6 Life Time escrita por IaGGo


Capítulo 1
Quanticamente emaranhado


Notas iniciais do capítulo

Bom, como prometido... O primeiro capítulo da continuação de Life Time postado no dia primeiro o/ Espero que gostem, e se tiverem sugestões, não se acanhem em dize-las. ^^



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Em um local onde o nada reina a não ser poucas rochas flutuantes, á uma forma de vida confinada. Eu sou essa forma de vida.

Depois desses últimos vinte anos, não pareço mais o Ray de antigamente. Primeiro, era um menino extremamente viciado em física apesar de não entender muito, só o que aprendia na faculdade. Logo depois, era um viajante de universos paralelos. E agora, não passava de um “velho” destinado á apenas observar a vida daquele mundo que ama. Mas isso por que estava a buscar a mulher da minha vida que, por um descuido que eu sempre cometi. Matei-a assim que a deixei exposta aos Glatons (Partículas que podem dominar o tempo de certa forma, elas se ativam com o movimento no tempo, evoluem e se multiplicam com o passar dele) que em mim habitavam. E como se não bastasse, acabei com o meu mundo depois, matei todos sem querer. Sempre fazendo o maior estrago sendo que a única coisa que queria era ajudar. Então fiz o que tinha que fazer... Afastei-me do mundo que amo tanto. Agora só o observo, observo as pessoas felizes novamente. Era a única coisa que eu precisava, também, depois de viver o caos de diversas formas, um mundo sem muito caos comparado aos outros é sempre bom para alegrar.

E nessa eterna vigília, observo tudo ao mesmo tempo no mundo, passado, presente e futuro. Qualquer pessoa ficaria louca em 5 segundos vendo o que vejo, mas aí se abre uma questão: Por que eu aguento? Por que tudo que vi na vida, ninguém mais verá. Incluindo quando fui para o primeiro universo de todos Deus, agora sou um fragmento dele e assim ficarei pelo resto de toda a existência.

Certo dia, me deparei com algo. Não sei como, mas ainda existiam fragmentos de Glatons naquele planeta. Como? Droga, mas uma coisa que faço que não dá certo! E o pior é que não posso mais interferir na Terra. Não posso simplesmente entrar nesse universo sem que Glatons sejam espalhados novamente acabando com toda a existência. Por isso resolvi observar e ver os acontecimentos que ocorrerá por isso. No total, quatro partículas de Glatons foram deixados naquele planeta, e assim, quatro histórias se desenrolaram. Não incríveis histórias, mas por tal controle sobre o espaço-tempo, precisam de reconhecimento. Diferentes ocasiões foram criadas com isso. Afinal, dominar o tempo não é todo mundo que consegue. E, se conseguir, terá um destino igual ao meu. Pelo menos ainda possuo esse poder, essa maldição que acabou com todos que amo e depois me afastou deles.

A primeira história em que me deparo foi no japão, no ano de 2014. O primeiro grão de Glatons apareceu em uma garota chamada Hikari Kotori. Bem, ela era estranha. Ficava o dia todo em casa lendo livros e estudando, só saia para ir á escola. E secretamente, seguia um menino que gostava enquanto ia para a escola e na saída. Mesmo o menino morando no outro lado da cidade, fazia questão de “leva-lo” até em casa. Sempre o vigiando e agindo como se estivesse falando com ele em suas loucas pausas para conversar sozinha. Ela me deu medo, mas fica ainda mais interessante.

Um dia, quando estava em casa lendo um livro sobre... Nem lembro direito o que era. Acho que falava sobre um cachorro que vivia junto á um robô com inteligência artificial em um mundo em que os robôs tinham mais emoções do que os próprios humanos, fazendo com que os humanos pareçam mais mecânicos e os robôs mais vivos. Estranho isso. Enfim, enquanto ela passava seus olhos atentamente em cada palavra do livro devorando seu significado, um disco negro do tamanho de seu rosto surgiu no ar. Ele parecia estar se mexendo, sempre no mesmo lugar, mas girando, um disco... Mas me lembra muito os portais que Joe usava(aquele louco quase me matou se não fosse Lia). E para a minha alegria, ou não. Era um portal! A menina olhou para ele espantada (acho que não é muito normal aparecer um portal na sua frente), mas logo depois de hesitar muito (ela se assustava facilmente) decidiu tocar no pequeno portal. Seu dedo o atravessou. Mas como percebeu logo depois, o dedo não apareceu do outro lado do portal, mesmo esse sendo da finura de uma folha A4.

- QUÊ???- Foi o que deu para ouvir daquela menina estranha.

Com isso ela ficou no canto de seu quarto, encolhida, com medo do portal. Olhou para ele por longas duas horas tentando pensar o que seria aquilo... “Alienígenas?” Era a única coisa que passava por sua conturbada mente. Acabou dormindo ali mesmo.

No dia seguinte, acordou e nem se lembrava mais do portal e mesmo com ee ali ainda em sua presença, ela não o notara até tropeçar em um livro que estava largado no chão e cair de cara no portal.

“Aahn!?” Ainda um pouco sonolenta olhou para o que estava escondido no outro lado do portal. Uma imensa praia se estendia com um céu azul claro sorrindo ara ela sem nenhuma nuvem em volta.

“Ainda estou dormindo...” Então sem dar conta de que aquilo era real, se levantou e estava de vota em seu quarto já que só seu rosto havia atravessado o portal.

-É... Foi só um sonho... - Dizia para si mesma com a voz ainda sonolenta.

Então foi para a escola ainda com sono por ter dormido de mau jeito. Mas sempre aquela esquisita saía antes de ir para a escola só pra ficar observando o menino que ela perseguia sair de casa e ir para a mesma escola.

Quando chegou na frente da casa do menino, se escondeu em um beco ali perto e ficou esperando-o sair para a escola. Após um tempo, ele saiu de casa, e a aparência de hoje era a mesma que tinha todos os dias... Blusa de manga longa por debaixo da lusa do uniforme, calça jeans muito folgada com um cinto caído de lado, cabelo um pouco grande e bagunçado, e ele nunca ligava se o cabelo ficava na frente dos olhos ou não... Era quase, eu disse QUASE, uma mistura de punk com playboy, mas de playboy ele só tinha em ficar limpo e cuidar de sua roupa... Outro estranho.

Mas Hikari gostava disso, e com todos os dias que fiquei observando-a consegui tirar uma conclusão, stalkers me dão medo.


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