Os Guardiões escrita por Mariane, Amanda Ferreira


Capítulo 23
Conheço um conselho


Notas iniciais do capítulo

Oiiie aki estamos nós com boas novas!
Isso mesmo capítulo novo. Isso pode acontecer caso nós tenhamos inspirações. Cp adiantando porque finalmente uma de nós vai viajar! o/ Então curtam e esperem o próximo.
Lá vai hein?
Boa leituraaa!
P.s.: Foto do cp é a cheia de surpresas e micos, ninguém mais, ninguém menos que Katherine ou a maluca da Kate. ♥♥



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Eu sonhei com fogo. Sonhei que estava mergulhando nele. Minha pele estava tão quente que eu mal podia deduzir meus pensamentos, mas não era dolorido. Na verdade era ate aconchegante.

Esqueci-me de gritar, de xingar, de se quer pensar no que tinha visto. O calor era bom e suficiente. Mas meu sonho mudou. Transformou-se em uma casa... Não, casa não. Um tipo de templo. Paredes escuras se erguiam em meio às colunas e o piso negro refletia a minha imagem.

A sala estava vazia e era redonda como um tribunal. Janelas a cercavam, embora estivessem tampadas por cortinas cor de vinho e uma porta grande de carvalho branco ficava na extremidade. Ela rangeu e se abriu revelando um corredor e uma velha "amiga" de sonhos anteriores: Kora.

Seus cabelos negros se balançaram com uma leve brisa que entrou pela porta e seu vestido de seda preto a deixava com um corpo escultural.

Ela sorriu. Um sorriso explicitamente falso e se aproximou de mim.

– Olá querida! - falou com sua voz que emanava poder.

Não respondi. Olhei para o chão escuro.

– Ah, por favor, Kate. - eu podia sentir que estava revirando os olhos. - Te convoquei porque pelo o que eu me lembro, nós temos um acordo a tratar. Lembro-me de ter feito uma proposta.

– Vou me lembrar de recusar. - resmunguei.

– Essa não é a resposta que estou esperando. - falou.

– O que você quer? - ergui os olhos encontrando um olhar negro feito à noite.

– Eu quero sua lealdade Katherine. - deu de ombros e girou os dedos fazendo uma cadeira surgir. – Simples.

– Não sou tão idiota de ser leal a você. - retruquei. - Então minha resposta é não.

Ela me encarou estreitando os olhos, como se procurasse por alguma brecha de duvida na minha resposta.

– Me ter como inimiga será muito pior. - ela se sentou suspirando. - Sabe... Sua mãe é assim, exatamente como você. Teimosa e fraca.

– O que sabe sobre minha mãe? - perguntei sem pensar. - O que você sabe?

– Eu sei muitas coisas Kate. - respondeu. - Mas sei especialmente sobre sua mãe.

– Não vai me pegar com isso. Ela está morta. - falei sem emoção.

– Morta? - ela se levantou e caminhou na minha direção. - Quem disse tal absurdo? Ela está viva e muito viva.

Encarei-a tentando ver se não estava me manipulando.

– Está mentindo. - falei.

– Por que mentiria? - sorriu. Fiquei muda tentando pensar em algo coerente.

– Se você ficar do meu lado, saberá tudo sobre sua mãe. Tudo o que precisa saber e... -Ela olhou para porta entreaberta. Fechou a cara e soltou um rosnado baixo. – Sabia que o seu guardião é um pé no saco? - fez uma careta. - Sempre me atrapalhando.

– Meu o que?

– Enfim... Pense no que te falei. - olhou mais uma vez para a porta e a imagem a minha volta ficou embaçada. – Saberá tudo Kate. Tudo o que eles escondem de você.

A imagem então se dissolveu e ela desapareceu junto com minha consciência. Meus olhos estavam pesados. Minha cabeça doía e eu não tinha certeza se o sonho tinha acabado, mas felizmente ouvi vozes a minha volta e senti meu corpo se balançar.

– O que .....falar? - era uma voz feminina.

– Pode ser um vazamento. – respondeu outra voz masculina. Fez-se silencio.

Abri os olhos e minha visão não era boa o suficiente para deduzir onde estava, mas julguei que devia ser um carro por sentir que meu corpo estava em movimento.

– Será que os pais dela estão vivos? - perguntou a voz feminina que comecei a reconhecer.

– Não tenho certeza, mas você se lembra do Valentim? - falou a voz masculina.

– O que procurava a filha perdida. Claro que me lembro!

– Se ela tiver sorte....

Então minha cabeça doeu mais e senti tudo ficar escuro novamente. Tombei de lado e meu corpo ficou leve.

– Assume o volante. - ouvi ao fundo e segundos depois, mãos fortes seguraram minha cintura impedindo minha queda e então eu adormeci.

Acordei desorientada com gosto de ferrugem, sangue e sal na boca. Minha cabeça latejava de uma forma que eu nunca imaginei ser possível. Eu queria, melhor, eu necessitava me mexer, mas meu corpo não obedecia. Abra os olhos! Ordenei a mim mesma e com muita relutância consegui.

Fitei um teto branco com alguns desenhos que poderia dizer que foram feitos por carvão. Eram abstratos, mas em alguns eu jurava poder ver olhos, cabelos esvoasantes, uma mulher soprando e coisas assim.

Eu estava em um quarto, que definitivamente não era meu. Por um momento pensei que tudo o que eu havia visto fora um sonho e que eu havia parado no quarto errado, na Kince Joyce. Mas foi quando vi aqueles olhos azuis inconfundíveis.

Sufoquei um grito e encarei-o brincar. Ele literalmente acendia e apagava uma pequena chaminha no seu dedo indicador.

– Oi. – falou sorrindo como se aquela cena fosse tão comum quanto passar manteiga no pão.

Fiquei congelada de olhos arregalados. Então ele esticou a mão e eu me afastei com tanta rapidez que me senti tonta.

– Katherine Alicia Hankor, isso é um sonho. Você vai acordar daqui a pouco na sua cama na Kince Joyce com suas amigas sorrindo para você. – falei respirando fundo e fechando novamente os olhos com extrema força. Rezei para que eu acordasse daquele pesadelo miserável.

– Jura? Alicia? – falou ignorando o resto do que eu havia falado. Merda! Merda! Você ainda ta ai seu filho da mãe!! Meu Deus isso é um sonho! Tem que ser! – Sabe, pensando bem, suas inicias formam K.A.H. Parece ate empresa de telefonia. Pensei ter ouvido seu nome de outro jeito.

– Esse é meu nome. O da escola é um erro. - falei sem pensar.

Fechei novamente meus olhos. Respire Katherine. Isso é um sonho. Infelizmente quando os abri de novo ele continuava lá brincando com a merda daquele dedo.

– DA PRA PARAR DE FAZER ISSO? – choraminguei desesperada.

Levantei-me aflita e comecei a andar em círculos ignorando os protestos de dor em meu corpo. Ele me olhou arqueando as sobrancelhas e sorriu

– Céus eu devo estar em coma né? Por que não ACORDO?

– Por que isso não é um sonho. – falou e sua tranqüilidade me apavorou fazendo com que minha dor de cabeça redobrasse.

– Nenhum ser comum pode fazer isso! – falei apontando para seu dedo que continuava a inflamar e apagar.

– Lógico que não. – respondeu franzindo as sobrancelhas – Só guardiões dominadores do fogo.

– Me poupe disso. Essa droga não existe. Você não existe. Isso é um sonho! – falei ferozmente.

Minhas mãos começaram a formigar. Ergui-as olhando os dedos compridos. Minha pele ficou quente e vi a ponta dos meus dedos ficarem avermelhadas e então pequenas chamas azuis surgiram e foram se espalhando apenas deixando um calor no lugar. Quando dei por mim, minhas mãos estava em chamas.

– Ah! – gritei em desespero – APAGA!! APAGA!!! EU VOU MORRER!!! ESTÁ ME QUEIMANDO!

Apesar de eu não sentir minha mão doer ou ate mesmo vê-la ficar em carne viva permaneci gritando por um tempo. Ate que cansei e gradativamente o fogo sumiu.

– O que foi isso? – perguntei exausta.

– O porque de você estar aqui. - respondeu sem interesse.

– Meu Deus do céu!

– Acredita agora? – falou sorrindo daquele modo convencido que só ele.

– Mas... mas...

– É confuso? – falou se aproximando – Imagino que sim, mas você supera. Garanto. Só não surta, por favor.

– Minha mão há poucos segundos pegou fogo e eu não me machuquei. – falei tremendo – Segundos atrás você acendia, ou sei lá o que, esse seu dedo bizarro e apagava. E você não quer que eu surte?

Eu arfava e o encarava incrédula.

– Basicamente? – respondeu – É isso.

Não pude conter meu riso nervoso e logo em seguida a crise de choro.

– Oh não! – gemeu e se aproximou ainda mais. Joguei-me na cama e permaneci lá chorando desenfreada e socando o travesseiro.

– Que tipo de aberração eu sou? – choraminguei.

– Obrigada pela parte que me toca. – falou fingindo um desapontamento.

Rosnei baixinho.

– Ok. Ok. – falou dando um longo suspiro. – Onde esta Maggie quando preciso?

Só de ouvir o nome tremi.

– Nunca mais fale dela em minha presença. – esbravejei socando mais forte o travesseiro.

– Hei se você rasgar meu travesseiro vai ter que comprar outro! – resmungou. – O que você tem contra Maggie? Parecia gostar dela.

Eu o encarei perplexa.

– O que eu tenho contra Margareth? – falei respirando fundo para não gritar – Alem do fato de ela estar apaixonada pelo meu namo... Lucas... se você é real então o lobo... Oh meu Deus! Em que eu fui me meter?

– É. Ele é um lobo – falou indiferente.

– Isso é louco demais pra mim.

– Isso não é nem o começo. – falou e o olhei confusa. Bom saber.

– Pelo amor de Deus para de me confundir! – supliquei.

– Mas eu não fiz nada. – respondeu fazendo bico. Gente por que você é tão sexy? – Emfim, mas isso não vem ao caso, não tenho autorização para te falar nada... Falando nisso...

Ele foi ate o banheiro e voltou com uma muda de roupa entregando-me.

– É melhor você se trocar antes de ver o conselho... Essa não é a roupa mais apresentável. – falou apontando para o espelho – Você precisa de um banho.

Olhei-me no espelho e tomei um susto. Meu cabelo estava chamuscado nas pontas e oleoso, eu vestia uma blusa horrorosa de algodão branca e um short do mesmo tecido verde. Minha pele estava tão pálida que eu poderia ser facilmente um fantasma, o que realçava em massa minhas sardas. Eu estava com olheiras profundas e o rosto amassado.

– É... eu estou linda. – falei sarcasticamente. – Qual das portas é o banheiro?

– A da esquerda. – respondeu – De nada.

Encarei o banheiro de azulejos azuis e brancos. Entrei no boxe e liguei o chuveiro deixando a água descer pelo meu corpo. Tentei clarear a mente e colocar tudo em ordem.

Primeiro: meu namorado era um lobo. Segundo: saia fogo das minhas mãos assim como Nicolas. Terceiro: eu estava num lugar desconhecido com um idiota. Quarto: como vou contar isso para minhas amigas? Quinto: eu...

– Chega Kate. - falei fechando os olhos. Fiquei longos minutos ali. Ate que me sequei numa toalha azul-escura, torci os cabelos e me vesti com a roupa que ele me dera. Um short jeans, camiseta preta e meias. Sai hesitante do banheiro. Encontrei uma cena um tanto.... Boa.

Nicolas estava de costas sem a camisa e remexia numa gaveta. Ele se virou e fez uma careta. Tentei não parecer uma tarada ao ver seu abdômen sexy.

– Eu só.... - apontou para a porta. - Foi mal. Já estou indo.

– Nicolas? - chamei antes de ele sair.

– O que? - ele se virou vestindo a camisa preta.

– Por que estou na sua casa? No seu quarto?

Ele franziu a testa como se pensasse.

– Porque é o melhor lugar para você ficar hospedada, por enquanto.

Assenti e andei ate a cama onde um par de all stars preto descansava. O olhei e ele fez um gesto com as mãos afirmando, depois saiu.

Calcei os tênis e me olhei no espelho. Básica e estranha. Era assim que eu estava me sentindo. Estranha. Procurei uma escova de cabelo e por fim encontrei. Penteei os cabelos embaraçados ate que seus cachos se desmancharam para logo nascerem de novo quando o cabelo se secasse. Lá estava uma ruiva pálida, magra e cheia de sardas. Como eu queria minha maquiagem agora... Dei um pulo com duas batidas na porta e antes que eu fosse abri-la, a cabeça de Maggie já estava para dentro com um sorriso amarelo.

– Posso entrar?

A encarei. Ficamos assim por muito tempo ate que eu falei.

– Olha, eu sei que aqui não é minha casa, mas sai, por favor. – falei respirando fundo.

– Kate, realmente prec...

– Margareth, por favor! – falei um pouco mais estressada.

– Não... me... chama... assim... – rosnou e prateleiras que ficavam acima da cama cheia de livros tremeram.

Me perguntei se ela tinha algum dom também. Se tinha fogo nas mãos, mas algo me dizia que não.

– Eu estou pedindo com educação mas não garanto muita coisa! – falei com a voz aguda – Saia ou eu SAIO! - gritei.

– E se eu não te deixar sair! Se EU não quiser sair! – gritou mais alto.

– Você não ousaria... – respondi a olhando sanguinária.

– Ou?

Antes que eu pudesse me controlar senti meu corpo formigar novamente. Minha visão ficou nebulosa e PUM! Um circulo de fogo fez-se em volta de Maggie impedindo-a.

– E agora você vai me impedir como? - falei venenosamente – Vai pro Inferno.

– Você ta me tratando assim por quê? – gritou e percebi que ela estava se segurando para não chorar – Não te fiz nada sua maluca!

– Não me chama de maluca. – gritei de volta e senti uma bola formar-se na palma da minha mão esquerda. – Ou eu realmente serei uma louca. Nunca vou te perdoar!

Ergui a bola mirando-a, Maggie me encarava horrorizada. Ergui a mão e falei sibilando em cada palavra.

– Isso foi por roubar o meu namorado, sua hipócrita filha da p...

– PARA COM ISSO!!!!!! – falou uma voz poucos centímetros de mim. Nicolas reconheci.

Ele agarrou meus braços fazendo-me me desconcentrar de minha bola e do circulo que prendia a Maggie.

– Vagabunda! – choraminguei me debatendo inutilmente nos braços de Nicolas.

Fiquei lá me debatendo e choramingando por um tempo, sendo encarada como se eu fosse louca por Nicolas e Maggie, ate que por fim, me soltei de Nicolas com força.

Ele segurou meu pulso antes que eu avansasse em direção a sua irmã.

– Porque tanto escândalo? – falou me encarando com uma expressão mal-humorada.

Então Maggie riu fechando a porta.

– Eu vou te matar sua hipócrita vaca! – resmunguei.

– Ei! – falou Nicolas – Essa é a minha casa Katherine, então respeite minha irmã!

Não falei nada.

– Porque ela está te xingando tanto? - ele perguntou a Maggie.

– Ela acha que eu sou apaixonada pelo Lucas. – falou Maggie rindo e olhando pra mim.

– Lucas? – falou Nicolas franzindo a sobrancelha – Da onde ela tirou isso?

– Não falem de mim como se eu não estivesse aqui! – rosnei – Como eu soube Nicolas? "Eu nunca deixarei de amá-lo Nicolas. Eu amo o Lucas e isso nunca vai mudar." – falei tentando imitar a voz de Maggie.

Os dois me olharam e depois trocaram um olhar divertido.

– Você não faz ideia da besteira que está falando. – falou Nicolas me olhando como se eu fosse idiota – Lucas é nosso irmão.

Fiquei petrificada sem saber o que pensar. Os dois me olharam esperando minha reação e o que aconteceu foi minha cara queimar, literalmente.

Minhas mãos ficaram quentes e de novo as chamas surgiram. Dei um pulo do lugar e balancei a mão freneticamente tentando parar o fogo. Andei pelo quarto e por fim bati a mão na cama ate o fogo se apagar.

Nicolas me olhou de cara feia, mas logo mudou quando Maggie começou a rir. Ele a olhou e começou a rir também. Fiquei encarando os dois darem gargalhadas. A risada de Maggie era melodiosa e contagiante. A de Nicolas era rouca e divertida. Eles riram por longos segundos ate que pararam, me olharam e começaram a rir de novo.

– Será que dá pra parar? - falei não aguentando mais. - Eu já entendi que sou uma idiota.

Eles me ignoraram e Maggie andou ate a cama se jogando nela e rindo mais ainda.

– Parem! - gritei e finalmente eles me olharam com as bochechas vermelhas.

– Desculpa Kate. - falou Maggie. - É que isso foi hilário.

– Foi mesmo. - falou Nicolas indo ate a porta. - Vou ate beber água e deixar vocês conversarem. - se virou para mim. - Não destrói nada.

Ele saiu fechando a porta e eu me virei encarando Maggie sentada com os pés na cama.

– Kate, não precisa ficar envergonhada. - falou. - Você julgou mal porque ouviu atrás da porta. - segurou um riso.

Fiz cara feia.

– Mas... Isso acontece. - falou dando um sorriso. - Eu jamais roubaria seu namorado.

– Eu... Não sei o que dizer.

– Tudo bem. - falou respirando fundo. - Mas a parte de que eu o amo é verdade. Isso nunca vai mudar. - sua expressão ficou triste.

Andei hesitante e me sentei na beira da cama. Eu me senti um pedaço de nada, depois do papelão que fiz.

– Desculpa Maggie. - falei cabisbaixa. - Eu fui idiota... De novo.

– Tudo bem. - falou. - Só retire tudo o que disse.

A olhei e ela sorria divertida. Deixei-me sorrir.

– Eu retiro.

– Ótimo. - sorriu. - Também te amo.

Estiquei os braços e ela me abraçou imediatamente. Agradeci silenciosamente por ela não me odiar.

Contou-me histórias sobre quando Lucas ainda morava naquela casa e em como era difícil ter de deixá-lo. Contou-me também que historia do lobo era uma maldição, o que eu já sabia depois que Nicolas me contara quando eu estava pesquisando. Então agora eu sabia: Lucas era amaldiçoado e um escravo de Kora.

Assim que saímos do quarto vi-me diante de uma casa rústica e bonita. Piso de madeira, paredes claras com vários quadros pelo corredor, moveis antigos e modernos misturados dando um ar diferente. Descemos escadas com corrimões também de madeira e na sala de estar tinha fotos espalhadas de Maggie e Nicolas sorrindo, junto com.... Lucas. Suspirei olhando as fotos e me perguntei onde estavam os pais de Maggie e Nicolas, mas pelo jeito não estavam por ali.

Saímos da casa e me senti tonta ao olhar a minha volta. A rua era cheia de casas estilo chalé, as calçadas eram de cimento branco e haviam postes de lampiões espalhados por todas as esquinas. Ao longe podiam-se ver vales, montanhas e grama verde em abundancia. Era lindo, perfeito. O ar cheirava a rosas e não a fumaça e fogos como Londres. Havia crianças correndo por todos os lados e adultos conversando. Lojas de conveniência e coisas do gênero. Poderia ser muito bem um lugar comum, mas eu sabia que estava longe disso.

Caminhei distraída observando tudo. Chegamos por fim ao ‘centro’ como Maggie denominou.

Era um pouco longe de onde se localizava a casa de Maggie e aos poucos notei que se perdia o estilo século passado e ficava mais moderno. Aos poucos surgiam prédios completamente de vidro e aço.

Por fim entramos no maior prédio do qual pude notar. Dentro era como o templo do meu sonho, porem era de cor clara, com colunas que lembravam a Grécia e piso de madeira-clara. A sala era redonda e possuía uma enorme mesa no centro e mais nada alem das janelas. Cada cadeira tinha uma almofada vermelha e estava ocupada pelos tipos de pessoas que você chamaria de "bem cuidadas".

Ao todo pude contar seis pessoas, sendo três homens e três mulheres.

Eles me encararam e depois a Nicolas que vinha na minha frente.

– É bom vê-lo senhor Heenk. - falou um homem que se sentava na cadeira que ficava de frente para mim. Ele tinha a pele cor de chocolate, olhos castanhos e era careca. Usava uma roupa simples.

– É bom vê-lo também Senhor Endor. - falou Nicolas fazendo uma breve reverência a todos ao mesmo tempo.

– É a nossa guardiã? - perguntou uma mulher de longos cabelos loiros e lisos, olhos azuis e pele rosada.

– Sim senhora. - respondeu Nicolas.

– Fez um bom trabalho Nick. - sussurrou um homem da esquerda. Tinha um cabelo negro, crespo e pesado. Os olhos, pude reconhecer era do mesmo tom de Nicolas e Maggie, mas o rosto era tenso e rabugento. A pele era bronzeada e no rosto uma rala barba se estendia.

Nicolas assentiu meu sem jeito e depois se virou para os outros respirando fundo.

– Conselho dos anciões. - falou em voz alta. - Está é Katherine Hankor. - anunciou Nicolas e senti meu rosto ficar vermelho. - Nova guardiã do fogo.


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Notas finais do capítulo

Perdão pela demora, já tínhamos postado no Animes e não deu para entrar aqui para colocar em dia. Portanto dois capítulos hoje e ficará igual ao outro site.
beijos amores



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