Ele não olhava pra mim, apenas caminhávamos entrando novamente na casa, pude perceber um lugar que eu não conhecia ainda.

Era um lugar novo, mas aparentemente não tinha saída, eram apenas vários

corredores, um lugar onde se você não soubesse exatamente onde estava indo você não saberia voltar.

Eu apenas o acompanhava, então por um momento eu pensei no que vestia agora eu vestia as roupas que sempre usei roupas normais, não Kimonos ou vestidos cheio de babados, era apenas roupas normais.

O clima ali era horrível, não havia cheiros, nem brisas era apenas um corredor, com o chão de madeira e as paredes num tom de creme com ostentadas no luxo.

Simples, mas impecável.

Marcus caminhava sério, eu apenas estava deslumbrada por estar em um lugar tão grande.

Então chegamos em uma parte onde não havia mais para onde caminhar, era apenas uma parede, mas a diferença era que ele era feita de madeira.

Marcus fez algo que eu não consegui entender, não sei se tocou na parede, não consegui entender ao certo, mas ela se abriu, e fiz um ruído horrível, era como se pessoas estivessem gritando, alias... Havia sons de pessoas gritando.

Olhei apavorada, os sons foram aumentando em questão de segundos, então apareceu na minha frente uma porta de ferro, Marcus esperou que a abrissem, homens com mascaras que cobriam o rosto todo a abriram, elas deixavam os olhos a vista, mas tinha desenhos estranhos, abstratos e sem vida.

Andamos pelo local, e os gritos se tornaram mais pertos e fortes eu ouvia nitidamente.

Quando vi era como se eu estivesse em um manicômio...

Havia mulheres, mulheres quase totalmente nuas ali, com suas roupas rasgadas, algumas estavam largadas em algum canto, e outras estavam com os braços amarradas com alguém fincando pequenas facas nelas e rindo da situação.

Tive nojo, tive vontade de sair correndo e chorar, mas que tipo de lugar era aquele!? O que estava havendo?

Olhei para canto esquerdo e ali havia uma jovem, muito bonita ela estava com um com ataduras pelas pernas e percebi que uma das pernas dela havia amputado.

Eu quis gritar...

Marcus me puxou e me fez olhar aquilo mais e mais, elas estavam em cubículos, feitos de vidros ou algo semelhante juntamente com a sua porta.

Havia crianças ali.

Eu senti ódio.

As crianças que tinham entre 3 e 7 anos, estavam totalmente mutiladas algumas sem braços, outras sem mãos, uma lagrima escorreu dos meus olhos, como? Como eu poderia estar vendo isso? Que tipo de monstro ele era?!

Uma coisa me chamou atenção, uma garotinha bem pequena eu me aproximei para vê-la, ela estava com a cabeça baixa, mas quando ela olhou pra mim.

- Mas que droga é essa!?

Não consegui, eu evitei um grito, mas não ter dito isso, a garotinha olhou pra mim e tentou sorrir, mas foi em vão seus lábios haviam sido costurados uns nos outros e ela estava com uma toca, ela automaticamente o tirou e ali ela mostrou que havia mais cicatrizes que iam dês do centro do crânio até provavelmente descer.

- Você vê? O que eu criei?

Ele me puxava e andávamos em quanto às mulheres e crianças gritavam pedindo ajuda...

- Agora vamos continuar, prometo que logo acabará.

Eu estava em choque, eu não sabia o que fazer, nem o que falar, eu queria chorar, gritar, essas imagens, eram terríveis.

Elas com certeza seriam fantasmas que permaneceriam para sempre em minha memoria.

Marcus segurou a minha mão e me parou, ele sorriu pra mim e me fez dançar valsa com ele enquanto andávamos pra frente, ele cantarolava uma musica, eu estava tonta e queria sair deste local.

- E vamos a minha parte preferida do meu pequeno circo dos Horrores.