The Four Players escrita por Rayssa


Capítulo 13
Loyal


Notas iniciais do capítulo

Nem demorei, nem demorei... WEEEEEEEE! Espero que gostem meu lindos pudins de abacate. (Esqueci meus remédios, pera e.e).



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Escuridão era tudo o que eu conseguia ver, sabia que estava sentada, e que não conseguia me levantar, pois já havia tentado várias vezes. Os meus gritos já haviam cessado, e minha garganta implorava por algum líquido que não fosse as lágrimas que ainda escorriam pelas minhas bochechas. Eu não sabia como eu havia chegado ali, quem havia me sequestrado ou o que queriam de mim. Não sabia ao menos se era realmente um quem e não um o que. Não existia mais medo, dor, ou nenhuma emoção além de tristeza. Uma tristeza abrasadora e desesperada que parecia consumir a minha alma, como se nada de bom jamais fosse existir.

Assobio. Agora que ele voltara, conseguia lembrar que aquela havia sido a última coisa que eu ouvira antes de estar aqui.

– Alice Lamonna Longbottom. – eu já ouvira aquela voz antes, mas, onde? – É um prazer revê-la. – quando se aproximou, o local foi coberto por uma luz baixa, percebi que este estava coberto por uma capa preta, que escondia o seu rosto.

– Quem é você? – apesar de sua voz não ser nenhum pouco ameaçadora, e seu porte cansado, não parecendo que iria me fazer mal, eu não queria me confiar nisso.

– Infelizmente, não posso dizer quem sou. – sua voz expressava o cansaço. – E desde já, peço desculpas pelo que estou prestes a fazer. – um arrepio subiu em minha coluna, contudo, parecia mais um calafrio que um tremor. Eu não estava com medo.

– Me tire daqui, por favor! Eu só quero sair. – eu sentia as gotas quentes descendo por meu rosto. – Por favor. – o homem se aproximou, todavia, não houve barulho de passos.

– Não posso fazer isso. – sua voz soou dolorida, e, mesmo sem saber com o que ou porquê, eu sabia que aquele homem tinha dores internas e externas, ele sofria. – Eu sei que você tem um segredo, você e seus amigos, e quero que você me diga o que é. – ele parecia um homem gentil, todavia, eu havia feito uma promessa, eu não devia dizer nada.

– Sinto muito. Não posso falar. – o homem se contorceu, como se sentisse uma dor muito forte. Um zumbido ensurdecedor surgiu, fazendo com que eu mesma me contorcesse.

Assim que o som parou, o homem se levantou e sacou sua varinha, apontando-a para mim. Seu braço tremia, e havia algo ao redor dele, uma luz, ela brilhava com muita intensidade, não havia cor, mas, ver aquilo não só me mostrou o que ele sentia, fez com que eu soubesse exatamente o que era, cobrindo o meu corpo com diversas sensações que nunca havia sentido. Uma sensação de urgência surgiu em mim, uma sensação de querer ajuda-lo e impedir que ele se sentisse daquele jeito. Eu podia notar que ele era, acima de tudo aquilo, uma boa pessoa.

– Por favor, diga-me Alice, ou eu terei que te matar. – sua voz tomou um tom ameaçador, e eu podia ver sua aura tremeluzir, vendo, também, que alguém estava machucando-o, obrigando-o.

– DEIXE-O EM PAZ! – eu estava ficando furiosa, como alguém poderia ser tão mau?! – Eu não direi nada. – afirmei, e de algum modo, o que me prendia a cadeira, soltou-se, e eu pude ficar de pé.

– FALE! – a voz soou dupla, como se alguém estivesse controlando-o para falar. – DIGA AGORA! – o seu braço parou de tremer, não era mais a mesma pessoa. Eu precisava pensar em alguma coisa, eu precisa inventar alguma coisa. Não podia deixar que aquele homem sofresse daquela forma.

– Não existe segredo! – afirmei, era uma mentira estupida, eu já tinha praticamente admitido que tínhamos. – Pegaram a pessoa errada. – eu precisava de minha varinha, precisava ser esperta, resolver isso tudo. Eu precisava agir como a Rose agiria em uma situação dessa.

Levei minha mão direita para o meu bolso, atrás de minha varinha, esse estava vazio. Olhei ao redor, estava tudo vazio, não havia nada para me ajudar, até que lembrei que estava sentada em alguma coisa.

– Tão engraçada... – disse o homem. – Realmente acha que sou estupido? Acha que te deixaria com sua varinha? – quando voltei meu olhar para ele, mesmo sem ver seu rosto, sabia que havia um sorriso em seus lábios. E sua aura tremeluzia de forma animada. Ele estava se divertindo. – Diga a verdade linda garotinha! – Eu precisava chegar até aquela coisa, seja o que fosse, eu poderia usar aquilo, contudo, primeiro tinha que descobrir o que era. Chegar nela. Como? – Faça sua escolha... – ele se aproximou, como se flutuasse. – A verdade ou a morte. - sibilou.

Eu não deveria estar longe, não podia estar longe. Dei alguns passos para trás, minhas coxas tocaram em algo, ali estava. Mais um passo, e a coisa se moveu para trás, era leve, e móvel. Perfeito.

– Mate-me. – sussurrei. E, rapidamente, puxei a coisa – que era uma cadeira – e joguei sobre ele. Contudo, para o meu desespero, a coisa o transpassou. Como se fosse um fantasma. Seu coração acelerou. Eu só tinha mais uma opção. Correr! Foi o que eu fiz, e não adiantou de nada, antes que eu pudesse chegar a qualquer lugar, o ser surgiu a minha frente, fazendo com que eu o transpassasse, e caísse logo em seguida, pela sensação de fervura em meu corpo, algo terrível.

– Tão inocente. – voltei meu rosto para trás, e percebi que seu capuz havia caído, reconhecendo-o, imediatamente. Era o homem do meu sonho, exatamente a mesma pessoa. – Tão pura. – sua voz soava em escarnio. Sua varinha estava apontada para mim, e um feixe de luz saiu de sua ponta. Não consegui ver que cor era, ou desviar, tudo ficou negro.

X

Os olhos que se abriram estavam em um tom tão claro que beiravam ao amarelo. A luz os impedia de ver qualquer coisa, estava claro de mais. Podia ouvir os murmurinhos agitados, entendendo uma ou outra palavra, deixando-a mais confusa. Sentia algo macio em suas costas, e sabia que estava deitada. Se não fosse pelo barulho, teria certeza que estava morta. Após piscar umas vinte vezes, os traços de um rosto começaram a aparecer, traços muito conhecidos por ela.

– Finalmente... – aquela era a voz de seu irmão, com certeza.

– Fran... – sua voz saiu rouca de mais, sua garganta totalmente seca.

– Bebe isso. – o menino de treze anos, entregou um copo com um líquido alaranjado. Mesmo segurando-o, a garota franziu o cenho. Nada fazia o menor sentido. – É o suco de laranja da mamãe. – sua expressão desconfiada se tornou um grande sorriso, e, imediatamente, a menina bebeu o conteúdo do copo.

– Onde a gente tá? – o garoto abriu um sorriso amarelo.

– Na enfermaria, ué. – os olhos dela se arregalaram, e, instintivamente, tentou se levantar. Foi impedida pelo braço de Frank. – Lanna! Papai, mamãe e Poppy mandaram você ficar em descanso. – nada fazia o menor sentido. Quem havia a salvado?

– O que aconteceu? – perguntou assustada.

– Cê foi atacada por um dementador bobinha. – a doce voz de sua irmã, surgiu ao seu lado.

– O que a Ni... O QUE? – berrou, totalmente surpresa.

– Isso mesmo. – o moreno se virou para a irmãzinha, e a puxou para que sentasse na cama. – A Vic estava fazendo a ronda, e escutou um grito. Correu para ver o que era, e encontrou você sendo atacada por um dementador... – foi interrompido pela irmã.

– NÃO! – a menina foi repreendida por falar alto. Era apenas um ano mais nova que Lanna, contudo, muitas vezes parecia ter bem menos, por ser protegida demasiadamente, sempre estava doente. – Desculpa, desculpa. Mas, o dementador estava tentando atacar você, mas, você exalava uma luz que a impedia de ter suas memórias sugadas, ou sei lá o que. – a garota parecia animada e sonhadora com a história.

– Como assim? - o mais velho deu de ombros.

– Ninguém sabe. – suspirou.

A porta da enfermaria foi aberta e três crianças adentraram rapidamente, e, praticamente, correram até a cama de Lanna. Todos se calaram e olharam enquanto Scorpius, Rose e Albus iam até a amiga. Scorpius estava preocupado, Rose aparentava nervosismo e Albus, bem, continuava sendo Albus.

– Como você está? – perguntou o sonserino.

– Esse não é o filho do doninha? – disse a garotinha, fazendo Frank colocar a mão sobre o rosto.

– É sim, vem cá. – puxou-a da cama. – Vejo vocês depois. – e a tirou de lá, antes que falasse alguma coisa pior.

– Filho do doninha? – perguntou o garoto.

– Longa história, já te explico, ok? – o menino assentiu. – E estou ótima e confusa. – a ruiva assentiu.

– Todos estamos... – assobiou o moreno, recebendo um olhar fuzilante da ravina.

– O que tá acontecendo? – a garota franziu o cenho.

– Nada! – Rose e Scorpius exclamaram juntos.

– Eles tão mentindo Lanna, porque não querem te preocupar. – o grifano sentou na cama da amiga e entregou o pergaminho a ela.

“Etapa 2 concluída! Season break, boas festas, nos vemos em breve.”

Ler aquelas palavras começaram a clarear a sua mente. Alucinação. Havia sido como o sonho da Rose, contudo, ao mesmo tempo que alucinava, algo estava acontecendo pessoalmente. O dementador explicava a sensação de tristeza que sentia, e o fato dele ter parado de sugar sua vitalidade, explicava a tristeza ter iso embora. Mas, e o resto? O que exatamente havia acontecido durante seu "sonho" no mundo exterior?

– Preciso contar uma coisa a vocês.

*


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Notas finais do capítulo

Pois é, pois é! Que cês acharam da segunda fase? Huuuuum, foi bem rápida, né? Mas, valeu a pena?! Por favor, deixem suas opiniões. E a Ninna? Que cês acharam dela?
Beijooooooooooooos ;***