Bring Me Back To Life escrita por Elizabeth Watson


Capítulo 9
Capítulo 9.


Notas iniciais do capítulo

Nossa!Esse foi rápido!Desculpe-me por le estar meio curto,tentarei compensá-lo depois,o.k.?Enjoy and Enjoy.



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– Espere, como é?!

– É isso mesmo que você ouviu Sarah. Nós vamos sair. Chame o seu amigo. Esteja arrumada em duas horas, ok? Não se preocupe com os seus pais.

Depois desse tiroteio interrupto de informações ela saiu fechando a porta. Suspirei. Bem, vamos sair então!

Tomei um banho quente ao som de Decode da Paramore. Sequei meu cabelo e passei um perfume. Escolher a roupa seria mais difícil.

Peguei um vestido curtíssimo preto e botas acima do joelho. Um bracelete e algumas pulseiras, meu colar de safira e pronto. Passei algo leve nos olhos, dando destaque à sombra azul no canto dos meus olhos que destacavam não só os meus olhos, mas a safira que pendia do meu pescoço também. Dei uma checada no espelho. Uma mulher sexy e confiante me olhou de volta.

Sorri dando-me por satisfeita e vi a mensagem de Oliver dizendo que já estava pronto.

Fui para baixo avisar Helena e ela estava incrível. Ela usava um vestido de couro preto com um decote que resaltava seus seios fartos. Seus olhos estavam marcados por sombra preta e seus lábios estavam vermelhos rubro. A boa e velha Helena sexy e dona de si estava de volta.

Ela me olhou e arquejou.

– Ai meu Deus, você está incrível!

– Eu?! Olha pra você!

Rimos e alguém buzinou lá fora.

– Derek chegou com a Laila. Nós vamos buscar seu amigo dos olhos âmbar na frente da Starbucks. Vamos?

– Vamos. Mas onde estão meus pais?

–Isso não importa. Vem! - ela me puxou pelo pulso e fomos até o carro.

Cumprimentei Derek e Laila. Derek com uma camiseta polo cinza que destacavam os olhos da mesma cor e Laila com um corpete/vestido vermelho e preto que destacavam os cabelos.

O caminho foi de pouca conversa, eles faziam mistério quanto ao nosso destino, dizendo que era uma”surpresa de aniversário”. Eu só sabia que queria que Oliver estivesse comigo logo. Paramos na Starbucks e Oliver estava lá. Suspirei. Ele colocara uma calça caqui e uma camisa de botão azul. Ela estava simples e lindo. Era estranho até, fazia-o parecer mais velho, principalmente pelo fato de ele não ter se dado ao luxo de fazer a barba naquela manhã.

– Olá. - disse entrando no carro e fechando a porta.

Seu olhar se dirigiu primeiramente ás minhas pernas se demorando nelas, depois foi subindo até a minha clavícula, checando se o presente valioso estava no devido lugar e finalmente encontraram meus olhos.

– Oi. Você está linda. - ele disse.

– Obrigada. Você também. - respondi.

Ficamos em silêncio o resto do caminho. O único som eram os solos de Jimmi Hendrix no rádio.

...

– Crianças, chegamos. - Helena anunciou.

Estávamos em frente á uma balada cara de San Diego. Cabiam 5.000 pessoas ali fácil.

– Então, eu vou comemorar meu aniversário numa balada de mauricinhos e patricinhas? - perguntei.

– Esqueça os mauricinhos. Você está com os fugitivos da estadia do sanatório! Isso não é perfeito?!

–Espero que sim...

Eles riram e Derek pagou os ingressos junto com Laila.

Entramos.

Esquadrinhei o lugar com os olhos: o bar era enorme, com inúmeras vodkas coloridas e muito whiskey. A área do camarote e do DJ estava rodeada de pessoas e uma multidão encontrava-se esmagada na pista dançando ao som da batida eletrônica.

Segurei a mão de Oliver e o olhei. Ele tinha um leve sorriso torto nos lábios.

–O que foi? - perguntei alto em sua orelha.

–Vem, vamos dançar! - ele me puxou para a pista.

Tentei imitar as inúmeras pessoas dançando. Reconheci algumas pessoas da escola que não pareciam acreditar que aquela era eu. Ignorei-os e me voltei para Oliver. Ele dançava bem enquanto um remix de Wrecking Ball da Miley Cyrus tocava. Melhor do que a música original. Pensei. Comecei a me mexer. Observei Helena dançando sensualmente com o namorado e vi Laila dançando de um jeito provocante para um homem aleatório. Resolvi dançar com o meu parceiro também.

Quando a música acabou, decidi que precisava de uma dose de whiskey.

–Ei. -falei no ouvido de Oliver. - Vamos beber alguma coisa?

Ele apenas assentiu com a cabeça e me seguiu até o bar.

– O que desejam? - o barman perguntou.

– Uma dose de whiskey e... - olhei para Oliver.

– Um pouco de Absolution. - completou.

O homem saiu e Oliver chegou mais perto.

– O que está achando do aniversário?

– Legal, mas eu não gosto muito de dançar... Eu componho e canto, não danço.

– Entendo. Acho que uma balada não é um lugar adequado para um poeta. Quer escapar um pouco?

Nossas bebidas chegaram.

– Para onde você quer me levar? - dei um gole no whiskey.

– Você vai ver... - ele disse misterioso.

Terminamos nossas bebidas rápido e saímos da balada. Ele me mandou fechar os olhos e me pegou no colo.

– Você gosta mesmo de me pegar no colo, não é?

– É divertido ter você nos braços. - disse simplesmente.

Ele andou por muito tempo, então me colocou num lugar fofo e pude ouvir o barulho do mar.

– Não pudemos vir da última vez, então...

Dei um sorriso fraco e o abracei.

– Meu sonho sempre foi passar o meu aniversário na praia Oliver, mesmo que eu não possa me jogar no mar. Obrigada.

Ele sorriu.

– Parece que eu sempre acerto.

– Considere-se sortudo.

Então ficamos um longo tempo em silêncio, apreciando o barulho das ondas e o cheiro do mar.

– Olhe para ela, subindo, descendo e levando tudo consigo. É um turbilhão de intensidade e ás vezes a mais calma e serena brisa. Olhe como um simples olhar é relaxante e um simples feito errado é mortal. - ele disse depois de um tempo.

– O que é? - perguntei.

– O mar. Estamos aqui faz quase uma hora apenas apreciando a vastidão do mar, sua prima e os amigos dela devem estar nos procurando. - dizendo isso se pôs de pé e me ajudou a levantar. Bati um pouco a areia do vestido e segui até a balada.

– A frase se encaixa como uma descrição sua, também. - ele sussurrou no meu ouvido antes de entrarmos. Senti-me arrepiar.

Não sei se a frase que ele fizera era uma descrição minha, mas ela realmente havia me marcado. Eu sou uma flor selvagem, como em Alice. Pensei. Bem agora isso não importava, eu deveria procurar Helena e dizer que estava viva.

Fui andando até os banheiros, onde eu presumi que ela deveria estar com Laila, retocando o batom rubro.

Entrei lá, Laila estava parada concentrada em mexer nas pontas dos cabelos vermelhos e Helena estava inclinada em frente ao espelho tirando os borrados do batom.

– Um ótimo exemplo de como ser sexy sem ser vulgar. - comentei, despertando as duas garotas dos próprios pensamentos.

– Oi! Você fugiu com o garoto dos olhos âmbar, não é? - minha prima perguntou.

– Sim. Fugi. Ele me levou até a praia.

– E o que vocês ficaram fazendo?

– Nada, só vendo o mar.

Ela deu um bocejo dramático e exagerado. Dei um tapa em sua coxa.

– Ei! Minha coxa branquíssima não é alvo de tapas, ok? Não quero andar por aí com a perna marcada por mãos.

– Ok, apenas pare de insinuar coisas. Eu e Oliver somos apenas amigos!

– Então por que ele te deu esse colar lindo?

– Espera, foi ele que deu esse colar? - Laila acordou subitamente, como se alguém tivesse chacoalhado-a.

– Sim, foi.

– Ele gosta de você. - ela disse.

– Como você pode afirmar isso com tanta certeza?

– Ela me parece valiosa demais pra sair dando pra qualquer uma. Existem coisas que você não dá para uma só amiga. Uma joia dessas é esse tipo de coisa.

– Ah, Deus! Eu desisto! Vou beber. Vocês me acompanham?

– Claro! - responderam em uníssono.

Seguimos até o bar. Oliver e Derek estavam conversando avidamente sobre um assunto inaudível para terceiros com aquela barulheira toda.

Tomei mais uma dose de whiskey e decidi parar, pois não queria ficar bêbada, mesmo que parecesse certo ficar bêbada no próprio aniversário de 18.

Oliver estava fumando um Black Devil de chocolate. Embora a lei de não fumar em lugares fechados valha para todos os lugares, a lei não parecia se aplicar àquela boate e Oliver aproveitou isso. Eu também teria aproveitado.

Fiquei pensando no fato do barman não ter pedido nossas carteiras de identidade e no que aconteceria se ele tivesse pedido. Bom, acho que não aconteceria nada, ele apenas não nos daria bebida.

Então eu me virei para a multidão e fiquei observando: uma garota estava chamando atenção de modo vulgar num canto, provavelmente chapada, um tumulto de casais de todas as preferências sexuais beijavam-se no meio da pista junto com uma música lenta que eu não conhecia, algumas pessoas estavam aqui e ali fumando seus cigarros e apenas pareciam quererem ficar em paz.

Senti Oliver segurando meu pulso.

– Vamos dançar? - li seus lábios.

Assenti e seguimos para a pista. Eu não sabia como dançar uma música lenta, então observei alguns casais por alguns segundos e comecei a dançar com Oliver.

– Sabe, a descrição que eu fiz de você, te comparando com o mar ela é realmente verdadeira. Você, para mim, é do jeitinho que eu descrevi.

– E isso é bom?

– É perfeito.

– E a garota do seu trabalho?

Ele suspirou. Senti seu hálito: era uma mistura de vodka, whiskey e cigarros.

– Vamos trocar de assunto ou simplesmente dançar.

– Ok.

Recostei a cabeça em seu peito e continuei dançando em silêncio. Eu o conhecia a o que? Um mês? E ele já sabia mais da minha vida do que até meus pais. E eu não sabia de quase nada sobre sua vida. E eu precisava saber.

– Oliver, quando você vai me contar mais sobre a sua vida? Sinto que você me conhece por inteiro, mas eu não te conheço nem um pouco.

Ele me olhou.

– Você me conhece mais do que qualquer pessoa, Sarinha. Outro dia eu conto. Aqui não. Hoje não. É o seu aniversário, então se concentre em você.

– Tudo bem...

Dançamos mais duas músicas lentas e voltamos ao bar. Laila e Derek pareciam discutir como dois irmãos.

– Não! Eu não vou pra casa agora só porque já são duas da manhã! Você não manda em mim, Derek Acker! - ela colocou o dedo no meio do peito dele.

– Baixinha você vai embora sim! Nós todos vamos embora daqui a pouco e você vai junto e nada de reclamar!

– Quero ver você me tirar daqui. Eu não fugi da clínica à toa.

– Eu te tiro daqui nem que eu tenha que te carregar, baixinha! Agora vá aproveitar a festa antes de irmos embora.

Ela bufou e saiu, mexendo sensualmente conforme a música.

– Eu vou ao banheiro e daqui três músicas a gente vai embora, ok? – eu disse.

Derek assentiu.

–Vai lá.

Caminhei até o banheiro.

Se o barulho lá fora era horrível, dentro do banheiro não se ouvia o menor suspiro.

Retoquei a maquiagem, dei uma arrumada no cabelo e ouvi uma respiração abafada do último banheiro. Meus músculos retesaram-se e eu me arrepiei. Fui andando até a última cabine e o que eu achei me chocou: a garota estava pendurada pela garganta, o nó levemente frouxo para a morte não ser instantânea, a garganta sangrando, as roupas resumiam-se em sangue. Vi-a sibilar “e-el” então seus olhos encheram-se com o vazio e a escuridão.

E naquele momento, eu podia jurar que vi algo vermelho esvoaçante passando e fechando a porta.


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Notas finais do capítulo

E aí,gostaram?!PELO AMOR DE DEUS,COMENTEM!Tchau,beijão.