Números Primos escrita por Gii


Capítulo 2
Capitulo 2 - Esconda a Cara de Tomate!


Notas iniciais do capítulo

Hello Boys and Giiiirls! Voltei novamente, conforme prometi, á 12h. Quase em ponto, hãn?
Eu gostaria de falar que a fic tem em torno de oito capítulos e eu queria agradecer ao apoio! Muito obrigada à todos!
Boa leitura.



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Esconda a Cara de Tomate!

— Ei, Lils — Sorriu Hugo, olhando dentro dos meus olhos e dando tapinha ao seu lado, pedindo para eu se sentar perto da janela.

Eu havia esquecido que além de mim, o único que vinha aqui era Hugo. Nós já havíamos passado horas conversando, sentados na frente da janela empoeirada observando lá fora. O vidro sujo da janela ainda tinha a marca dos nossos últimos desenhos com os dedos.

Eu engoli em seco, abaixando a cabeça e ficando vermelha.

— Vamos, sente aqui. Juro que não vou te morder...

Eu me forcei a bufar.

— Não estou com medo de você me morder! Alias, não estou com medo de nada.

Ele sorriu de lado, achando graça.

— Então não tem porque não sentar do meu lado.

Eu engoli em seco e minhas mãos voltaram a suar. Eu soltei um "Tudo bem" Antes de ir lentamente perto dele e me sentar ao seu lado, tentando manter a maior distancia possível.

Enquanto me sentava, meus olhos passaram pela parte em que ele estava sentado e sem querer eu olhei mais do que deveria para sua bunda. Fiquei vermelha instantaneamente, lembrando que mais cedo eu havia estado acariciado aquela região.

Céus, eu acho que estava tendo uma sincope.

Assim que me sentei, puxei minhas pernas contra meu peito e apoiei meu queixo nos joelhos, evitando olhar o rosto do meu primo. Fingi estar distraída com a ponta da minha blusa, brincando com ela, mas eu na verdade, estava prestando atenção a cada respiração de Hugo.

Eu juntei o máximo de coragem que eu tinha para começar. Não que eu quisesse começar, mas eu tinha coisas á acertar e quanto mais cedo, melhor.

— Sobre mais cedo... Sobre o ... — Eu olhei rapidamente para o seu rosto antes de voltar a olhar minha blusa, sentindo as pontas das minhas orelhas esquentarem ao perceber que ele me olhava. — Hãn...

— Sobre o nosso beijo — Ele me ajudou, sorrindo lindamente.

— Isso, o beijo. — eu corei ainda mais, evitando olhar pro seu rosto — Eu queria conversar com você.

— Tudo bem — Ele respondeu.

Eu me forcei a olhar pro seu rosto, enfrentando minha vergonha súbita.

— Eu tenho um pedido pra te fazer. Eu sei que é meio estupido dizer isso, mas eu faria qualquer coisa pra que você aceitasse.

Hugo pareceu extremamente surpreso com as minhas palavras.

— Qualquer coisa?! — Sua voz parecia contida de emoção — Por minha causa? Por mim?

— Dentro do possível, sim, é claro! — Eu respondi, maneando a cabeça com vontade.

Ele piscou algumas vezes, parecendo confuso.

— Possível?

— Sim, eu não vou sair com algum amigo seu ou ficar nua na frente de Hogwarts só para você não contar pra ninguém sobre o nosso beijo. Seria uma das coisas que eu não poderia fazer, não só porque é ridículo, como também porque Jason me mataria. — Eu tagarelei, gesticulando, dando um riso meio nervoso no final — Mas eu sei que você vai ser bonzinho comigo.

Hugo tinha uma careta engraçada quando exclamou um:

— O quê?

— Ah, não se faça de desentendido! Você sabe do que eu estou falando! Então, o que você vai querer em troca de não contar pro Jason sobre o beijo?

Eu fiquei olhando em expectativa para Hugo, esperando uma resposta, mas o garoto não se movia um centímetro parecendo uma estatua. Eu suspirei.

— Hugo?? Você está aí? Hugo!!

— Hã? — Ele piscou parecendo voltar pro mesmo mundo que eu. Que distraído!

— Eu perguntei o que queria! Eu pensei em um dia todo fazendo o que você quiser. O que você acha?

Ele pareceu processar as minhas palavras por um momento e depois me encarando como se eu tivesse uma cabeça a mais e tivesse nojo disso.

— Ok, ok, má ideia. Que tal uma semana?

Ele fechou a cara.

— Um mês? — Eu chutei, me encolhendo com seu olhar.

Ele respirou forte, como se tentasse controlar sua raiva.

— Tudo bem, três meses, é minha oferta final! Eu não posso mais do que isso.

Eu cruzei os dedos nas costas enquanto ele ainda me encarava, parecendo meio irritado. Ele bufou antes de me lançar um meio sorriso estranho que não combinava com ele.

— Que tal outro beijo, docinho? — seu tom foi forçadamente galante, quase sarcástico.

Eu estremeci sem querer ao ouvir o apelido que Jason me dera saindo na sua voz.

Eu pisquei algumas vezes antes de começar a rir meio forçadamente. O que havia com ele?

— Hugo!? — dei-lhe um tapa no braço, sem graça.

— Eu estou falando sério, Lilian! — Seu tom era o mesmo estranho de antes. Eu parei de rir, o encarando.

— Eu tenho namorado, não seja pervertido!

Ele bufou, desdenhando.

— Agora eu sou o pervertido? Foi você que se jogou em cima de mim enquanto eu dormia e me beijou!

— Ei!! Você sabe que não foi assim!

— Verdade, não me recordo muito bem como foi... Que tal refrescar minha memória com outro momento como aquele, docinho? — O tom galante presente em sua voz enquanto ele ia se aproximando cada vez mais de mim.

Eu o empurrei.

— Hugo!! Qual o seu problema? O que deu em você?

Ele deu uma risada sem realmente achar algo engraçado.

— Só estou agindo de acordo como você está me tratando, Lils. Você acha que precisa mesmo de tudo isso pra que eu não conte para ninguém? Se for assim, você não me conhece tão bem quanto eu pensava que conhecia. — Eu olhei para minhas mãos, começando a corar — Sério, Lilian, me oferecer três meses de escravidão? Você pensa que eu sou o seu namoradinho?

— Ei!! Não fale assim dele! Ele gostava de mim e achou que seria o melhor jeito de se aproximar, você sabe disso!

— Aceitar escravidão de uma garota que o odeia só para fazê-la se apaixonar. Claro, porque será que ninguém nunca faz isso? Ah, eu sei, porque é doentio! Eu tenho um recadinho pro Zabine: Se ele fosse tão bom quanto realmente se acha, teria te conquistado sem esse golpe tão baixo.

Senti a raiva começando a borbulhar meu sangue. Ei, é do meu namorado que ele está falando!

— Você só fala isso porque ele é da Sonserina! — Eu cuspi, sem pensar em algum outro argumento válido.

Mas Hugo me olhou de soslaio, como se fosse bater na minha cabeça por falar aquilo. Era óbvio que não era verdade, até porque Albus era da Sonserina e Hugo era um dos seus melhores amigos, então eu tentei concertar.

Senti meu rosto esquentar levemente.

— Tudo bem, não é por isso, mas você tem que admitir que o odeia.

— Mas é claro que eu o odeio e sempre deixei isso bem claro, desde quando o vi pela primeira vez! Ao contrario de você, eu não esqueci de tudo o que ele aprontou com todos nós antes de se “arrepender” e se declarar á você.

Eu revirei os olhos. Novamente esse assunto?? Ele não iria esquecer aquilo nunca?!

— Hugo, quem vive de passado é museu!

— Mas quem aprende com ele é sábio! — ele me calou — Todos nós sabemos que ele não presta e que no final vai te magoar. Eu sei que você também sabe disso, só não quer admitir que esse namoro é coisa de conto de fadas e que conto de fadas não existe!!

— Cala a boca Hugo! Cala. A. Boca! Chega! Eu não quero que fale mais nada sobre eu e o Jason! Isso não é da sua conta! Cuida da sua vida!

Eu só percebi quando terminei de falar que eu gritava e tinha a respiração forte. Hugo tinha o rosto vermelho e eu sabia que o meu também estava, pois estava muito quente.

Hugo se levantou de uma vez, batendo o pé no chão, com força.

— Antigamente eu fazia parte da sua vida!!

Ele marchou até a porta, bufando como nunca e só parou para abrir a porta e dizer:

— Fique tranquila, Potter, não vou contar sobre o nosso acidente para ninguém!! — e então bateu a porta e nunca mais voltou.

Eu fiquei sozinha com a poeira, que se levantara com o vento que a porta fizera. Senti, por alguns momentos, como se meu coração se apertasse, mas eu me limitei a balançar a cabeça, me levantar e sair dali antes que aquela poeira me fizesse mal.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por mais um capitulo lido. Isso me deixa muito feliz, saber que alguém gosta do que eu escrevo.
Até amanhã!



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