A Nova Geração escrita por BlindBandit


Capítulo 26
Uma Outra Boa Noticia


Notas iniciais do capítulo

então galera, esse é um desenho da viria, originalmente é o Sirius, mas é exatamente assim que eu imagino o Dan, então fiquem com essa imagem também!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/478417/chapter/26

Dan entrou na sala de jantar da mansão, onde todos tomavam café da manha. Um garotinho de um ano e meio, veio correndo até ele desengonçadamente, com as perninhas gorduchas. Ele batia nos joelhos de Daniel.

– tio Dan! – o garotinho disse. Daniel pegou o garoto nos braços.

O menininho era lindo. Ele tinha a pele branca, os grandes olhos dourados eram quase escondidos pelos cabelos brancos por cortar. Duas listras negras cortavam metade dos cabelos do menino.

– Como vai Haru? – ele disse para a criança, que mais parecia um anjo, ele riu, com seus poucos dentes de leite.

– Haru, seu monstrinho, volte aqui, você ainda não terminou seu café da manha – disse Bridget. Ela tinha os cabelos negros presos em um coque, e vestia uma roupa preta, como de costume.

Dan colocou o garotinho no chão, e ele voltou correndo para sua mãe, gritando agudo enquanto fazia o percurso.

– Cada dia mais levado – Dan comentou enquanto puxava uma cadeira para se juntar ao café da manha.

– Nem me fale – disse Bridget, colocando o menino sentado no cadeirão.

– Onde está Kiyoko? – Ryan perguntou.

– Ela ainda está se sentindo mal. – ele disse. – Eu deixei com que ela durma mais um pouco, vou passar na farmácia daqui a pouco.

– Ah, eu posso levar alguma coisa para ela comer mais tarde – Ryan se ofereceu.

– Seria ótimo – Dan disse – eu vou ter que passar o dia inteiro trabalhando.

Ryan abriu a porta do quarto de Kiyoko, a garota estava deitada na cama de casal, com o lençol cobrindo algumas partes de seu corpo. Ela usava pijamas e seus cabelos estavam soltos e compridos, batendo no meio das costas. Ela tinha os olhos abertos, e fitava o chão com a expressão vazia.

– Kiyoko? – ele disse entrando no cômodo.

Kiyoko deu um sobressalto, como se saísse de um transe, e olhou para Ryan com seus olhos vinho.

– Ryan – ela exclamou dando um leve sorriso.

– Trouxe comida para você – ele disse colocando uma bandeja com pães, cereais, fruta e suco na cabeceira da cama.

Kiyoko olhou para a comida, mas depois a empurrou para um pouco mais longe.

– Obrigada Ryan – ela disse. – Mas não quero comer.

– Pelo o que eu sei você não quer comer nada a dias – ele disse com uma sobrancelha arqueada.

– É. – ela disse olhando para baixo.

– Kiyoko, eu conheço uma pessoa que ficou assim – ele disse.

– Eu sei – ela o fitou, havia desespero e medo em seus olhos. – Eu sei, você acha que eu não notei? Eu estou com medo Ryan.

– Ki, você já fez o teste? – ele disse segurando as mãos tremulas da irmã.

– Não... eu fiquei com medo.

– Kiyoko, vá fazê-lo, eu estarei aqui te esperando.

Kiyoko assentiu. Ela se levantou e caminhou em direção ao banheiro, com a cabeça baixa, as pernas um pouco vacilantes. Ryan permaneceu sentado na beirada da cama, tentando não pensar em nada até que sua irmã voltasse.

Cinco minutos se passaram até a porta do banheiro ser aberta. Ryan levantou rapidamente e foi em direção a sua gêmea.

– E então? – ele perguntou.

Kiyoko olhou para o seu irmão, diretamente nos olhos. Ela fez que sim com a cabeça e se jogou contra o corpo de seu irmão. Ele a segurou com os braços fortes, ela parecia muito leve e muito menor. Ele cambaleou com a garota até a cama, onde eles se sentaram e Kiyoko enterrou o rosto no peito de seu irmão. Todo o corpo da garota chacoalhava com os soluços. Ela enterrava as unhas no braço de Ryan, e mordia os lábios segurando mais uma leva de lágrimas.

Ryan queria ficar com raiva. Queria esbravejar e se vingar de quem quer que fosse o culpado por deixar sua irmã desse jeito. Mas ele não conseguia. Ele não conseguia pelo simples fato de ter passado por tudo isso pouco tempo antes. E ver sua irmã ali, sua irmã que sempre fora corajosa, e valente, estava tão frágil. Eram poucas as vezes que ela havia se mostrado tão ferida por alguma coisa. Ele não queria fazer nada que a deixasse nem um pouco pior, e isso incluía tirar satisfação ou esbravejar com Dan.

Ele apertou Kiyoko mais forte contra si, ele podia sentir as lágrimas em sua camisa. Ele passava as mãos pelo cabelo branco de sua irmã, tentando reconforta-lá.

– Ryan – ela suspirou, levantando o rosto para encarar seu irmão. – Eu estou com medo.

Ryan sorriu para ela.

– Não há nada para temer – ele disse – Você se lembra de quando Bridget descobriu que estava esperando Haru? Ela ficou tão assustada, com medo do que eu iria pensar, do que Kid iria pensar, de como criaria essa criança... mas agora você vê, como ela é feliz com aquele garotinho, Haru... ele é tudo para nós. Acredite Kiyoko – ele colocou as mãos no ventre de sua irmã, enquanto ela o fitava. – Ter um bebe, não é uma coisa ruim. Tudo vai dar certo, acredite em mim.

– Mas Ryan.... – ela disse.

– Não há um mais – ele segurou as mãos dela. – Tudo isso, todo esse medo do que está por vir, acredite em mim, eu sei como é... passa quando aquela criança aperta seu dedo, com uma força surpreendente, naquela mãozinha. Quando ele sorri pela primeira vez para você, quando fala a primeira palavra, quando dá o primeiro passo. Acredite em mim, tudo isso vale a pena.

Kiyoko fitou seu irmão por um longo tempo, depois ela limpou as lágrimas, sorrindo.

– Obrigada – ela murmurou, e o abraçou, dessa vez sem lágrimas.

Foi nesse momento que a porta do quarto se abriu, e Kiyoko viu Dan entrar.

– Acho que vocês tem muito o que conversar – Ryan disse se levantando, ele sorriu para Kiyoko, um sorriso que a encheu de corajem. Essa era a irmã que ele conhecia. Ele deu um tapinha nas costas de Dan antes de fechar a porta atrás de si.

Dan olhou para trás, vendo Ryan deixar o quarto, depois olhou para Kiyoko com um ar confuso.

– O que ele quis dizer com temos muito o que conversar? - Dan disse se aproximando de Kiyoko.

Ele parou assim que estava perto o suficiente para fitar-lhe o rosto. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, e seu rosto manchado por lágrimas.

– Amor, você está bem? – ele sentou-se ao lado dela, preocupado. – Você comeu alguma coisa? Está se sentindo mal? Quer que eu chame um medico? Porque você está chorando?

Kiyoko riu, uma risada de sinos, se divertindo com toda a preocupação de Dan.

– Eu estou ótima – ela disse sorrindo.

– Então porque você estava chorando?

– Dan, eu estou grávida – ela disse com um grande sorriso no rosto.

– Grávida? – ele exclamou, com um sorriso tão grande quanto o dela – Você está esperando um bebe? Um bebe meu?

Ela assentiu, sorrindo. Ele se levantou e começou a andar de um lado para o outro no quarto, com as mãos na cabeça, iluminado pela luz do sol poente, ele tinha um sorriso imenso nos lábios.

Ele pegou Kiyoko pela cintura e a rodou no ar, beijando-lhe as faces. Kiyoko riu, toda sua insegurança havia evaporado quando o sorriso de Dan apareceu. A partir desse momento, ela soube que tudo ficaria bem.

Ele a colocou no chão, com delicadeza, e depois de beijar-lhe o ventre, levantou os olhos para ela. Eles gargalharam, incrédulos, e bêbados de felicidade.

Kiyoko respirou fundo, segurando as mãos de Dan, enquanto esperavam que alguém abrisse a porta. A mulher que abriu tinha os cabelos louro-grisalhos presos em um coque, haviam rugas de expressão em seu rosto, mas ela ainda tinha os mesmos grandes olhos verdes gentis.

– Mãe! – Kiyoko exclamou, abraçando sua mãe. Maka sorriu, e passou os braços em volta de sua filha.

– Kiyoko, minha joia, como é bom vê-la. – ela disse. – E Dan, que garoto lindo, entrem, eu vou passar um café.

O casal caminhou até a sala, onde encontraram Soul sentado no sofá, assistindo a televisão.

– Kiyoko querida – ele disse quando a viu, se levantando para abraça-la. – Fico muito feliz que você tenha vindo fazer uma visita para seus velhos pais.

Eles sentaram-se no sofá, conversando, enquanto esperavam por Maka. Assim que ela chegou, eles se encararam.

– Mãe, Pai, tem algo que eu gostaria de contar para vocês – ela disse fitando-os.

– O que foi querida? – Soul perguntou.

– Eu estou grávida. – ela disse sem rodeios.

– Você está O QUE? – Soul disse arregalando os olhos. Maka tinha um sorriso no rosto. Ela não iria repreender a filha, uma vez que havia sido mãe mais jovem que ela.

– Grávida – ela repitiu.

– Eu entendi da primeira vez, so não consigo acreditar. – ele disse – e por acaso ele é o pai? – ele apontou para Dan, que engoliu seco.

– Obvio – ela disse com uma sobrancelha arqueada.

“ sempre desafiadora “ – Maka pensou.

– Bom, acho que eu devo ensinar algumas coisa para o menino que engravidou minha filha – ele disse transformando o braço em foice.

– Pode ir parando pai – ela empurrou ele de volta para o sofá, ele se transformou de volta.

Soul a olhou confuso.

– Eu vim aqui te contar uma ótima noticia, que deixou tanto a mim, quanto a Dan, muito felizes, e não vai ser sua estupidez que vai estragar esse momento.

– Mas...

– Mas nada, você, por exemplo, nem pode falar de nós, uma vez que foi pai mais novo do que somos agora, e me desculpe, mas não vou deixar você bancar esse papelzinho bobo de pai super protetor como o tio Kid fez com Bridget, então, é melhor que você tente ficar feliz por mim, se não for, pode sair, aposto que a mamãe está contente.

Soul cruzou os braços, visivelmente emburrado por perder sua chance de se mostrar valente e protetor.

Isso fez com que Maka e Kiyoko caíssem na gargalhada.

– Você é mesmo filha da sua mãe – ele disse com a cara amarrada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Nova Geração" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.