Rubi - A descarada escrita por Amber Dotto


Capítulo 49
Capítulo 49


Notas iniciais do capítulo

Genteee
Tenho duas notícias. Infelizmente a fic está chegando ao fim, o próximo capítulo será o penúltimo, e eu espero que a história não esteja decepcionando vocês.
A segunda notícia é que sou uma pessoa atoa, pelo ao menos por enquanto, e além de ser atoa, sou viciada em Rubi, e não sei o que fazer da minha vida sem ela. Então criei mais uma fic, e para a felicidade da maioria dos leitores, teremos Rubi e Alessandro nela! É por isso que eu demorei a postar algo, escrever duas histórias não é fácil.
Segue o link para quem quiser dar uma olhada (http://fanfiction.com.br/historia/541487/Fera_Ferida/)
Espero que gostem dos capítulos.
Beijos



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Mansão dos Cárdenas

– Lisa? Lisa? – Insistia o garoto cutucando a irmã. – Acorda Lisa.

– O que foi Henrique? Eu quero dormir.

– Porque a gente não vai acordar o tio Alessandro como fazíamos com o papai e com a mamãe?

– O quê? – Perguntou a menina.

– É Lisa, você não lembra? A gente ia até o quarto deles devagarzinho, fazia muito barulho e depois pulava na cama, fazia cócegas, e jogava um monte de travesseiros por cima.

– Mas e se ele ficar zangado com a gente? – Questionou a menina.

– Ele não vai se zangar sua tonta. Vai?

– Eu acho que não. Porque a gente não chama o vovô Inácio antes?

– Pode ser, agora levanta já daí. – Disse em um tom autoritário.

– Eu já vou! E para de falar assim comigo porque você não manda em mim. – Respondeu a pequena levantando da cama ainda sonolenta e seguindo o irmão até a sala, onde Inácio lia o jornal com as primeiras notícias do dia.

– O que fazem de pé tão cedo? Ainda são 7:00, e hoje é domingo. – Disse o senhor. – Voltem para a cama crianças.

– Não quero dormir, quero aproveitar o dia; nós queremos acordar o tio Alessandro, como fazíamos com nossos pais, acha que ele vai se chatear? – Questionou Henry.

– Tenho certeza que não meu querido.

– Nós queremos que você vá junto vovô. – Disse a pequena.

– Tudo bem. Eu acompanho vocês. – Respondeu Inácio.

Lisa, Henry e Inácio foram andando sorrateiramente até o quarto de Alessandro, que se encontrava com a porta entreaberta.

O pequeno, cheio de atitude, foi o primeiro a entrar. Com uma almofada na mão, Henry foi para o lado esquerdo do quarto, se posicionando ao lado da cama de Alessandro. Lisa, por sua vez ainda temia a reação de Alessandro, ficando apenas do lado direito da cama, bem próximo a porta e a Inácio, que ficou apenas observando. Ele sabia o quanto era importante para seu filho, toda aquela aproximação com as crianças.

– Está pronta Elisa? – Sussurrou Henry. – Começa a fazer cosquinhas no pescoço dele.

– Eu não, começa você. – Cochichou a pequena.

– Anda Lisa, faz logo o que eu estou mandando. Ou você está com medinho?! – Perguntou provocando a irmã.

– Eu não tenho medo de nada! Eu vou contar até três, e aí a gente ataca.

– Tudo bem. Eu vou fazer no pé, e depois a gente grita pra ele acordar e joga os travesseiros.

– Um, um e meio, dois, dois e meio. – Dizia a pequena. – E três! – Gritou Elisa que já estava com as mãozinhas no pescoço de Alessandro.

– ACORDA!! HORA DE ACORDAR PREGUIÇOSO! – Diziam os dois quase que ao mesmo tempo. Jogando os travesseiros em cima de Alessandro.

– Ah seus pestinhas. – Disse Alessandro sonolento. – Eu vou pegar vocês! – Levantou-se da cama causando mais euforia ainda entre os dois.

– Não me pega. – Dizia a pequena o desafiando.

– Espera aí então. – Falou Alessandro. – Não adianta correr porque eu vou pegar vocês e vou fazer muitas cócegas.

– Não tio, não. – Gritava Henry entre as crises de risos. – Eu sou mais rápido, você não vai conseguir me pegar.

– Você estava ajudando esses dois pestinhas vovô Inácio? – Questionou Alessandro.

– Érr... Eu não tenho nada a ver com isso. – Disse Inácio que sorria com a situação.

– Ele ajudou. – Disse Elisa.

– É verdade, ele ajudou. – Reafirmou Henrique.

– Então que tal irmos pegar ele também? – Propôs Alessandro aos pequenos.

– Yes! – Responderam.

– Ataque ao vovô Inácio. – Gritou Alessandro vendo-o sair correndo do quarto.

– Não adianta correr vovô Inácio, eu vou te pegar. – Disse o pequeno seguindo-o até a cozinha. – Vai Lisa vai.

– Eu já vou.

– Viu como eu sou rápido? – Questionou Inácio chegando antes de todos na cozinha.

– Sr. Alessandro, o café já está pronto e sua mãe já está acordada. Quer que eu o sirva de uma vez?

– Sim Bernadete. Em alguns minutos nos já estaremos na mesa. – Disse Alessandro. – E quem aí já lavou o rosto hoje e escovou os dentes?

– Ninguém. – Dedou a pequena.

– Então já para o banheiro os dois. – Disse Alessandro vendo-os correr para o quarto.

– Como se sente filho? – Questionou Inácio.

– Eu não sei como descrever esse momento. Foi o senhor que inventou isso?

– Não. Foi ideia do Henrique, eles estavam loucos para te acordar, mas ficaram com medo.

– Medo de que?

– De que você se zangasse e os mandasse para a casa da Elisa.

– Eu não acordava assim tão bem a anos. Eu estou conquistando os dois, estou ganhando o carinho dos meus filhos papai.

– Eu sei, eu já percebi que o comportamento deles mudou. Sempre soube que iria conseguir, pois você é uma pessoa extraordinária Alessandro e merece muito ser feliz. – Disse Inácio. – Eu confesso que não me agradei quando vi esses dois pela primeira vez aqui em casa, apenas por serem filho da Rubi. Me perdoe filho. Eles são meus netos... – Prosseguiu emocionado. – Lisa e Henry são maravilhosos e já me conquistaram. A Lisa com o jeitinho meigo, e com sua doçura. E o Henrique com a sua ousadia.

– Ele tem o jeito da mãe dele. – Respondeu Alessandro. – São dois teimosos, atrevidos, mas são únicos. Eu sei que ele está sofrendo com a ausência do Heitor. Você acredita que toda essa mudança foi graças a ele?

– Como assim? – Questionou Inácio.

– O Heitor conversou com o Henry, e disse que fomos os melhores amigos quando tínhamos a idade dele. Disse que eu era um cara legal e que ele deveria me tratar com muito respeito, que deveria ser meu amigo.

– Eu não acredito que o Heitor tenha feito isso.

– Nem eu, mas ele fez, porque o próprio Henrique me contou. Eu sei o quanto ele ama meus filhos e o quanto deve ter sido difícil para ele dizer isso, já que nos odiamos hoje em dia... Então eu tomei uma decisão.

– Como assim? O que pretende fazer Alessandro?

– Vou leva-los para Nova York. Só assim vou conseguir ter a total confiança do Henrique. Se eu demonstrar para o meu filho, que não quero tomar o lugar do Heitor, ele vai cada vez mais gostar de mim e me dará um espaço. O meu espaço. E a minha Lisa está com saudades da mãe, o senhor viu ela chorando ontem. Eu os quero muito, mas sei que eles também precisam do Heitor e da Rubi.

– Eu acho que você está fazendo a coisa certa meu filho. E sabe que tem o meu total apoio. Eu rompi com Heitor no momento em que ele te traiu ao casar com a Rubi, mas convenhamos que foi um ato muito nobre da parte dele te ajudar com as crianças; ele cuidou muito bem desses dois, e os ama, o que é o mais importante. E agora nos momentos de dificuldade, é algo primordial ter quem amamos por perto.

– Eu sei papai, e ele deve estar precisando das crianças com toda essa confusão, e eu sempre fui uma pessoa justa. Não vai ser agora que eu vou mudar.

Nova York

Mansão dos Ferreira

– Dona Rubi? Sr. Heitor? –Dizia Dora batendo na porta dos patrões. – Dona Rubi.

– Ai o que foi Dora? São oito horas da manhã. – Respondeu Rubi abrindo a porta.

– É que na semana passada, vieram avaliar os bens que vocês tinham, e agora, eles voltaram pra levar tudo. – Falou Dora.

– O que? Como assim, eles não podem levar as minhas coisas embora. – Gritou Rubi.

– O que foi meu amor? – Questionou Heitor ao se aproximar das duas.

– Estão levando tudo Sr. Heitor, estão esvaziando a casa. – Falou Dora desesperada enquanto via Rubi descer as escadas correndo.

– Meu amor, espera. – Implorou Heitor indo atrás da bela.

– O que está acontecendo aqui? – Perguntou Rubi em um tom autoritário. – Vocês não podem levar as minhas coisas.

– Senhora, temos uma ordem de penhora dos bens de Heitor Ferreira. – Disse o Oficial de Justiça.

– Não é possível. – Respondeu Rubi.

– O que está acontecendo. – Perguntou Maribel chegando na sala com Genaro.

– Estão penhorando os nossos bens. – Explicou Heitor. – Lamento que tenham que presenciar essa cena.

– Filho, eu sinto muito. – Disse Genaro.

– Sente muito? – Questionou Rubi. – E sentir muito vai mudar alguma coisa Sr. Genaro? O que eu vou fazer sem dinheiro? Eu tenho dois filhos pequenos, e ainda estou grávida de 2 meses. Acha que o seu lamento vai mudar a nossa realidade? – Dizia Rubi alterada. – Não, esse quadro não! Esse você não vai levar. – Esbravejou Rubi a um funcionário.

– Senhora, tenho que levar esse quadro, lamento. – Respondeu puxando-o da mão dela.

– Rubi, eu prometo que vou recuperar todo o meu dinheiro por você. – Falou Heitor.

– Quando? Quando eu estiver velha? Francamente.

– Eu acho melhor nos dois irmos para um hotel. – Falou Maribel a Genaro.

– É claro, eu também acho. Não é justo que a princesa fique em um lugar como esse. – Ironizou Rubi.

– Estão levando até as bebidas? – Perguntou Genaro ao avistar uma caixa cheia de vinhos, whisky, champanhe etc.

– Se o senhor não ficar quieto por uns instantes, vou pedir que eles também o levem. – Respondeu Rubi se afastando deles.

– Meu amor, Rubi, espera. – Pediu Heitor. – Eu sei que está chateada, eu também não gosto do que está acontecendo, mas prometo que é temporário.

– Heitor, nós não temos mais nada. Olha pra nossa casa, está vazia.

– Está enganada. Não está vendo? – Perguntou o rapaz. – A casa está cheia de amor, ainda temos um ao outro, e você sabe que eu sou capaz de fazer o impossível por você.

– Eu te amo Heitor. – Respondeu Rubi chorando. – Eu te amo, mas não posso voltar a ser pobre, não quero.

– Rubi, você tem que se acalmar meu amor. – Falou Heitor tentando abraçar a esposa.

– Preciso sair. – Respondeu a bela.

– Onde vai? – Questionou Heitor?

– Eu não sei, preciso sair, me deixa. – Respondeu deixando a casa.

Mansão dos Cárdenas

– Filho, você já ligou para Elisa? Se você realmente for para Nova York, deve avisa-la, por causa das crianças. – Falou Inácio.

– Eu sei papai, e já liguei avisando. Ela vai comigo, quer muito ver o Heitor.

– Imagino. Eu estaria louco se algo estivesse acontecendo com você.

– Eu vou conversar com as crianças, e vou avisa-las da viagem. – Disse Alessandro saindo do quarto do pai.

– Tio Alessandro, o Henrique é muito egoísta. – Disse Lisa vendo Alessandro chegar na sala de tv. – Ele não me deixa jogar nenhuma vez, e falou que o videogame é só dele.

– Calma, não vamos brigar. Tenho uma novidade para vocês.

– E o que é? – Perguntou Henry interessado.

– Vamos para Nova York!

– OBA! É sério? – Perguntou a pequena. – Vamos ver o papai e a mamãe?

– Sim, vou levar vocês para casa. Gostaram da novidade?

– Gostei muito, tenho saudades do meu pai. – Respondeu o garoto. – Alessandro, me diz uma coisa?

– Claro Henry. – Falou Alessandro.

– Não vamos mais te ver se voltarmos para Nova York?

– Claro que vamos nos ver, bom, pelo ao menos é o que eu quero. Eu gosto muito de vocês, e espero que sejamos amigos.

– Eu também gosto de você... E a Lisa também gosta.

– Eu sei falar, não precisa dizer as coisas pra mim. – Resmungou Lisa.

– Então, vamos todos nos arrumar, porque hoje à tarde, vamos para Nova York.

Nova York

– Rubi. – Gritou uma voz conhecida. – Fofinha, espera. – insistiu

– O que foi? Não tenho nada pra falar com você Toledo.

– Eu estou muito arrependido.

– E de que me serve o seu arrependimento, se você já conseguiu destruir tudo o que eu tinha de importante na vida. Uma família, uma posição social respeitável, minha estabilidade financeira e ah, nossa amizade. Eu pensei que pudesse contar sempre com você.

– Eu me enganei, Rubi, não existe outra como você.

– A Flora já te expulsou da casa dela?

– Não. Eu avisei que não ia deixar ela fazer nada contra você, por causa desse bebezinho que você está esperando. Preciosa, você está grávida! Grávida de um filho do Heitor.

– Toledo, eu não quero ficar da minha vida pessoal com você.

– Eu sei como te ajudar. Eu sei que o seu marido não tem nada a ver com isso.

– Isso eu também sei, o Heitor seria incapaz de roubar da empresa, eu só não sei como comprovar isso.

– O que você não sabe é que o casal Montenegro realmente está envolvido nesse desvio.

– O que? – Perguntou Rubi surpresa. – Porque eu acreditaria em você?

– Porque eu sou sua única esperança.

– E o que você sabe?

– Flora pagou para que o resultado da auditoria fosse adulterado, o desvio do dinheiro foi realizado pouco tempo antes de vocês mudarem para Nova York, foi por isso que o Rafael chamou o seu marido para trabalhar. Assim, ele poderia acusa-lo e ainda ficaria milionário.

– Eu não posso acreditar, porque ele fez isso?

– O Rafael nunca foi rico, ele se casou por conveniência, como você Rubi. As empresas são da família da Flora e todos sabemos que ele detesta a esposa. Então ele teve a brilhante ideia de desviar o dinheiro da empresa, e assim que conseguisse o suficiente, pediria o divórcio e ficaria com a mulher que ele ama.

– Mas, você não disse que a Flora o ajudou?

– Ela é obcecada pelo marido. E quando descobriu a verdade ficou furiosa, e usou isso pra ameaça-lo. Se ele a abandonasse, ela o denunciaria, mas se decidisse ficar com ela, arrumaria uma forma de inocenta-lo.

– E a forma encontrada foi acusar o Heitor.

– Ela tem outros papeis, que também são adulterados, incriminando o Heitor.

– Droga! Assim eu nunca vou poder ajudar o Heitor.

– Ela cometeu uma pequena falha.

– Qual?

– O resultado da auditoria registrado foi o recente, o novo, onde comprovam que desde que seu marido entrou na empresa, os lucros aumentaram. E se o juiz for averiguar, ela não vai ter como escapar.

– Então...

– Então você não pode perder tempo fofinha. Ela está procurando alguém que altere aqueles resultados também. Se você demorar, nunca vai conseguir comprovar a inocência do Heitor.

– Toledo, eu te amo! – Exclamou Rubi. – Vamos até a minha casa, e você vai contar tudo isso para o Heitor.

– Na sua casa? O Heitor é capaz de me matar se eu aparecer lá.

– Você vai Toledo. Aceite as consequências do seu ato, você errou, e deve tentar agora reparar os seus erros.

– Olha só quem está falando em erros...

– Não começa, por favor.

México

Aeroporto

– Dona Elisa, a senhora trouxe tudo o que era das crianças não foi? – Questionou Alessandro.

– Sim, eu estou com tudo aqui. Alessandro meu filho, eu estou tão feliz com essa sua atitude.

– As crianças estão com saudades de casa, e eu quero o melhor pra eles. Eu os conheço a pouco tempo, e foi muito difícil conquistar os dois, mas eu os amo muito, e não quero que pensem que estou tentando separa-los da Rubi e do Heitor. A senhora me conhece e sabe que nunca seria capaz de fazer isso.

– Eu sei Alessandro, e me desculpe por ter sido injusta com você. Sei que vão conseguir chegar a um acordo, e o que importa é o bem estar das crianças.

– Tio Alessandro. – Interrompeu Lisa. – Vamos demorar a chegar em casa?

– Não princesa, não vamos demorar. Daqui a pouco você estará em sua casa, com os seus pais.

– Você vai ficar lá com a gente não vai? – Perguntou Henry.

– Eu vou ficar em um hotel bem pertinho da casa de vocês. E vou visita-los todos os dias, não vai se livrar de mim assim tão fácil.

– Você prometeu que ia ficar com a gente Alessandro. – Retrucou o garoto. – Todo mundo sempre abandona a gente. Primeiro foi o meu pai, depois a minha mãe e agora você.

– Você é tão dramático Henry, não sei onde está aprendendo essas coisas. – Falou Dona Elisa. – Você sabe muito bem que ninguém te abandonou.

– Eu não vou me separar de você. Não vou, não vou! – Dizia Alessandro fazendo cócegas no pequeno que morria de rir.

Mansão dos Ferreira

– Rubi, ainda bem que você chegou. Eu já estava ficando preocupado! Onde você estava e porque ficou a tarde toda fora de casa? Não está pensando em ir... – Rubi o interrompeu.

– Ir embora? É o que eu faria a alguns anos atrás, te largaria sem pensar duas vezes. Mas não posso, você já sabe que eu te amo Heitor, e que não vou te abandonar. Então tive que sair para pensar, eu estava muito chateada com toda aquela situação.

– Rubi, meu amor, eu não vou deixar que nada lhe falte, vou me esforçar para te dar tudo.

– Vem aqui fora, tem alguém que pode ajudar a gente. – Falou Rubi puxando Heitor.

– Toledo?! – Questionou Heitor surpreso. – O que o Toledo está fazendo aqui?

– Ele pode nos ajudar Heitor.

– Não, não. Não é possível que depois de tudo isso você ainda confie no Toledo.

– Eu não confio. Mas você tem outra opção? Não temos nada pra comprovar a sua inocência meu amor, e o que o Toledo diz, pode ser verdade. Pelo ao menos o escute.

– Por favor Heitor. – Falou Toledo.

– Tudo bem, entre e vamos conversar. – Respondeu Heitor e todos foram para casa.

– Fofinha, cadê os seus móveis?

– Levaram quase tudo. Ficaram os móveis do quarto e as coisas sem valor.

– Meu Deus! – Exclamou Toledo.

– Pare de enrolar e diga logo o que sabe Toledo! – Falou Heitor.

...

Mais tarde

– Dona Rubi, Sr. Heitor. – Disse Dora batendo na porta do casal.

– O que foi Dora, você batendo aqui a essa hora não pode ser coisa boa. – Falou Rubi abrindo.

– Tem visita pra vocês na sala. – Respondeu a empregada.

– Visita? A essa hora? – Perguntou Heitor.

– Eu vou ver quem é, pode descansar meu amor. – Falou Rubi indo pegar o roupão.

– É visita para os dois. – Insistiu Dora.

– Nós já vamos descer. – Falou Heitor.

– Vamos então. – Disse Rubi descendo com Heitor.

– Papai! – Gritou Henry ao vê-los descer a escada.

– Meu amor! – Respondeu Heitor que correu para abraça-lo.

– Eu estava com muita saudade de você. – Falou o garoto.

– Eu também meu filho, eu também, e estou muito feliz por você estar aqui. – Dizia Heitor a Henry. – E você minha princesa, como está? – Questionou pegando-a no colo.

– Eu estou bem papai.

– Ai meu Deus como a minha princesa está linda! – Exclamou dando-a um beijo.

– E a mamãe não ganha abraço e nem beijo? – Questionou Rubi aos pequenos.

– É claro mamãezinha linda. – Falou Henry indo até ela e lhe dando um beijo.

– O que houve com os móveis de vocês? – Perguntou Elisa assustada.

– Tivemos um pequeno imprevisto. – Tentou amenizar Heitor.

– Levaram tudo o que era nosso embora. Aquela mulherzinha não se contentou em levar todo o dinheiro. – Falou Rubi.

– E onde vamos assistir tv papai? – Perguntou a menina.

– Nós vamos comprar móveis novos. O que acham?

– Demais! – Respondeu o garoto.

– Não prometa as coisas Heitor. – Advertiu Rubi.

– Não acha melhor eles ficarem em um hotel comigo? – Falou Alessandro pela primeira vez.

– Não. – Interviu Rubi. – Nada deles foi levado, está tudo no quarto. Pelo ao menos a mobília dos quartos, eles deixaram.

– Você quem sabe. – Respondeu Alessandro. – Precisamos conversar mais tarde.

– Eu sei. – Falou Rubi.

– Bom, eu tenho uma novidade. – Disse Heitor.

– Que novidade? – Perguntou Dona Elisa curiosa.

– É papai, o que é. – Dizia Lisa também querendo saber.

– Meu amor, não é o momento... – Falou Rubi.

– A Rubi está grávida. – Disse Heitor querendo provocar ciúmes em Alessandro.

– O que é estar grávida papai? – Perguntou Henry.

– Significa que você vai ter um irmãozinho, ou uma irmã.

– Ah não! E se nascer uma menina chata como a Lisa? – Disse Henry enquanto todos riam.

– Eu não acredito! – Falou Dona Elisa. – Você escondeu isso de mim.

– Eu queria que o Heitor fosse o primeiro a saber, e com toda essa confusão, eu não consegui contar antes. Eu estou grávida de dois meses e três semanas, daqui a alguns dias, poderei saber o sexo do bebê.

– Parabéns. – Falou Alessandro com cara de poucos amigos, saindo da sala.

– Eu vou falar com ele. – Disse Rubi.

– Você não tem o que conversar com ele. – Falou Heitor nervoso.

– Eu disse que vou falar com ele. Não começa com o seu ciúme Heitor. – Respondeu deixando-os na sala e indo atrás de Alessandro.

– Eu queria saber o que o Heitor tem, que foi capaz de lhe prender ao lado dele, mesmo ele estando pobre. Eu fiz tudo, tudo o que eu podia. Sempre te amei com loucura, com desespero, e no fim, você vai ficar com ele.

– Alessandro. – Rubi tentou dizer algo, mas as palavras não saiam de sua boca.

– Sabe, eu fui o homem mais feliz do mundo quando eu descobri que Lisa e Henry eram meus filhos, e não do Heitor. Primeiro porque eles são duas crianças maravilhosas, alegres e lindas como você, eu cheguei a pensar que você poderia voltar a me amar. Que estúpido.

– Você não é nenhum estupido. Eu é que fui uma boba, qualquer mulher seria feliz ao seu lado Alessandro.

– Mas eu queria você. Não me interessa as outras, porque é com você que eu sonho a noite, é você quem eu desejo nos meus braços.


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