The Big Four - O Inimigo Mudou escrita por aniero


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos. Não me matem. Assumo toda a irresponsabilidade, mas é mais forte do que eu. Eu poderia escrever um texto maior que Bíblia aqui, mas eu preciso sair do computador o mais rápido possível. Então tá. Prometo ser menos breve no próximo chap.

Enjooy~~



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Ah, o inverno... A neve cobrindo a cidade, crianças jogando bolas de neve umas nas outras, deitando de costas no chão para fazer anjos de neve, juntando galhos, pedras, um cachecol e uma cenoura e montando um boneco de neve... Neve. A diversão do inverno era sempre proporcionada pela neve.

Deitado em um galho de árvore, Jack Frost observava as crianças brincarem na neve criada por ele com um sorriso travesso no rosto. E então seu olhar voltou-se para as casas com neve acumulada nas janelas e no telhado, combinando com a decoração natalina.

Vendo um Papai Noel em miniatura decorando a frente de uma casa branca, Jack lembrou-se de Norte e dos outros Guardiões. Alguns meses haviam se passado desde a derrota de Breu, e tudo estava calmo. Tão calmo que às vezes era tedioso.

Jack desceu da árvore e voou sem um destino específico, apenas para passar o tempo, mas parou assim que ouviu uma música que vinha de um conjunto de casas. Seguiu o som e foi levado até uma casa verde-claro. Parou em frente à janela do quarto de uma garota loira que tocava uma música de Natal no violão, com um gorro vermelho na cabeça.

Quando a música acabou, ela colocou o violão na cama. Um husky siberiano entrou pela porta do quarto, latindo para a janela.

- O que foi, Chester? Tem alguma coisa na janela? – perguntou a garota, coçando atrás da orelha do cachorro e olhando para fora. Assim que fez isso, arregalou os olhos, surpresa, e murmurou consigo mesma. – Impossível...

Jack voou para o telhado o mais rápido que pôde.

- Ela não pode ter me visto, pode? Quer dizer, eu não sou mais invisível, mas não são todos que acreditam, e os que acreditam são crianças! Isso é muito estranho...

Ele ia continuar o monólogo interior, mas foi interrompido por uma pequena fada, com asas e um bico que lembravam um beija-flor.

- Oi, fadinha... O quê, a Fada quer me ver? – ela balançou a cabeça afirmativamente. – Pode me levar até lá? – a fadinha fez que sim novamente. – Então vamos.

Os dois voaram por um tempo considerável até chegarem ao Palácio das Fadas. Assim que chegou, Jack foi recebido com um abraço pela Fada dos Dentes.

- Nossa, faz tanto tempo que a gente não se vê! Senti sua falta! – ela disse.

- Eu também senti. – falou Jack, retribuindo o abraço.

- Não achei que você ia realmente vir, sabe.

Jack se soltou do abraço.

- E recusar um convite seu? Claro que não.

Antes que pudesse falar qualquer coisa, ele foi atacado por um grupo de fadinhas que puxavam seu moletom, seu cabelo e até seu rosto com os pequenos bracinhos. A Fada tentava acalmá-las, mas não conseguia de jeito nenhum.

- Calma gente, vou falar com uma de cada vez. – e então as fadinhas fizeram uma fila na frente de Jack, que dava um beijinho no topo da cabeça de cada uma. As que não desmaiavam de emoção voltavam para o final da fila.

Assim que todas deram-se por satisfeitas, Jack teve como perguntar o que houve.

- Bom, eu não sei direito. Norte disse que algo aconteceu, e pediu para eu avisar você e logo depois ir até o Polo.

- Então, o que estamos esperando? Vamos logo! – e a dupla seguiu até o esconderijo de Norte, acompanhada por uma pequena equipe de fadinhas, que faziam questão de seguir a rainha.

Quando chegaram ao Polo, Norte e Coelhão estavam conversando sobre algo. E, pela expressão de ambos, não parecia ser sobre a Páscoa ser mais importante que o Natal.

- Fada! Jack! Que bom que chegaram. – cumprimentou Norte. – Temos problemas.

- Que tipo de problemas?

- Bom, primeiro, as luzes do globo começaram a se apagar, exatamente como quando o Breu nos atacou. Mas elas não reacenderam como antes. Elas continuam apagadas.

- É o Breu de novo? Esse cara não cansa de nos incomodar?

- Não acho que seja o Breu, Jack. Ele anda muito fraco. Quem quer que seja, é bem mais poderoso.

- O Homem na Lua não disse nada sobre isso? Não mandou um sinal, uma sombra, uma mensagem, nada?

- Não. Há muito tempo o Homem da Lua não dá sinal de vida. Temo que ele esteja definhando.

- Aconteceu algo além das luzes se apagarem?

- Sim. Senti um clima sombrio no ar. A felicidade pareceu se extinguir. E o mais amedrontador para mim foi que todo o encanto, toda a magia na qual eu acreditava... Por um instante, eu não acreditei nela.

- Mas isso é impossível. – comentou Coelhão. – Nenhum guardião deixa de acreditar em algo tão importante para si mesmo.

- Por isso eu disse que é alguém bem mais poderoso que o Breu.

Nesse momento, todos os guardiões ali presentes (incluindo o Sandman, que não havia se pronunciado porque estava tirando um cochilo) voltaram seus olhares para a pequena janela que transmitia todas as mensagens do Homem da Lua. Desta vez não havia informações sobre o inimigo, mas sim sobre o futuro do mundo: o caos.

Fogo se espalhava por todos os cantos. Pessoas corriam de suas casas, mulheres carregavam suas crianças para um lugar seguro, mas a verdade era mais do que clara. Não importava aonde elas fossem; nenhum lugar era seguro. Não mais. Horrorizado com a visão, Norte perguntou ao Homem da Lua:

- Não há nada que possamos fazer para evitar isso, amigo?

Como resposta, a Sala do Globo se iluminou em uma cintilante luz azulada, que envolveu Jack.

- Pois é, parece que você vai salvar o mundo, Jack. – disse a Fada.

- É. – respondeu Jack, dando um muxoxo em seguida. – De novo.

Mas o show de luzes não parou por aí. Surgiram três holografias, como pequenas telas de cinema, mostrando uma garota de cabelos castanhos adornados por uma coroa, outra garota, completamente diferente, com rebeldes cabelos ruivos como fogo, cavalgando e disparando flechas, e por fim um garoto magricela, cortando os céus montado em um dragão.

- Quem são esses? – perguntou Coelhão.

- Parece que vão nos ajudar.

- Não precisamos de ajuda.

- Na verdade, acho que precisamos sim. Não seja egoísta, canguru. Todos precisam do seu momento de glória. Como vamos achar essas pessoas, alertá-las do perigo, convencê-las a nos ajudar e trazê-las até aqui?

O sorriso meio maníaco no rosto de Norte (do tipo que ele só esboçava quando fazia seus trenzinhos de gelo) antecipou sua resposta:

- Precisamos ir atrás deles. De trenó, é claro.


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Notas finais do capítulo

E então? Mereço pedradas? Tijoladas? Coelhadas?
Deixem sua opinião nos reviews ^^



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