A Nova Geração escrita por BlindBandit


Capítulo 9
Assim Como Vocês.


Notas iniciais do capítulo

esse desenho é da minha amiga Manu... visitem o deviantart dela! rochinha23.deviantart.com



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/478417/chapter/9

A garotinha de sete anos levantou da cama no meio da noite, usando pijamas brancos como seus cabelos. A luz da lua entrava pela janela do quarto e seu irmão dormia na cama do lado quando ela a escalou e o segurou pelos ombros.

– Ryan, Ryan acorde – disse a garota.

– O que você quer ? – ele perguntou sonolento, tentando abrir os olhos – Ainda é noite.

Quando ele conseguiu focar a visão nela, ele pode ver que Kiyoko andara chorando. Seus olhos estavam inchados e vermelhos, e havia alguns rastros de lágrimas por seu rosto. Ela parecia assustada. Ele sentou-se na cama esfregando os olhos.

– Você tá legal? – ele perguntou.

Kiyoko fez que não com a cabeça.

– O que houve?

– Eu tive um pesadelo. Posso dormir com você? – ela perguntou com a voz assustada.

– Claro – disse Ryan chegando para o lado. – Deite aqui.

Kiyoko se aconchegou ao lado de seu gêmeo.

– Ryan, eu estou com medo – ela disse, apertando a mão do garoto.

– Não tenha – respondeu o garoto envolvendo-a com os braços. – Foi só um sonho. Vai ficar tudo bem, agora durma um pouco.

Ela assentiu. E ambos adormeceram.

Naquela mesma manha, Maka e Soul decidiram levar as crianças para o parque. Eles estavam sentados no banco enquanto ambas as crianças lutavam. Kiyoko era ousada, tinha fogo nos olhos e atacava seu irmão com determinação. Ryan se protegia dos ataques de sua irmã procurando sempre uma brecha por onde ataca-la. No final eles sempre acabavam sentados no asfalto com arranhões e hematomas nos braços e pernas.

– Eles se parecem tanto com você – comentou Maka com Soul – adoram lutar.

– E eles são bons – disse Soul.

– Soul! Eles são só crianças! – disse Maka indignada. – Eles sempre saem machucados desses tipos de brincadeira, você sabe que eu não gosto, e você continua a incentivá-los.

– Você diz isso como se não saísse sempre machucada de nossos treinamentos.

– Isso... Isso é diferente – disse Maka.

– Nem tanto. – respondeu Soul passando o braço pelos ombros de Maka.

Quando as crianças cansaram de lutar, Ryan pegou um livro fino de historias para criança, cujo ele havia pegado na biblioteca, e Kiyoko dançava sozinha na quadra, com a musica que só tocava na cabeça da garotinha de sete anos.

– Tão parecidos como reflexos no espelho- disse Soul quando Kiyoko dançou para o lado de seu irmão e sentou-se com ele - e ao mesmo tempo tão diferentes como água e vinho.

Ao final da tarde eles voltavam para casa, Ryan vinha adormecido nas costas de seu pai, e Kiyoko caminhava entre eles com um sorvete nas mãos. Eles chegaram e Soul colocou Ryan na cama, enquanto Kiyoko se dirigiu a sala com sua mãe.

A garota deitou entre os pais, já usando seus pijamas, ela tinha os cabelos soltos e seus grandes olhos vermelhos observavam as fotografias com curiosidade.

– Papa – disse a garotinha – Bridget disse que você e a mamãe salvaram o mundo quando vocês eram pequenos. É verdade.

– Eu vou te contar um segredo Kiki – disse Soul pegando a garotinha em seus braços – Foi a sua mãe que salvou o mundo!

– Soul! – disse Maka sorrindo um pouco corada – Você diz isso como se não tivesse nenhuma participação em nada! – ela voltou-se para Kiyoko – Seu pai é um exagerado meu amor, ele e todos os outros ajudaram, foi um trabalho em equipe.

– Mentirosa – ele disse sussurrando no ouvido da garotinha. – Sua mãe fez tudo sozinha no final das contas, ela é a mulher mais corajosa que eu já conheci.

Maka corou, e Soul beijou-lhe a bochecha.

– Quando eu ficar grande – disse Kiyoko ficando na pontinha dos pés. – Quero ser uma artesã que nem a mamãe!

– Tenho certeza que você vai ser – disse Soul afagando os cabelos dela. – Agora já pra cama, já passou da sua hora – ele disse pegando a garota no colo e a jogando nos ombros para leva-la até o quarto.

Maka ficou sentada no sofá observando pela porta aberta enquanto Soul colocava sua filha na cama, e dava-lhe um beijo na testa. Maka sorria como uma garotinha quando Soul voltou para a sala.

– O que foi? – ele perguntou quando notou a expressão de Maka.

– Nada – ela respondeu.

Soul deitou no sofá apoiando a cabeça nas pernas de Maka.

– Me acorde quando você foi se deitar – disse ele de olhos fechados e braços cruzados. – Você sabe como eu odeio quando você me larga dormindo sozinho na sala.

Maka assentiu, passando a mão ente os cabelos brancos e bagunçados de Soul, quando ela parou ele disse sonolento.

– Não pare – ele disse sem abrir os olhos. – Continue, eu gosto.

Maka sorriu tomando os fios brancos entre os dedos outra vez, tirando-lhe os cabelos da testa e os penteando para trás. Ela só parou depois de vários minutos, quando ela notou que a respiração de Soul já estava devagar e perfeitamente ritmada. Ela começou a assistir um filme que passava na televisão, e decidiu ir dormir quando sentiu seus próprios olhos pesarem.

– Soul – ela disse passando-lhe a mão pelos cabelos. – Soul.

Ele abriu os olhos vermelhos fitando-a um pouco confuso, ela sorriu.

– Vamos – ela disse pondo-se de pé, caminhando até o quarto com Soul arrastando a coberta atrás dela.

Na manha seguinte, Kiyoko estava em seu quarto com Ryan. Era cedo por isso seus pais ainda estavam dormindo, e eles ainda usavam seus pijamas.

– Eu vou ser uma artesã como a mamãe – disse a garota lutando contra o abajur com um cabo de vassoura – Mas antes eu preciso de uma arma.

– Como assim uma arma? – perguntou Ryan.

– Uma arma que nem o papai é pra mamãe. – Ela explicou. Kioko ficou uns instantes fitando o cabo em suas mãos, e depois levantou a cabeça com os olhos cheios de ideias.

– Ah não – disse Ryan se escondendo atrás de algumas almofadas – Eu conheço esse olhar, nem vem, eu não vou servir de cobaia outra vez.

– Ah Ryan, por favor! – ela disse pulando para a cama do seu irmão e se ajoelhando, implorando.

– Nem pensar! – ele disse.

– Vamos Ryan! Você pode ser minha arma! Tente!

Maka acordou assustada quando ouviu um grito agudo vindo do quarto ao lado, seguido por um sonoro “ Ryan! “ no mesmo tom agudo do grito.

Soul olhou para Maka com os olhos arregalados, ambos saíram correndo em direção ao quarto. Quando Maka abriu a porta, ela encontrou Kiyoko em cima de sua própria cama, com as mãos perto ta boca, aflita, e onde Ryan deveria estar, havia uma longa foice, negra como a noite, por cima das cobertas.

Soul e Maka se entreolharam sorrindo, como duas crianças, enquanto Kiyoko os olhava.

– Porque vocês estão sorrindo – ela disse, com lágrimas de aflição nos olhos. – Cadê meu irmão?

A foice brilhou e um segundo depois Ryan reapareceu sentado na cama, onde a foice negra estava.

– Ryan! – exclamou a garota voando em seus braços.

– Eu consegui? – ele disse confuso. – Eu consegui!

– Como você fez isso? – perguntou Kiyoko.

– Eu não sei, eu só... fiz.

– Eu não consigo – disse Kiyoko chateada por um momento. – Mas... você pode ser a minha arma! – ela exclamou. – E seremos como a mamãe e o papai.

Maka e Soul estavam parados na porta, sorrindo orgulhosamente.

– Vocês viram? – perguntou Ryan para seus pais. – Você viu papai? Agora eu sou uma arma, que nem você.

– Sim você é. –disse Soul pegando o garoto e o rodando no ar.

– Agora eu posso ser corajosa que nem você mamãe! – disse Kiyoko para Maka.

Maka se ajoelhou, olhando a filha nos olhos.

– Você já é querida. – ela disse abraçando a filha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

anw, eu amei esse capitulo! eu amo esses gêmeos! tai a surpresa que eu falei! espero que tenham gostado! Ryaaaaaaan!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Nova Geração" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.