Rose.. Uma Weasley? escrita por Gabs


Capítulo 30
Conversas. HUGO


Notas iniciais do capítulo

Eu sei sou irresponsável, mas no abandonei a história, sei que demoro, dessa vez foi muuuito, mas nao abandonm a história.

Dessa vez nao foi culpa minha (eu sei que sempre falo isso, mas é verdade), meu PC pegou um virus perdi todos os meus arquivos, TODOS, e ninguém conseguiu recuperar, imaginem perder todos os prints escrotos que vocês tinham das suas amigas, ou as fotos ridiculas, enfim... ainda estou me recuperando desse dano.

PARA QUEM ACOMPANHA ALÉM DESSA OUTRA FIC MINHA, AS ATUALIZAÇÕES OCORRERÃO EM BREVE. LEMBRE-SE QUE ESTOU ESCREVENDO TUUDO DE NOVO. E nao é facil conciliar as fanfictions com a faculdade. kkkkk



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Hugo amava a noiva, ou pelo menos achava isso, mas já estava se arrependendo de ter pedido ela em casamento. O ruivo estava cansado, e, só queria conversar com alguém sobre sua irmã, sobre a conversa que acabara de ter com sua mãe, no entanto, Valerie só queria falar em casamento, na festa, nos convidados, nas fotos que teriam que fazer para não sei quantas revistas, das entrevistas... cansado de tanta futilidade voltou para a casa da mãe, fora Valerie, ela era a única pessoa que queria falar sobre todas as reviravoltas das últimas semanas.

Hermione estava debruçada sobre a mesa da cozinha conferindo todas as informações que conseguiu apurar sobre o prédio que Ronald havia dito que Rose, sua filha, morava. Ela tentava encontrar Rose no meio de todos aqueles inquilinos, mas saber o país e, agora, o prédio em que ela estava não facilitava em nada encontrá-la. Ela estava tão focada em descobrir alguma pista que mostrasse qual daqueles apartamentos era o de Rose que não percebeu quando Hugo adentrou na cozinha.

—Mãe! Quantas vezes já pedi para não deixar a porta aberta?

—Hugo, eu já vivi durante uma guerra, sendo uma das mais procuradas, você acha mesmo que eu não sei me defender?

Hermione comentou ainda concentrada nos papéis. Como se tivesse um epifania, olhou para seu filho preocupada:

—O que faz aqui? Não ia para casa, ficar com sua noiva?

—Eu fui, mas ela só fala em casamento, nas coisas que temos que fazer ...

Hugo disse sentando-se à mesa com a mãe.

—Filho, eu sei que sou suspeita para falar, já que não gosto muito dessa garota, mas se você não está aguentando agora...

—Nem comece, ela só está animada com o casamento, só isso. Toda mulher fica assim.

—Está bem, não vou começar, mas quero lembrar que essa não é primeira vez que você recorre a mim porque sua noiva tem algo melhor para se preocupar do que com seus anseios ou problemas.

Hugo não falou nada, apenas fitou a mesa como se não tivesse ouvido o que sua mãe havia dito.

—Alguma novidade?

Perguntou mudando de assunto, mesmo sabendo a resposta. A expressão no rosto de Hermione era fácil de ler.

—Nenhuma. Vou fazer um chá.

—Um chá sempre resolve todos os problemas, desde que você seja inglês.

Hugo disse citando sua avó materna, e, Hermione riu com a lembrança de sua mãe.

—Acho que o tio Harry teve mais sorte procurando os comensais depois da guerra que nós dois procurando a Rose.

—Hugo!

Ralhou Hermione tentando não rir, Hugo puxara o senso de humor de Ronald.

—Só estou dizendo... Temos sorte que ela não tenha se tornado das trevas, caso contrário que se Hitler e Voldemort tivessem trabalhados juntos.

—Hugo!

—Parei, mas que é verdade é.

Hermione colocou duas xícaras de chá em cima da mesa.

—Lembrei agora que toda vez que vovó dizia “uma xícara de chá resolve todos os problemas, desde que você seja inglês”, Rose sempre retrucava dizendo que tinha quase certeza que não era inglesa, uma vez que sempre preferia café. Me pergunto se um dia ela irá me perdoar.

—É claro que ela vai, querido. Dentre nós dois, você é o que mais tem chance.

—Não sei. Se eu fosse ela provavelmente não me perdoaria. Eu sou o irmão, eu devia defende-la.

—Eu sou a mãe, deveria aceita-la, apoiá-la. Se eu fosse também não me perdoaria, estou torcendo para que ela seja uma pessoa melhor do que eu jamais fui. Cometermos muitos erros, filho. Eu, principalmente, mas isso não quer dizer que sejamos necessariamente pessoas ruins, só significa que somos pessoas que cometeram erros horríveis e se arrependem. Não pense no pior.

...

Hermione já havia ido deitar, o ruivo ainda estava na mesa da cozinha lendo, havia ligado para Valerie minutos antes avisando que dormiria na casa da mãe, ele tentara ter uma conversa novamente com a noiva, mas não conseguiu, talvez, só talvez, sua mãe tinha razão.

Rose nunca fora boba, ela sabia apagar seus rastros, apagar qualquer prova contra ela, Hugo sabia bem disso, mesmo quando ela era menor e não podia usar magia Rose conseguia escapar de cada situação inusitada sem que ninguém soubesse, por saber disso ele não se surpreendeu por não conseguir encontra-la tão facilmente mesmo que soubesse em qual prédio ela estava morando.

No início ele quase desistiu, começou buscando prédio com o nome dela, depois com o codinome Paige Granger, nome que ela usava em uma apartamento aqui em Londres, depois ele tentou com os nomes de personagens de livros, preferidos dela que ele conseguia lembrar.

Já ia desistir quando lembrou-se que diversas vezes quando ela estava de castigo e proibida de se comunicar com aqueles amigos que seus pais consideravam “maus-exemplos”, Rose usava o nome e a coruja dele (Hugo) para passar pela vistoria de Hermione e Ronald, assim tentou uma última vez usando nomes de alunos da escola bruxa da Alemanha que se formaram no mesmo ano que ela.

Quatro pessoas. Quatros pessoas que terminaram os estudos no mesmo ano que Rose moravam naquele prédio, destas quatro duas garotas moravam juntas. Não foi difícil depois disso descobri o número do apartamento dela, 604.

...

—Olha só, Sophie, você tem uma maldita chave para abrir essa maldita porta, que mania irritante de não levar a chave.

Esbravejou uma morena com os cabelos bagunçados, e usando um roupão azul de patinhos, ao abrir a porta. Melanie arregalou os olhos assustada quando se deparou com um ruivo, de olhos azuis. Hugo sorriu daquele mal entendido.

—Desculpe, eu pensei que era...

—A Sophie, percebi.

Completou Hugo ainda rindo.

—Só um instante.

Melanie falou fechando a porta. Tirou o roupão de patinhos ridículo, passou um pente nos cabelos rapidamente, verificou se estava com bafo e abriu a porta novamente com um sorriso.

—Bom dia. Eu sou Melanie, você é?

Perguntou ela enquanto dava uma averiguada na musculatura daquele ruivo, não era todo dia que um cara bonito como aquele batia na porta dela.

—Você é a Melanie? Você é a Melanie que estudou na Escola de Bruxaria Alemã?

Perguntou Hugo. Melanie o encarou desconfiada, a admiração pela beleza dele perdeu diante a menção ao mundo bruxo.

—Eu não sei do que você está falando.

Disse ela fechando a porta, Hugo se colocou no meio da porta impedindo-a de fechar.

—Espere, eu também sou bruxo, me chamo Hugo Weasley, estudei em Hogwarts.

Ruivo e com sotaque inglês é claro que ele era um Weasley. Pensou Melanie sentindo-se estúpida por ter admirado a musculatura do ruivo. De fato, toda comunidade bruxa conhecia os Weasley’s, mas desde que se tornara amiga de Rose, Melanie não vira mais graça em ler reportagens sobre os ‘herois’.

—Já percebi que é bruxo, mas não te conheço e não imagino um motivo para conversarmos.

—Sabe sim, você estudou com Rose, minha irmã e, eu sei que ela mora nesse prédio.

—O que você quer com ela?

Melanie questionou com raiva. Odiava Hugo, mais do que Ronald e Hermione. Rose sempre falava bem do irmão, como ele era isso como ele era aquilo e na primeira oportunidade ele virou as costas para ela. Um irmão nunca deveria deixar o outro, nunca.

    -É algo particular.

Hugo respondeu engolindo em seco. Algo lhe dizia que aquela garota não era alguém para se ter como inimiga.

    -Ela não está e, mesmo que tivesse duvido que teria alguma coisa para falar com você.

Melanie tentou colocar todo o nojo que sentia pelo ruivo em seu tom e conseguiu, Hugo a princípio assustou-se, depois deu uma pequena risada.

Ele sempre se preocupou se Rose havia encontrado que a protegeria como ele devia ter feito, se ela conhecera alguém que fizesse o papel de irmão que ele devia ter feito, pelo visto ela encontrara.

    -Já entendi, você é o cão de guarda, mas acho que vou correr o risco de levar uma mordida e vou esperar ela aqui.

Comentou ele entrando no apartamento e sentando-se na poltrona. Melanie o olhou surpresa, ele realmente era muito corajoso. Ela sentou-se no sofá na frente dele com a varinha a vista. Ele riu ao perceber a varinha na mão dela.

    -Sabe, eu também tenho uma.

    -Tente usar a sua. Temos um feitiço, as únicas varinhas que funcionam aqui, são as que estão registradas.

Hugo levantou as sobrancelhas surpreso.

    -Eu não vim aqui com intenção de usar minha varinha.

Hugo retruca e dá um sorriso para Melanie, ele senti que estava irritando ela.

...

Melanie estava nervosa, precisava se livrar de Hugo antes que Rose chegasse, e, ela não iria demorar, só havia ido a uma reunião com um cliente e, seria rápido.

Morar com Melanie era maravilhoso, ela era uma ótima colega de quarto e uma amiga melhor ainda, ela só tinha na verdade um problema, o seu fogo. Rose já estava acostumada de chegar no apartamento e encontrar Melanie em posições bastante constrangedoras.

Com o tempo elas tinham entrado em acordo e, decidiriam que ela deveria deixar um aviso no trinco da porta caso ela estivesse com alguém fazendo coisas ‘indevidas’, na verdade, servia para todos, mas Melanie era a que mais usava.

Melanie levantou tentando aparentar calma com a intenção de colocar um pequeno adesivo na porta sem eu o ruivo percebesse porque assim ela evitaria que Rose encontrasse com o irmão, mas antes de chegar na porta Rose entrou.

—Hugo?

Rose estava surpresa.

—Rose eu coloco essesinho para fora a força ou com brutalidade?

—Você não pode me colocar para fora, ela é minha irmã, você não tem direito...

—Eu não tenho direito? Primeiro, essa é minha casa, segundo, ela foi expulsa da sua família esqueceu? Ou seja, ela não é sua irmã, ela é uma mera desconhecida.

—Chega! Os dois –Ressaltou quando viu que Melanie iria retrucar.

—Rose, eu vim porque acho que deveríamos conversar, colocar os pingos nos ís.

—Como me encontrou?

Perguntou Rose friamente, tentando ser fria. Ela não acreditava que aquele ali era Hugo, seu irmãozinho...

—Isso importa?

Retrucou Hugo.

—Se ela está perguntando é claro que importa, babaca.

—Não estou falando com você.

Hugo disse furioso, odiava que mentissem para ele.

—Mel, por favor.

—Que foi, Rose? Vai ficar do lado dele?

—Sempre vou estar do seu lado, mas eu queria conversar com Hugo, a sós.

 Hugo deu um sorriso vitorioso para a morena.

—Não fique tão feliz, Hugo, ela vai está a um grito, e, acredite você não vai querer enfrentar a fúria da Mel.

Hugo engoliu em seco enquanto Melanie subia as escadas.

—Alguém além de você sabe da minha localização?

—Nossa mãe sabe o prédio, mas só eu sei qual o apartamento.

—Como me encontrou?

—Foi bem fácil na verdade. Eu sabia o prédio e tinha uma lista dos alunos que estudaram com você aqui na Alemanha, me recordei que quando você voltou da Alemanha falou comigo sobre uma tal de Melanie e torci para não ser só uma coincidência.

Hugo respondeu orgulhos.

—O que você quer?

—Conversar com você. Pedir desculpas. Eu me arrependo muito, Rose. Me arrependo de não ter ficado ao seu lado. Me arrependendo de ter virado as costas para você. Sei que não é desculpas, mas eu era uma adolescente idiota, estava com raiva de você por coisa pelas quais você nem era culpada.

—Você e sua mãe, são farinhas do mesmo saco. Acham que é só pedir desculpas e pronto, todo o passado vai sumir.

—Isso não é verdade. Eu sei muito bem que terei que viver eternamente com o peso das minhas decisões, eu só espero que possamos recomeçar, está na hora de você deixar sua mágoa no passado e, eu deixar a minha culpa também. Rose, eu sei que não fui um bom irmão, mas eu posso ser, só quero uma chance, para tentarmos de novo, não como se nada tivesse acontecido, mas apesar de tudo o que aconteceu.

—Fazer tudo isso é mais fácil em palavras.

—Eu sei, mas eu já fui um dia um irmão razoável e posso ser mais que isso, mamãe também está muito arrependida, não estamos pedindo que nos ame ou que nos perdoe logo de cara, só queremos uma chance, uma chance Rose.

...

Rose sentou-se no sofá esgotada, Hugo sempre conseguia toca-la de uma forma diferente, ele parecia saber como falar as coisas de um modo que a tocasse, ela odiava ser ainda vulnerável as palavras de Hugo depois de tantos anos, mas ela era.

Melanie que escutava a conversa escondida no andar de cima, desceu as escadas quando escutou a porta batendo.

—Estou sendo uma idiota, Mel?

—Sim. Eu particularmente não apoio a sua decisão, mas estou com você.

—Não os odeio. Não mais. E é só um jantar. O que custa um jantar?

—Estou torcendo para que seja os dentes da sua mãe ou do seu irmão.

Rose sorriu, ainda sentindo-se um tanto idiota por ter aceitado aquele jantar, mas Hugo tinha razão em uma coisa, estava na hora dela deixar as mágoas no passado.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM, estou com saudade de vocês. BJOS