Uma hora tinha se passado deste toda confusão, uma hora deste que Arai entrou na casa, uma hora deste que Amaya descobriu sobre seu abandono de sua mãe adotiva, uma hora deste que Sasuke estava abraçado a Amaya enquanto a mesma dormia em seus braços e colo. O Uchiha mais novo não sabia o que estava fazendo, porque está fazendo isso, mas o orgulho morria quando estava perto de Amaya, o sentimento de amizade e carinho lutavam contra o orgulho e vingança, Sasuke deixou essas duas coisas de lado e ficou com Amaya, com a única pessoa que nunca deixou que a magoa que Sasuke lhe tinha causado acabasse com sua alegria. A única pessoa que acredita em Sasuke, que não importa o momento ou o que ele faça, ela ainda estaria ao seu lado, mesmo depois de tantas brigas, ele sabia que ela fazia isso por magoa, mas nunca porque desistiu dele.

Sasuke fitava Amaya que dormia tranquilamente em seu colo, sua cabeça estava apoiada em seu peito com um rosto angelical, ele tinha escutado tudo, na verdade, deste que tinha visto Amaya correndo chorando sabia que algo tinha acontecido, tentou é claro ignorar, porém a curiosidade venceu seu orgulho e seguiu Amaya, ficou vigiando sua casa de longe por horas até anoitecer, vendo que nada iria acontecer, decidiu ir pra casa, mas quando viu Arai decidiu ficar mais um pouco. Ficou olhando pra janela iluminada por minutos, mas queria ouvir a conversa, sem pensar duas vezes, subiu as escadas e ficou atrás da porta ouvindo cada detalhe da história, viu o quanto Arai era medrosa o bastante pra abandonar Amaya por causa de um medo que chegou a dá raiva no Uchiha, abandonar uma criança de 2 anos já é de dá raiva, mas abandoná-la porque tem medo de ser machucada de novo já era de passar dos limites! Como uma jovem de 18 anos podia fazer isso?!

Depois de escutar os gritos de Amaya, que dava pra ouvir da rua, Arai finalmente aparece nas escadas com o rosto triste e abatido, ela encara Sasuke enquanto ele a encarava com ódio e desprezo.

– Você ouviu a conversa. – Disse Arai. Não foi uma pergunta e sim uma confirmação, ela tinha sentido o chakra de Sasuke de longe.

– Escutei sim. E pode acreditar que o que você fez, me deixou bem irritado. – Falou Sasuke num tom de voz severo e sério.

Arai não sentiu medo dele, já tinha enfrentado Itachi várias vezes e seria divertido enfrentar o irmão mais novo dele, mas tinha que continuar com a promessa que tinha prometido ao Uchiha mais velho, então manteve seu olhar sério na face também.

– Sasuke você não entende nada. Deixe de ser egoísta. Eu estava com medo dela me machucar, da Kitsune me machucar, já fui machucada muitas vezes por outras pessoas, porem Amaya foi diferente...

– Você é uma ninja. É normal um ninja ser machucado por muitas coisas, várias vezes, eles só não podem ter medo em combates, se estão com medo, quer dizer que fizeram a escolha errada, acredite, eu entendo muito bem. Mas quem se machucou mais do que nós dois, foi Amaya, ela que sempre sofreu e se machucou, porém deixou o medo de lado e continuo a viver, ela está sendo forte não você. Quem está sendo egoísta é você. – Falou Sasuke atingindo bem o coração de Arai, fazendo com que ela ficar sem palavras.

Quando Arai ia dizer umas boas e ótimas palavras para Sasuke, ambos ouviram gritos vindos de Amaya, Arai se assusta e se preocupa, tentou subir as escadas para vê-la, mas Sasuke impediu ficando em sua frente com uma velocidade incrível.

– Não. Você já a magoou o suficiente e agora esta sofrendo por sua culpa. Deixa que eu vou e você não atrapalhe, fica longe de Amaya ou não responderei por mim. – Sasuke ameaçou Arai.

A morena não fez nada, só se afastou de perto da porta dando espaço pra Sasuke subir, ele nem pensou duas vezes e subiu correndo entrando na casa.

Agora Sasuke estava ai, sentado no chão da cozinha ninando Amaya em seus braços, sua raiva se acalmava a cada momento em que Amaya respirava calmamente em seu peito, ele estava confuso e ao mesmo tempo estranho, seus pensamentos iam longe, isso acabou entrando numa antiga memória que adorava, quando lembrou, deu um sorriso verdadeiro, porém fraco, pela primeira vez em dois anos Sasuke sorriu só de lembrar de uma coisa adorável que passou ao lado de Amaya. Ele nunca esqueceria isso.

(FlashBack On)

Era a primavera em Konoha, o dia estava calmo e tranqüilo, o vento estava fresco e soltava uma brisa calma, o sol estava no topo bem alto de Konoha, no meio da floresta, duas crianças corriam e sorriam felizes, uma menina de apenas 3 pra 4 anos de idades corria feliz enquanto seu vestido branco justo voavam com a corrida, seus cabelos negros e curtos que iam abaixo dos ombros voavam com a brisa enquanto em sua face junto com os que modulavam seu rosto que chegava acima dos ombros, mostrava uma aparência angelical e feliz, mesmo ter passado por muita coisa, era seu melhor sorriso que dava em poucos anos.

Atrás da menina, corria um garoto de 5 pra 6 anos de idade, vestia uma bermuda azul claro e camisa de manga comprida preta de gola alta, nas suas costas, mostrava o símbolo do Clã Uchiha. A menina vira-se e grita pro garoto:

– Vem logo Sasuke-kun! Está muito lento! - Gritou e voltou a vira-se pra frente.

– Calma Amaya-chan! O campinho não vai sumir pra sempre. – Gritou o garoto.

Correram por mais 15 minutos e finalmente chegaram no campinho, era no meio da floresta de Konoha um pouco longe, era uma área toda aberta dando passagem aos raios de sol, no gramado verde lindo estava todo cheio de flores lindas de todas as cores, borboletas de todas as cores passavam junto com os beija-flores e os pássaros, era uma cena linda pras duas crianças.

Amaya ficou no meio do campo e virou para encarar o Uchiha que estava se apoiando pelos joelhos enquanto ofegava cansado, a garotinha dá uma risadinha fraca enquanto via o quanto o mesmo se esforçava pra respirar, Sasuke encarou-a enquanto ofegava.

– Você... Não Esta... Cansada? – Perguntou ofegante.

– Não... A-adoro muito correr, corro sempre. – Respondeu dando de ombros e sentando na grama no meio das flores violetas.

Sasuke recuperou o fôlego e se juntou a ela, sentou ao lado de Amaya no meio das flores azuis que adorava, elas dançavam no ritmo da deliciosa brisa fria, a brisa ricocheteavam os cabelos de Amaya e os de Sasuke, fazia quase um ano que tinha conhecido Amaya e eles já tinham virado melhores amigos, mesmo a garota sendo fechada e tímida, eles brincavam muito e se divertiam, o campinho ficava km longes da Cabana dos Olhos Giratórios, mas ficava bem escondida, eles adoravam ficar no meio das flores e conversarem, pouco, porém gostavam.

Sasuke ficou encarando o sol se por no meio do silencio, Amaya estava de cabeça pra trás sentindo o vento nos cabelos, o moreno queria muito conhecer melhor a doce menina dos olhos negros que nem noite.

– Amaya-chan.

– S-sim?

– Sabe, somos amigos faz um ano e até agora não te conheço direito, você quase nunca fala comigo. – Disse Sasuke sendo direto ao assunto.

Isso assustou Amaya de primeira, ela nunca teve amigos, nunca ficou próxima alguém, não sabia que estava sendo má pessoa pra Sasuke, claro, ela não fala por que é tímida e quase nunca fala, mas não sabia que isso afetaria Sasuke.

– G-gomenasai... Sasuke-kun... E-e que eu... Nunca tive amigos ou uma família... Quase nunca falo com alguém... Isso que estou dizendo pra você é mais do que já falei com alguém em meses... – Explicou Amaya abaixando a cabeça e abraçando os braços.

Sasuke ficou chateado com isso, ele tinha esquecido desse detalhe, que Amaya era órfã e que era sozinha, esqueceu que era odiada por todos, na primeira vez que a chamou pra brincar pela ela ficou tão chocada que até chorou, o moreno não sabia o que fazer nesse momento.

– A-Amaya-chan, gomen, eu tinha esquecido, eu... Eu só queria conhecê-la melhor, para se tornamos melhores amigos...

– M-mas eu nunca tive um...

– Então eu vou ser o primeiro! – Exclamou Sasuke se levantando do gramado e levantou a mão pro céu. – Eu prometo que nunca a magoarei e serei seu amigo, se um dia você ou eu dizermos uma coisa ruim para o outro, estaremos ao lado de um ao outro sempre! Não importa que aconteça! Essa é a minha palavra de Uchiha! – Disse Sasuke confiante.

Amaya arregala os olhos, aqueles olhos insegura e tímida, mas que mudou pra alegre e confiante, ela dá seu melhor sorriso que só deu uma vez na vida, ela assente e levanta-se no gramado, levou sua mão até o bolso de seu vestido e tirou sua flauta de bambu novinha que tinha feito, ela encarou Sasuke e sorriu.

– S-se vamos ser a-amigos de agora e-em diante... P-prometo pela minha vida, que tocarei sempre essa flauta, na verdade nós dois, tocaremos essa flauta só quando estivemos tristes ou alegres, só pararei quando desistir. É uma promessa de Arai.

Então começou a tocar, mas antes entregou uma copia pra Sasuke e começaram a tocar uma melodia alegre, ficaram dançando em círculos por minutos enquanto tocavam felizes.

FlashBack Off

Foi assim que começaram a ser amigos de verdade, foi naquele dia que fizeram a primeira promessa de ambos, claro, Sasuke esta com a flauta até hoje e ainda toca, mas sabe que Amaya não quebrou a promessa. Como? Ele vê Amaya tocando a flauta sempre, quando esta triste, quando esta entediada, quando esta triste, todo o tipo de sentimento, ele via, claro que o orgulho sempre lhe dominava e parava com aquilo, mas sempre sentia um sentimento com Amaya, um forte e diferente, como se quisesse abraçá-la e nunca mais soltá-la, de protegê-la, mas não sabia qual.

Sasuke olhou pro relógio que tinha na parede de Amaya, marcava 23h30, tinha ficado muito tempo abraçado á Amaya e preso em seus pensamentos, estava tarde e com certeza, teria treinamento ou uma missão com Kakashi. Primeiro levaria Amaya pra casa e depois ia sumir, como sempre.

Suspirou e quando ia levantar, a mão direita de Amaya foi pra seu peito e apertou por cima da camisa azul, Sasuke riu, ela achou mesmo que ele ia largá-la ali. Mesmo a morena estando dormindo, seus reflexos sempre estavam acordados, ela o queria por perto, não o queria mais longe, isso o deixava contente, mesmo não demonstrando isso, estava feliz por ela ter perdoado. Sasuke levou seus lábios até o esquerdo de Amaya, parou numa distancia pequena para poder sussurra.

– Não se preocupe, não vou mais te abandonar, eu prometo. – Sussurrou e recebeu um suspiro junto com o corpo de Amaya se mexendo. Ele considerou isso como um sim.

Sasuke segurou Amaya para poder carregá-la, botou o braço por baixo de seus joelhos juntos e seu braço direito pelo corpo dela, bem devagar, se levantou com todo cuidado para não acordá-la, caminhou lentamente com Amaya no corpo até seu quarto, á levou pra cama e a colocou com todo o cuidado para não acordá-la, á botou de lado e ficou a encarando, mesmo estando de costas para ela continuava linda com seu corpo pequeno, Sasuke viu a coberta e cobriu Amaya até os ombros, a mesma se aconchegar entre ela. Sasuke olhou pra janela a sua frente e seguiu até ela, abriu-a pela metade e ficou encima do peitoriu gelado da janela, Sasuke encarou o rosto angelical dorminhoco de Amaya, ele deu um suspiro e encarou o céu escuro igual aos de Amaya.

– Nunca me desculpei com alguém antes, você sabe disso, mas sinto muito pelo que eu fiz com você, simplesmente, me... Perdoe-me... Desculpa pelo que fiz. – Disse Sasuke antes de pular entre telhado em telhado.

Sem ele saber, Amaya abre os olhos e encara a janela onde Sasuke saiu onde suas cortinas brancas voavam com a pequena brisa, ela tinha ouvido tudo, tinha acordado quando ele estava levantando ela, quando ele disse que não a abandonaria e que ele pediu desculpas, seu coração saltou, levou dois anos pra ele perdi, ela estava tão contente por isso, nunca pensou que ele pediria, mas ela não liga, ela ficou contente com isso. Amaya sorriu com suas bochechas coradas fechou os olhos e decidiu dormir.

[...]

O sol raiou no dia seguinte, todos acordavam cedo abrindo suas lojas e os ninjas já saiam de suas casas, Amaya caminhava calmamente pela sua Aldeia querida, mais ou menos querida, estava em seu maravilhoso dia de folga que o Hokage solicitou, caminhava com seu belo vestido azul marinho justo da cintura pra cima de mangas comprida a gola era de forma quadrada mostrando seu peito, usava o cordão do Clã Uchiha e a pulseira de Naruto, em suas mãos estava uma cesta onde continha dois pães e vegetais que tinha comprado, estava pensando em fazer um delicioso almoço hoje, uma sopa talvez. Seus cabelos negros estavam presos num roba de cavalo baixo lhe dando uma imagem de um conhecido, sua franja tampava um pouco seu rosto enquanto os que modulavam seu rosto voavam com a pequena brisa.

Amaya caminhava calmamente pelas ruas, todos a encaravam e franziram o cenho confusos, sua aparência lembrava de uma pessoa, claro que eram poucos e a maioria eram ninjas, mas sua aparência lembrava muito uma pessoa, Amaya acabou ficando confusa achando que eles não se lembravam dela, achou entranho é claro. Comprou vegetais e ingredientes para fazer a sopa quando Amaya sentiu-se que alguém a observava, ela sabia quem era, sentia seu chakra de longe. Fingindo que não sentia nada, caminhou pra longe das lojas e das casas, acabou parando na ponte onde se treinava a bola de fogo com Sasuke, foi até o final da ponte e ficou encarando a água até ouvir os passos da pessoa na ponte, fechou os olhos calmamente.

– Você é boa mesmo, agora entendi porque avançou duas séries na Academia. É uma excelente ninja. – Disse a voz se aproximando.

– Sempre senti a presença dos outros, a sua não seria novidade pra mim, mas uma coisa é. – Falou fria e virou-se encarando Arai. – O que a senhora quer? Para querer conversar comigo no meu dia de folga significar alguma coisa bem importante. – Disse Amaya.

Arai seu um risinho de lado, é, aquela garota lembrava muito seu amigo, claro que ficou surpresa quando descobriu sua presença de longe, admite que ela e igual a ele.

– Sim é importante. – Falou e caminhou com passos pequenos até uns metros de Amaya até que parou. – Queria lhe pedir desculpas por tudo que lhe fiz a 8 anos atrás, sei que o que fiz foi errado, mas eu era muito jovem e perdi meus pais muito cedo. Quero que você me perdoe. – Disse estendendo a mão para Amaya.

Encarou a mão e depois para Arai que se assustou com seu olhar, ele era frio, tão frio quanto gelo, estava com a cara de um assassino sem emoções que um dia foi seu amigo, Arai se assustou quando viu que a garotinha doce que escutava de longe estava com um olhar frio e sem emoções.

– Eu posso ser aquela garota doce que perdoa qualquer um, mas não sou ingênua, na verdade, chega de ser! Nunca vou esquecer do que aconteceu comigo, por acaso você já viu uma criança de quase 3 anos viver na rua antes de ser achada pelos ninjas e pelo Hokage-sama? Você nunca terá meu perdão Yoshita no Arai! Nunca! Cansei de ser ingênua e de perdoa as pessoas por motivos absurdos! Não tenho mãe e nem pai, agora não tenho nem mesmo adotivos! Não mais! – Gritou Amaya soltando todo o ar do seu pulmão.

– Sem mim você não tem nada Amaya! Nada! Você vive na floresta atrás de comida quando não tem dinheiro, vive treinando sempre e está sempre sozinha! Quase nem tem amigos! Se me deixar ser sua mãe de novo, podemos reconstruir tudo de novo, posso te alimenta e cuida de você, assim não precisa ser mais sozinha. – Tentou convencê-la.

Amaya sentiu mais raiva do que antes, ela estava dizendo que Amaya nunca teve amigos! Que sempre é sozinha! Que não consegue sobreviver! Não. Ela vai mostrar.

– Está muito enganada Arai. – Disse fria e séria. – Eu não estou sozinha. Tenho amigos ao meu lado sempre, me ajudando e me ensinando, mesmo sendo solitária, tenho amigos ao meu lado, aprontando e me ajudando, sou uma ninja agora. Sei sobreviver sozinha e sempre dou meu jeito. Você nunca vai ter minha maternidade nem eu querendo.

Sem esperar para uma resposta. Amaya caminhou devagar e passou pelo lado de Arai, como câmera lenta, as duas sentiram o ar ricochetear as duas, o ar frio e perigoso, o mesmo ar que Arai sentiu quando foi atacada contra Kitsune, era Kitsune que estava dizendo aquelas palavras, mas sabia que Amaya também estava.

Arai nem se atreveu pra se virar para ver Amaya indo embora, a garota enfrentou seu medo, não vai ser mais ingênua, mesmo ainda sendo meiga, gentil, doce e inocente – e uma pintada de delicadeza- nunca mais vai deixar que as pessoas a manipulem. As únicas pessoa que podiam ter seu perdão, são seus amigos, sensei’s e Sasuke.

O Medo Não Justifica Nada, Mas A Qualquer Momento Ele Pode Vim A Tona, Como A Ameaça e A Batalha.