A Srtª. Saori Kido acompanhada do Sr. Tatsumi Tokumaru chegou ao Aeroporto di Frienze, em Florença na Itália. Após a guerra contra Hades, Saori adormeceu o espírito de Athena dentro de si para se dedicar aos negócios do pai, a Fundação Graad, que agora contava com o Instituto Kido, uma instituição filantrópica criada por Saori, para proteger órfãos no mundo inteiro, e foi por isso que Saori estava em Florença, ia se encontrar com um grande empresário chamado Anatole Cencini, que se dispôs a auxiliar a Fundação Graad a criar mais filiais do Instituto, principalmente na Itália. Saori e Tatsumi chegaram até a mansão Cencini onde foram levados pelo mordomo até o escritório, o jovem Anatole, alto, magro, de cabelos ruivos, lisos e compridos e olhos extremamente azuis, os recebeu com um sorriso.

– Srtª. Kido é um prazer recebê-la em minha casa.

– É um prazer conhecê-lo Sr. Cencini. – disse Saori sorridentemente - Deixe-me apresentá-lo meu braço direito na fundação, o diretor Tatsumi Tokumaru.

– Prazer em conhecê-lo Sr. Tokumaru. – disse Anatole.

– O prazer é todo meu. – disse Tatsumi, que na ausência de Saori foi nomeado, pela mesma, como diretor da Fundação Graad.

– Então Sr. Cencini – disse Saori – parece que o senhor se interessou em ajudar nossa Instituição.

– Ah sim! – disse Anatole, servindo-se uma taça de vinho – Aceitam uma bebida.

– Não, muito obrigada. – respondeu Saori educadamente.

– Eu estou bem, muito obrigado. – emendou Tatsumi.

– Sentem-se, por favor – falou Anatole, sentando-se atrás de sua mesa de madeira, Saori e Tatsumi sentaram-se do outro lado em duas cadeiras confortáveis.

– Bem, Sr. Cencini – disse Saori – suponho que o senhor já tenha visitado algumas de nossas instituições.

– Com certeza, e fiquei muito impressionado. Quem vê não imagina que aquilo tudo tenha sido feito por uma jovem de dezoito anos como você!

– Na verdade o trabalho maior é do Tatsumi, ele é quem coordena todos os negócios.

– Obrigado Srtª. At...er... Saori – disse Tatsumi – é muita bondade sua. Bom Sr. Cencini, os negócios da Fundação Graad estão indo maravilhosamente bem, mas com certeza uma ajuda como a do senhor seria muito gratificante!

– Imagino que seja Sr. Tokumaru. – respondeu Anatole sem repara no vacilo de Tatsumi e virou-se para Saori – Sempre gostei de me dedicar a ações filantrópicas, suponho que estejam cientes, mas infelizmente eu não tenho a sorte de ter alguém de alguém de confiança assim como a senhorita tem o Sr. Tokumaru, para pode me dedicar firmemente a essas boas causa. Então acredito que o Instituto Kido me ajudará a dormir mais satisfeito.

– É magnífico ouvir isso Sr. Cencini. – disse Saori – E como o senhor pretende nos ajudar.

– Ah! Teríamos que discutir melhor essa questão..,e...ah...– disse Anatole vacilando, e colocando a mão sobre a cabeça e fechando os olhos como se estivesse passando mal.

– Sr. Cencini o que aconteceu? – disse Saori.

– Não é nada – disse Anatole, mais calmo – eu estou tendo algumas crises de febre alta.

– Se o senhor quiser a Fundação Graad tem um hospital aqui em Florença – ofereceu Tatsumi.

– Não se preocupe Sr. Tokumaru – disse Anatole se recuperando – meu médico particular já está cuidando disso, receio dizer que sempre tive uma saúde um tanto frágil. Bom, sem dúvida estarei melhor ao fim dessa semana, darei um jantar com alguns amigos aqui em casa, seria um prazer recebê-los também, assim poderemos definir com mais calma todas as questões.

– Sem dúvida viremos sim Sr. Cencini – disse Saori.

– Srtª. Kido. Não sei por que, mas sinto uma forte ligação com a senhora, como se nosso encontro fosse destinado. É como eu já a conhecesse.

– Bom Sr. Cencini, agora mencionou também, quando o vi, achei seu rosto familiar.

– Talvez seja o destino dizendo que devíamos nos unir por essas boas causa.

– Talvez, bom espero que o senhor melhore.

– Muito obrigado.

Saori e Tatsumi saíram da mansão, e foram para o Aeroporto. Saori realmente sentiu que havia algo familiar naquele homem, com se os dois tivessem algum tipo de ligação, mas nem imaginava o porquê, era como se já tivessem se encontrado há muito tempo.

...

Na Ilha Canhão, um homem de cabelos azuis e com olhos acinzentados estava sentado à beira do vulcão no meio da ilha. Outro homem, loiro, com uma armadura vermelha e amarela, cujo peitoral formava a cabeça de um cavalo, e nas costas pendiam azas douradas aproximou-se dele.

– Quem é você e o que faz aqui? – disse o homem de cabelos azuis que não usava armadura, mas somente vestia uma camiseta azul com calça vermelha.

– Eu vim aqui matar o Cavaleiro detentor da mais poderosa armadura entra as de Bronze, talvez você saiba quem é ele – disse o homem loiro em tom irônico.

– Fico até honrado em saber que um guerreiro tão poderoso como você foi mandando para me matar – disse o homem de cabelos azuis.

– Ikki de Fênix – falou o homem loiro – se entregue e eu prometo que farei da sua morte a menos dolorosa possível.

– Antes disso – disse Ikki – me diga logo seu nome.

– Eu sou Damastor de Piróis, sou um dos Guardiões Solares de Hélio, o titã que personifica o Sol. Agora que já sabe quem é o seu carrasco, se entregue.

– Eu jamais me entregaria para um sujeito tão patético como você! – exclamou Ikki – Acha mesmo que poderia convencer um Cavaleiro de Athena a se entregar facilmente?

– Então morra! – gritou Damastor – Execução das Chamas!

Ikki desviou-se da grande rajada de fogo e foi para dentro do vulcão, a lava subiu e dela saiu o lendário Cavaleiro vestindo a poderosa e reluzente Armadura de Fênix.

– Morra você! – exclamou Ikki – Ave Fênix!

– Idiota! – disse Damastor depois que o golpe de Ikki o atingiu sem causar nenhum dano.

– Mas isso é impossível!

– Claro que é possível jovem Fênix! Não conseguirá me derrotar com seus golpes de fogo! Eu represento Piróis, um dos quatro Cavalos de Fogo que puxam a carruagem do poderoso Hélio! Eu sou um Semideus!

...

Nos Cinco Picos de Rozan, Kiki estava sentado perto de uma cachoeira quando Shiryu se aproximou dele junto com Shunrei, e a Armadura de Dragão dentro da urna em suas costas.

– Kiki – falou Shiryu – está pronto para ir para o Santuário?

– O que? – estranhou Kiki – Já estamos indo?

– Sim Kiki – disse Shunrei entregado uma sacola de viajem para Kiki – não quer receber logo sua Armadura? Já arrumei suas coisas.

– Muito obrigado Shunrei! – agradeceu Kiki

– Shunrei – disse Shiryu – eu não devo demorar a voltar, não se preocupe. E Kiki, segure isso!

– O que é isso? – disse Kiki segurando um bloco de madeira sólido, quadrado, com duas alças.

– É um bloco de madeira que tem o mesmo peso da urna com a Armadura dentro. Você vai carregá-la até o Santuário.

– O que?!

– E não iremos andar devagar! Até logo Shunrei!

– Adeus Shunrei, e obrigado por tudo!

– Adeus Kiki! Até logo querido, fique bem!

Shiryu e Kiki partiram para o Santuário de Atena esperando encontrar tudo em seu devido lugar.

...

No Santuário de Athena um homem de armadura azul e vermelha, a cabeça de cavalo estava no peito e longas asas estavam nas costas, chegou até a entrada, antes da primeira casa, e foi abordado por um jovem de cabelos loiro-escuro, usando uma armadura roxa, nova em folha. Ele parou em frente ao misterioso homem.

– Você está entrando em uma área proibida – disse o jovem – Identifique-se.

– Veja só – disse o homem calmamente – o Santuário de Atena, que já foi protegido pelos poderosos Cavaleiros de Ouro, agora está nas mãos de um mero Cavaleiro de Bronze.

– Eu não sou somente um Cavaleiro de Bronze comum. Eu sou o poderoso Jabu de Unicórnio!

– Sim, eu sei, você e alguns outros resistiram ao ataque de Thanatos.

– E isso nos exigiu que despertássemos o sétimo sentido.

– Sétimo sentido? Isso não é nada! Se quiser pode se render e talvez você morra sem sofrer Jabu de Unicórnio. Você sozinho não é páreo para mim.

– Eu não estou sozinho.

Atrás do homem apareceram mais dois jovens. Um deles vestia uma armadura laranja com garras nos ombros e o elmo de um leão, outro com uma armadura azulada usando um elmo com três pontas na frente da testa, e uma ponta de cada lado da cabeça.

– Então – disse o homem – se não são Ban de Leão Menor e Nachi de Lobo!

– Estava doido pra estrear minha armadura restaurada! – disse Nachi.

– É melhor sair daqui em paz – disse Ban – não vai derrotar nós três!

– E então meu caro invasor – disse Jabu elevando o cosmo – o que vai fazer?

– Haha! – riu o homem – Eu sou Basílio de Eoo, um dos Cavalos Luminescentes de Hélio! Um Semideus!

– Humano ou Semideus – disse Jabu – eu vou acabar com você! Veja meu novo golpe! Galope Voador!

– Garras Cortantes! – golpeou Nachi

– Avalanche de Leão Menor! – foi o golpe de Ban

O Galope Voador, que consiste em dar um chute carregado de cosmo próximo a velocidade da luz, foi parado com a mão esquerda de Basílio, a mão direita serviu para parar o golpe corporal de Nachi, que atacava com as mãos. De frente para o semideus, Ban surgiu com duas mãos entrelaçadas, golpeando bem no centro seu elmo. Com apenas uma expansão de cosmo Basílio desmaiou os três Cavaleiros de Bronze e despedaçou partes das suas armaduras.

– Hum! – resmungou Basílio – Esses são os poderosos Cavaleiros de Bronze? Thanatos era mesmo um fraco!

– Esses homens não têm nem metade do poder que você encontrará aqui no Santuário seu verme! – disse uma mulher vinda da Casa de Áries, vestia uma armadura roxa e no rosto havia uma máscara de Amazona.

– Se não é Shaina de Cobra! – disse Basílio.

– Sou eu mesma! – disse Shaina – Não pense que é só porque derrotou esses fracotes que vai me vencer! Garras de Trovão!

– É só isso? – disse Basílio depois que as garras de Shaina bateram na armadura de Basílio e se quebraram

– M...m...minhas unhas se quebraram, como isso é possível?

– Usar um golpe patético desse contra mim? Essa armadura é conhecida como Kamui, igual a que seus amiguinhos vestiram nos Elíseos, nunca poderá destruí-la!