Troca de Casal? escrita por Bianca Scariot


Capítulo 17
Você não vai mais estar sozinha


Notas iniciais do capítulo

Oiie meus pãezinhos de queijo e..e
Não me matem, eu sei que não postei capitulo semana passada, mas vocês vão gostar desse capitulo. Isso se não ficarem com diabete depois de tanta fofura. Triste isso, estamos chegando nas retas finais '--'



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Os dias tem se passado lentos. À noite, mal consigo dormir, meus pensamentos me torturam. E nos poucos instantes que consigo fechar meus olhos, logo em seguida acabou por despertar, e todas as vezes pelo mesmo motivo. Eu tenho tido pesadelos todas as noites, e eles estão todos ligados ao meu medo maior. O medo de ficar sozinha, o medo de estar sozinha, o medo que eu vivo todos os dias. A cada dia que passa, fica mais difícil o encarar nos olhos, sabendo o que eu levo por baixo das mangas compridas e grosas do moletom. Eu sinto que ele esta se distanciando cada vez mais de mim, e eu quero ir até ele, quero abraçá-lo, quero falar de tudo que me aflige, mas não consigo. Mal consigo olhar para ele, sem me sentir culpada por não conseguir falar, como é que teria coragem para lhe falar. Oportunidade já tive, a uns três dias, quando ele chegou até mim e falou “Eu só quero que saiba que eu vou estar aqui caso você queira falar”, mas ao invés de ter derramado em palavras todos os sentimentos guardados por tanto tempo, eu decidi me trancar no banheiro.

– Lucy, o que esta fazendo? –Gray perguntou se parando ao meu lado. Eu estava sentada no sofá, com um livro aberto em minha frente. Livro que eu havia achado naquela estante no fundo da sala, livro que antes de me perder em pensamentos eu estava lendo .

–Ah... Eu estava lendo. –Falei. Ele se aproximou, e deitou se no sofá, e sua cabeça repousou em minhas pernas.

–Le em voz alta, eu também quero ouvir.

–Eeeeeei, você é muito folgado, sabia.

–Você é minha namorada, tem que ler pra mim. –Ele piscou quando disse “Namorada”. Nós dois rimos.

Natsu on:

Acabei de acordar de uma daquelas “sonecas da tarde”, eu estava precisando disso pra relaxar um pouco. Eu estava indo em direção a cozinha, quando vejo Juvia escorada na parede do corredor, provavelmente estava olhando alguma coisa que acontecia na sala. Me aproximei, e fiquei atrás dela, pude ter visão do que é que ela olhava. Quando a azulada virou pra mim, eu vi escorrer a primeira lagrima. Seu rosto não expressava nenhum sentimento, mas seus olhos falavam por si só.

Não pude conter minhas raiva, e simplesmente passei por ela, batendo pé e fazendo o maximo de barulho possível. Enquanto atravessava a sala, para chegar a cozinha, eu disse forçando a voz:

–Me desculpem se estou atrapalhando alguma coisa.

Percebi que Lucy ficou sem jeito, pois ela empurrou Gray para o lado e se ajeitou no sofá.

–Não, não, não esta acontecendo nada. –Ela falou tentando se explicar, não entendi o porquê . Peguei um prato na prateleira, eu estou morrendo de fome, vou pegar um pedaço de bolo.

–Pois é Lucy, eu falei que deveríamos ter ido para o quarto. –Ouvi Gray dizendo, fiquei com tanto ódio que quebrei o prato no meio com minhas próprias mãos. E ouvi Gray falar com um tom extremamente provocante de novo -Ficou irritadinha Natsu?

Uma onda de raiva, ódio, ira, tomou meu corpo. E eu fiquei tão cego por causa daqueles pensamentos, que não pensei em mais nada, apenas joguei com toda a minha força um dos pedaços do prato que acabara de quebrar. Só percebi o que acabei de fazer, quando vi Gray empurrar Lucy para o lado, e se não fosse por ele, o prato teria atingido a em cheio.

–VOCÊ É LOUCOU? NÃO PENSA DIREITO? SEU IDIOTA, PODIA TER ACERTADO LUCY! –Gray falou levantando se do sofá.

Vi Lucy correr para seu quarto muito rapidamente. Tanto que nem consegui ver como ela estava. Eu ignorei as gritarias de Gray, e fui atrás dela. Mas antes que pudesse sequer por os pés no corredor, Gray me lembrou que ele estava ali, me deu um soco certeiro na cara.

–Ah, seu bosta. AGORA VOCÊ VAI VER! –E quando ia revidar o soco, senti alguém me segurar por trás. Era forte, e eu não consegui me mover. E quando Gray ia me dar mais um soco, vi Erza entrando no meio, e percebi que quem segurava me era Jellal.

–Vocês estão ficando loucos? Do quarto escutamos essa gritaria.

–Ele atirou um prato, e se eu não tivesse empurrado Lucy, teria batido em sua cara. –Gray falou, sem desviar os olhos de mim. Erza olhou me, esperando que eu justificasse.

–Ele queria levar Lucy para o quarto. –Tentei me soltar, aquela raiva me voltou toda. Em um momento de descuido, consegui soltar um de meus braços, e revidar o soco que ele havia me dado antes. Só que com certeza, o que eu dei não chegou a ser tão forte quanto o que recebi.

–JÁ CHEGA! –Erza gritou. - Vocês não estão vendo que tanto Juvia, quanto Lucy, as duas estão tristes? Eu não sei o porquê, só sei que vocês dois não estão ajudando em nada brigando desse jeito . –Nesse momento, eu relaxei um pouco meu corpo tencionado, e pensei no que Erza tinha dito–Vem Jellal, vamos tirar o Gray daqui.

Ela levou Gray até a porta, Jellal os seguiu. E antes que saísse, ela falou “Não saia daqui, e não esqueça que Sting pode estar em qualquer lugar. E cuide das duas ok.” Eu entendi bem o recado. Ela saiu, e fechou a porta.

Sentei me no sofá, e foi nesse momento que me arrependi amargamente pela coisas que eu acabei de fazer e de dizer. Normalmente, eu levo um tempo maior para me arrepender, mas isso não se encaixa quando eu podia ter machucado a pessoa que mais gosto. Eu acho que eu nunca me perdoaria se aquele prato tivesse acertado sua cara.

Autora on:

Juvia estava sentada no chão encostada a porta, ela abraçava seus joelhos, e chora. Ela, quando esta sozinha, se permite chorar para descontar suas angustias. Antes de chegar ao quarto, ela pode escutar Gray falar

“-Pois é Lucy, eu falei que deveríamos ter ido para o quarto”

Aquilo destruiu o que ainda não havia consertado. Não havia como não ficar confusa, nem mesmo com não ficar triste. Juvia já não agüentava mais ficar ali, não agüentava vê-lo, muito menos vê-lo junto à outra garota. Juvia quer fugir, quer desaparecer, quer parar de sentir.

Depois de um tempo, já havia ficado noite. Eles ainda não haviam voltado, e nada havia mudado desde então. Natsu olhava para a porta de Lucy, com desejo de adentrar aquela porta que continuava fechada desde a hora da discussão.

Ele tomou coragem, respirou fundo, levou sua mão a maçaneta e percebeu que a porta não estava trancada, então ele entrou. Ela aparentemente não estava lá, então deduziu que estava no banheiro quando prestou atenção no som da água caindo. Ele se aproximo da porta, e deu três batidas.

–Lucy, eu quero pedir desculpa. –Ele falou.

–Esta tudo bem. –Lucy falou do outro lado da porta.

–O que é o seu “tudo bem”? –Ele perguntou. –Por que eu sei que esta triste, e estar triste pra mim é não estar bem.

–O meu “Tudo bem” é estar de pé, viva, respirando.

–Você esta assim por causa daquilo que aconteceu com Sting?

Lucy demorou um pouco pra responder. Ela poderia ter lhe dito a verdade. Poderia ter dito que ela se sentia mal por causa de Natsu. Poderia ter dito que sente sua falta. Poderia ter dito que precisava dele, muito, e que ele não imaginava o quanto. Mas invés disso, mentiu, mentiu mais uma vez.

–É, é por causa disso.

–Lucy, olhe para a janela do banheiro. –Ela assim fez, olhou para a pequena janela. –O que você vê?

–Eu estou vendo as estrelas. –Ela falou sem entender direito.

–Elas estão bonitas hoje né. Elas sempre foram bonitas, e elas sempre estiveram ai. Mesmo quando é de dia, e você não pode ver, elas estão ai.

–Natsu, eu não estou entendendo.

O rosado sentou se, escorado na porta do banheiro. E fez o que já estava acostumado a fazer quando Lucy não abre a porta. Ele cantou. Sua voz era roca, ele não estava muito ritimado, mas mesmo assim, estava perfeito para Lucy.

My love's like a star, yeah

(Meu amor é como uma estrela, yeah)

You can't always see me

(Você não pode sempre me ver)

But you know that I'm always there

(Mas você sabe que eu estou sempre lá)

I tried to build the walls

(Eu tentei construir as paredes)

To keep you safe when I'm not around

(Para mantê-lo seguro quando não eu não estiver por perto)

But as soon as I'm away from you

(Mas assim que eu estiver longe de você)

You say they come tumbling down

(Você diz que o mundo desaba)

Quando Lucy o escutou cantando, não conseguiu controlar as lagrimas. Sem pensar, enrolou se em uma toalha, ignorou o fato de estar totalmente molhada. Abriu a porta do banheiro, e vendo que ele estava sentado de costas, ela se ajoelhou no chão, e o abraçou por trás.

–Você é a minha estrela favorita. –Foi o que ela conseguiu dizer em meio as lagrimas.

E Natsu cantou, novamente, uma das canções já conhecida por Lucy. A primeira musica que Natsu cantou a ela.

You are my sunshine, my only sunshine

(Você é meu raio do sol, meu único raio de sol)

– O que esta fazendo Natsu? –Fala Lucy, entrando na cozinha, Natsu estava de frente para o fogão mexendo alguma panela. Agora ela já estava vestida apropriadamente, usava um moletom grande e um short.

–Estou fazendo a janta. –Ele fala virando a cabeça para poder olha-la, mas não deixando de mexer na panela.

–Achei que hoje fosse o dia do Jellal cozinhar. –Lucy fala se sentando em uma das cadeiras.

–É, hoje é. Mas eles ainda não voltaram. E eu fiquei responsável por cuidar de você e da Juvia, e eu não ia querer que vocês ficassem com fome. –Ele fala, dando um pequeno sorriso de canto de boca, o que a fez sorrir também.

Pouco tempo depois, a janta já estava pronta. Lucy distribuiu os pratos e talheres pela mesa. Natsu disse para Lucy ir se sentando, por que ele iria ir chamar Juvia. Quando entrou no quarto , ele não enxergou Juvia em lugar nenhum. Olhou no banheiro, e ela também não estava lá.

–Luuucy, vem cá um pouco. –Natsu gritou, a loira pouco tempo depois entrou no quarto.

–O que foi? –Ela perguntou.

–A Juvia. Eu não consigo achar ela.

Os dois procuraram, procuraram muito. Todos os cantos da casa foram vistos. Mas ela não estava em lugar nenhum. Saíram da casa, olharam no porão, mas nada. Ele gritavam seu nome, na esperança que ela respondesse, mas nenhum sinal foi feito em troca. Escutaram alguns barulhos vindos do meio das arvores, ele torceram para que fosse ela, mas era só Erza, Jellal e Gray voltando da sua caminhada.

–O que aconteceu com a Juvia? Por que estão gritando o nome dela? Onde ela esta? –Gray falou enquanto caminhava rapidamente, ele os enchia de perguntas. Sua feição era de preocupação, e ele não fazia questão de esconder isso.

–Calma Gray, a gente não sabe ainda o que esta acontecendo. –Lucy falou, tentando acalmá-lo.

–Então explica o que vocês sabem. –Erza falou.

–Eu estava fazendo a janta, e quando fui chamar ela para comer, ela não estava mais lá. Ela não esta em nenhum lugar, nós procuramos muito e nenhum sinal dela. –Natsu falou. No mesmo momento, Gray deu as costas e quando ele ia ir, Lucy segurou seu braço.

–Onde você vai?- Ela perguntou.

– Não sei, só sei que não vou ficar aqui de braços cruzados esperando que alguma coisa aconteça. Não vou fazer como esse imbecil, que ainda se denomina namorado dela. Por que se ele realmente gostasse dela, ele estaria ao seu lado e ela não teria ido embora. –Gray falou.

–Eu estava na casa, eu estava cozinhando, e onde você estava? –Natsu disse encarando seus olhos.

–Erza falou pra você cuidar delas, e você não fez nem isso direito. –Gray desprendeu seu braço de Lucy, e saiu correndo na direção que ele achou melhor seguir.

Tempos depois, sentado todos na sala estavam tensos. Fazia tempo que Gray tinha saído e ainda não havia voltado. A preocupação era visível em todos, sem exceção. Lucy nunca culpou Juvia pelo que havia acontecido e sim a si mesma, e ela estava realmente preocupada com a azulada.

–Já chega, eu não vou mais esperar. –Erza falou levantando se do sofá.

–Sendo assim, eu também vou. –Falou Jellal.

E quando os dois já estavam indo até a porta, Natsu falou:

–Eu também vou ir.

– Não Natsu, você não vai ir. –Erza falou seca.

–Mas por que não? Eu também estou preocupado. –Ele falou.

–Natsu, não. –Ela tentou fazer sinais com a boca, e com os olhos, na esperança que ele conseguisse decifrar.

–Por que?

–Já disse que não, não insiste.

–Me da um motivo para mim não sair daqui agora e não ir procurar pela Juvia.

– A Lucy, Natsu, a Lucy. –Erza falou já irritada com a insistência de Natsu. – Antes de nós escutarmos os gritos de vocês, nós estávamos quase descobrindo onde a Sabertooh esta.

–Ata, não precisa falar mais. Tudo bem. –Natsu mudou completamente seu tom de voz, e sua cara foi ficando meio triste. Lucy se levantou do sofá, e foi até seu quarto.

–Foi você que provocou isso. –Erza falou. –Vamos Jellal!

–Cuida dela. –Jellal falou saindo, e fechando a porta.

–Eu sempre cuido. –Natsu falou baixinho.

Gray já não sabia mais por onde corria, mas apenas corria. E também não deixava de gritar o nome da azulada. “Juvia”, ecoava pela escuridão daquela floresta fechada. Seus pensamentos não eram dos mais otimistas, ele temia o pior. Todas as possibilidades de coisas ruins que poderiam ter acontecido com ela foram levadas em consideração por Gray.

Até que então, depois de muito correr, ele precisou parar para pegar fôlego. E foi quando ele se acalmou que pode perceber o choro abafado que estava próximo. Ele olhou para os lados, procurando a direção a qual vinha o choro.

–Juvia! –Ele falou quando a viu sentada atrás de uma arvore qualquer. Ela abraçava seus joelhos, e em seu rosto a marca que havia chorado por bastante tempo.

–Gray, o que você esta fazendo aqui? –Ela disse tentando secar o rosto molhado, inútil, pois assim que o viu começou a chorar mais.

– Juvia, por que você fez isso? Por que fugiu desse jeito? Por que esta chorando desse jeito? Eu não entendo, eu achei que estivesse melhor.

Ele se ajoelhou ao seu lado, e a abraçou forte. Ele começou a acariciar seus cabelos, e ela a chorar mais.

–Esta tudo bem agora. –Gray falou tentando fazer com que ela parece de chorar. –Eu estou aqui agora...

–Não! –Ela falou alto, e o afastou de perto de seu corpo. –Não, não fale mais essas coisas a Juvia, pois da outra vez Juvia acreditou. E agora Juvia esta mais machucada. Juvia prefere que Gray a deixe assim, do que fique falando coisas que não vai fazer.

–Juvia, eu não estou entendendo. –Ele falou olhando para baixo, não conseguiu olhar la nos olhos.

–Juvia vomitou de novo a alguns dias atrás. Juvia precisou da ajuda de Gray. E Gray não estava lá, mesmo depois de ter dito que ficaria junto a Juvia e que a apoiaria.

–Eu não sabia que... Juvia, por favor, me perdoe. Eu sei que parece confuso agora, mas eu te juro que um dia tudo isso fará sentido. E quando eu entender o que esta acontecendo, eu te direi.

Ele a puxou novamente para seus braços, onde ela passou bastante tempo, até o silencio ser quebrado novamente por ele.

– Eu sei que já te fiz sofrer muito, mas juro que estou tentando mudar. Mas tudo que eu faço acaba te magoando de alguma maneira, o que não faz muito sentido. – Juvia sorriu de leve quando escutou ele falar essa ultima frase, pois de toda aquela confusão que ela estava vivendo, o que mais fazia sentido era o que ela sentia por ele. – Eu sei que você não vai conseguir confiar mais em mim depois disso, mas eu tive meu motivo por isso. E eu espero um dia poder te contar.

–Juvia quer saber, o que aconteceu? –Ela levantou sua cabeça do peito do mago de gelo, que apenas levou sua mão carinhosamente até ela a fazendo deitar se novamente.

–Primeiro só tenta se acalmar, depois falamos sobre isso. –Ele falou enquanto acariciava sua cabeça, em um movimento tão suave que a vez esquecer até as circunstancias que se encontravam. A fez esquecer que estava no meio de uma floresta, escura, fria e assustadora. Só a fez se importar com o simples fato de estar aos braços dele.

"Você não vai mais estar sozinha"


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?????
Espero ver vocês nos comentários (e na minha nova fic, mas eu nao vou ficar fazendo propaganda, http://fanfiction.com.br/historia/515068/I_will_protect_you/ )



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