Welcome to my Life escrita por Calíope


Capítulo 8
Surprisingly Useless


Notas iniciais do capítulo

Geeeente, esse capítulo tá pronto há séculos e não postei antes porque não vi que o Nyah tinha voltado. JURO pra vocês que a minha lerdeza chegou a esse ponto.



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Um raio de sol atingiu meus olhos, fazendo com que eu os abrisse com dificuldade. Enrijeci os músculos e me convenci a levantar para fechar a cortina. Meu olhar passou pelo verde do jardim de casa, e olhos tão conhecidos agora, vieram à minha mente. Sorri com a lembrança do cabelo dourado, a pele bronzeada e os inesquecíveis olhos extremamente verdes. Desci as escadas, ciente do anormal silêncio da casa. Preparei um café da manhã precário e olhei as horas: 10:30.
–Até que acordei bem cedo para um sábado – Murmurei para mim mesmo.
Me sentei à mesa e peguei meu celular afim de observá-la mais uma vez. A foto que mais me encantava estava de fácil alcance. Ela comprimia os olhos por causa do sol, tinha um sorriso encantador no rosto e seus cabelos estavam amarrados em um rabo de cavalo, presos em um boné. Podia jurar que tinha acabado de sentir seu perfume adocicado ao meu lado, e sua voz firme e brincalhona me dizendo que eu era um completo idiota. Nossa relação ia bem, com apenas alguns beijos tímidos, mas hoje... Sim, hoje. Era hoje que eu iria superar isso tudo e pedí-la em namoro. Claro, do modo tradicional, ignorando todas as quebras de protocolo que existem atualmente.
–Adam? – Me virei até encarar a pequena garota ruiva que coçava os olhos com os nós dos dedos. – Onde estão papai e mamãe?
–Não faço ideia – Respondi um pouco irritado por Rosalie ter atrapalhado os pensamentos que fluíam em minha mente. A menina se afastou, e pouco depois ouvi o barulho da televisão ligada.
Subi para o meu quarto com o celular na mão, já tendo em mente tudo o que iria fazer. Disquei o número conhecido e pigarreei. Após alguns segundos ela atendeu.
Alô?- Mesmo por telefone, sua voz me acalmava.
–Jane? Tudo bem?
Adam! Madrugou, é?- Pude imaginá-la sorrindo do outro lado da linha, com seus cabelos artisticamente bagunçados em um pijama brega que não condiz com sua personalidade.
–É que... Bom, eu queria saber se você quer almoçar comigo hoje. Sei lá, se não tiver compromisso e tudo mais.
Claro, eu adoraria! Passa aqui em casa?
–Uma hora é tempo para você se arrumar?
Até menos, te vejo daqui a pouco!
–Ok.
Desliguei o telefone, ciente do grande passo que já tinha dado para a concretização do plano. Corri para o banheiro e tomei um banho relativamente rápido. Vesti uma camiseta preta e um jeans recém comprado, com o velho e companheiro all star. Perfume, desodorante, pasta de dente, pente... A ansiedade me fez completar o processo em muito menos tempo do que o normal. Desci as escadas, pronto para sair de casa, quando uma imagem me fez parar. Rosalie. Droga, eu tinha me esquecido dela. Sem meus pais em casa, não podia deixá-la sozinha.
–Aonde vai tão arrumado? – Rose falou de um jeito que, mesmo sem motivos, me irritou profundamente.
–Preciso resolver um problema. Você pode ficar aqui sozinha? – Minha voz saiu esperançosa.
–Claro que não. – Ela disse em uma voz falsamente amistosa. E, milagrosamente, enxerguei a luz no fim do túnel.
–Vai se trocar, rápido. Você vai brincar com Luke hoje. – Eu sabia que ela o adorava, e isso fez com que tudo se resolvesse.
Rosalie se trocou mais rápido do que nunca, e saímos de casa como um rojão. Quando cruzava o gramado do jardim, uma voz me parou.
–Adam! Ei, tenho algo para você! – Me virei, meu olhar achando o carismático carteiro Jack. Ele balançou um envelope no ar, e mesmo à distância, pude ver que ele não tinha remetente.
Corri ao seu encontro e arranquei o envelope de suas mãos e, sem agradecer, corri de volta para casa, joguei em cima da mesa, e tranquei a porta com um baque. Olhei para o relógio de pulso: 11:15. Eu tinha 15 minutos para chegar a um lugar em que, normalmente, a caminhada durava o dobro. Amaldiçoei-me mentalmente, e levei Rosalie até a casa de meu amigo. Os deixei se olhando perplexos na porta, ele porque não imaginava que teria que ser babá, e ela porque ele estava sem camisa. Corri até a casa de Jane, verificando de tempos em tempos se não estava suando e estragando tudo o que tinha planejado. Cheguei a frente da casa amarela as 11:29, suspirando de alívio. Meu dedo, hesitante, tocou a campainha. Logo uma garota familiarmente bela atendeu com um sorriso maravilhoso no rosto.
–Vamos? – Sua voz quase me embalou, e eu nem lembrava mais do DVD que se encontrava em cima da mesa da copa, e que uma semana antes, eu moveria montanhas para assisti-lo.


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Notas finais do capítulo

Eu seei que vão reclamar "não teve a Zoey" e tudo mais, mas a Jane é importante pra história, e era meio impossível deixar de lado essa parte. Mas no próximo capítulo vai ter a Zoey siiim!