–Sábado, 22:45, trem-

Erza, Lucy, Natsu e Gray voltavam para as proximidades da Fairy Tail. Iriam capturar (ou tentar capturar) Kayoo e/ou Kensuke, quem quer que eles encontrem primeiro.

Lucy olhava pela janela do trem. Estava com medo. Entrara numa missão perigosa que agora se tornara mais perigosa ainda, pois o assassino e vilão da história estava, nada mais nada menos que atrás dela, Lucy Heartfilia.

“Droga de família!”, pensava ela, “Por que eu tive que nascer nela: a mais ‘cogitada’ família de Fiore? Ricos e poderosos, porém que agora faliu uma, apenas UMA de suas milhares de empresas por conta da ‘filha irresponsável’ que não assumiu seu casamento com o filho do prefeito. Agora por isso ele não foi reeleito e está atrás de vingança. Normal! Isso acontece com todo mundo!!”

–Lucy! – chamou-lhe, tocando em seu ombro. Ela deu um pulo no banco.

–Que susto, Natsu!

–É a terceira vez que eu te chamo já e vo...

–Você não estava dormindo igual aos outros? – Lucy pergunta, interrompendo-o.

–Eu estava...-nesse momento ele segurou um vômito e ela encolheu-se contra a janela com nojo do que quase aconteceu.

–Urgh!

–Desculpe, Lu-chan...-segurou o vômito de novo e caiu desmaiado no banco.

“Lu-chan?”, interroga-se Lucy, “Por que ele me chamou de Lu-chan?”. Uma voz em sua cabeça responde: “Por que ele gosta de você!!”. “Cala boca! Primeiro: Natsu gostar de alguém já é uma hipótese estranha; Segundo: Se, olha bem, eu disse SE ele gostar é da Lisanna; Terceiro: ...”, ela interrompe seu próprio raciocínio. “Eu estava discutindo com a minha própria consciência?”. Enquanto pensava nisso fez uma careta. “Que jeito mais estranho de enlouquecer!”

–Sábado, 23:20, Fairy Tail-

Estava frio e nublado ao chegarem a guilda. Ruas desertas, luzes apagadas e silêncio absoluto marcavam a pálida noite daquele dia.

–Vamos nos dividir – disse Erza, fazendo sua voz ecoar pelas ruas – Dois para cada lado – ela havia baixado o tom da fala, aparentemente porque não queria dedar nossa posição ou plano, caso estivessem por perto – Gray, vem comigo. Lucy e Natsu vão juntos e procurem algum deles. Vocês ficam com o leste e o sul. Eu e o Gray vamos para oeste e depois para o norte.

– Certo – Lucy disse quase num sussurro. “Pelo menos o Natsu vai comigo”, pensou, dando um sorriso imperceptível aos outros. “Vocês se goxtam” “Cala boca! Você de novo consciência?!”. Ela ficou com vontade de rir, mas guardou para si. Iria parecer uma maníaca, principalmente com o clima tenso e silencioso do momento.

Então, partiram.

–Domingo, 00:25, lado sul da guilda-

–Lucy...você está tensa. O que houve?

–Nada-da, eu só tenho um mal pressentimento como já te disse, Natsu.

–Hum, tem alguma coisa a mais que eu sei. FALA LUCY! – ele gritou e sua voz ecoou até o final da avenida.

–Natsu! Fala baixo! Quer denunciar nossa posição para alguém que esteja por perto?? – perguntou Lucy irritada.

–Desculpa-pa, Lu-chan

Fez silêncio por um instante e Lucy resolveu perguntar:

–Por que me chamou de Lu-chan de novo?

–Eu te chamei de Lu-chan? – Natsu tentou disfarçar. “Vish! Será que eu fiz isso mesmo? E nem percebi? Assim vai estragar tudo! Ela não pode descobrir sobre ‘aquilo’, não agora!”

–Sim, chamou – disse ela olhando-o atentamente.

–Tem certeza de que está bem? – “Ufa! Boa escapatória, Natsu!”

–Si-sim. Aah! Deixa quieto! Vamos procurá-los!

*Quebra de Tempo*

–E então? Encontraram algo? – perguntou Gray

– Nada – respondeu Lucy – E vocês?

– Encontramos algumas pegadas frescas, o que significa que eles estão por perto, mas não sabe... – Nesse momento uma adaga passa entre eles, silenciando-os instantaneamente.

Kayoo e seu assistente estavam no final da rua.

–Que bom que nos encontramos, finalmente, Lucy Heartfilia. – Tirou então o capuz que cobria seu rosto, o que não deixou dúvidas quem era: o ex-prefeito de Magnólia. Suas suspeitas estavam certas.