The Big Four - O Inimigo Mudou escrita por aniero


Capítulo 2
Escolhidos


Notas iniciais do capítulo

OLÁ VOCÊS

Fiquei feliz de ver o número de visualizações da fic só no 1º capítulo. Vocês são muito lindos, leitores =3
Como é meu aniversário (quero presentes hein u.u), resolvi atualizar todas as histórias pra vocês, seus lindos. Então aproveitem um capítulo novíssimo com cheirinho de pão~



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Merida cavalgava floresta adentro com o rosto banhado de lágrimas. Não podia acreditar... Ou melhor, podia sim. E essa era a parte mais dolorosa: lá no fundo, ela acreditava que a mãe havia dito todas aquelas palavras, uma por uma.

"Você é uma princesa!", dissera Elinor, arrancando o arco preso nas costas da filha e jogando-o na lareira acesa. "E eu espero que você aja como tal!" Essas duas frases dilaceraram o coração de Merida, mas, agora refletindo com mais calma, ela não estava surpresa. Sabia que, mais cedo ou mais tarde, a paciência de sua mãe chegaria ao fim.

Mas, mesmo assim, Merida chorou como nunca havia chorado antes. Parecia tão difícil para as pessoas compreenderem seu jeito de ser, seus ideais e, principalmente, o desgosto pelo casamento arranjado. Queriam arrumar um marido para ela, sem ao menos perguntarem se estava de acordo. E a solução para todos esses problemas era óbvia.

Fugir.

Fugir para onde? Para o lugar mais longe do castelo, do reino, das regras... Se esse lugar existir, claro.

Seu cavalo parou bruscamente diante de uma espécie de portal. Esse portal começou a se expandir, e dele surgiu um trenó, tripulado por seres no mínimo estranhos.

Um coelho do tamanho de um humano. Um anãozinho cor de areia. Um homem com uma enorme barba branca e roupas vermelhas. Uma mulher cheia de penas multicoloridas pelo corpo. E um garoto mais ou menos de sua idade, com cabelos brancos e segurando um cajado.

– Vocês acham que é ela? – perguntou o barbudo aos seus companheiros.

Todos concordaram em voz alta, menos o baixinho, que fez o sinal de positivo com as duas mãos.

– Que sou eu o quê? – Merida perguntou, enxugando as lágrimas. Não gostava que as pessoas a vissem chorando. O anãozinho tentou explicar, usando pequenas formas feitas de areia que surgiam uma após a outra acima de sua cabeça. Será que ele não fala?

– Desculpe, não entendi. Mas obrigada.

– Bom – começou o garoto. – Você foi escolhida pelo Homem da Lua para nos ajudar a salvar o mundo.

– O que é Homem da Lua?

– É um guardião. O primeiro de todos. Veio antes de nós e nos orienta.

– Vocês são guardiões? E eu preciso ajudar a salvar o mundo?

– Isso mesmo. – disse o de barba. – Eu sou Norte. E esses são Coelhão, a Fada dos Dentes, Sandman e Jack Frost.

– Se eu for com vocês nessa... missão de salvamento, vou ter que ir embora daqui?

– Infelizmente sim. Mas o destino do mundo está em jogo.

Merida sorriu. Não podia ser tão simples. Mas era. Ela estava diante do seu meio de fuga.

– O que estamos esperando então? Vamos logo. – e pulou no trenó como se sua vida dependesse disso. E, pensando bem, dependia.

–.-.-.-.-

– Banguela, não! – um adolescente com trajes vikings gritava com seu dragão. – Larga agora a cauda do Vulcano, ela não é um peixe! Nem é seu brinquedinho! Não, chega! Dragão mau.

O Fúria da Noite finalmente largou a cauda de seu companheiro Nadder, que, com um gemido de dor, saiu andando como um cachorrinho.

– Quantas vezes eu preciso dizer? É feio morder a cauda de outros dragões! – repreendeu Soluço. – Ainda mais o dragão da Astrid. Você sabe que ela vai colocar a culpa em mim, não sabe?

Banguela concordou com um ruído e se afastou. A vida em Berk estava bem melhor desde a luta contra o líder dos dragões, Morte Vermelha. Bom, talvez desde a vitória sobre ele. Os dragões não eram mais caçados, nem roubavam mais comida.

– Banguela, deixa essa ovelha aí!

Bem... Ainda roubam um pouquinho.

Sobre Soluço, ele estava bem. Ninguém mais o perturbava como antes, e ele tinha amigos. Seu pai finalmente demonstrou o orgulho de tê-lo como filho, tudo corria na mais perfeita tranquilidade.

Tédio, tédio e mais tédio. Voar com dragões era divertido, mas não passava de um passatempo. Eles eram como bichos de estimação: você cuida deles, alimenta, brinca e tudo, mas não faz isso o dia todo. Era preciso preencher o tempo livre com alguma outra coisa, e essa "coisa" não existia.

– Ei, Soluço! – chamou uma garota loira. – Quer apostar uma corrida?

– Deixa para a próxima, Astrid. A propósito, o Banguela mordeu a cauda do Vulcano. Não sei porque, mas agora ele fica mordendo os outros dragões. Deve achar que eles são peixes, sei lá.

– Aquele dragão bobinho. Não deve ter sido grave. Sem problemas. Até depois, então.

A convivência com Astrid não ficara nem um pouco estranha depois do beijo. Até porque Soluço se deu conta que não a amava. O que sentia era uma paixonite, causada por admiração. Contar isso à ela não a deixou com raiva nem triste, e tudo passou a ser como era antes.

Quer dizer, sem os socos e palavras rudes.

– Banguela. – chamou Soluço. – Vamos dar uma volta, amigão?

E juntos cortaram os céus de Berk. Em pouco tempo, algo surgiu no horizonte. Algo parecido com um portal, de onde surgiu um trenó que vinha direto na direção da dupla. O dragão não conseguiu frear e bateu com tudo no trenó.

Com muito esforço, nenhum dos dois caiu no mar e conseguiram pousar emergencialmente no topo de um penhasco próximo. Do trenó saíram seis pessoas, dentre elas uma linda garota de rebeldes cabelos ruivos. Os outro cinco se apresentaram como Guardiões e contaram uma estranha história sobre salvar o mundo.

Era disso que eu precisava, pensou Soluço. Um pouco de ação na minha vida.

– Tudo bem. Vou com vocês.

–.-.-.-.-

Rapunzel se sentia feliz. Achara seus pais. Estava casada com o homem que amava. O reino de Corona estava em paz. Sua vida estava sendo maravilhosa.

Ela encontrava-se sentada em um banco na praça principal da cidade, contando histórias para as crianças, usando Pascal, seu camaleão, como auxílio visual. Ela o vestia de várias roupas de acordo com o personagem.

– Então a princesa montou em seu cavalo e... – foi interrompida por um mensageiro do castelo, pedindo para que ela fosse ao encontro de seus pais.

Pedindo desculpas ás crianças e prometendo voltar depois, ela seguiu até o palácio de seus pais, o rei e a rainha. Encontrou-os no salão de entrada, vestidos para uma viagem.

– Rapunzel, minha filha. – começou o pai. – Nós temos que ir a uma viagem até um reino amigo para tratar de negócios.

– Não vamos demorar mais do que algumas semanas. – sua mãe completou. – Mas precisamos que você fique no comando até nós voltarmos.

– Eu não sei se consigo...

– Não é tão complicado. Só precisa pensar no bem do povo. Se precisar de ajuda, temos os conselheiros reais.

– Tudo bem então. Vou sentir saudades.

– Até logo, minha filha. – a mãe beijou-lhe a testa.

Rapunzel os acompanhou até o cais, onde ficou esperando o barco desaparecer no horizonte. Ela voltou até o castelo, concluindo que as crianças já haviam ido embora, e ficou olhando o movimento na cidade de uma das grandes varandas, até sentir alguém abraçá-la por trás.

– Oi. – disse.

– Oi. – respondeu José, ates conhecido como Flynn Rider. – Tudo bem? Você está pensativa.

– Meus pais viajaram. Eu estou no comando.

– Mas isso é bom para você, não? Uma hora você vai ser rainha. Isso é como um treino.

– Bem, sim, mas eu estou nervosa.

– Vai dar tudo certo.

Nesse momento, um portal se abriu no céu acima deles e um trenó estacionou na varanda. Um homem de barba branca apresentou-se como Norte e contou sobre o destino do mundo.

– Mas eu não posso ir. Tenho esse reino todo para governar enquanto meu pais estão viajando.

– Você precisa. Ou melhor, as pessoas que vivem no planeta precisam.

– Vá. – aconselhou José. – O Conselheiro-chefe pode comandar enquanto você estiver fora.

– Tudo bem. – concordou Rapunzel. – Me espere. Eu vou voltar. – e, com um beijo, se despediu do marido e entrou no trenó.

–.-.-.-.-

Norte disse seu destino ao globo de neve e lançou-o para abrir o portal enquanto os jovens escolhidos conversavam. Pararia para lhes explicar tudo melhor mais tarde, quando estivessem em seu esconderijo. O globo formou um portal e ele direcionou o trenó para ele. Ao saírem, não estavam no Polo. Não estavam em nenhum lugar conhecido. Havia um castelo à frente, e estava frio. Neve caía. Alguém deve ter percebido o barulho do trenó, pois a porta do castelo se abriu e uma mulher loira, de trajes nobres e com uma coroa no cabelo trançado os recebeu.

– Olá. – disse ela. – Eu sou Elsa. Bem vindos à Arendelle.


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Notas finais do capítulo

E então? Mereço elogios ou uma passagem só de ida para uma zona de guerra?
Kissus e até a próxima =*



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