Silent Hill - House of Sleep escrita por speechless soul, yournightmare


Capítulo 2
Capítulo 2 - Aparições


Notas iniciais do capítulo

Vamos lá! Segundo capítulo, desculpem a demora! HIHIHI!



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POV Yuki

Eu sempre gostei de excursões a lugares antigos, museus, etc. Nos tempos do colégio era minha atividade preferida. Praticamente implorava para meus pais adotivos para autorizarem minha ida, eles aceitavam e me incentivavam, pois sabiam que de certa forma adquiriria conhecimento sobre civilizações antigas. Mas após alguns meses depois do meu aniversário de 16 anos, coisas estranhas e aparições começaram a me perseguir. Foi quando a obsessão pelo paranormal começou a me intrigar... Resolvi buscar respostas sobre o meu passado, descobrir quem eu era antes de ser adotado e descobrir porque fantasmas me perseguiam, mas a única forma de pesquisa que eu possuía era meu computador e o sótão, que estava cheio de fotos e documentos antigos. Descobri que nasci em uma cidade misteriosa, Silent Hill, depois de insistir para os meus pais falarem. Lá havia um culto estranho, provavelmente coisa de gente maluca. Meus pais biológicos devem ter me abandonado para minha própria segurança, para me proteger das coisas ruins que iriam acontecer na cidade, famosa pela lenda de Samael, “aquele que trouxe a destruição para a cidade”. Mas nunca tive certeza se esse era o verdadeiro motivo. E essa duvida permaneceu constante até hoje, meu aniversário de 18 anos, o dia que viajarei para essa cidade tão misteriosa.

Fui adotado por um casal japonês. Que me criou me ensinou tudo que sei hoje. Sempre fui dedicado aos estudos, mas ao longo do tempo fui me distanciando da escola depois que desenvolvi essa habilidade estranha que assustavam alguns, enquanto outros achavam que eu era mais um louco que dizia que via coisas de outro mundo.

Estava descendo as escadas com minhas malas até que ouvi meus pais falarem de mim.

– Você sabia que este dia chegaria, é comum filhos adotivos procurarem seus antepassados e descobrir porque foram abandonados... - Ouvia meu pai conversando com minha mãe enquanto descia as escadas.

–Mas eu tenho medo... Yuki viajará sozinho para aquela cidade. É perigoso, ainda mais agora que ele começou a ver aqueles... Aquelas... Ah você sabe! – Minha mãe terminou de falar quase berrando. Nunca tinha visto ela tão preocupada comigo. – Eu não tenho dormido direito você sabe disso, as histórias que ele nos contou meu deixaram chocada de certa forma, pois essas “coisas” que ele diz parecem ser perigosas e cruéis...

Quando resolvi entrar pela porta do cômodo que eles estavam, me escondi ao meu pai berrar:

–Fantasmas! Espíritos! É tão difícil pronunciar estas palavras?
–Não, Não é! – Respondi com firmeza, pois não gostava de ver meu pai gritar com minha mãe e magoá-la. – Eu amo vocês, mas é difícil não levantar o tom de voz quando vejo vocês discutindo como loucos. Parem! – Berrei, e de repente ouvimos um estrondo que vinha da escada e as luzes se apagaram. Fui até a caixa de luz e os interruptores estavam ligados, e aparentemente nossa casa era a única na rua em que tais coisas ocorreram e estávamos iluminados apenas pela lareira. Outro estrondo indicava que havia algo no meu quarto. Fui com meu pai até lá para verificar, enquanto minha mãe se encolheu com medo. Ao chegar lá, vi algo que parecia ser uma foto minha com meus pais, mas o rosto da minha mãe parecia ter sido queimado na foto... Ouvimos um grito agudo que parecia ser de dor, percebi que era minha mãe e desci correndo para ver o que estava acontecendo, e avistei uma cena horrível: um homem estava tentando empurrar minha mãe contra a lareira, mas senti que não era uma pessoa, e sim o motivo de minha ida para aquela cidade estranha: um espírito. Não sabia o que fazer, nunca tinha visto um fantasma agressivo. Apaguei a lareira, e ele torceu o pescoço até olhar para mim, soltou um berro de raiva e sumiu, pude ver algo escrito na parede: “Venha para a nossa cidade, ou sofra as consequências”.

Passaram algumas horas, depois que eu e meu pai estávamos tentando acalmar minha mãe, que permanecia em estado de choque. Como aquilo aconteceu? Nunca tinha visto uma presença maligna como aquela. A maioria dos espíritos que vinham até mim eram calmos, e outros ficavam apenas lamentando por algo trágico que tinha acontecido em sua vida. Fui para o meu quarto, e resolvi ir além nas minhas pesquisas sobre o paranormal. Não queria que aquilo acontecesse de novo, pois minha mãe não aguentaria presenciar aquilo novamente, então tentei procurar alguma maneira de expulsar aqueles espíritos, e nenhuma realmente parecia resolver o problema. Até que encontrei um artigo sobre uma câmera e uma lanterna que exorcizam os espíritos, libertando-os deste mundo. Chama-se Câmera Obscura ou Shaeiki, que significa “mecanismo de captura de sombras” em japonês. Meus pais me falavam muito sobre elas quando eu era pequeno. Citavam em ela em histórias que me contavam quando eu era criança. A lenda diz que tinham poderes incríveis: A câmera só podia ser usada por aqueles que tinham certo contato com o mundo espiritual, ajudando-os a ver o que pessoas normais não conseguem, e a lanterna usava a luz do luar para iluminar os espíritos condenados. Muitos dizem que o criador da câmera, desenvolveu cinco câmeras, que estão espalhadas por todo o Japão. Ele e seus assistentes também criaram acessórios para ajudar o usuário, como lentes especiais e filmes com capacidade maior de exorcismo. Tinha visto lentes iguais, mas não lembrava onde, acho que tinha visto em alguma loja que vendia itens sobrenaturais, mas lembro muito bem que a dona disse que não estava a venda, para uma mulher interessada. Eu tinha que insistir, pois conseguir as lentes era a parte fácil. Por algum motivo totalmente desconhecido, a câmera estava em Paris, a mostra em uma área reservada apenas para funcionários do Museu do Louvre. Eu tinha que dar um jeito de obtê-los, mas como?

Fui até a loja, vi as lentes, e fiquei admirando-as por um tempo, em um transe inimaginável, até que acordei com uma voz feminina:

–Gostou delas? – Era a dona da loja, reconheci sua voz imediatamente, éramos amigos desde que me interessei pelo sobrenatural. – Você sabe que não está à venda, Yuki...

–Mas você poderia abrir uma exceção para um amigo em perigo? – disse sério. Sempre nos falávamos rindo ou calmos, mas ela viu que eu não estava brincando desta vez.

–Como assim em perigo? – ela arregalou os olhos azuis com um tom esverdeado pra mim – o que aconteceu?

–Bom, eu e meus pais fomos atacados por uma presença maligna. Ela tentou incendiar minha mãe, e deixou uma mensagem na parede da sala, escrita com sangue, dizendo que eu deveria ir para a minha cidade natal, se não quisesse sofrer as consequências.

–Nossa... – Ela me olhou séria, e caiu na gargalhada logo em seguida. Pelo visto não acreditou numa só palavra do que eu disse a ela. Por mais que gostasse de mim, dizia que não sentia a “vibração” no meu corpo, por isso não acreditava que eu tinha a habilidade – Você realmente não é um bom ator, como achou que algo iria te atacar? E deixar um sinal?

–Para uma paranormal como eu você, você parece não estar acreditando muito no mundo “Exterior”. Você só diz isso porque não viu o que eu vi... – permaneci sério, o que cessou as risadas – foi horrível. Por isso que preciso dessas lentes. Você tem que entrega-las para mim!

–Por mais que eu acreditasse nessa baboseira, e que eu te desse as lentes, que utilidades teriam para você? Você não tem a Câmera... Quatro delas estão desaparecidas e a última está no Louvre, e que eu saiba, você é apenas um estudante, o que não lhe permite entrar na área restrita do museu – seu tom de voz também mudou e pude ver que ela estava convencida de que eu estava mentindo.

– Eu darei um jeito então, por favor, me dê as lentes!

–Não! Você não é digno, você é apenas um mentiroso, que inventa histórias de “fantasmas”! Faça um favor para mim: vá embora e não me incomode mais com suas mentiras! Seu RIDÍCULO! – Novamente as luzes se apagaram, e ouvimos um estrondo. E como eu imaginei, o mesmo espírito apareceu novamente, vindo em nossa direção, jorrando sangue que logo se dissipava como se fosse absorvido pelo chão. Mia olhou com medo e também ficou em estado de choque. O fantasma foi em direção a ela, e a derrubou instantaneamente no chão, deixando-a desacordada. Então ele veio em minha direção lançando um sorriso sarcástico, como se tivesse sentindo prazer com o medo que eu sentia. Então eu me lembrei do que li, e do que meus pais falaram sobre a lanterna e procurei alguma fresta que deixasse a luz da Lua(que estava cheia neste dia) entrar, e encontrei um pequeno feixe de luz vir de um canto entre o teto e as paredes. Quebrei a vitrine onde estavam expostas as lentes, e tentei colocá-las entre a luz do Luar, e o fantasma, que parecia ter perdido o sorriso sarcástico, e demonstrado pânico. Senti que aquilo era um bom sinal e consegui apontar o grande feixe de luz que a lente formou para ele, que agora berrava de dor. A luz parecia estar queimando ele, que logo sumiu, deixando apenas uma sombra que em seguida também se dissipou. Corri na direção de Mia, e tentei acorda-la. Ela parecia estar em coma, mas acordou tão de repente que me assustou mais que o fantasma:

–O... Que... Foi... Aquilo?! – Ela tentou esconder uma lágrima que corria de seu olho enquanto soluçava.

–E agora? Acredita em mim? – Olhei no fundo de seus olhos seriamente...

–Venha... Vamos conversar. Tenho que te mostrar uma coisa...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Sei que parece estar um pouco parado, vou inserir mais ação no próximo episódio e vou tentar postá-lo mais cedo.



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