sem pensar- foi chutar aquela maldita porta e ir entrando pelo quarto.

Quando eles me viram, ficaram com uma cara de quem não estava entendendo nada. E agora, o que eu faço, o que eu falo...

– Errrr.... que... –E então, eu tive uma idéia para desculpa. – A Erza quer ir agora. É, é isso, ela quer ir agora e pediu para mim vir chamar vocês é. Claro, é isso sim, lógico.

Gray se levantou, sua cara estava formando um perfeito ponto de interrogação. Ele começou a andar, e ao passar por mim soltou um “Que bizarro”. Lucy também levantou-se, mas antes de sair, eu a segurei pelo braço.

–O que? –Ela murmurou baixo. Eu me avirei e a abracei, forte. Era como se ao puxar-la para perto de mim, e a cada movimento tentando a colar mais em meu corpo, era como se eu pensasse que se a juntasse bastante a mim, pudesse tirar todo aquele sentimento ruim e passar para mim. Inútil, completamente inútil, mas eu tentei. –Mas... Por que?

–Nada, só me deu vontade de te abraçar. E te dizer, que eu vou estar aqui, se você precisar, eu posso te ajudar.

Ela sorriu para mim, um sorriso doce, um sorriso sincero, um sorriso que eu senti ser diferente com os que ela havia andado me mostrando. Esse sorriso foi puro.

–Erza, a gente ta andando a um tempão, não dá pra dar uma paradinha pra descansar não? –Juvia novamente insistia, porem durante todo o tempo, Erza não cedera.

–Nós estamos quase lá. –Ela respondeu sem nem olhar para trás, desviando se de um galho que atrapalhava sua passagem.

–Como assim “quase lá” –Gray perguntou. –Eu achei que apenas estivéssemos caminhando para nós exercitar, não sabia que tínhamos destino certo. Para onde estamos indo?

–Nós estamos sim caminhando pra nós exercitar. –Ela respondeu enquanto olhava para ele. Desviou a visão para frente e continuou a falar em um tom de voz um pouco mais baixa. –Só quero ter certeza de uma coisa.

–Erza... Não podemos. –Disse Natsu ao caminhar até ela e a segurar pelo braço.

–Não podemos o que? Gente, eu não estou entendendo nada, alguém explica. –Lucy falou.

–O que não podemos é continuar assim, nós temos que dar um fim nisso. –Erza falou olhando diretamente nos olhos de Natsu.

–Tudo bem então, vocês podem ir, mas eu e a Lucy vamos voltar para casa agora. –Disse Natsu soltando o braço de Erza.

–O que? Por quê? – Lucy questionava. –Por que eu?

–Espera ai, não pode ser o que eu estou pensando. –Disse Gray.

–Não pode e não vai ser. Pelo menos não assim desse jeito, sem planejamento nenhum, sem estratégia... Não gente, isso é maluquice.

–Alguém pode me explicar o que ta acontecendo? – Lucy aumentou o tom de voz ao se intrometer no meio da discussão.

–Bom, Lucy... –Jellal começou a falar, visivelmente embaraçado. – Eu e Erza tivemos uma conversa ontem sobre o que deveríamos fazer. E achamos que o melhor seria se nós voltássemos hoje a aquela casa que vimos ontem, para poder vermos quem esta lá e se for o caso, enfrentá-los.

–Mas, isso é... –Gaguejou Lucy, nitidamente assustada com o que escutou.

–Foi o que eu falei, isso é loucura. Vamos Lucy, vamos voltar pra casa. – Disse Natsu, enquanto pegava na mão da garota e a puxava para a direção oposta, porem a loira continuou no lugar onde estava, sem nem se mexer.

Erza chegou perto dela, e a fez olhar para ela enquanto falava calmamente. “Escuta Lucy, eu sei não deve ser bom ficar assim, com medo de que a qualquer momento possa acontecer alguma coisa. Mas eu também imagino que não deve ser muito confortável a idéia de entrar na casa que possivelmente pode ser a que abriga o cara que quer te matar e os companheiros dele. Não vamos te forçar a nada, apenas pense se você quer continuar com medo e angustiada ou se quer acabar isso agora mesmo, quer dizer, nem sabemos se são eles que moram aqui mesmo.

– Ah não Lucy, não vai dizer que você esta mesmo disposta a aceitar essa proposta. –Natsu tentava por todo custo a convencer de não aceitar.

–Pensando por esse lado, talvez seja melhor mesmo... –Falou Gray.

–Cala essa boca, você não sabe de nada. –Disse Natsu.

–Eu também acho que pode ser melhor. –Lucy falou depois de pensar por um breve momento.

–Não se preocupe, não vai acontecer nada. –Erza disse ao a abraçar.

–Você só pode estar louca. –Natsu falou supresso.

–Recorrer a loucura agora talvez seja a solução. –Ela respondeu, tentando de todas as formas esconder o grande medo que carregava.


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Notas finais do capítulo

Eu quero agradecer a você seu lindo, por nao ter abandonado a fic. E pedir que por favor deixe um comentario pra mim.
Eu sei que nao posso cobrar comentarios, já que eu demorei tanto a atualizar, mas se você deixar um comentario pra mim eu vou fica mais motivada a escrever e vou atualizar mais cedo. Ta,ta, essa foi uma péssima desculpa, mas eu realmente quero muuuuuito receber comentarios.