The Four Players escrita por Rayssa


Capítulo 16
Shooting star


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas cheguei. Esse capítulo é mais tranquilo. Nada de muito exagerado :P



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– Eu realmente estou com pena da Roxie. – murmurou Rose.

– Por que diz isso? – o moreno franziu o cenho, enquanto olhava para a prima.

– Olha o que o Fred e o James estão fazendo com ela. Pobrezinha. – Albus imediatamente virou o olhar para onde a ruiva olhava, e notou que os garotos puxavam as trancinhas da menininha que tentava jogar xadrez-bruxo com Molly II. Tentava, porque os garotos não paravam de importuná-la dizendo jogadas aleatórias para confundir seus pensamentos. – Bem, melhor com ela do que comigo. – disse em um suspiro.

– Eles nunca fariam isso com você, eles ainda têm amor à vida. – a ravina teve que concordar. Se eles, ao menos, tentassem, ela não deixaria barato. Talvez esperasse até chegar em hogwarts e se vingaria de alguma forma.

– Talvez seja por isso que eles a importunam, ela não faz nada. – o garoto ao lado dela franziu o cenho.

– Se fosse comigo, eu não faria nada. – a ruiva revirou os olhos.

– Você não se importa... – o moreno voltou a olhá-la. – E mesmo que você se irritasse, eles preferem encher meninas, elas são mais propicias a escândalos. – deu de ombros.

– Como você consegue? – a ruiva passou a encarar o primo.

– Consigo o que? – indagou.

– Ser tão esperta. – os olhos do garoto brilharam.

– Não é difícil, é só aprender a assimilar as coisas. Tudo está interligado de alguma forma, e você só precisa encontrar essa ligação. Nem tudo que está escrito em um livro significa exatamente aquilo que está ali, e é tão gratificante encontrar o significado por trás do... – a menina se calou ao perceber que os olhos do garoto estavam nela, mas não seus pensamentos. - Al? – chamou.

O garoto piscou várias vezes antes de voltar a focalizar seus olhos na menina de cabelos cor de fogo.

– Desculpa Rose. – suspirou. – Eu não... – a garota revirou os olhos.

– Que tal a gente roubar um pouco do pudim da vovó? Você sabe como os mais velhos são, nunca deixam nada pra gente. – piscou para o primo. – Ninguém nem vai saber que foi a gente. – o moreno suspirou.

– Eu vou estragar seu plano Rose. – anunciou.

– Não tem problema, pelo menos a gente come o pudim. – deu de ombros e puxou o primo em direção a mesa a cozinha.

(...)

– Cadê o Scorpius? – perguntou o grande e imponente homem.

– Ah, ele está brincando com a Dariya. – disse a mulher e apontou para o filho com o queixo.

Katsiaryna Matuszewski e Scorpius Malfoy tentavam, inutilmente, fazer com que a garotinha de cabelos castanhos cacheados dissesse que a almofada era verde, enquanto essa insistia que ela era azul.

– Ele deixou um bilhete na nossa porta, dizendo que queria falar comigo. – sussurrou o homem para a esposa que sorriu gentilmente e beijou os lábios do marido.

– Relaxe querido. – sussurrou com os lábios ainda colados nos de Draco. – Você anda muito tenso com o trabalho. – selou-o novamente.

– Tem razão, final de ano é sempre uma bagunça. – a mulher tocou as bochechas do marido.

– Você pode falar com ele depois da ceia. – sorriu amorosamente. – Vá se trocar, logo iremos comer. – o loiro assentiu.

– Claro, obrigado querida. – ele piscou para Astória. – Vou só falar com os garotos e subo. – o homem enlaçou a cintura da esposa, e beijou-lhe como fazia todos os dias, apaixonadamente.

– Alguém já disse que você é o melhor e mais belo marido que uma mulher pode ter? – o loiro fingiu pensar. – Engraçadinho. – ele selou o sorriso da esposa, e foi em direção aos garotos com um largo sorriso.

Astória observou o homem pegar a pequena Dariya Matuszewski e brincar com a garotinha, ainda com ela no braço, alisou os cabelos de Katsiaryna e a colocou a irmã da garota no chão. Podia ouvir, apesar de baixo, o que o homem falava para o filho.

– Garotão, eu vou me trocar e depois da ceia, a gente conversa sobre o que você está querendo conversar, beleza? – o menino loiro assentiu. – Então, bate aqui. – o garoto nem pensou duas vezes antes de bater na mão que o pai estendera.

O homem beijou o topo da cabeça do filho e caminhou até as escadas, subindo-as. Não voltou a olhar para sua esposa, assim como seu filho voltou a conversar com Katsiaryna e Dariya. Ambos não puderam ver que os olhos da mulher estavam cheios de lágrimas.

(...)

Hannah Longbottom conversava animadamente com sua antiga colega de dormitório Megan – Jones - Smith. Enquanto Neville conversava com seu avô e o pai de Hannah. O marido de Megan, um, relativamente famoso, músico trouxa, tocava o seu violão e cantava para o pai de Hannah, Frank, Ninna e Joshua Smith.

Lanna conversava animadamente com sua colega de quarto, Ivy Smith, uma garota de cabelos negros, olhos também negros e um tanto rechonchuda.

– Posso te fazer uma pergunta meio indiscreta? – a garota gordinha perguntou.

– Claro. – assentiu Lanna.

– É verdade o que dizem sobre a Weasley? – mordeu o lábio nervosamente. – Tipo, que ela tem poucos amigos por causa que ela é um gênio e se acha infinitamente melhor que todo mundo? – Lanna ficou, imediatamente, emburrada.

– Não é por isso. – a menina cruzou os braços. – Rose é realmente um gênio, sempre estar certa e sabe disso. – admitiu a contragosto. – O motivo dela ter pouco amigos é que ela é... – a palavra anti-social brilhou em sua mente, porém, isso soaria como um insulto. – Tímida. – disse por fim e a garota assentiu.

– Sei lá, você é a única garota que anda com ela. Na verdade, quando não está sozinha, ela está colada com o Potter, e as pessoas falam de mais. – a morena deu de ombros.

– Ela sempre foi assim. – sorriu gentilmente.

– Mudando totalmente de assunto... – murmurou Smith olhando para a janela. – Os jardins de sua casa parecem ser enormes. – o sorriso de Lanna se alargou.

– Eles são mesmo, quer dá uma olhada? – a menina assentiu e ambas se levantaram.

(...)

Albus e Rose estavam sentados em frente A'Toca e riram do acabaram de fazer. O plano roubar-o-pudim-e-fugir-para-o-jardim havia sido um sucesso, ninguém havia notado e eles podiam comer tranquilamente.

– Rose... – chamou o moreno. A garota estava com a boca cheia de pudim, por isso, não respondeu, apenas encarou o primo com seus grandes olhos azuis. – Você acha que... – a garota arregalou os olhos e engoliu a comida.

– UMA ESTRELA CADENTE! – gritou a menina, apontando. – Fecha os olhos e faz um pedido! – sem dizer mais nada, segurou a mão do primo e fechou os olhos, o moreno fez o mesmo.

Rose ficou surpresa quando as palavras "Eu quero aprender a não ser arrogante" soaram em sua cabeça, havia sido tão... Sincero. Desde quando ela queria aprender algo tão banal? Ela nem havia se considerado uma garota arrogante.

Albus, por outro lado, não sabia o que desejar, não conseguia encontrar algo que quisesse o bastante, por fim, acabou fazendo um desejo apressado, para não perder o tempo da estrela. Seu desejo foi "Que meus pais e irmãos me deem atenção".

O que ele iria falar para Rose foi esquecido e ambos voltaram a comer o pudim.

(...)

– Então garotão, o que queria falar comigo? – o mais velho passou o braço pelos ombros do filho. Estavam sentados na varanda da grande mansão, somente eles dois. Lá embaixo, Astória conversava com sua irmã, Daphne – Greengrass – Matuszewski e seu marido, Kanstantsin Matuszewski. Andromeda estava lá, brincando com as filhas do casal e Teddy havia acabado de aparatar nas redondezas dA'Toca.

Scorpius engoliu em seco, encarando os jardins da grande mansão. Estava com medo de falar isso para seu pai, muito medo. Sabia que seu pai não era o homem da biografia não autorizada de Harry Potter, havia sido escritor por Rita Skeeter, provavelmente ele estaria até mais exagerado que o normal, entretanto, não sabia como seu pai iria reagir ao seu filho ter como amigos um Potter, uma Weasley e uma Longbottom, todos com pais que ele nunca gostou.

– É... – respirou fundo. Admitindo para si mesmo que era um covarde. – Bem... – tentou começar novamente.

– Filho, sabe que pode falar o que quiser comigo, não é? – apesar de ser um pai amável, seu pai era um tanto inalcançável. Trabalhava o bastante, sempre tendo tempo para o filho e para a esposa. Nunca parecia estar triste, sempre tendo um sorriso elegante. Todavia, era reservado e elegante de mais. Scorpius nunca sabia como ele iria reagir.

– Papai. – sussurrou. – Eu... – é, ele não conseguiria dizer. – Nas férias, teria como me ajudar a jogar quadribol? Eu queria tentar entrar para o time próximo ano. – os olhos do loiro mais velho brilharam.

– Claro que ajudo. – o pai sorriu para o filho e apertou contra o seu corpo. – Você sabe que o seu velho pai não é muito bom nisso, mas prometo que te ajudo, mesmo que para isso tenha que pedir ajuda de, sei lá, o Potter. – deu de ombros, com um sorriso brincalhão. – Agora vamos descer, vai começar a troca de presentes. – o menino assentiu observando o pai levantar-se e adentrar a casa novamente.

O garoto continuou ali por mais alguns minutos, martirizando-se por não conseguir dizer algumas poucas palavras. "Eu sou amigo do Potter, da Weasley e da Longbottom." Fim. Era simples. E ele não conseguia tirar da cabeça que era um grande covarde. Foi quando seus olhos bateram, despercebidamente, em algo brilhoso no céu.

– Essa não é aquela estrela dos desejos? – perguntou para si mesmo.

Se era ou não era, não iria fazer mal tentar, certo? Respirou fundo, fechou os olhos e desejou. Desejou ser corajoso. Então, levantou-se e voltou a adentrar a casa, voltando para a festa de natal com seus pais, seus tios, suas primas e a tia de seu pai.

(...)

– LANNA, IVY. – gritou a loira na porta da casa. – A CEIA FOI SERVIDA! – a garota gordinha pulou algumas vezes.

– Eba, vamos... – começou a puxar a morena que sorriu amigavelmente.

– Vai indo... – disse Lanna. – Eu te encontro lá dentro. – a garota correu para dentro da casa, enquanto a outra ficava lá, emburrada e irritada, encarando as flores.

Era incrível como a garota se sentia ofuscada por Rose. Se fosse Rose conversando com a Smith, ela saberia dizer todas as flores que haviam no jardim. Pelas barbas de Merlin, Rose era filha uma mulher que trabalha no departamento de leis mágicas, enquanto seu pai trabalha com o irmão em uma loja de brincadeira. O pai de Lanna é um herbologo, ela deveria, com toda a certeza, saber o máximo que uma garota de 11 anos pode saber sobre plantas, entretanto, mesmo que se esforçasse, Rose ainda saberia mais que ela, e isso era frustrante.

Com esse pensamento, quase não viu a estrela que brilhava no céu. Uma estrela cadente. Apertou suas próprias mãos, fechou os olhos e sussurrou.

– Eu queria ser tão esperta quanto a Rose. – abriu os olhos e sorriu.

Apesar de acreditar que aquilo não iria ajuda-la em nada. Sentiu-se mais leve em admitir o seu desejo. Com um sorriso ainda maior, saltitou para dentro de casa, nem havia notado a fome que estava.

*


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Notas finais do capítulo

Preciso abrir um parentese aqui. COMO UMA PESSOA PODE TER TANTAS LETRAS REPETIDAS EM UM SÓ NOME: Hannah Abbott.
3A, 2H, 2N, 2B, 2T, Só o O que é excluído, maaaaaas, GENTE O.O kkkkkk
E ai, gostaram?