Félix & Niko - Dias Inesquecíveis escrita por Paula Freitas


Capítulo 19
One Wild Night - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo dividido em 2 partes, usei 3 ideias que me deram. Quem acompanha sabe! Valeu galera!
Essa 1ª parte é mais tensa...



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Madrugada. Félix saía do quarto chateado. Niko saiu logo atrás.

– Félix, amor, não fica assim... Isso acontece...

– Não comigo Niko! Você sabe muito bem que isso nunca aconteceu comigo!

– Claro que sei querido! Mas... Qualquer homem pode falhar uma hora ou outra...

– Niko!

– É sério Félix... Além do mais, meu amor, você passou por uma experiência traumática recentemente... Relaxa e vai ficar tudo bem!

Niko o abraçou, o beijou, mas Félix o afastou, dizendo:

– Para carneirinho... É que você fica assim em cima e... Não dá...

– Você sabe que eu prefiro ficar por cima né Félix?! – Disse dando um sorrisinho malicioso e se reaproximando.

Mas, Félix estava sério e voltou a afastá-lo. – Niko, sem segundas intenções tá! Hoje não! Vou tomar um pouco de ar na varanda!

Niko sabia que tinha que lhe dar um tempo, mas, ele não gostava nada de ver Félix tão desanimado. Tomou um copo d’água na cozinha e foi até a varanda. Félix estava sentado numa espreguiçadeira olhando para o jardim na escuridão da madrugada.

Niko sentou no canto da espreguiçadeira. Félix falou:

– Lembra aquele dia que eu enchi o jardim de velas e nós amanhecemos deitados na grama?! E aquele dia que fizemos amor nesta espreguiçadeira?!

Niko deitou sobre seu peito e perguntou: - Gostaria de repetir?

– Carneirinho...

– Tá bom Félix, tô brincando, só queria te ver sorrir... É que você ainda está tão tenso! Mas, poderia te ajudar, falar sobre o que aconteceu ontem!

–--

No dia anterior...

– Hum... Foi bom pra você Félix?!

– Ah ah carneirinho, que pergunta... Você sempre é ótimo!

– É que eu sou louco por você! É uma pena que amanhã tenho que sair mais cedo para o restaurante, senão ficava acordado mais tempo...

– Carneirinho, você tem um fogo hein?! Vai dormir criatura, que eu também estou exausto...

Félix se virou, mas Niko ainda encostou-se nele e lhe beijou o pescoço, sussurrando em seu ouvido:

– Como se você não gostasse do meu fogo...

Isso deixava Félix louco. Ele adorava ver como seu carneirinho ingênuo e fofo do dia-a-dia se transformava num animal selvagem na cama.

Pela manhã, eles tomavam o café quando Niko se apressou:

– Adriana leva os meninos para a escola porque eu tenho que ir cedo para o restaurante para ver o que está acabando no estoque e depois ir comprar no supermercado!

– Tá bem, seu Niko! Ah, depois que eu levar os meninos tem mais alguma coisa pra eu fazer aqui? É que eu queria fazer uma visitinha a uma amiga que tá aqui na cidade...

– Pode ir, Adriana! E demore o tempo que quiser viu! O Félix pode ir buscar o Fabrício, não é Félix?!

– Ai carneirinho, que preguiça... Mas, tá, eu posso ir...

– Ele vai viu Adriana! E, se não der tempo, aí a gente liga para o seu celular!

– Então, tá... Brigada seu Niko! Vamos meninos... – Adriana saiu com eles.

– Félix, você podia ir comigo hoje para o restaurante! Aí você me ajudava com as compras, de lá ia pegar o Fabrício, e ainda me levaria de volta para o restaurante... Você sabe que quanto mais rápido eu voltar pra lá, mais cedo posso chegar em casa... – Niko sorriu no final da frase.

– Carneirinho, você só pensa nisso... Olha, nem adianta fazer essa carinha que eu não vou!

– Mas, Félix...

– Mas Félix nada! Você me fez acordar cedo... Não sei como você consegue ser tão elétrico, mas eu ainda estou com sono! Faz assim, você vai, faz suas compras e mais tarde me liga que eu te encontro no supermercado caso você se atrapalhe com os preços!

Félix riu e Niko retribuiu dando um beijinho nele. – Tá bom então, eu já vou! Mas, então eu só te ligo depois da hora de você ir buscar o Fabrício tá! Vê se não esquece!

– É o apocalipse você pensar que eu vou esquecer o Fabrício na creche, carneirinho!

– Eu sei que você não faria isso com nosso filho, Félix! Eu confio em você!

Niko deu a volta na mesa ficando atrás da cadeira onde Félix estava sentado. Segurou em sua cabeça, inclinando-a para trás e lhe beijou os lábios ao contrário.

– Eu te amo!

– Também te amo, carneirinho!

– Vou indo...

– Vai lá... Homem-Aranha...

Niko deu uma gargalhada. – Só por causa desse beijo?

– É... E porque me faz subir pelas paredes...

Niko saiu rindo. Félix também ficou sorrindo sozinho vendo-o ir embora.

Félix voltou para o quarto, tirou a calça, ficando de camisa e cueca. Os lençóis ainda bagunçados guardavam o cheiro do seu amado e Félix se enroscou neles, pegando no sono em pouco tempo.

Félix sonhava com Niko, quando acordou com barulhos e vozes no andar de baixo. Primeiro pensou que poderia ser Adriana ou mesmo Niko que podia ter voltado. Esfregou os olhos e levantou. Chamou: - Adriana... É você?! – Mas, as vozes se calaram. Félix notou que tinha alguma coisa errada. Chegou bem perto da porta e encostou a orelha para tentar ouvir. Ouviu alguém bem perto, talvez na escada, dizer: - Ainda tem alguém... Não tinha saído todo mundo?!

– Ladrões! – Félix exclamou baixinho.

Ele não sabia o que fazer, ali dentro do quarto não tinha para onde fugir. Eles ouviram sua voz, sabiam que tinha alguém ali e estavam se aproximando. Se ele saísse do quarto o pegariam. Rapidamente, Félix girou a chave na porta para trancá-la e pegou o celular na cômoda para ligar para a polícia.

– Droga! Descarregado...

Pegou o carregador na gaveta e pôs o celular para recarregar. Os ladrões deram um chute na porta, pois já haviam notado que tinha alguém naquele quarto. Imediatamente, Félix discou para a polícia, mas quando disse alô, os ladrões deram outro chute, arrombando a porta.

– Larga esse celular agora! – Gritou um deles, apontando uma arma para Félix.

Félix jogou o celular no chão, mas não o desligou.

– Levanta as mãos! Atrás da cabeça, rápido! Vai pra cama, vai...

Félix obedecia a o que um dos ladrões mandava, enquanto o outro se abaixou e pegou o celular do chão. Desligou, dizendo para o outro:

– O espertinho tinha deixado o celular ligado pros cara escutar chefe!

O que apontava a arma chegou com ela bem perto da cabeça de Félix.

– Não tenta bancar o esperto pra cima de nós, riquinho! Diz onde que vocês guarda a grana nessa casa! Diz logo!

– N-não tem dinheiro aqui... – Félix tentava manter-se calmo, mas o ladrão estava cada vez mais nervoso. Encostou a arma contra sua cabeça mais de uma vez, pressionando-o.

– Fala logo onde que tá a grana!

– E-eu já disse... Não tem dinheiro aqui... S-só um pouco na minha carteira q-que tá aí em cima...

O outro que estava sem arma e que já havia pegado o celular pegou a carteira que estava em cima da cômoda e tirou tudo que tinha.

– Só essa mixaria?! Mas, que merda é essa?! Nessa casa deve ter um cofre! Diz aí riquinho, onde que vocês guarda a grana de verdade nessa casona?!

– N-não, não tem cofre... Ai, é o apocalipse! Não sabem que há muito tempo as pessoas costumam guardar a maior parte do dinheiro no banco?!

O ladrão encostou a arma na testa de Félix. – Tá tirando uma com minha cara, idiota!

– N-não, imagina...

– Você vai ficar bem quietinho aí enquanto a gente faz uma limpeza... – Ele amarrou as mãos de Félix com o próprio lençol, deixando-o ajoelhado na cama.

Félix olhou para o relógio e viu que já passava da hora de ir buscar Fabrício e se preocupou ainda mais.

– Parece que não tem cofre mesmo não chefia! – Disse um dos ladrões que voltava do corredor. – Mas, tem outros quarto! Deve ter coisa de valor...

Nesse momento, o celular de Félix tocou. O ladrão que estava com ele o pegou fazendo um sinal para o outro, perguntando o que fazer. O outro pegou e pôs o celular na frente de Félix. Félix viu quem ligava.

– Niko! – Exclamou baixinho.

– Quem é?! Quem é, responde!

– É... É meu... Meu...

O celular parou. Félix suspirou aliviado, mas em poucos segundos tocou de novo. Niko deixou um recado na caixa-postal:

– Félix, amor, o que aconteceu? Eu tô ligando e você não atende! Se você foi buscar nosso filho e deixou o celular em casa eu perdoo, mas quando ouvir esse recado vem me buscar no supermercado, aquele que venho sempre tá?! Não demora!

Ao ouvirem isso, os ladrões começaram a rir de Félix.

– Ah ah... Então por isso que ele não tá tão nervoso... Já tá acostumado a ter macho no quarto...

– Bem que eu tinha notado... É um viadinho...

– Olha aqui seu... – Félix tentou reagir e conseguiu soltar suas mãos, mas o ladrão bateu com a arma na cabeça dele e segurou seus braços, encostando a arma em seu pescoço.

O que o estava segurando mandou o outro ir procurar o que tivesse de valor pela casa.

– Agora que ele já foi... – O ladrão o segurou com mais força, deslizando o cano da arma pelo seu pescoço. – Sabe que eu até gosto de assaltar uns viadinhos bem bonitos como você?!

Félix percebeu que aquele assalto, de repente, tinha virado assédio. Como seus braços estavam soltos do lençol, apenas presos pelo ladrão, Félix tentou reagir novamente. O ladrão o segurou com os dois braços, e num reflexo, a arma caiu no chão. O ladrão a pegou imediatamente apontando-a para Félix que não conseguiu sair a tempo. Mas, Félix notou algo estranhou quando a arma caiu no chão. O barulho que fez não foi de metal normal de uma arma, foi mais oco, diferente, como se fosse um tipo de plástico. Então, Félix notou: A arma era falsa.

Mas, o ladrão estava atrás dele novamente, dizendo: - Encosta na parede! Deixa os braços onde eu possa ver...

Félix levou as mãos à cabeça, mas, para ganhar tempo para pensar no plano. Mesmo que escapasse daquele, seu celular estava com o outro. Restava-lhe o telefone na cozinha.

– Fica quietinho e você não se machuca... – Disse o ladrão pondo a mão contrária a da arma na cintura de Félix e deslizando pela sua camisa até chegar à cueca. Félix fechou os olhos com nojo enquanto o ladrão o apalpava. Então, quando ouviu os passos do outro subindo as escadas e entrando no quarto vizinho que era o de Fabrício, respirou profundamente e baixou os braços rapidamente. Num instante, deu uma cotovelada no ladrão, deixando-o atordoado, mas logo o mesmo o ameaçou:

– Fica quieto, ou eu atiro!

– Atira! Eu já sei que essa porcaria aí é falsa!

Ao ser descoberto o ladrão gritou chamando o outro, mas Félix foi mais rápido, descendo as escadas quase que pulando os degraus, chegou a cozinha, arrancando o telefone sem fio do gancho e correndo para o lado de fora.

Ligou para o primeiro número guardado na memória do telefone, que era o de Niko, mas um dos ladrões já estava no seu encalço.

– Niko, Niko...

– Alô Félix? Onde você está hein? Faz um tempão que eu tô te esperando e estou muito bravo porque você esqueceu o Fabrício...

– Niko, cala a boca, é um assalto, chama a polícia...

– O quê?! Félix... Félix...

Niko não ouviu mais nada. O telefone foi desligado pelo ladrão que alcançou Félix e lhe ameaçou com um canivete.

– Aquele revólver era falso! Mas, esse negócio aqui corta de verdade! Então, não se mexe! Vamo acabar logo com isso!

O outro ladrão veio e amarrou novamente as mãos de Félix, puxando-o para a varanda da casa. Aproveitando que o outro voltou para dentro para assediá-lo mais uma vez, passando a mão nele, quando Félix teve uma ideia. Como estava com os pés soltos, tentou correr novamente, mas com o intuito de ser pego. Quando o ladrão o segurou, Félix estava onde queria, na beira da piscina. Então, perguntou ao ladrão: - Sabe nadar? Antes que o ladrão pudesse responder Félix deu-lhe um chute para dentro da piscina.

Ele nadava desajeitado, e isso deu tempo para Félix correr para fora da casa, e nesse momento, Niko chegava com a polícia. Niko parou o carro e desceu correndo para abraçar Félix. Ao vê-lo, Félix começou a chorar. Niko tratou de desamarrar ligeiro suas mãos e abraçá-lo. Os policiais entraram e conseguiram pegar os dois ladrões.

Algum tempo depois, já mais calmo Félix estava deitado com a cabeça no colo de Niko que lhe fazia um cafuné.

– Ai Félix, eu fiquei tão preocupado quando você disse que era um assalto, sua voz estava tão assustada que eu chamei imediatamente a polícia...

– Que sorte que você chegou na hora certa!

– Foi, Félix... E que sorte também, graças a Deus, que aquela arma era falsa! Porque você correu muito perigo, meu amor! Nossa, se eu te perdesse... Eu perderia metade da minha vida! – Niko completou a frase com os olhos cheios de lágrimas.

Félix lhe fez um carinho no rosto. – Você não vai me perder tão fácil tá carneirinho... Mas, não fala mais nisso, por favor?!

– Tá Félix! Deve ter sido bem difícil pra você não foi?!

– Foi... Em uns momentos mais que outros... – Félix suspirou engasgado. – Mas... Me diz, e o nosso filho hein? Quem foi buscar o Fabrício?

– A Adriana, meu amor! Quando ligaram para mim para perguntar por que ninguém tinha ido buscar o Fabrício, eu já tinha ligado pra você e deixado recado e então eu pensei que você tinha esquecido e liguei direto para a Adriana! Eu fiquei muito bravo com você Félix... Ah, meu bem, se eu soubesse o que estava acontecendo, nossa...

– Tudo bem, carneirinho, nem que você fosse adivinho, não tinha como saber...

– Mas, agora sabemos que temos que arrumar os muros dessa casa que são muito baixos, colocar cerca elétrica, câmera de segurança, sei lá... Tudo pela segurança de nossa família! Os policiais disseram que já estavam no encalço desses dois que já haviam assaltado outras casas dessa região!

– É... Mas, não vamos falar mais nisso tá! Carneirinho... Eu ainda não me sinto muito bem...

Niko lhe deu um beijo terno e continuou o cafuné, deixando Félix dormir no seu colo. Ele não voltou para o restaurante naquele dia, pois seu marido precisava mais que nunca de sua proteção.

–--

No dia seguinte...

Na varanda, Niko continuava deitado sobre o peito de Félix tentando fazê-lo falar sobre o que havia acontecido. Niko sentia que alguma coisa ainda o perturbava.

– Félix, realmente poderia te ajudar, falar sobre o que aconteceu ontem! Tem alguma coisa que você não me disse?

Félix ficou calado. Ele havia falado tudo para Niko, menos a parte de ter sido assediado pelo bandido.

– Não carneirinho... Não tem nada!

Mas, Niko já o conhecia bastante bem para saber que tinha algo sim.

– Então, vamos voltar pra cama Félix?! Já está ficando frio aqui fora!

– Vamos carneirinho... Mas, hoje quero só dormir tá bem?!

Niko o olhou com ternura e compreensão. – Claro amor... Você precisa de um tempo, eu entendo!

– Ah... O que seria de mim sem você, meu amado carneirinho!

–--

Amanheceu. Niko acordou na mesma hora de costume e se aprontava para ir ao restaurante, ainda preocupado com Félix. Ele havia passado a noite toda agitado como se tivesse pesadelos.

Niko lhe deu um beijo na testa com cuidado para não acordá-lo e desceu, pois queria deixá-lo descansando mais um tempo. Levou os meninos a escola e foi trabalhar.

No quarto, Félix acordou repentinamente com um susto. Olhou para os lados, para trás e suspirou aliviado ao notar que era apenas um pesadelo que tivera. Viu a hora.

– Carneirinho?! – Chamou por Niko, mas ele já não estava mais em casa.

Félix se sentiu só. Vestiu-se e desceu. Quando encontrou Adriana na cozinha, abraçou-a, surpreendendo-a.

– Ah criatura, que bom que você tá aqui... Eu pensei que tinha saído todo mundo de novo!

– Seu Félix... Tá se sentindo mal?!

– Não, não... É só que... Eu pensei que estava só, me senti, sei lá, desprotegido! Por causa do que houve ontem... O Niko já foi para o restaurante?

– Já sim... Precisa de alguma coisa?

– Não... Quer saber, eu quero só um cafezinho e vou lá encontrar o carneirinho!

Félix tomou o café e foi para o quarto se arrumar para sair. Enquanto isso, pensava:

– Hoje ele saiu sem nem se despedir de mim... Terá sido por causa do que aconteceu a noite? Ou melhor, do que não aconteceu...

Foi para o restaurante. Ao chegar, não viu Niko no balcão e em lugar algum. Perguntou ao assistente de Niko e este lhe disse que o patrão ainda não havia chegado. Félix começou a se preocupar.

–--

Após deixar os meninos na escola, Niko resolveu não ir direto para o restaurante. Antes, ligou para alguém.

– Alô Paloma?!

– Niko! Oi, como você está?!

– Oi, Paloma! Estou bem, mas o Félix não está muito...

– O que aconteceu com meu irmão?

– Calma, não é nada de grave Paloma! Acontece que ontem nossa casa foi assaltada, acredita?! E o Félix estava sozinho em casa! Eu estava no restaurante, os meninos na escola, e Adriana tinha saído! Os bandidos fizeram o Félix de refém por alguns instantes, antes de ele conseguir fugir e ligar pra mim que chamei a polícia! A sorte, Paloma, foi que a arma que o bandido estava era falsa!

– Nossa! Que coisa horrível Niko! E como o Félix está depois de tudo?!

– Então, Paloma, ele demonstra estar mais tranquilo, mas eu o conheço bem, e sei que tem alguma coisa o incomodando! Ontem mesmo...

– Ontem o quê, Niko?!

– Ai, Paloma, eu fico sem jeito de te dizer certas coisas... É que ontem... Ontem o Félix estava tão pra baixo sabe... Baixo-astral... Assim, eu sinto que ele ainda está sentindo muito o que aconteceu, não sei, pode ter alguma coisa que ele não quer me dizer...

– Mas, o que realmente aconteceu para que você achar isso?

– Ah Paloma, sabe o que é... É que... Bom, eu e o Félix estávamos na cama e... E por mais que eu fosse carinhoso com ele, ele não... Não correspondeu entende?! Ele não quis ter nada comigo! Mas, não é por isso que eu me preocupo, é porque ele está tristinho, desanimado, não está com aquele bom humor de sempre sabe!

– Niko, às vezes, quando uma pessoa passa por uma grande tensão ou um grande susto pode ficar com sequelas invisíveis, são as sequelas psicológicas! Se você quiser eu entro em contato com um psicólogo daí de Angra e você convence o Félix a ir, pode ser bom para ele ter uma conversa com um profissional!

– Ai Palominha, você tem razão! Não precisa se preocupar, eu mesmo vejo isso aqui tá! É ótimo ter uma cunhada como você! Muito obrigado viu!

Niko partiu para o restaurante.

–--

Ao chegar no restaurante, Niko deu de cara com Félix que correu para abraçá-lo.

– Félix, querido, o que faz aqui?

– Carneirinho, você saiu sem se despedir de mim, eu vim te ver e você some... Eu estava aqui apreensivo, pensando que podia ter acontecido alguma coisa...

– Félix, calma! – Niko lhe fez um carinho no rosto. – Eu só demorei uns cinco minutos, meu amor! Eu estava falando com sua irmã ao telefone!

– Com a Paloma?! Por quê?!

– Ah... Eu... Eu vou ser sincero... Félix, eu falei sobre o que aconteceu...

Félix o interrompeu e o puxou pelo braço para uma mesa e sentaram-se. Félix começou a falar com a voz baixa, mas nervoso: - Carneirinho, como é que você liga para a Paloma para falar sobre o que houve à noite?! Será que eu fiz suco com o fruto proibido para você sair espalhando isso pra todo mundo?!

– Félix, eu não espalhei pra todo mundo, aliás, eu nem sequer falei claramente o que houve para a Paloma! Eu falei sobre o assalto e disse que você ficou abalado, desanimado... E é a verdade, né Félix?! Olha a Paloma até me deu a ideia de te levar para conversar com um psicólogo... Quem sabe se você desabafar com um profissional, não se sente melhor...

Félix o interrompeu segurando em seu braço e olhando-o nos olhos.

– Carneirinho, eu não preciso de psicólogo! Eu preciso de você!

Niko viu em seus olhos castanhos um pedido de ajuda. Então, levantou e pediu para seu assistente: - Segura as pontas aqui porque eu preciso ir para casa, não sei se volto hoje tá! Hoje é quinta-feira, então o movimento deve ser normal! Qualquer coisa me liga!

Depois, pegou na mão de Félix e foram para casa, cada um no seu carro. Assim que chegaram, Adriana estranhou, mas Niko disse que ele e Félix tinham que conversar. Ela não acreditou muito que eles iam apenas conversar já que Niko levou Félix pela mão, direto para o quarto deles.

– Pronto, Félix, já estamos aqui, você e eu! Quer conversar agora?

...


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Notas finais do capítulo

continua...



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