As Borboletas Negras escrita por Messer


Capítulo 11
A Batalha em Asgard


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas :D Ok, ok, eu sei que demorei. Agradeçam a um post aleatório no Tumblr sobre inspiração para escrever que fez-me criar vergonha e continuar a fic :B
Mas enfim, aí está. Boa leitura! :D



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Seu coração batia acelerado. Hel prometera a Kate que seria fácil, ainda mais por seu exército de mortos-vivos ser enorme. Mesmo assim, a armadura era pesada e dificultava a locomoção.

Kate jamais pensou que iria lutar numa guerra. Ela sempre imaginou seu futuro trabalhando como arquiteta, conhecendo alguém, formando uma família calma e estável. Jamais passou pela cabeça dela batalhar. Muito menos contra seres de outros mundos.

Hel não dissera mais nenhuma palavra desde que mostrou a Kate seu exército. Encaminhou-se somente para uma espécie de sala oval, com o teto abobado, e uma esfera no centro. A névoa no chão era tão densa que Kate não conseguia ver suas próprias botas.

As duas foram em direção da esfera. Era transparente, mas ela não conseguia identificar o que havia do outro lado. Estava fosco, difuso. Hel colocou sua mão sobre tal e fez um sinal para que Kate fizesse o mesmo. Ela obedeceu.

A morena sentiu algo puxa-la na boca do estômago. O gesto fora tão que o ar saiu de seus pulmões, e um grito esganiçado de sua boca.

No mesmo momento estava em solo firme novamente. Ela tinha certeza que não era Helheim. O calor envolvia-a, e a luz batia forte em seu rosto, obrigando-a a semicerrar os olhos. Ao longe, escutou um urro, e desse outros se seguiram. Kate tapou a luz com a mão e tentou ver o que estava acontecendo. Ao longe, viu as torres do palácio de Valhalla, brilhando dourado. Na sua frente estendiam-se os milhares de soldados mortos-vivos de Hel, e ao longe soldados de Asgard. Por um breve momento, seu coração apertou ao lembrar que, naquele momento, era inimiga daquela terra, mas lembrou-se das palavras de Hel.

Porém, aquilo não foi o suficiente para fazê-la lugar contra tudo aquilo.


Como se pudesse ler sua mente, Hel aproximou-se de Kate. A filha de Musphel não percebeu a ação, e, rapidamente, a deusa colocou sua mão gelada sobre o ombro da morena, mas não do modo gentil que fazia-o. Kate já estava sobre suas mãos, e ela era a peça-chave para sua vitória contra Odin.

Hel levou seus lábios ao ouvido de Kate e murmurou um feitiço. O lado direito do rosto dela voltou a sua forma que carregava em Helheim: branco, pálido, congelado. Kate estancou, e ficou encarando o nada.

– Mate a família de Odin – ela disse.

A deusa observou-a correr em direção ao palácio, destruindo tudo o que havia em sua frente. Ela deu um leve sorriso para si mesma, já pensando em todo o poder que carregaria nas mãos.


O teto era branco. A luz entrava no quarto e fazia com que o teto tornasse-se mais claro ainda, o que machucava seus olhos. Mas isso não era nada comparado à dor que sentia. Nunca havia presenciado uma dor tão grande assim, fazendo com que o ar parecesse falso. Tinha a impressão de que estava morrendo. Mais uma vez, inspirou com dificuldade.

As ordens tinham sido claras, mas Loki sofria demais para poder obedecê-las no momento. Após Kate ser levada, os gigantes sumiram. Ele procurou-os por todos os lados, mas não havia nenhum sinal deles. Ainda no cassino, ficou desesperado. Kate estava junto daquelas criaturas assassinas, e era indefesa às forças de Hel. Saiu do lugar somente quando Thor viera busca-lo. O irmão tentou ajudar, mas não conseguiu nenhum sorriso de Loki.

No dia seguinte, veio a notícia de que Hel estava em guerra contra Asgard e os outros cinco mundos. Odin preparou no mesmo momento o exército e deu ordens para que Thor e os outros asgardianos ficassem protegendo o castelo. Mesmo não sendo realmente um asgardiano, a ordem estendia-se para Loki. Mas tal retirou-se para o seu quarto. Não sabia se tinha forças para lutar. Não sem descontrolar-se.

Um enorme estrondo seguido de urros tirou-o de seu devaneio. Rapidamente, sentou-se, e viu pela janela uma enorme massa cinza no horizonte. Sentiu arrepios e soube que tratava-se de Hel e sua tropa.

Uma ponta de esperança acendeu-se no fundo da sua mente: e se Kate também tivesse lá? Correndo, saiu do quarto e marchou para uma das saídas do palácio, uma que não estivesse muito protegida. Ele lançou-se para fora, correndo em direção á batalha principal. No meio do caminho, tomou a forma de um soldado comum, para que as atenções não fossem voltadas para ele. Ao longe, conseguiu ver Hel matando tudo à sua volta, mas nenhum sinal de Kate, ainda. Loki jogou-se para o lado, uma vez que a batalha era muito densa para ele prosseguir sem perder tempo lutando contra alguém.

Então, algo duro atingiu-o no ombro, fazendo com que desse alguns passos para trás, para que não caísse. Ao levantar o rosto, procurando o que atingiu-o, viu somente uma armadura branca contrastando com uma pele cor de canela. Sua respiração falhou. Definitivamente era Kate.

– Kate! KATE! – Ele gritou, mas sem sucesso. Ela continuou a correr em direção ao palácio.

Praguejando, foi atrás dela. Por onde passava um rastro de destruição a seguia. Soldados, de Helheim ou Asgard, eram destruídos, se não por seus poderes, por uma enorme espada vermelha que carregava. Loki identificou-a como a da corte de Musphelheim. Um arrepio subiu por suas costas. O que Hel fizera com ela?

Xingando alto, correu mais rápido. Desfez-se de sua camuflagem e gritou para que os soldados que estavam na frente de Kate saíssem do caminho. Tais arregalaram os olhos diante da ordem, hesitaram, mas obedeceram-no. Loki perguntou-se o por quê, uma vez que eles conheciam Kate.

Esforçando-se e esticando o braço ao máximo que pôde, segurou Kate pelo ombro, puxando-a para trás. Pega de surpresa, ela fora lançada contra o chão.

– Ei, Kate... – Loki começou a falar, mas foi interrompido com um gancho.

Ele cambaleou, os olhos arregalados de espanto e uma mão segurando o queixo.

– Mas que raios...? – O filho de Odin perdeu o ar. O rosto dela não era o mesmo que se lembrava. Uma grande parte estava branco, como que congelado. Seus olhos antigamente castanhos eram da cor do gelo e vazios. – Kate... – Ele murmurou.

Ela se levantou, colocou a mão sobre o cabo e puxou a espada da bainha. Na mesma hora, chamas envolveram-se na arma e em seu corpo, mas a parte congelada do rosto ficou intacta. Loki logo percebeu que tratava-se de um feitiço.

Rapidamente, desviou-se do primeiro golpe, mas Kate parecia atiçada a feri-lo. Franzindo a testa, teve de usar seu cajado para poder se proteger. Olhava fundo nos olhos de Kate, mas essa parecia não reconhecê-lo.

– Kate – ele rosnou. – Kate, como pode me esquecer assim?

Ele forçou a arma contra ela. Sabia que, apesar de estar enfeitiçada, não possuía nenhum treinamento forte o suficiente contra ele. Os braços dela tremeram, tentando fazer mais esforço, mas não foi o suficiente. Loki esticou a mão e tocou-a. Ela parou de lutar contra, arregalou os olhos e inspirou com dificuldade antes de cair no chão.

Desalentado, ele ajoelhou-se e tomou Kate nos braços. Seus olhos estavam fechados, os lábios entreabertos e sua aparência estava voltando ao normal. O feitiço estava desfazendo-se.

– Kate, Kate – ele sussurrou, passando as mãos por seus cabelos encaracolados. – Vamos, acorde!

A batalha que desenvolvia-se em sua volta parecia não existir. Eram somente os dois, como na primeira fuga do palácio de Valhalla. Suas mãos tremiam ao acariciar seu rosto. Loki simplesmente não conseguiria jamais perdê-la. Não suportaria a dor de saber que ela desceria mais uma vez à Helheim, dessa vez sem uma volta.

Ele arfou ao ver Kate abrir os olhos. Estavam castanhos, espantados.

– Ah!, graças à Odin! – Ele disse ao puxá-la mais para perto de si, abraçando-a. Kate ainda carregava uma expressão confusa quando afastou-a o suficiente para poder ver seu rosto.

– O que diabos...? – Ela murmurou.

– Hel. Acho que ela te enfeitiçou. E o que estava fazendo em companhia dela? Como não morreu?

O rosto de Kate empalideceu.

– Oh não. Ela quer o trono. Meu deus, ela vai matar Odin!


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